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Alquenos: estrutura e reatividade Compostos Orgânicos e Vida Alquenos • Compostos insaturados que possuem carbonos com ligações duplas • sp2: planares • Podem ser chamados de olefinas • Propriedades físicas semelhantes aos alcanos • Podem ser lineares ou ramificados: 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 9 2 8 7 6 5 4 31 Pent-2-eno Penta-1,3-dieno Penta-1,4-dieno 1 2 3 4 554 3 2 1 5 4 3 2 1 421 3 Propeno 2 3 1 2 4 31 But-2-enoBut-1-eno Nona-3,5-dieno 7 6 5 4 3 2 1 4-Hexilepta-1,4-dieno 2-Metilpent-2-eno 4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno 5 10 9 8 7 6 4 3 2 1 4-Metilpent-2-eno 7 6 5 4 3 2 1 4-Hexilepta-1,4-dieno 2-Metilpent-2-eno 4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno 5 10 9 8 7 6 4 3 2 1 4-Metilpent-2-eno 7 6 5 4 3 2 1 4-Hexilepta-1,4-dieno 2-Metilpent-2-eno 4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno 5 10 9 8 7 6 4 3 2 1 4-Metilpent-2-eno 7 6 5 4 3 2 1 4-Hexilepta-1,4-dieno 2-Metilpent-2-eno 4-(1-Metileptil)deca-2,5,7-trieno 5 10 9 8 7 6 4 3 2 1 4-Metilpent-2-eno • Também podem ser cíclicos 1-Etil-2-metilcicloexeno 2-Isopropil-3-propil- cicloepta-1,4-dieno 4 5 6 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 1-Etil-2-metilcicloexeno 2-Isopropil-3-propil- cicloepta-1,4-dieno 4 5 6 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 1-Etil-2-metilcicloexeno 2-Isopropil-3-propil- cicloepta-1,4-dieno 4 5 6 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 1-Etil-2-metilcicloexeno 2-Isopropil-3-propil- cicloepta-1,4-dieno 4 5 6 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 Ocorrência • São obtidos no craqueamento do petróleo • Encontrados em diversos organismos animais e vegetais • Etileno: induz o amadurecimento de frutas. Composto orgânico mais consumido no mundo • Esqualeno: precursor dos hormônios esteroidais (testosterona, progesterona, colesterol) • β-caroteno: corante laranja encontrado na cenoura, folhas, camarão. É precursor da vitamina A Vitamina A • β-pineno: extraído dos pinheiros. Aroma de pinho • Limoneno: constituinte da essência de limão • Isopreno: constituinte da borracha natural Geometria • Compostos planares • Rotação da ligação dupla é impedida: isômeros geométricos 107,6 pm 133 pm 116,6O 121,7O C C H HH H Isomeria dos alquenos • Podem existir isômeros constitucionais • Estereoisômeros: diaseterômeros • Apenas 2 substituintes: cis/trans H3C CH3 H H CH3 H3C H H cis-but-2-eno trans-but-2-eno H3C CH3 H H CH3 H3C H H cis-but-2-eno trans-but-2-eno H3C CH3 H H CH3 H3C H H cis-but-2-eno trans-but-2-enoH3C CH3 H H CH3 H3C H H cis-but-2-eno trans-but-2-eno 2 substituintes do mesmo lado da ligação dupla substituintes em lados opostos à ligação dupla • Quando temos mais de 2 substituintes?! • Terminologia cis/trans pode ser ambígua! trans-pent-2-enocis-pent-2-eno H H CH3 H3CCH2 H3CCH2 CH3 H H trans-pent-2-enocis-pent-2-eno H H CH3 H3CCH2 H3CCH2 CH3 H H trans-pent-2-enocis-pent-2-eno H H CH3 H3CCH2 H3CCH2 CH3 H H trans-pent-2-enocis-pent-2-eno H H CH3 H3CCH2 H3CCH2 CH3 H H Terminologia E/Z • Protocolo 1. Determinar prioridade dos átomos ligados a cada carbono 2. Grupos de maior prioridade em lados opostos: E 3. Grupos de maior prioridade mesmo lado: Z Isômero E Isômero Z • Também podemos utilizar para compostos dissubstituídos: • Compostos cis = Z e compostos trans = E (Z)-but-2-eno prioridade 2 1 C=C CH3 HH H3C (E)-but-2-eno C=C CH3 HH3C H 1 1 2 2 1 (E)- 2-buteno (Z)- 2-buteno Exercício • Defina a configuração E/Z de cada ligação dupla: Reações de Alquenos • As reações de alquenos são caracterizadas pela reatividade da ligação π • Ligação fraca • Energia para quebra da ligação π: 260 KJ/mol • Energia para quebra da ligação σ: 350 KJ/mol Reações de Adição • Uma das reações típicas é a adição à ligação dupla • A reação é favorecida pois ocorre a ruptura da ligação π (mais fraca) e formação de duas ligações σ fortes • Diversos grupos podem ser adicionados à ligação dupla: hidrogenação adição eletrofílica hidratação halogenação Hidrogenação • Adição de H2 à ligação dupla • É um método de redução • A reação só ocorre com um catalisador metálico finamente dividido: Pt, Pd, Rh • Função do catalisador: ativação do hidrogênio para gerar uma ligação metal-hidrogênio na superfície do catalisador. • A adição à alquenos ocorre sempre de maneira syn: os 2 hidrogênios são adicionados a mesma face da ligação dupla H adicionados à mesma face • Um exemplo de hidrogenação é a fabricação da margarina a partir de óleo vegetal H2, Ni Adição eletrofílica - HX • As regiões acima e abaixo da ligação dupla são ricas em elétrons: ligações π doam elétrons g nucleófilos Plano da molécula Reatividade acima e abaixo do plano da molécula • Haletos de hidrogênio (H-X) tem a ligação muito polarizada, por isso liberam H+ com muita facilidade: eletrófilos • Ligações duplas reagem facilmente com H-X para formar haletos de alquila • A reação ocorre em duas etapas: • A ordem de reatividade dos haletos reflete a sua facilidade em doar o próton • Quanto mais fraca a ligação mais reativo é o haleto • Exemplos: • Adição a alquenos assimétricos: 2 maneiras • Adição a alquenos assimétricos: 2 maneiras Único produto formado! • Para entender a formação do produto temos que olhar o intermediário formado • O produto formado será aquele proveniente do intermediário mais estável! Estabilidade dos carbocátions• A partir da energia de dissociação eletrolítica podemos definir a estabilidade relativa dos carbocátions • A partir do gráfico temos a seguinte ordem de estabilidade: • A estabilização ocorre por efeitos indutivos e pela hiperconjugação • Efeito indutivo: Depende da tendência “intrínseca” de um substituinte para doar ou retirar elétrons (por definição a sua eletronegatividade), agindo através da cadeia molecular ou através do espaço. • Grupos doadores de elétrons aumentam a disponibilidade eletrônica, estabilizando a carga + • Grupos retiradores de elétrons diminuem a disponibilidade eletrônica, desestabilizando a carga + • Hiperconjugação: Espécie de deslocalização, em que participam orbitais de ligação σ. • Quanto maior o número de substituintes alquila, maior a estabilização da carga positiva e mais estável será o carbocátion • Esses são os produtos formados pois são produzidos a partir dos intermediários mais estáveis: carbocátions terciários • Outros exemplos: • Regra de Markovnikov: O grupo negativo se liga ao átomo mais substituído da insaturação. Rearranjo de carbocátions • Devemos levar em consideração a possibilidade do rearranjo de carbocátions para a formação da espécie mais estável • Outro exemplo: Exercícios Estereoquímica da Adição de HX • Como o carbocátion é trigonal plano, a adição pode ocorrer nas duas faces levando à formação de uma mistura racêmica Adição de água - Hidratação • Processo industrial importante para a fabricação de alcoóis • Catalisada por ácido • Ocorre em duas etapas, semelhante à adição de HX: • Álcoóis primários não podem ser obtidos por essa reação: estabilidade dos carbocátions Halogenação • Pode ser utilizada para indicar a presença de insaturações • A halogenação ocorre de maneira anti, em que um haleto é adicionado na face oposta ao outro haleto • Isso ocorre devido ao mecanismo de adição que ocorre em duas etapas: • O ataque do íon bromônio deve ocorrer de maneira anti, para que o produto formado tenha a conformação anti Formação de haloidrinas • A adição de soluções aquosas a alquenos leva à formação de halohidrinas • Como a água está em maior quantidade, o íon halônio será atacado por uma molécula de água no lugar do haleto • A reação também ocorre em duas etapas: Epoxidação de alquenos • Epóxidos são formados pela adição de O à ligação dupla • Assim como os halogênios formam o íon halônio, a adição de O leva à formação de um anel de três membros • A fonte de O é sempre um peróxi ácido, que possui a ligação C-O-O-H • Mecanismo • Exemplos • A estereoquímica da epoxidação de alcenos é syn Oxidação de alquenos • O tratamento de alquenos com tetróxido de ósmio ou permanganato de potássio a frio leva à formação de dióis • O tratamento do epóxido em meio ácido também leva à formação de dióis Clivagem Oxidativa • O tratamento de alcenos com reagentes altamente oxidantes é chamado de clivagem oxidativa e leva à formação de uma cetona e um ácido ou gás carbônico • Em alquenos cíclicos temos a abertura do anel Ozonólise • A reação de alquenos com ozônio (O3) também leva à clivagem da ligação dupla por uma reação denominada ozonólise • Podemos ter a formação de aldeídos, cetonas e ácidos carboxílicos Polimerização • Os alquenos são facilmente polimerizáveis por mecanismos radicalares ou catiônicos
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