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resenha promoção à saúde

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E SAÚDE
DISCIPLINA: BASES TEÓRICAS DA PROMOÇÃO À SAÚDE
CLAYANNE REIS BRAGA
RESENHA CRÍTICA
OBRA ORIGINAL: Política Nacional de Saúde (PNPS): capítulos de uma caminhada ainda em construção
(MALTA, D. C., et al. In.: Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 6, 2016.)
PROF.(A) DR. ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
TERESINA – PI
2017
Autores: Deborah Carvalho Malta, Otaliba Libanio Morais Neto, Marta Maria Alves da Silva, Daís Rocha, Adriana Miranda de Carvalho, Ademar Arthur Chioro dos Reis e Marco Akerman.
O Artigo intitulado Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): capítulos de uma caminhada ainda em construção, foi publicado na Revista Ciência & Saúde Coletiva no ano de 2016, e tem como objetivo esclarecer o percurso da Promoção da Saúde no Sistema Único de Saúde e como ocorreu o processo de afirmação como Política Nacional. O texto está desenvolvido ao longo de 12 páginas e os autores optaram por sistematizar o conteúdo dividindo em três capítulos: 1998/2004 – Embrião de uma PNPS; 2005/2013 – Nasce, cresce e se desenvolve uma PNPS; 2013-2015 – Revisando, ampliando e divulgando a PNPS. Ademais, outro capítulo explana sobre a obra em aberto e os caminhos a serem traçados.
Na introdução temos que a saúde é um direito humano fundamental, e está descrito na carta de fundação da OMS, de 1948. A saúde se configura como um bem público produzido nas redes de relação que buscam inserir determinados interesses e necessidades na agenda das políticas públicas. A promoção da saúde é um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde tanto individualmente como coletivamente, e visa atender as necessidades sociais de saúde e garantir a qualidade de vida da população.
Segundo a Carta de Ottawa, promoção da saúde é definida como: “ ações de saúde, aquelas que objetivem a redução da iniquidades em saúde, garantindo oportunidade a todos os cidadãos para fazer escolhas que sejam mais favoráveis à saúde e serem, portanto, protagonistas no processo de produção da saúde e melhoria da qualidade de vida”.
O primeiro capítulo, designado de 1998/2004 – Embrião de uma PNPS, resgata o processo inicial de formulação e institucionalização da política, atores envolvidos e estratégias desenvolvidas. Em 1998 o Ministério da Saúde formalizou a parceria com as Nações Unidas para colaborar com o projeto “Promoção da Saúde, um novo modelo de atenção”. Os primeiros movimentos colocaram o tema em discussão no país, principalmente após a divulgação das Cartas de Promoção da Saúde. 
Os primeiros projetos eram nas áreas: alimentação saudável, atividade física, violência no trânsito e promoção da saúde na escola, cidades/municípios, comunidades saudáveis e desenvolvimento local integrado saudável. Durante esse período se destaca também a elaboração do Tratado Internacional para o Controle do Tabaco, além da divulgação de sete estratégias para impulsionar a implantação da política. No ano de 2004, a PNPS deslocou-se para a Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não transmissíveis (CGDANT).
No segundo capítulo, 2005-2013 – Nasce, cresce e se desenvolve uma PNPS, são apresentadas as mudanças no arranjo institucional e analisadas as ações estruturantes da política. Em 2005, a Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (CGDANT), assumiu a coordenação do processo de implementação e constituiu uma área técnica que tinha como responsabilidade construir uma Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) a partir do marco teórico do período anterior.
No mesmo ano foi criado o comitê de Política de Promoção à Saúde, que tinha como objetivos: coordenar a implantação da PNPS; incentivar Estados e Municípios a elaborar Planos de Promoção da Saúde; articular e integrar ações de Promoção da Saúde no SUS; monitorar e avaliar a implementação da PNPS. Em 2006, o Ministério da Saúde, o CONASS e o CONASEMS aprovaram a Política Nacional de Promoção da Saúde. Nos anos seguintes a promoção da saúde foi incluída na Agenda de Compromissos pela Saúde, nos Pactos de Defesa do SUS, em Defesa da Vida e de Gestão e foi inserida na agenda estratégica do MS e nos Planos de Saúde Nacionais e subsequente.
O terceiro capítulo, 2013-2015 – Revisando, ampliando e divulgando a PNPS, trás as informações sobre as mudanças empreendidas na política a partir das novas agendas e desafios colocados para a PNPS. Algumas dessas mudanças foram: programas intersetoriais coordenados pela Casa Civil da Presidência da República, por exemplo, o programa de enfrentamento da pobreza, Bolsa Família e outras, agendas internacionais como a Conferência de Alto Nível ONU – DCNT (2011), a Conferência Mundial dos Determinantes Sociais da Saúde (2011), a Conferência Rio + 20 (2012), a 8ª Conferência Mundial de Promoção da Saúde – Saúde em todas as Políticas (Finlândia, 2013), dentre outras.
O referido capítulo informa também sobre a revisão da política, realizada em 2013/2014 pelo MS, que ocorreu de forma ampla e participativa, com o envolvimento de gestores, trabalhadores, conselheiros, representantes de movimentos sociais e profissionais de Instituições de Ensino Superior, além da participação de representantes de instituições fora do setor saúde comprometidos com ações de promoção da saúde das cinco regiões brasileiras.
A revisão da política mostrou que ainda é necessário o fortalecimento da mesma através da articulação com outras políticas, incluindo a participação social e movimentos populares, e com todas as esferas de governo.
Visto isso, e refletindo sobre o cenário atual no Brasil observa-se que o caminho percorrido até a implantação da PNPS passou por várias etapas, avanços e desafios, e que, no entanto, ainda é necessário trabalhar em uma série de intervenções para que ela seja efetivamente implantada. Como o próprio autor fecha o texto dizendo: “ Potência de uma obra, ainda em aberto”, percebe-se a importância de uma articulação com todos os potenciais contribuintes para o cumprimento das competências, coordenação das ações intra e inter setoriais da promoção da saúde, e nunca esquecendo que isto deve ocorrer de forma contínua e sustentada, para que ocorra a integração de processos e catalização de mudanças.

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