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REDES LOCAIS E COMUTAÇÃO – AULA 4 Eficiência da Ethernet A eficiência da ethernet pode ser definida como a fração final de tempo durante a qual os quadros estão sendo transmitidos no canal, sem colisões. Logo, quanto mais estações, e as mesmas com quadros a enviar, menor será a eficiência da rede, necessitando de segmentação de camadas 2 ou 3. Domínio de colisão e domínio de broadcast Domínio de colisão A ocorrência de colisões vem do fato da rede ethernet ter sido pensada e construída como uma topologia de múltiplo acesso, em que todos nós pudéssemos transmitir no barramento, bastando escutar o meio e, caso estivesse ocioso, transmitir. Porém, se duas ou mais estações transmitirem ao mesmo tempo, ocorre o encontro dos sinais e, dependendo da fase, são somados ou subtraídos, caracterizando um valor diferente de “0 ou 1”. A evolução da rede em barra para a topologia em estrela, implementada por um concentrador denominado HUB (equipamento de camada 1, cuja função é regenerar e encaminhar os bits recebidos, através difusão), alterou um pouco o conceito de colisão. Colisão, então, passou a ser o recebimento de transmissão enquanto efetua uma transmissão. Até onde uma colisão se propaga? Após essa definição de colisão, podemos definir até onde uma colisão se propaga (domínio de colisão). A propagação da colisão está intimamente ligada ao modelo em camadas, principalmente à quanto a camada em que o dispositivo de rede trabalha. O equipamento de camada 1 encaminha bits; O equipamento de camada 2 encaminha frame ou quadros; O equipamento de camada 3 encaminha datagrama ou pacote. A transmissão da ethernet é uma transmissão síncrona, logo transmite blocos (quadro ou frame ethernet) de informação de um tamanho razoável, até 1518 bytes, sem contar com o preâmbulo. Como o deslocamento do bit no meio físico não é instantâneo, duas ou mais estações podem escutar o meio simultaneamente e transmitirem ao mesmo tempo gerando uma colisão. Dependendo da topologia, alguns bits podem ter passado por um concentrador (equipamento camada 1), que encaminha bits, antes da percepção da colisão. Essa percepção da colisão, após haver encaminhado alguns bits do frame ou quadro, impede que o HUB trate a mesma, já que o método de acesso ao meio (CSMA/CD) prevê que o transmissor e o receptor devem parar a transmissão, transmitir um JAM e realizar o tratamento da colisão. Além disso, as estações que receberam alguns bits desse frame ou quadro devem descartar esse fragmento de frame que foi corrompido. Por isso, o HUB ou qualquer equipamento de camada 1 não pode tratar colisão. Como conclusão, os segmentos interligados por equipamentos de camada 1 estão no mesmo domínio de colisão. Os equipamentos de camada 2 (como as pontes) podem evitar a passagem de colisão entre os diversos segmentos de rede. Como os mesmos encaminham frames ou quadros, se o quadro foi corrompido não há interesse em retransmiti-lo nos outros segmentos. Por isso, quando é verificado um grande aumento no quantitativo de colisões, o administrador de redes deve segmentar a rede com equipamentos que, no mínimo, trabalhem na camada 2. Fonte: autor Diferença entre endereço de broadcast, difusão e flooding Antes de definirmos domínio de broadcast, vamos diferenciar endereço de broadcast, difusão e flooding. Endereço de broadcast é quando o frame ou quadro está endereçado a todas as estações da rede. Exemplo: na ethernet FF:FF:FF: FF:FF:FF, onde os 48 bits do endereço estão ligados. Difusão é o que alguns autores denominam de redes de broadcast, em que a informação (indiferente de ser unicast, multicast ou broadcast) é difundida no meio e todas, ou quase todas as estações, recebem essa informação, sendo típica de ligações multiponto. Flooding é quando o equipamento recebe sua unidade de dados e encaminha para todas as portas, exceto para a porta pela qual recebeu sua unidade de dados. Exemplo: o HUB encaminha os bits para todas as suas portas, exceto através da porta por onde recebeu sua unidade de dados. Conforme nosso estudo de domínio de colisão, os equipamentos de camada 1 encaminham a colisão para todos os segmentos, realizando a união desses segmentos em um único Domínio de Colisão. Diferença entre endereço de broadcast, difusão e flooding Antes de definirmos domínio de broadcast, vamos diferenciar endereço de broadcast, difusão e flooding. Endereço de broadcast é quando o frame ou quadro está endereçado a todas as estações da rede. Exemplo: na ethernet FF:FF:FF: FF:FF:FF, onde os 48 bits do endereço estão ligados. Difusão é o que alguns autores denominam de redes de broadcast, em que a informação (indiferente de ser unicast, multicast ou broadcast) é difundida no meio e todas, ou quase todas as estações, recebem essa informação, sendo típica de ligações multiponto. Flooding é quando o equipamento recebe sua unidade de dados e encaminha para todas as portas, exceto para a porta pela qual recebeu sua unidade de dados. Exemplo: o HUB encaminha os bits para todas as suas portas, exceto através da porta por onde recebeu sua unidade de dados. Conforme nosso estudo de domínio de colisão, os equipamentos de camada 1 encaminham a colisão para todos os segmentos, realizando a união desses segmentos em um único Domínio de Colisão. Domínio de broadcast Agora vamos ao domínio de broadcast. O domínio é até onde um broadcast se propaga. Isso significa que, se uma determinada estação deseja enviar uma informação para todas as estações de uma c rede, basta assinalar como destino o endereço de broadcast. Assim, todas as estações dos segmentos interligados por equipamentos camada 1, que não possuem o conceito de endereço, somente manipulam bits de forma isolada, ou, ainda, segmentos interligados por equipamentos de camada 2 que entendem o endereço físico. A ação de um equipamento camada 2, ao receber frame ou quadro endereçado a broadcast, é realizar um flooding de sua unidade de dados. Já o equipamento de camada 3 (como o roteador) é um encaminhador de datagramas IP ou pacotes. Ao receber um frame ou quadro endereçado, a broadcast reage como um host que processa esse frame. O processamento desse frame nada mais é do que verificar sua integridade (CRC-32), através do campo (EtherType) que define a que protocolo de camada 3 será entregue a informação ou payload do frame ou quadro. Dessa forma, o roteador não possibilita que um broadcast se propague para outro segmento. Assim, o equipamento camada 3 impede que uma estação do segmento atual consiga estabelecer um enlace de dados diretamente com o destino que esteja depois de uma camada 3. Logo, o roteador separa domínios de broadcast e cada domínio de broadcast é “tecnicamente uma rede diferente”. Fonte: autor
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