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Distanásia: Prolongamento da Vida ou Sofrimento?

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Distanásia
A distanásia é um processo que procura prolongar o tempo de vida do paciente submetendo-o a tratamentos invasivos. Estes tratamentos não são sempre adequados pelo que é preciso compreender em que situação os mesmos devem parar.
A distanásia é um processo de submissão ao sofrimento no doente por parte do médico que, em vez de prolongar a vida prolonga o processo de morrer de forma agressiva em termos de tratamento.
A distanásia provoca não só um grande sofrimento físico ao paciente como também psicológico o que remete para a responsabilidade do ponto de vista ético de ter respeito pelo doente terminal. Nafase terminal de enfermidades graves e incuráveis é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, respeitando a vontade do paciente ou de seu representante legal.
Deve dar-se ao paciente o conhecimento do seu estado e o direito de decidir se quer fazer um tratamento inútil ou se prefere não se submeter ao sofrimento provocado pela distanásia. A Carta dos Direitos dos Usuários de Saúde defende que o paciente pode recusar os tratamentos terapêuticos incluindo exames não autorizados além de ter o direito de decidir onde quer morrer.
A distanásia e os cuidados paliativos
Quando falamos de distanásia temos de falar de cuidados paliativos uma vez que ambas são diferentes formas de entender o paciente já que os cuidados paliativos pretendem proporcionar qualidade no estágio final da vida, pelo alívio dos sintomas e o maior conforto possível tanto físico como psicológico ou espiritual, um dos cuidados paliativos a ter é o de permitir que o paciente passe os seus últimos dias em casa junto dos seus familiares desde a fase final da doença até ao luto propriamente dito.
É importante compreender a dor crónica que o paciente sofre na fase final e que o prejudica em todos os sentidos tanto do ponto de vista psicológico como social o que ainda lhe provoca mais sofrimento.
Distanásia do ponto de vista médico
A distanásia prolonga a vida do paciente através de medicamentos ou de máquinas numa fase em que já não há nada a fazer para evitar a morte, tendo que compreender que o sofrimento acarreta angústia, vulnerabilidade e ausência de controlo quando a distanásia leva a tratamentos que procuram atenuar a dor física, o que nem sempre acontece muitas vezes porque mesmo com medicação fica presente o medo da separação dos entes queridos que a morte trará.
A distanásia por não estar devidamente explorada ainda se mantém em mais casos do que previa com a sua procura exaustiva por tratamentos que permite prolongar a vida deixa a questão da morte que é certa para os seres vivos.
O tratamento médico invasivo que traz dor e sofrimento indesejados para todos os envolvidos principalmente o paciente não alcança os seus objetivos e muitas vezes por mais dificil que seja a morte é preciso aceita-la.
Histórico
O termo distanásia foi proposto em 1904 por Morache e tem sido empregado para definir a morte prolongada e acompanhada de sofrimento associando-se à ideia da manutenção da vida através de processos terapêuticos desproporcionais a ”obstinação terapêutica”.
Repercussão
A distanásia pode abranger 3 aspectos principais: o pessoal, o familiar e o social.
No aspecto pessoal o indivíduo doente que inicialmente teve seu processo de morte prolongado em vista de uma possibilidade idealizada de cura aos poucos passa a depender completamente do processo tecnológico que o mantém e a prorrogação constante da morte se torna o único elo com a vida,o doente se torna passivo e já não decide por si mesmo apenas vive em função do processo de controle sobre a natureza.
No aspecto familiar ocorre uma dualidade psicológica: por um lado o prolongamento da vida do ente querido, enquanto por outro o sofrimento perante a possibilidade constante e repetitiva da perda além do doloroso ônus financeiro em prol de um objetivo inalcançável.
No aspecto social ocorre o esgotamento da disponibilidade de recursos mediante uma situação irreversível, que repercute sobre o emprego oneroso dos recursos públicos em especial nas sociedades carentes em prejuízo de questões mais essenciais para a saúde pública cujo resultado teria maior abrangência social.
A Distanásia (prolongamento da agonia) e sofrimento da morte e atraso de chegada entre os dois extremos é a atitude homenageia a dignidade humana e preserva a vida e é o que muitos bioeticistas chamadas "orthothanasia" para falar de morte com dignidade sem abreviações sem desnecessárias adicionais sofrimento seja "verdadeira morte em seu tempo." O orthothanasia, ao contrário da eutanásia é sensível ao processo de humanização da morte alívio da dor e alongamento incorre implementação não abusiva dos meios desproporcionados produzindo sofrimento apenas adicional.
Conceito da Distanásia
A distanásia (obstinação terapêutica, ou tratamento futil e inútil) é polemica controversa. Existe unanimidade em se admitir que o problema é real e precisa ser solucionado, mais não ha um consenso sobre sua definição terminológica, chama o de ''problema sem nome''. Porem de não ter nome consensual que o identifique não signifique que não exista.
A distanásia com uma ação, intervenção ou um procedimento medico que não atinge o objetivo de beneficiar a pessoa em fase terminal que prolonga inútil e sofridamente o processo de morrer procurando distanciar a morte. Na cultura medica norte americana marcada pelo pragmatismo existe a preocupação em se mensurar tecnicamente de determinado tratamento torna-se futil e inutil: estabelecendo a mensuração objetiva de limites precisos e claros, mediante normas e diretrizes bem como instrumento que seja expressão de um consenso minimo num contexto polemico e plural em termos de valores.

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