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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ____________ 
___________, Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de _______, sob o no ______, com escritório nesta Comarca, na Rua _________, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar ordem de
“HABEAS CORPUS” (2)
com fulcro no art. 5o, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647 e 648, inc. I, do Código de Processo Penal, em favor de Maria, (nacionalidade), (estado civil), advogada, residente e domiciliada na Rua _______________ contra ato ilegal praticado por __________________, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
A Paciente foi denunciada pelo crime de falso testemunho, em coautoria com Pedro, testemunha que falseou a verdade em processo contravencional, em que estava sendo processado Carlos, que veio a ser condenado.
A denúncia, já recebida, afirma que a Paciente veio a instruir o testemunho de Pedro, visando à absolvição de Carlos.
II – DO DIRETO
Trata-se de ação penal instaurada sem amparo legal, constituindo-se constrangimento a ser reparado pela medida ora requerida.
É evidente o constrangimento ilegal que está sofrendo a Paciente, pois que não exista perfeita adequação do fato concreto à descrição do art. 342 do Código Penal, que diz:
“Fazer afirmação falsa, ou negar, ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, em processo judicial ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral.”
Em direito penal, o princípio da reserva legal exige que os textos legais sejam interpretados sem ampliações ou equiparações por analogia, salvo quando “in bonam partem”. O tipo, a partir de tal princípio, não pode ser distendido ao gosto do intérprete para cobrir hipóteses nele não contidas.
Dessa forma, é manifesta a inexistência de justa causa para a ação
penal, uma vez que o falso testemunho é crime de mão própria, podendo apenas ser praticado pelas pessoas elencadas no artigo retro referido. Não se admite, portanto, a co-autoria.
No caso concreto, a Paciente é advogada, sendo certo que não figura entre aqueles que podem praticar o crime de falso testemunho.
Sobre o assunto, preleciona o renomado Julio Fabbrini Mirabete:
“Como o delito de falso testemunho ou falsa perícia é crime de mão própria, discute-se a possibilidade de responder por ele outra pessoa que não a testemunha. Afirma-se que nos crimes de mão-própria, que só podem ser cometidos pelo sujeito em pessoa, é impossível a coautoria por instigação, dado o caráter personalíssimo da infração.”
(Manual de Direito Penal – Parte Especial – 17ªedição, Editora Atlas, pág. 417)
No mesmo sentido, é a construção jurisprudencial, “in verbis”: “É impossível a co-autoria no delito de falso testemunho, perito ou intérprete” (STJ – RT 655/281).
Co-autoria – Não caracterização- Advogado que teria induzido testemunha a mentir na instrução criminal – Natureza personalíssima da infração, que não admite qualquer forma de co-participação em mero pedido ao futuro depoente para falsear a verdade – Comunicação impossível de circunstâncias pessoais entre o depoente mendaz e o advogado – Atipicidade penal reconhecida, sem embargo da reprovabilidade ética da conduta do causídico – Ordem concedida para trancar a ação penal. (TJSP – HC – Rel. Márcio Bonilha – RJTJSP 72/284).
Portanto, é forçoso concluir que não deve prosseguir a ação penal
instaurada contra a Paciente, pois que atípica sua conduta.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja concedida a ordem de “Habeas Corpus”, determinando-se o trancamento da ação penal que tramita contra a Paciente, como medida de inteira justiça. 
Nesses termos,
pede deferimento.
(local e data).
_________________________________
advogado – OAB no
 (2): O “habeas corpus” terá pedido de liminar nas seguintes situações:
– réu preso ou na iminência de o ser (mandado de prisão expedido).
– ato processual já marcado.
Se for esse o caso deve-se, desde logo, mencionar “habeas corpus” com pedido de liminar.
(3): Se houvesse pedido de liminar o requerimento deveria ser feito de outra forma: o que se pretende obter liminarmente deve ser pedido antes e apenas depois deve ser requerida a prestação definitiva. 
Exemplo de como deveria ser formulado o pedido nessa petição, caso a Paciente estivesse presa preventivamente:
“Diante do exposto, estando presentes o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”, requer se digne Vossa Excelência de conceder medida liminar para que seja determinada a revogação da prisão preventiva imposta à Paciente, bem como expedido o alvará de soltura em seu favor e, após as informações prestadas pela autoridade coatora, requer seja definitivamente concedida a ordem, determinando-se o trancamento da ação penal e confirmando-se a liminar, como medida de inteira Justiça.”

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