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Unidade I – Sociedade Limitadas 1 – Empresário O que diz a legislação: A empresa é uma atividade e pode ser desenvolvida pelo empresário unipessoal ou pela sociedade empresária. Sob a epígrafe de empresário estão compreendidos tanto aqueles que, de forma singular, pratica profissionalmente atividade negocial, como a pessoa de direito constituída para o mesmo fim. Ambos praticam atividade econômica organizada para a produção, transformação ou circulação de bens e prestação de serviços, tendo o escopo de lucro. O art. 966 CC define o que é ser empresário unipessoal. Caracteriza-se o empresário unipessoal pela reunião de cinco elementos: capacidade jurídica, ausência de impedimento legal para o exercício da empresa, efetivo exercício profissional da empresa, regime jurídico peculiar regulador da insolvência e registro. Capacidade Jurídica: Quem tem capacidade civil pode ser empresário. Somente o maior de 18 anos poderá dar início a uma atividade empresária, mas os menores de 18 anos poderão dar continuidade à atividade que antes era exercida por seus pais, por ele enquanto capaz ou pelo que lhe deixou a herança ou doação. O menor de 18 anos deverá ser assistido ou representado e poderá dar continuidade a partir de autorização judicial. Esta poderá ser revogada a qualquer tempo. O emancipado também poderá dar início ou continuidade à empresa. O empresário casado não precisa de outorga uxória para alienar ou gravar de ônus real os imóveis que integram o patrimônio da empresa. Art. 978 CC.Art. 576 CC. Ausência de impedimento legal: Há determinadas pessoas plenamente capazes a quem a lei veda a prática profissional da empresa. Mas caso elas atuem, seus atos não são nulos, mas responderão por isso. São elas: magistrados e membros do Ministério Público, agentes públicos, militares, falidos não reabilitados, deputados e senadores, estrangeiro com visto provisório, leiloeiros, despachantes aduaneiros, corretores de seguros, prepostos e médicos. Exceção feita à atividade jornalística e de radiodifusão, os portugueses podem inscrever-se como empresários, com respaldo no Estatuto da Igualdade. Exercício profissional da empresa: Tem que atuar profissionalmente (e não esporadicamente), em nome próprio (e não em nome de outrem) e com intuito de lucro (e não graciosamente). 2 – Sociedade Empresária Limitada Definição: Antes da vigência do Código Civil de 2002, este tipo de empresa era designado como Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada (Decreto 3.708/1919, revogado pela Lei 10.406/2002), substituído pelo termo Sociedades Limitadas, que pode ser empresária ou simples. Nesse tipo de pessoa jurídica, exige-se a pluralidade de sócios, isto é, não menos que dois, sejam pessoas físicas ou jurídicas, integralização de capital social, sem definir de valor mínimo ou máximo, a responsabilidade do sócio é limitada as quotas do capital, pode sofrer procedimentos falimentares, pode usar firma ou denominação na constituição do nome, devendo acrescer a frente a palavra Limitada ou a expressão LTDA. A sociedade empresária limitada está prevista entre os artigos 1052 à 1087 do Código Civil, e utiliza nas omissões a regras da sociedade simples e supletivamente as disposições da Sociedade anônima, prevista na Lei 6.404/76. A sociedade empresária limitada poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei. A forma de constituição se dá por meio de contrato, que pode ser público ou privado, observado o disposto do art. 997 da Lei 10.406/2002. A forma de dissolução é por meio de distrato social. As sociedades empresárias limitadas são registradas no registro mercantil, isto é, nas Juntas Comerciais. Registro: Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro Documentos: Uma via do Contrato Social assinada pelos sócios, com firma reconhecida e folhas do Contrato rubricadas; cópia autenticada da identidade e CPF dos sócios; REGIN; DBE/CNPJ; Capa de processo e; requerimento eletrônico. 3 – Sociedade Simples Limitada Definição: A sociedade de natureza Simples encontra guarida nos artigos 982 e 983 do Código Civil de 2002, e os tipos societários usados por estas sociedades são: Sociedade Simples Pura (artigos 997 a 1038 do C.C.) e Sociedade Simples Limitada (artigos 1052 a 1087 do C.C.). É importante observar que as sociedades sejam Simples Puras ou Simples Limitadas, não são passíveis de falência e não têm a obrigatoriedade de se adequar às novas realidades contábeis (art.1179 a 1195), próprias das sociedades empresárias, e que terão repercussões fiscais, pois modificam conceitos como depreciação e controle de estoque, que irão afetar as escriturações e apuração de resultados. A sociedade simples (Pura ou Limitada) tem seus atos (constituição, alteração e extinção) registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Na sociedade simples pura os sócios respondem ilimitadamente pelas dívidas contraídas pela empresa, pode haver sócio que participe apenas com serviço, o nome empresarial não prescinde de parte do objeto social, não há necessidade de lavratura de atas de reuniões de sócios, dentre outros. Já na sociedade simples limitada, os sócios respondem limitadamente ao valor do capital social, desde que totalmente integralizado, o nome empresarial prescinde de que conste parte do objeto social, não pode ter sócio que participe apenas com serviço, tem que lavrar ata de reuniões de sócios, principalmente se tiver mais de 10 (dez) sócios, entre outros. Registro: Cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Documentos: Uma via do Contrato Social assinada pelos sócios, com firma reconhecida e folhas do Contrato rubricadas; cópia autenticada da identidade e CPF dos sócios; REGIN; Requerimento de Registro; Requerimento eletrônico e; DBE/CNPJ. Conclusões entre sociedade empresária e sociedade simples: Sociedade Empresária é aquela constituída por no mínimo de duas pessoas, com objeto lícito descrito em seu contrato social, natureza essencialmente mercantil, sujeita ao Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial), onde a execução de tal objeto não comporte a exceção prevista no parágrafo único do artigo 966 do NCC (Novo Código Civil de 2002). Segmentos desta natureza jurídica: comércio no geral, prestação de serviço (desde que não contenha atividade conforme mencionado abaixo) e indústria no geral. Sociedade Simples é aquela organizada por no mínimo de duas pessoas, com objeto lícito descrito em seu contrato social, natureza essencialmente não mercantil, onde para a execução de seu objeto, os sócios recaiam na exceção prevista acima, ou seja, exerçam profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo que para a execução necessitem de auxiliares ou colaboradores. Sujeita ao Registro Público de Empresas Sociedade Simples (Cartório). Segmentos desta natureza jurídica: prestação de serviços, seja qualquer atividade regulamentada ou não regulamentada. Observações: Para fins de legalização destes tipos jurídicos nos órgãos competentes como Receita Federal/CNPJ, Secretaria de Estado e Fazenda/Inscrição Estadual e Prefeituras/Alvará, os trâmites, documentos e prerrogativas são iguais. Não existe diferenciação entres os tipos jurídicos, ambos são normatizados pelo mesmo processo de legalização. Exemplo: A empresa X sociedade empresária limitada vai formalizar o processo do Alvará, são exigidos os seguintes documentos: Contrato Social, CNPJ, IPTU e RG dos sócios. Para a empresa Y sociedade simpleslimitada, a documentação é a mesma, não existindo distinção de documentos. Forma de atuação das sociedades: Imagen extraida do site: www.cedete.com.br 4 – Sociedade Simples Pura Definição: Como é sabido, a Lei nº 10.406/02 (NCC), inspirada na Lei italiana de 1.942, deixou de diferenciar as obrigações civis das comerciais, criando, no âmbito societário, a figura da sociedade simples, se contrapondo à sociedade empresária. A sociedade simples, em comparação à empresária, tem como principais características: a) simplicidade de estrutura; b) presunção de pequeno porte; e, c) atuação pessoal dos sócios superando a organização dos fatores de produção. Numa forma bem singela, pode-se dizer que a sociedade simples é a sociedade não empresária. Dispõe o artigo 983 do novo diploma civil pátrio que a sociedade empresária deve revestir-se de um dos seguintes tipos societários: 1) em nome coletivo; 2) em comandita simples; 3) em comandita por ações; 4) limitada; e, 5) sociedade anônima. A sociedade simples pode adotar um desses tipos, com exceção das sociedades por ações (comandita por ações e sociedade anônima). Caso não o faça, entende-se que se constituirá sob o tipo de sociedade simples pura (artigos 997 a 1.038 do NCC). Dentre as vantagens da SOCIEDADE SIMPLES PURA em relação a outros tipos societários, especialmente sobre a sociedade limitada, tenha esta natureza simples ou empresária, podemos destacar: a) É o único tipo societário que aceita sócio de serviço; b) Não obstante o disposto no artigo 977 do novo Código, admite, na mesma sociedade, sócios que sejam casados, entre si, ainda que pelo regime da comunhão universal de bens ou pelo regime da separação obrigatória; c) Não está sujeita, para efeito de tomada de decisões sociais, à realização de reuniões e, muito menos, ao formalismo das assembleias, como ocorre, verbi gratia, na sociedade limitada, particularmente quando esta for composta por mais de 10 (dez) sócios, com todas as suas regras de convocação e quoruns de instalação e deliberação. Por via de consequência, a sociedade simples pura não está obrigada a manter livros de atas de reuniões ou assembleias, indispensáveis para a sociedade limitada (vide artigos 1.062, 1.067 e 1.075 do CC/02); d) Sua contabilidade é mais simplificada, não estando obrigada, como acontece com a limitada, a um sistema de escrituração contábil contendo regras bastante estritas (artigos 1.179 a 1.195 do CC/02), que, pelas repercussões fiscais que ensejam, representam induvidosos ônus para seus destinatários. e) No tocante à tomada de contas dos administradores, segue um rito menos formal do que aquele previsto para a sociedade limitada; f) A responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada, dependendo do que declararem no contrato social. Se, nos termos do inciso VIII do artigo 997 da lei nº 10.406/02, mencionarem que não respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais, a responsabilidade deles será limitada. Caso contrário, em indicando que respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais, terão responsabilidade ilimitada, podendo-se afirmar que o regime da responsabilidade dos sócios, na sociedade simples pura, é uma prerrogativa daqueles, a ser definida no contrato social, não sendo obrigatória a adoção da responsabilidade subsidiária e, muito menos, em nenhuma situação, a menos que desejem, da responsabilidade solidária, diferentemente do que ocorre em relação à sociedade limitada (vide artigo 1.052 e o parágrafo 1º do artigo 1.055, CC/02); g) Não está sujeita à falência. Neste aspecto ver a recentíssima lei nº 11.101, de 09 de fevereiro de 2005, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária; h) Quanto à denominação (artigo 997, II do NCC), contrariamente do que sucede com a sociedade limitada (parágrafo 2º do artigo 1.158 do NCC), não é requerido que contenha elemento indicativo do objeto social, nem que a denominação venha acrescida de qualquer expressão designativa da natureza ou do tipo societário; i) Para o aumento do capital social, nenhuma exigência é imposta, diversamente do que acontece com a sociedade limitada, para a qual se obriga, como conditio sine qua non, a efetiva integralização do capital (artigo 1.081 do NCC); j) O mesmo se observa para a redução de capital, já que o Código não impõe regras relativamente à sociedade simples pura. Entretanto, a lei traça regras destinadas à sociedade limitada. Assim, a redução de capital nesta sociedade só poderá ser deliberada se ficar caracterizado ter havido perdas irreparáveis após a integralização do capital ou ser ele excessivo em relação ao objeto social (vide artigos 1.082 e 1.084 do NCC); k) O quorum necessário para a decisão de dissolução de uma sociedade simples pura, de acordo com o artigo 1.033 do CC/02, dá-se por consenso unânime dos sócios ou por maioria absoluta, caso a sociedade seja constituída por prazo indeterminado. Para a sociedade limitada, esse quorum passa a ser de 75% (setenta e cinco por cento), "ex vi" do disposto no artigo 1.071, VI, combinado com o artigo 1.076, I do CC/02; e, l) A sociedade simples pura, por ter natureza simples, isto é, não empresária, não corre o risco, sob o ponto de vista tributário, de perder isenção fiscal, especialmente em relação à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e ao Imposto sobre Serviços (ISS). Diante de tantos benefícios, é de se concluir que a sociedade simples pura é um novo tipo societário que merece ser descoberto e utilizado, pois, sobretudo, proporcionará vantagens aos sócios e seus prepostos (administradores não sócios e contabilistas), quer sob o aspecto de economia (de tempo e financeira), quer sob o aspecto de responsabilidades. Fonte: http://jus.com.br/revista/texto/6403/sociedade-simples-pura Unidade II – Forma Individual 1 – Empreendedor Individual Definição: Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 34,90 (comércio ou indústria), R$ 38,90 (prestação de serviços) ou R$ 39,90 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo. Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros. 2 – Empresário Individual Definição: O empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele que exerce emnome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. O empresário individual poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei. O empresário individual pode transformar-se em sociedade empresária limitada, atendendo aos requisitos estabelecidos as sociedades limitadas, o que, após levado a registro, passará a ter personalidade jurídica. O empresário individual nada mais é do que aquele que exerce em nome próprio atividade empresarial. Como se sabe, existe o empresário individual e o empresário coletivo (sociedade empresária), sendo este a sociedade empresária e aquele a pessoa física que exerce a empresa individualmente. O empresário é definido pelo art. 966 do CC, que assim se expressa: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único – Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Tal definição serve tanto para o empresário individual quanto para o empresário coletivo (por força do art. 982 CC). De momento, entretanto, vamos nos ater somente ao empresário individual. Então, tal sujeito se caracteriza por ser: 1. Um profissional: exerce, portanto, sua atividade de forma habitual. 2. Que exerce atividade econômica: entenda-se como atividade econômica não somente aquela que produz ou faz circular bens ou serviços, mas também que visa o lucro. 3. Que exerce sua atividade de forma organizada: aí reside a grande dificuldade da caracterização do empresário. 4. A atividade, além de se enquadrar nos itens anteriores, deve estar voltada para produção ou circulação de bens e serviços: quanto a tal característica não existe polêmica, sendo a atividade exercida pelo indivíduo criadora (produção) ou de intermediação (circulação) de bens ou serviços, e atendendo às características anteriores, por certo que estaremos diante de uma atividade empresarial que somente é exercida pelo empresário. Pelo visto, percebe-se que todas as características necessárias para a caracterização do empresário são extraídas da simples leitura do art. 966, caput, do CC. Não podemos nos esquecer, entretanto, que tal artigo possui um parágrafo único especialmente destinado aos exercentes de profissão intelectual. Lá está consignado que, de regra, tais profissionais não são considerados empresários, exceto quando o exercício de sua profissão se constituir elemento de empresa. E qual é esse elemento de empresa? Ora, conforme nos parece nítido, tal elemento é justamente a conjugação das características delineadas no caput do art. 966. Assim sendo, se o exercente de profissão intelectual articular sua atividade de forma que esteja presente todas as características que analisamos linhas atrás, logo ele será considerado empresário. Não pense que somente a atividade intelectual pode ser tida como não empresarial, pois se não se constitui elemento de empresa, o exercício de qualquer profissão, mesmo que seja ela de natureza comercial, não caracteriza o sujeito que a exerce como empresário. Fonte: http://jus.com.br/revista/texto/7026/caracterizacao-do-empresario-individual- diante-do-codigo-civil-vigente 3 – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI Definição: A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas. Órgãos registradores: a) Juntas Comerciais e; b) Cartórios do Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Legislação: A instituição da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) foi dada pela Lei nº 12.441/2011 com o objetivo de reduzir a burocracia e permitir que milhões de empreendedores nacionais possam exercer os seus negócios na formalidade, extinguindo, assim, uma relação societária fictícia que perdurava por muitos anos, com a introdução do famoso “laranja” para compor o mínimo de dois sócios. Com a criação da Eireli, isso ficou no passado, pois, hoje, um só titular é o suficiente, desde que a empresa possua um capital mínimo de 100 salários-mínimos, que corresponde atualmente a R$ 62.200,00. O principal motivo para constituir uma Eireli é o fato de haver incomunicabilidade entre o patrimônio social e o pessoal de quem constitui a empresa, ficando, desse modo, resguardado o patrimônio pessoal do sócio. Assim, fica permitida a inclusão no Simples Nacional desse modelo de sociedade desde que se faça a opção e que sejam preenchidos os requisitos necessários para adentrar-se a este regime de tributação, com base na Lei Complementar nº 123/2006. Dessa forma, pode optar pelo Simples Nacional na condição de microempresa (ME) ou de empresa de pequeno porte (EPP) a Eireli devidamente registrada no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: a) no caso da ME, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00; b) no caso da EPP, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00. No momento da opção, o contribuinte deverá prestar declaração quanto ao não enquadramento nas vedações previstas no art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011, independentemente das verificações efetuadas pelos entes federados. Não podem optar pelo Simples Nacional as pessoas jurídicas que se enquadram nas condições listadas a seguir: a) Que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); b) Que tenha sócio domiciliado no exterior; c) De cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; d) Que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; e) Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; f) Que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; g) Que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;h) Que exerça atividade de importação de combustíveis; i) Que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; b) bebidas alcoólicas, refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas, as preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 partes da bebida para cada parte do concentrado e cervejas sem álcool; j) Que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviço de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; k) Que realize cessão ou locação de mão de obra; l) Que realize atividade de consultoria; m) Que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis; n) Que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS; o) Com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível. Unidade III – cadastros 1 – CNPJ Definição: CNPJ é a sigla de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. É um tipo de cadastro em que todas as pessoas jurídicas e as equiparadas (pessoas físicas que exploram em nome individual atividades com intuito de lucro) são obrigadas a se inscrever antes de iniciar as suas atividades. Para a pessoa jurídica, o CNPJ tem a mesma função do CPF (Cadastro Pessoa Física) para o cidadão (pessoa física), ou seja, uma identificação perante a Receita Federal do Brasil, que é o órgão responsável por administrar os cadastros de Pessoa Física e Pessoa Jurídica. O CNPJ possui diversas informações, como o nome da entidade, endereço, data de abertura, descrição da atividade econômica, natureza jurídica, verificação da situação cadastral na Receita Federal, entre outros dados que são de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Em julho de 1999, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica substituiu o antigo CGC - Cadastro Geral de Contribuintes, com o objetivo de unificar os procedimentos cadastrais das empresas. Informações Gerais: O CNPJ compreende as informações cadastrais das entidades de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A administração do CNPJ compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Documentos obrigatórios em qualquer pedido perante o CNPJ São documentos do CNPJ: a) FCPJ – Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica, que poderá ser preenchida via PGD – download e transmitida exclusivamente pela Internet por meio do Programa Receitanet, ou preenchida diretamente no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) http://www.receita.fazenda.gov.br, por meio do Aplicativo de Coleta Web. A FCPJ deverá ser acompanhada do QSA (no caso de sociedades); b) Quadro de Sócios e Administradores (QSA); c) Ficha Especifica, de interesse do órgão convenente; d) Documento Básico de Entrada do CNPJ (DBE) ou Protocolo de Transmissão, conforme modelos constantes dos Anexos I E II da IN RFB nº 1.183, de 19 de agosto de 2011. Unidades Cadastradoras Unidades cadastradoras perante o CNPJ são aquelas competentes para analisar as informações contidas na documentação apresentada pela entidade. São unidades cadastradoras: I - no âmbito da RFB: a) Delegacias da Receita Federal do Brasil (DRF); b) Delegacias da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat); c) Delegacias Especiais de Instituições Financeiras (Deinf); d) Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes (Demac) Rio de Janeiro; e) Inspetorias da Receita Federal do Brasil (IRF) Classes "A" e "B" e; f) Agências da Receita Federal do Brasil (ARF); e Centros de Atendimento ao Contribuinte (CAC). II - no âmbito dos órgãos convenentes, as unidades designadas no convênio firmado com a RFB. 2 – Inscrição Estadual Definição: No Brasil, a Inscrição Estadual (IE) é o registro do contribuinte no cadastro do ICMS mantido pela Receita Estadual. Com a inscrição, o contribuinte do ICMS passa a ter o registro formal do seu negócio, junto à Receita Estadual do estado onde está estabelecido. Em alguns estados, o registro é solicitado com o preenchimento da Ficha Cadastral - FC. Essa ficha deve ser preenchida toda vez que o contribuinte fizer qualquer alteração cadastral. Em outros estados, as fichas de Inscrição Estadual podem possuir outro nome, como no Paraná, que se chama DUC - Documento Único de Cadastro. Em 2012, a maioria dos estados brasileiros já estão integrados com o Cadastro Sincronizado da Receita Federal Brasileira, onde podem ser realizadas inúmeras operações relacionadas com CNPJ e a Inscrição Estadual, não sendo mais necessário o preenchimento de FC ou DUC. Empresas não contribuintes do ICMS estão desobrigadas de possuir Inscrição Estadual, sendo o caso, por exemplo, dos bancos, hospitais, laboratórios, e de todas as outras empresas prestadoras de serviços sujeitos ao ISSQN. Informações da Inscrição Estadual dentro do Estado do Rio de Janeiro O Cadastro de Contribuintes do IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO – ICMS – CAD-ICMS é parte integrante do Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro – CADERJ. Finalidade do CAD-ICMS ? • Manter o registro dos Contribuintes do ICMS. Quem deve se registrar no CAD-ICMS ? • Devem ser registradas no CAD-ICMS todas as pessoas físicas e os estabelecimentos de pessoas jurídicas e de empresários individuais que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias, e os que prestem serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Quem administra o CAD-ICMS ? • Superintendência Estadual de Arrecadação, Cadastro e Informações Econômico- Fiscais – SUACIEF. Composição do CAD-ICMS ? • Cadastro de Pessoa Jurídica – CNPJ. • Reservado ao registro de contribuintes pessoa jurídica ou empresário individual. Nota Estão listados no artigo 31 da Resolução SEF nº 2.861/97 os obrigados à inscrição nesse segmento do CAD-ICMS. Cadastro de Pessoa Física-Contribuinte – CPF ? • Reservado ao registro de pessoas físicas que se dediquem às atividades descritas no artigo 35 da Resolução SEF nº 2.861/97. 3 – Alvará/Inscrição Municipal Definição: O alvará é um documento ou declaração que garante a autorização de funcionamento para qualquer tipo de empresa ou comércio e também para a realização de eventos. Pode ser emitido por uma prefeitura ou por outros órgãos governamentais. Os responsáveis por sua emissão devem observar a legislação vigente de cada município ou região, pois ele deve estar embasado no Código de Posturas e no Código Tributário. Para sua emissão é cobrada uma taxa, normalmente de acordo com o seu prazo de vigência ou validade. O Alvará de Localização e Funcionamento é a licença concedida pelo Município para que uma determinada atividade seja exercida em determinado local. Quem precisade Alvará? De acordo com os Códigos Tributário e Postura do Município do Rio de Janeiro, nenhum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços ou de entidades associativas poderá funcionar sem prévia licença do Município. Isso inclui, por exemplo, bares, restaurantes, lanchonetes, farmácias, fábricas, salões de beleza, farmácias, oficinas mecânicas e associações de moradores. Prestadores de serviço sem vínculo empregatício (por exemplo, cabeleireiros e manicures) também necessitam de Alvará, desde que exerçam suas atividades em locais fixos. Quem está isento de Alvará? Não necessitam de Alvará os estabelecimentos da União, do Estado, do Município ou das entidades paraestatais e os templos, igrejas, sedes de partidos políticos, sindicatos, federações e confederações, reconhecidos na forma da Lei. Também não necessitam de Alvará os profissionais autônomos e liberais que sejam empregados de um determinado estabelecimento. Como providenciar o Alvará? O primeiro passo visando à obtenção do Alvará de Localização e Funcionamento é a consulta prévia, que dentro do município do Rio de janeiro, em alguns casos, é feito via pepel e, em sua maioria, feito via eletrônico no portal WWW.alvaraja.com.br. Após o seu deferimento, o interessado verifica se determinada atividade pode ser exercida em determinado endereço. A Consulta Prévia de Local serve para se resguardar antes de tomar qualquer decisão, adquirir mercadorias ou assinar qualquer documento. A partir da consulta prévia serão informados todos os documentos necessários para o licenciamento, conforme o caso. A natureza da atividade ou do imóvel onde ela será exercida poderá indicar a necessidade de algum documento ou formulário específico ou mesmo a necessidade de encaminhamento a alguma outra Secretaria Municipal. Documentação básica para a solicitação de Alvará (dentro do município do Rio de Janeiro): • Pessoas Jurídicas: Contrato social, CNPJ, Inscrição Estadual (no caso de atividades obrigadas) e IPTU. • Profissionais Autônomos: Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência e IPTU. • Profissionais liberais (com curso superior): Carteira de Identidade fornecida pelo Conselho Profissional, CPF, comprovante de residência e IPTU. • Ponto de Referência: Contrato social, CNPJ, IPTU e declaração de diligências fiscais. A figura do Alvará Provisório possui a necessidade de expedição mediante determinadas condições, a título precário, licença para localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais a fim de que estes concluam sua regularização com vista à expedição, em caráter definitivo, do licenciamento prévio do Município. Na verdade, o Alvará Provisório constitui-se em verdadeiro fator de incentivo à regularização perante os demais entes públicos. Apenas a consulta prévia ao boletim informativo poderá indicar a possibilidade ou não de concessão do Alvará Provisório. Unidade IV – Demais licenças 1 – Corpo de Bombeiros; 2 – Licença Sanitária; 3 – Licença de Publicidade; 4 – Instalação Comercial e; 5 – Licença Ambiental. Observação: Dependendo do tipo de atividade, será necessária diversas licenças.
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