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7. Helmintos Schistosoma

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Ancilóstomo
Schistosoma Tênia
Helmintos
Helmintos – Algumas características gerais
Helminto é um termo artificial, referindo-se comumente a vermes parasitas intestinais (Helmins = verme em grego)
Agrupam organismos não-relacionados evolutivamente, mas que compartilham formas corpóreas similares
– Corpo alongado desprovido de apêndice
• Todos os helmintos produzem ovos que frequentemente
são microscópicos;
• Quando maduros geralmente podem ser vistos a olho nú;
• Possuem elaborados ciclos de vida, que incluem ovo,
larva e adulto.
• São grandes organismos pluricelulares (metazoários/animais);
Fungi
Animalia
Monera
Protista
Plantae
Embora absurdamente diversos podemos extrair algumas
generalidades:
Helmintos – Filos
Existem dois grupos de helmintos que se destacam pela importância humana/veterinária:
Nematódeos
Platelmintos
Platelmintos Nematódeos
Corpo achatado dorso-ventralmente e alongado
Tegumento revestindo o corpo
Sistema digestivo incompleto (sem ânus) ou ausente
Platelmintos Nematódeos
Corpo cilíndrico e afunilado nas extremidades
Cutícula revestindo o corpo
Possuem sistema digestivo completo, com boca e ânus
Ambos não possuem nem sistema circulatório nem sistema respiratório, sendo capazes de sobreviverem 
em ambientes com baixíssimo O2 ou de maneira anaeróbica no interior dos hospedeiros
Não possuem cavidade corporal, são celomados
“maciços”
Possuem cavidade corporal, porém não totalmente revestida 
pelo mesoderma, pseudocelomados
Platelmintos Nematódeos
Platelmintos Nematodeos
Anelídeos
Classificação dos Platelmintos
Filo dividido em três classes: 
 1. Turbellaria (turbelários) - vida livre com epitélio 
ciliado; planária;
 2. Trematoda (trematódios) - vermes parasitas, não 
ciliados, com uma ou mais ventosas; schistossoma;
 3. Cestoda (cestódios) - parasitas com corpo 
dividido em anéis ou proglotes; Taenia solium e 
Taenia Saginata.
Classes de importância parasitológica!!
Helmintos
Platelmintos Nematódeos
Trematodeo
Cestodeo
Continue
Trematódeos
• Trematoda – grego (trematos, dotado de orifício) – 11.000 espécies de ecto e endoparasitas;
• Possuem órgãos adesivos orais e ventrais que os fixam ao hospedeiro, do qual sugam tecidos, muco, fluidos ou
sangue;
• Sua epiderme permite as trocas gasosas da respiração e a eliminação de compostos nitrogenados, ao mesmo
tempo que protege das enzimas segregadas pelo hospedeiro;
Schistosoma mansoni
Fasciola hepatica
Trematódeos de importância médica para humanos:
Trematódeos
Schistosoma spp
• Esse verme foi descrito inicialmente por Theodore Bilharz, um patologista alemão que realizava necropsias no
Egito, em 1852;
• Encontrou parasitas machos e fêmeas, assim como ovos no fígado, sistema porta e bexiga no corpo de um
rapaz , organismos semelhantes foram posteriormente descritos no Japão (Schistosoma haematobium);
• Em 1908 o medico baiano Pirajá da Silva descreveu o verme da forma mais correta possível, sendo
considerado o seu descobridor;
Schistosoma spp
O gênero Schistosoma possui várias espécies que afetam diversos tipos de mamíferos: elefantes, roedores,
bovinos, búfalos, hipopótamos, guaxinins e o homem;
As 3 espécies de Schistosoma que mais afetam o homem estão em destaque abaixo:
Área endêmica, focal e indene da esquistossomose mansoni
no Estado da Bahia.
Indene: 166 municípios (39.8%)
Focal: 123 municípios (29.5%)
Endêmico : 128 municípios (30,7%)
Total do Estado: 417 municípios
FONTE:PCE / SESAB
Schistosoma mansoni – Parasita adulto
Ventosa oral
Ventosa ventral (acetábulo) 
Canal ginecóforo
Macho
Fêmea
Ventosa ventral 
(acetábulo) 
Ventosa oral
Canal 
ginecóforo
Fêmea: cor mais escura, tegumento liso;
Macho: cor esbranquiçada, tegumento recoberto por projeções (tubérculos)
Vermes adultos de S. mansoni
Schistosoma mansoni – Parasita adulto
Os vermes adultos habitam o sistema porta, de onde migram, acasalados, para o território da veia mesentérica inferior, 
onde farão ovoposição;
Casal num vaso do plexo mesentérico
• Nutrição: hemácias
• Machos: 40.000hemácias/dia
• Fêmeas: 300.000hemácias/dia
• ~300 ovos/dia (1/3 chegam ao meio externo)
Schistosoma mansoni – Parasita adulto
As fêmeas de S. mansoni põem os ovos na parede de pequenos vasos sanguíneos;
O ovo deve penetrar o endotélio das vênulas, atravessar os tecidos intervenientes, assim como o revestimento
mucoso antes de alcançar o intestino e escapar para o mundo exterior;
Schistosoma mansoni – Ovoposição
Como o ovo atravessa tantas barreiras?
1. Células endoteliais que revestem as vênulas se movem ativamente sobre os ovos dos vermes para excluí-los do
lúmen venoso;
2. O ovo extravasado estimula a formação de um granuloma (consistindo de células móveis – eosinófilos, plasmócitos e macrófagos) ao
redor de si, que se move carregando o ovo consigo até o lúmen intestinal, onde o ovo é excretado com as fezes e
as células do sistema imunológico se dispersam;
3. Enzimas hidrolíticas emitidas pelos poros da casca do ovo, induzindo uma resposta imune que facilitaria a
passagem do ovo;
Ovos cobertos com 
células endoteliais
Ovos
Ovo coberto com 
granuloma tecidual
Ovo do Schistosoma mansoni
• Mede cerca de 150mm de comprimento x 60mm de largura, formato oval com espículo na parte mais larga 
voltada para trás (1 micrômetro corresponde a uma das partes resultantes de um milímetro dividido em 1000);
• Ovos colocados nas veias mesentéricas, 1 por vez, até 400/dia;
• Os ovos contém um embrião ainda em formação no momento da postura, somente após decorridos 6 a 7 dias 
esse embrião se tornará maduro e conterá uma forma chamada Miracídio;
Ovo do Schistosoma mansoni
• Os ovos que conseguirem chegar à luz intestinal vão para o exterior junto com o bolo fecal e têm uma
expectativa de vida de 24 horas (fezes líquidas) a cinco dias (fezes sólidas);
• Os ovos precisam ser carreados a fontes de água para poder prosseguir seu ciclo de desenvolvimento;
• Alcançando a água, os ovos liberam o miracídio, estimulado pelos seguintes fatores: temperaturas mais
altas, luz intensa, oxigenação e menor osmolaridade da água;
Eclosão e Miracídio
Miracídio
• Na água o miracídio (viável por apenas 12 horas) nada ativamente buscando o hospedeiro intermediário
adequado – o caramujo – e o penetra através das áreas expostas;
• No tecido fibromuscular da região cefalópodal (48 horas) o parasita sofre modificações morfofisiológicas e se
desenvolve em um saco com paredes cuticulares, contendo a geração das células germinativas ou reprodutivas
que recebe o nome de Esporocisto mãe ou Primário;
Esporocisto
Biomphalaria glabrata
Esporocisto Mãe ou Primário
Esporocisto Filho ou Secundário
• Após 2-3 semanas os Esporocistos mães dão origem a Esporocistos filhos ou Secundários que migram para as
gônadas ou para as glândulas digestivas (hepatopâncreas) do molusco, onde vão gerar e liberar as Cercárias;
(Hepatopâncreas)
• Rédia – Estágio larval que se desenvolve dentro do corpo do caramujo e dará origem a novas rédias ou às
Cercárias;
• ~4 semanas da infecção inicial do caramujo pelo miracídio até a formação da cercária
• Um único miracídio pode gerar de 100 a 300 mil cercarias, às vezes persistindo por toda a vida do caramujo;
Esporocisto Filho ou Secundário (Rédia)
Cercárias
• É sob a forma de cercárias que o S. mansoni infecta o hospedeiro definitivo
Cercárias – Mecanismos de Encontro com o Hospedeiro
 Turbulência da água;
 Sombra do corpo;
 Quimiotropismo por moléculas da pele;
ventosa oral (a), boca (b), acetábulo (c), junção do talo (d), 
talo (e) e bifurcação do talo (f)
CercáriaAo alcançarem a pele do homem, se fixam preferentemente entre os folículos pilosos com auxílio das 
ventosas e de substâncias mucoprotéica secretadas por suas glândulas;
Podem penetrar também pelo revestimento da garganta ou do esôfago;
A penetração leva em torno de 30 segundos, onde ela perde sua cauda, sofre alterações morfofisiológicas e 
começa a se transformar num Esquitossômulo;
Cercárias – Penetração no Hospedeiro
Esquistossômulo
• A permanência do esquistossomulo na pele limita-se a dois ou três dias, ao fim dos quais o parasita, se não
foi destruído pelo sistema imune, acaba por penetrar em um vaso sanguíneo ou linfático;
• Inicia-se então novas transformações morfofisiológicas e uma extensa migração pelo corpo humano;
Esquistossômulo
• Ao penetrarem num vaso são levadas passivamente da pele até os pulmões, pelo sistema vascular sanguíneo,
via coração direito, surgindo nos pulmões 3 dias pós penetração;
• Uma vez no sistema porta intra-hepático, os esquistossômulos se alimentam e se desenvolvem em machos e
fêmeas adultos, 25-28 dias após a penetração;
Schistosoma mansoni – Parasita adulto
Os vermes adultos habitam o sistema porta, de onde migram, acasalados, para o território da veia mesentérica inferior, 
onde farão ovoposição;
Fatores e determinantes que influenciam na patogenicidade:
Cepa do parasita: intensidade das primeiras infecções
Carga parasitária: interfere na sintomatologia
Susceptibilidade do hospedeiro: idade e estado nutricional
Patogenicidade
• Esquistossomose
Aguda
Crônica
 Dermatite cercariana:
• Lesões pruriginosas
 Migração dos esquistossômulos pelo pulmão:
• Arteriolite, Artrite e Endoarterite
• obstrução embólica dos vasos e reação inflamatória (fígado e pulmão)
• Focos de necrose 
• Congestão e ruptura dos alvéolos pulmonares
 Migração dos esquistossômulos pelo fígado:
• Necrose de coagulação
 Febre, acompanhada de sudorese, tosse, calafrios, emagrecimento, 
alergias, diarréias, cólicas, tenesmo, linfadenia, hepatoesplenomegalia
discreta, leucocitose com eosinofilia.
Patogenia (fase aguda)
Patogenia (fase crônica)
 Fígado:
• Os ovos que são arrastados até o sistema porta formam
granulomas – fibrose periportal;
• Hipertensão portal causada pela obstrução da circulação porta
pelos granulomas – Hepatomegalia;
• Esta hipertensão pode agravar-se com o tempo e causar uma
série de alterações como esplenomegalia, varizes e ascite
(barriga d’água);
• As lesões hepáticas e esplênicas levam a hipoproteinemia,
anemia, leucopenia, plaquetopenia e problemas de coagulação;
• Varizes esofagogástricas, com hemorragias muitas vezes fatais
Patogenia (fase crônica)
 Intestino:
• Em muitos casos, o paciente apresenta dores abdominais, diarreia mucosanguinolenta e tenesmo;
• Nos casos graves, pode haver fibrose da alça retossigmóide por conta do acúmulo de granulomas, levando a
diminuição do peristaltismo e constipação constante;
 Rim:
• O acesso de imunocomplexos aos glomérulos renais, onde são retidos junto à membrana basal, pode
ocasionar o desenvolvimento de glomerulopatias;
• Manifestações clínicas decorrentes desses eventos podem variar desde proteinúria assintomática até
síndrome nefrótica
 Outras Formas:
• A presença fortuita de ovos e, conseqüentemente, de granulomas em ramos venosos no SNC pode levar à
ocorrência de mielite, além de várias formas de comprometimento cerebelar ou encefálico;
• Há a possibilidade do acesso de ovos a praticamente qualquer órgão, com o estabelecimento de lesões
teciduais decorrentes da formação de granuloma
Ovos são os elementos fundamentais da sintomatologia da esquistossomose.
Diagnóstico
 Parasitológico:
• Pesquisa de ovos nas fezes por diversos métodos;
• Biópsia retal - Retirada de fragmentos da mucosa em diferentes pontos das porções finais do reto (Desconforto);
 Reação intradérmica:
• Inoculação de 0,05 mL de ag de verme adulto;
• Reação positiva com pápula atingindo 1,0 cm para crianças e 1,2 cm para adultos;
 ELISA
 Imuno Fluorescência Indireta
 PCR
Vetor
http://www.cives.ufrj.br/informes/helmintos/hel-0ya.pdf

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