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Prévia do material em texto

19
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72
66
SImULADo eNem
As ondas do mar batem nas pedras.
Selo FSC aqui
2017
2a Série
2o DIA
PRoVA 1
ATeNção: transcreva no espaço apropriado do seu CARtão-ResPostA, 
com caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LeIA ATeNTAmeNTe AS INSTRUçÕeS SeGUINTeS: 
 1. este CADeRNo De QuestÕes contém a Proposta de 
Redação e questões numeradas de 61 a 120, dispostas da 
seguinte maneira:
a. as questões de número 61 a 90 são relativas à área de 
Linguagens, Códigos e suas tecnologias;
b. as questões de número 91 a 120 são relativas à área de 
Matemática e suas tecnologias.
ATeNção: as questões de 61 a 64 são relativas à língua 
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões 
relativas à língua estrangeira (Inglês ou espanhol) escolhida.
 2. Verifi que, no CARtão-ResPostA e na FoLHA De ReDAÇão, 
se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma 
divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
 3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços 
próprios do CARtão-ResPostA e da FoLHA De ReDAÇão 
com caneta esferográfi ca de tinta preta.
 4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARtão-ResPostA. 
ele não poderá ser substituído.
 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 
5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . 
Apenas uma responde corretamente à questão.
 6. No CARtão-ResPostA, marque, para cada questão, a letra 
correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo 
todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfi ca 
de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção 
em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a 
questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
 7. o tempo disponível para estas provas é de quatro horas e dez 
minutos.
 8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARtão-
-ResPostA. os rascunhos e as marcações assinaladas no 
CADeRNo De QuestÕes não serão considerados na avaliação.
 9. somente serão corrigidas as redações transcritas na FoLHA 
De ReDAÇão.
10. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARtão-
-ResPostA e a FoLHA De ReDAÇão.
11. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida 
uma hora e trinta minutos do início da sua aplicação.
12. Você será excluído do exame caso:
a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios 
de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, 
telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;
b. se ausente da sala de provas levando consigo o 
CADeRNo De QuestÕes, antes do prazo estabelecido, 
e/ou o CARtão-ResPostA;
c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer 
participante do processo de aplicação das provas;
d. se comunique com outro participante, verbalmente, por 
escrito ou por qualquer outra forma;
e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.
A CoR DA CApA Do SeU CADeRNo De QUeSTÕeS é AmAReLo. mARQUe -A em SeU CARTão-ReSpoSTA.
pRoVA De ReDAção e De LINGUAGeNS, CÓDIGoS e SUAS TeCNoLoGIAS
pRoVA De mATemáTICA e SUAS TeCNoLoGIAS
Instituição de ensino: 
Aluno: 
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Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens 
presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularida-
des ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições.
As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publici-
dade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação 
ou incentivo ao consumo.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 3
pRopoSTA De ReDAção
Relato pessoal
TexTo I
TexTo II
Rio – Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais entrevistados relataram 
em 2015 terem praticado do que sofrido bullying, não apenas na escola, mas em qualquer ambiente que frequentam. Meninas 
são menos provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas disseram já ter praticado bullying, enquanto entre os alunos a pro‑
porção sobe para 24,2%. A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos entrevistados disseram fazer 
bullying) do que na rede pública (19,5%).
Sofreram bullying com frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9o ano, principalmente por causa da aparência do corpo ou 
do rosto. A incidência das provocações é um pouco maior nas escolas públicas (7,6%) que nas particulares (6,5%).
Quase um quarto dos jovens (23,4%) disse ter se envolvido em briga ou luta física nos 30 dias anteriores à pesquisa. Entre 
os meninos, chegou a 30,3% os que se envolveram em brigas e, entre as meninas, 16,8%.
A proporção é semelhante nas escolas públicas e particulares. Embora em proporções menores, porém mais perigosas, as 
brigas com armas de fogo envolveram 5,7% dos jovens, ou 150 mil alunos. Neste caso, há grande diferença entre as escolas, 
com incidência na rede pública quase duas vezes maior que na rede privada (6,1% e 3,4% respectivamente).
Alunos dizem mais praticar do que sofrer bullying, mostra pesquisa do IBGE. UoL educação, 26 ago. 2016. Disponível em: 
<http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia‑estado/2016/08/26/alunos‑dizem‑mais‑praticar‑do‑que‑sofrer‑bullying‑mostra‑pesquisa‑do‑ibge.htm>. Acesso em: 8 nov. 2016.
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Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência 
física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por
um indivíduo (do inglês bully, “tiranete” ou “valentão”) ou grupo de 
indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo
(ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Às vezes fi camos
estáticos, sem saber 
o que responder 
perante um ataque 
verbal. Só depois 
de vários minutos é 
que nos ocorre uma 
reposta audaz.
Agressão física:
Ataque verbal:
Exclusão social:
Violência é um comportamento que causa dano 
a outra pessoa, ser vivo ou objeto, invade a 
autonomia, integridade física ou psicológica e 
mesmo a vida de outro.
As exclusões são de uma forma geral, difi culdades 
ou problemas sociais que levam ao isolamento e até 
à discriminação.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 4
TexTo III
Aos 13 anos, o jovem Daniel Fitzpatrick resolveu tirar a vida após não suportar o bullying diário que precisava encarar na 
escola. De acordo com o New York Daily News, o menino de Staten Island, nos Estados Unidos, cometeu suicídio na semana 
passada após pedir ajuda a escola para tentar parar com o bullying que vinha sofrendo.
A instituição se recusou a intervir, mesmo com pedidos de professores. Assim, Daniel se enforcou com um cinto, no sótão de 
sua casa. Pouco tempo antes disso acontecer, o aluno escreveu uma carta em que explicava como se sentia, como o bullying 
e a falta de ajuda o afetavam. Ele tinha a intenção de entregar a carta a escola.
O pai de Daniel Fitzpatrick revelou a história do seu filho, inclusive a carta de suicídio e a sua foto, para que casos assim 
não voltem a acontecer. “Nenhum pai deveria ter que enterrar seu filho. Nenhuma criança deveria passar pelo que o meu filho 
passou”, disse. A mãe de Daniel contou que as crianças o xingavam dentro da sala de aula e também atiravam coisas contra 
ele, o que o deixava triste e bastante frustrado.
SALVADO, Nathalia. Garoto de 13 anos se suicida após sofrer bullying e escola se recusar a ajudar. Vírgula Comportamento, 15 ago. 2016. Disponível em: <http://virgula.uol.com.br/
comportamento/garoto‑de‑13‑anos‑se‑suicida‑apos‑sofrer‑bullying‑e‑escola‑se‑recusar‑a‑ajudar/>.Acesso em: 8 nov. 2016.
Considere a seguinte situação: você sofreu bullying durante toda a sua vida escolar, no entanto, conseguiu superar as consequên‑
cias negativas dessa prática discriminatória. Redija, portanto, um relato pessoal, que será lido para os colegas da escola na qual 
você estudou, expondo como você se sentia quando sofria bullying e como você o superou. 
Instruções:
•	 O	texto	deve	ser	escrito	à	tinta,	em	até	30	linhas.
•	 A	redação	que	apresentar	cópia	dos	textos	da	Proposta	de	Redação	terá	o	número	de	linhas	copiadas	desconsiderado	para	efeito	
de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
•	 tiver	até	7	(sete)	linhas	escritas,	sendo	considerada	“insuficiente”;
•	 fugir	ao	tema	ou	que	não	atender	ao	tipo	relato	pessoal;
•	 apresentar	ideias	que	desrespeitem	os	direitos	humanos;
•	 apresentar	parte	do	texto	deliberadamente	desconectada	com	o	tema	proposto.
A correção da redação deve considerar os seguintes critérios:
Critério Observar
Gênero Fazer uso das características do gênero solicitado e estruturá-lo dentro dos limites do texto em prosa.
Propósito Atender à solicitação feita na proposta, estabelecendo diálogo entre as instruções oferecidas e a situação apresentada.
Interlocução Atentar ao papel de enunciador e ao possível interlocutor dentro do gênero proposto.
Holístico Utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, evitando erros de ortografia e de pontuação. Apresentar um bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando ambiguidades e redundâncias.
COMENTÁRIO:
A redação desenvolvida deve discutir o tema “bullying” do ponto de vista pessoal. Mesmo assim, a redação desenvolvida deve discutir o tema com profundidade e deve-se 
considerar a realidade dos sujeitos diante dessa situação. Redações que apresentem tais características e possíveis soluções para o tema, e nas quais seja feito uso criativo 
da coletânea, devem ser valorizadas, enquanto textos que se limitem a reproduzir as ideias contidas nos textos de apoio ou que tangenciem o tema devem receber desconto 
nas notas atribuídas.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 5
LINGUAGeNS, CÓDIGoS e 
SUAS TeCNoLoGIAS
Questões de 61 a 90
Questões de 61 a 64 (opção Inglês)
Questão 61
Dennis the Menace é um famoso personagem que surgiu nas 
tiras de jornal no início dos anos 1950. A fala de Dennis evi‑
dencia que
A o armário do Sr. Wilson é mágico porque realiza sonhos.
B Sr. Wilson usa as roupas que usava quando era mais novo.
C Sra. Wilson acredita que o marido não perderá peso.
D Dennis sonha em vestir as roupas do Sr. Wilson.
E Sr. Wilson está mais magro que antigamente.
QuEsTãO 61
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H7
Na tirinha, Dennis explica para o outro garoto que esse é um armário de esperanças 
e sonhos. Esperanças porque o Sr. Wilson espera estar magro o suficiente para vestir 
suas calças antigas novamente. E sonhos porque, para Sra. Wilson, o marido está 
sonhando, ou seja, não acredita que seja possível ele voltar ao peso de antigamente. 
Questão 62
ImpACT of CLImATe ChANGe oN SpeCIeS
To survive, plants, animals and birds confronted with climate 
change have two options: move or adapt. With the speed of 
climate change we are experiencing already, it’s often not 
possible for a species to adapt quickly enough to keep up 
with its changing environment. And with the amount of habitat 
destruction, dam building, roads and cities expanding, moving 
is becoming increasingly difficult.
In such cases, climate change can mean that species 
disappear in places where they once thrived, or even go 
completely extinct. A recent study in Science found that one in 
six species is at risk of extinction because of climate change – if 
we do nothing about it.
CoRNeLIus, stephen. Impact of climate change on species. WWf, 10 nov. 2015. 
Disponível em: <www.wwf.eu/what_we_do/climate/publications_climate/ 
?255984/Impact-of-climate-change-on-species>. Acesso em: 17 out. 2016.
Segundo a matéria publicada na página da organização não 
governamental WWF, contribui para o desaparecimento de uma 
espécie
A a escassez de alimentos.
B a sua rápida adaptabilidade.
C a erosão do solo.
D a expansão urbana.
E o difícil acesso à água.
QuEsTãO 62
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
A matéria esclarece que, para sobreviver à mudança climática, uma espécie tem duas 
opções: mudar ou adaptar-se. Como adaptar-se é muito difícil – uma vez que a mu-
dança climática é bastante rápida –, resta às espécies mudar-se – tarefa esta que 
é dificultada pela destruição de hábitats, construção de barragens, construção de 
estradas e expansão da cidade.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 6
Questão 63
The ThRee pReSeNTS of D’ARTAGNAN The eLDeR
In those times panics were common, and few days passed 
without some city or other registering in its archives an event of 
this	kind.	There	were	nobles,	who	made	war	against	each	other;	
there	was	the	king,	who	made	war	against	the	cardinal;	there	
was Spain, which made war against the king. Then, in addition 
to these concealed or public, secret or open wars, there were 
robbers, mendicants, Huguenots, wolves, and scoundrels, who 
made war upon everybody. 
Alexandre Dumas.
O trecho retirado do romance de Alexandre Dumas, The Three 
Musketeers, descreve uma época que se caracteriza, primor‑
dialmente, por ter sido
A conflituosa.
B religiosa.
C contraditória.
D nobre.
E repressora.
QuEsTãO 63
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H5
A narrativa descreve a época como um período marcado por conflitos e guerras 
(“wars”) em razão de diversos motivos.
Questão 64
Disponível em: <http://allaboutallavolodina.com/author/AllaVolodina/>. 
Acesso em: 17 out. 2016.
Um cartão‑postal é a simplificação de uma carta. Ele possui 
dois lados e não necessita de envelope para ser postado. Ao 
ler o cartão‑postal de Sra. Stewart, descobrimos que ela espera 
que a pessoa para quem escreveu
A se inscreva em um curso no qual ela é professora.
B volte às aulas da professora no ano seguinte.
C lhe escreva um cartão‑postal de resposta. 
D se sinta bem‑vindo em seu curso de literatura.
E traga o cartão‑postal para sua primeira aula.
QuEsTãO 64
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
No cartão-postal, Sra. Stewart deseja as boas-vindas aos estudantes que iniciarão o 
curso de alfabetização (“literacy”) que ela ministrará neste ano. Ela pede aos estudantes 
que tragam o cartão-postal escrito por ela para a primeira aula do curso.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 7
Questões de 61 a 64 (opção espanhol)
Questão 61
CRÓNICA De LA CIUDAD De SANTIAGo
Santiago de Chile muestra, como otras ciudades 
latinoamericanas, una imagen resplandeciente. A menos de un 
dólar por día, legiones de obreros le lustran la máscara.
En los barrios altos, se vive como en Miami, se vive en Miami, 
se miamiza la vida, ropa de plástico, comida de plástico, 
gente de plástico, mientras los vídeos y las computadoras se 
convierten en las perfectas contraseñas de la felicidad.
Pero cada vez son menos estos chilenos, y cada vez son 
más los otros chilenos, los subchilenos: la economía los maldice, 
la policía los corre y la cultura los niega.
Unos cuantos se hacen mendigos. Burlando las prohibiciones, 
se las arreglan para asomar bajo el semáforo rojo o en cualquierportal. Hay mendigos de todos los tamaños y colores, enteros y 
mutilados, sinceros y simulados: algunos en la desesperación 
total, caminando a la orilla de la locura, y otros luciendo caras 
retorcidas y manos tembleques por obra de mucho ensayo, 
profesionales admirables, verdaderos artistas del buen pedir.
En plena dictadura militar, el mejor de los mendigos chilenos 
era uno que conmovía diciendo:
— Soy civil.
GALEANO, Eduardo. el libro de los abrazos. Madrid: Siglo XXI, 1993. p. 23.
Essa crônica, que fala da cidade de Santiago, foi escrita por 
um famoso escritor uruguaio chamado Eduardo Galeano. Nela, 
o autor cria o vocábulo “subchileno” para se referir
A aos pedreiros que ganham menos de um dólar por dia para 
construir prédios modernos, casas de alto padrão e outras 
construções que transformam Santiago em uma cidade res‑
plandecente. 
B às pessoas que vivem nos chamados bairros altos e, por man‑
terem uma vida de luxo e mais próxima da realidade de Miami 
que de Santiago, são acusadas de não ajudarem a manter a 
cultura chilena.
C à população mais pobre do Chile, que aumentava gradativamen‑
te e vivia com pouco ou quase nenhum dinheiro, marginalizados 
pelo governo, pela polícia e negados pela própria cultura. 
D aos mendigos que vivem de esmolas pedidas nos semáforos e 
em outros cantos da cidade, chamados pelo autor de artistas 
por saberem como pedir dinheiro nas ruas.
E aos civis, que, no auge da Ditadura Militar, eram esquecidos pelo 
governo e viviam de pedir esmolas nos semáforos de Santiago.
QuEsTãO 61
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H7
O autor utiliza o vocábulo “subchileno” para referir-se à população pobre do Chile que 
crescia cada vez mais naquele momento e vivia à margem da economia, fugidos da 
polícia e negados pela própria cultura.
Questão 62
¿CÓmo DARLe bATALLA AL AzúCAR?
¿misión imposible? Nada de eso. mirá estos consejos para 
eliminar al “enemigo blanco” de nuestra alimentación.
[…]
Lo más complicado puede ser cambiar los hábitos de 
consumo;	 vivimos	 en	 un	mundo	 con	muchos	 alimentos	
industrializados y casi todo lo que compramos en el súper 
tiene azúcar oculta. Podés empezar probando vos misma, 
simplemente eligiendo siempre lo natural y sumando consejos.
Reseteá tu paladar: lo mejor es arrancar con unos días de 
detox total, sin azúcar ni edulcorantes. Así vas a poder volver 
a un “punto cero” y sentir el sabor dulce en cosas que antes 
no te parecían dulces en lo más mínimo. “El brócoli, la batata 
o la calabaza me parecían postres de lo dulce que los sentía 
después de unos días de comer todo amargo”, cuenta Janine.
Buscá sustitutos: para los momentos de ansiedad, probá 
con quesos y frutos secos. Por ejemplo, Janine usa mucho las 
almendras con canela para el “metejón dulce”. Todo tiene un 
reemplazo, se trata de jugar e ir probando. Incluso la mayoría 
de los productos hoy tienen sus versiones sugar free: desde el 
chocolate hasta el dulce de leche y la crema de maní.
Incorporá algunos “permitidos”: una vez a la semana, no 
pasa nada si te tomás un recreíto y te das un gusto con un 
helado o una chocotorta. La clave está en que elijas mejor con 
qué cosas “zafarte”, porque, una vez que elimines el azúcar, tu 
cuerpo se va a sentir muy diferente cada vez que la consumas: 
“Cuando como un helado, me doy cuenta muy rápido del efecto 
adrenalínico que te da el azúcar. Empezará a ponerte eufórico, 
es como un shot de energía”.
CASTAGNINO, María Eugenia. ¿Cómo darle batalla al azúcar? Revista ohlalá. Disponível em: 
<www.revistaohlala.com/1939074‑como‑darle‑batalla‑al‑azucar>. Acesso em: 20 set. 2016.
O texto fala de um tema muito atual: o consumo exagerado de 
açúcar, chamado de “inimigo branco” pela autora. Das alternativas 
a seguir é correto afirmar que deve‑se
A deixar de consumir os alimentos industrializados para consumir 
apenas produtos cujo rótulo afirme tratar‑se de um alimento à 
base de alimentos naturais.
B consumir durante alguns dias brócolis, batata e abóbora para 
“limpar” o paladar e passar a apreciar alimentos mais amargos. 
C comer apenas produtos cujos rótulos indicam ser livres de 
açúcar, com amêndoas ou canela.
D buscar produtos mais naturais e sem adição de açúcar, e subs‑
titutos para aqueles momentos em que sentimos vontade de 
comer um doce.
E deixar para consumir tortas doces e sorvetes apenas quando 
estiver com baixa adrenalina ou com falta de energia.
QuEsTãO 62
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
O texto dá dicas de como vencer a batalha contra o açúcar, entre elas, promover uma 
alimentação mais natural, livre de açúcar e substituindo os alimentos mais doces 
por outros mais saudáveis. Portanto, a alternativa correta é a d.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 8
Questão 63 
NIK. Gaturro. Disponível em: <www.gocomics.com/espanol/gaturro/2016/09/15>. Acesso em: 20 set. 2016.
Ágatha, a amiga de Gaturro, fala que demitir funcionários que entram em greve é um dos princípios do Capitalismo selvagem, 
fase do Capitalismo na época da Revolução Industrial. Outra característica presente no quadrinho e que também podemos 
atribuir a esse sistema é
A a privação de benefícios e leis trabalhistas que regulamentassem o trabalho.
B a fiscalização de um proletariado das indústrias que observava a produção dos trabalhadores.
C a falta de estabelecimento de turnos, que obrigava os funcionários a trabalhar dia e noite, sem descanso.
D o surgimento de líderes sindicais, que tinham como função conduzir os demais trabalhadores para a realização de greves.
E a preocupação dos donos das indústrias em demitir funcionários treinados e ter de contratar novos funcionários que não conheciam 
o ofício.
QuEsTãO 63
Conteúdo: Interpretação de texto verbal e não verbal
C2 | H6
O Capitalismo selvagem é a fase do Capitalismo da época da Primeira Revolução Industrial, no final do século XVIII, na qual se destacavam a falta de leis trabalhistas, as 
precárias condições de trabalho e nenhum benefício ao trabalhador, que dedicava muitas horas do dia à produção das indústrias a troco de um baixo salário, uma vez que os 
empregadores visavam ao lucro máximo. Das alternativas, apenas a a está presente no quadrinho de forma explícita.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 9
Questão 64 
¿poR QUé bUSCAmoS SíNTomAS eN LA Web?
Google recibe 3000 millones de consultas por día de personas preocupadas por los resultados de un estudio; los médicos 
dicen que esto es ineludible y hay que guiar al paciente
Al palparse un pequeño bulto cerca de la oreja, Laura fue de inmediato a buscar datos en la Web: “bolita cerca del oído”, 
escribió	en	el	buscador.	De	repente	comenzó	a	llorar;	los	primeros	resultados	indicaban	que	tenía	un	tumor.	Corrió	al	consultorio	
de su médico, que le indicó que se trataba de un quiste pequeño e inofensivo. Este diagnóstico fue corroborado luego por 
dermatólogos y hasta cirujanos.
Similar es el caso de muchas personas que, por un dolor de cabeza que se prolonga durante varias horas o cualquier otro 
síntoma inusual, empiezan a indagar sobre las posibles enfermedades que podrían estar sufriendo. Y es que, como explica el Dr. 
Daniel Bogiaizian, presidente honorario de la Asociación Argentina de Trastornos por Ansiedad (AATA) y profesor de la Licenciatura 
en Psicología en Fundación UADE, “los temas vinculados a la salud están en los primeros puestos de las preocupaciones de las 
personas y uno de los modos de disminuir esta incertidumbre es buscando información”.
[…]
Los médicos manifiestan que el hecho de que los pacientes usen Internet parabúsquedas relacionadas a salud es una realidad 
que hay que asumir. Frente a esa realidad, Bogiaizian recomienda a los usuarios leer en sitios Web de asociaciones médicas o 
instituciones especializadas en una problemática en particular.
Por su parte, Podestá Lecuona concluye: “La comunidad médica en su conjunto todavía se siente incómoda con esta realidad, 
pero no podemos seguir negándola. Si creemos que la información es una aliada, sabremos guiar a nuestros pacientes en la 
navegación de la Web para que consuman de sitios con contenidos confiables. Ahí está la clave”.
SLOTNISKY, Débora. ¿Por qué buscamos síntomas en la Web? La Nación, 24 set. 2016. Disponível em: <www.lanacion.com.ar/1940729‑por‑que‑buscamos‑sintomas‑en‑la‑web>. Acesso em: 
10 nov. 2016.
O texto fala de uma atitude muito comum nos dias atuais: a busca de sintomas na internet. Diante desse fato, os médicos con‑
sultados para a matéria jornalística indicam que
A os pacientes devem deixar de procurar os sintomas que sentem na internet porque ficam iludidos e não deixam ser guiados pelos 
médicos.
B já que é inevitável a procura de sintomas na internet, os médicos devem instruir seus pacientes a buscarem informação em sites 
confiáveis.
C os pacientes devem confiar apenas em seus médicos, uma vez que os sites da internet não apresentam informações corretas e 
deixam as pessoas ansiosas.
D na atualidade, a informação de sites	confiáveis	escritos	por	médicos	é	uma	aliada	da	Medicina,	portanto;	já	é	possível	que	pacientes	
possam se autodiagnosticar sem sair de casa.
 E apesar de os médicos não gostarem que seus pacientes cheguem às consultas bem informados a respeito de seus sintomas, eles 
devem aceitar que a tecnologia é um caminho sem volta.
QuEsTãO 64
Conteúdo: Interpretação de texto
C2 | H6
Com a facilidade de acesso à tecnologia e com milhares de sites, blogs e demais formas de postar opiniões e informações, é natural que as pessoas acabem buscando na inter-
net os sintomas e os tratamentos para diversos sintomas, antes mesmo de procurar um médico. Como é impossível evitar essa busca de informações, os médicos consultados 
para a matéria explicam que o ideal, então, é que os especialistas comecem a orientar seus pacientes a procurarem conhecimentos em sites confiáveis, escritos por médicos. 
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Questão 65
TexTo I
[...]
E estando Afonso Lopes, nosso piloto, em um daqueles navios 
pequenos, por mandado do Capitão, por ser homem vivo e des‑
tro	para	isso,	meteu-se	logo	no	esquife	a	sondar	o	porto	dentro;	
e tomou dois daqueles homens da terra, mancebos e de bons 
corpos, que estavam numa almadia. Um deles trazia um arco e 
seis	ou	sete	setas;	e	na	praia	andavam	muitos	com	seus	arcos	e	
setas;	mas	de	nada	lhes	serviram.	Trouxe-os	logo,	já	de	noite,	ao	
Capitão, em cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa.
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de 
bons rostos e bons narizes, bem‑feitos. Andam nus, sem nenhuma 
cobertura.	Nem	estimam	de	cobrir	ou	de	mostrar	suas	vergonhas;	e	
nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam 
os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e 
verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum 
fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem‑nos 
pela	parte	de	dentro	do	beiço;	e	a	parte	que	lhes	fica	entre	o	beiço	
e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte 
que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.
Os cabelos seus são corredios. E andavam tosquiados, de 
tosquia alta, mais que de sobrepente, de boa grandura e rapados 
até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, 
de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas 
de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui bas‑
ta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava 
pegada aos cabelos, pena e pena, com uma confeição branda 
como cera (mas não o era), de maneira que a cabeleira ficava 
mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais 
lavagem para a levantar.
O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma ca‑
deira, bem vestido, com um colar de ouro mui grande ao pescoço, 
e aos pés uma alcatifa por estrado. 
A carta de Pêro Vaz de Caminha. público. Disponível em: <www.publico.pt/culturaipsilon/
noticia/a‑carta‑de‑pero‑vaz‑de‑caminha‑1627013>. Acesso em: 17 out. 2016.
TexTo II
Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se pas‑
sava uma cena curiosa. Em pé, no meio do espaço que formava 
a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco de‑
cepado pelo raio, via‑se um índio na flor da idade. Uma simples 
túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada 
à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía‑lhe dos ombros 
até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto 
como um junco selvagem. Sobre a alvura diáfana do algodão, a 
sua	pele,	cor	do	cobre,	brilhava	com	reflexos	dourados;	os	cabelos	
pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos 
exteriores	erguidos	para	a	fronte;	a	pupila	negra,	móbil,	cintilante;	
a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, 
davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da 
inteligência. Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual 
se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que des‑
crevendo uma longa espiral, vinham rogar com as pontas negras 
o	pescoço	flexível.	Era	de	alta	estatura;	tinha	as	mãos	delicadas;	a	
perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos, 
apoiava‑se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na 
corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e 
com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo 
forcado de pau enegrecido pelo fogo. [...] Nesse instante erguia 
a cabeça e fitava os olhos numa sebe de folhas que se elevava a 
vinte passos de distância, e se agitava imperceptivelmente. Ali por 
entre a folhagem, distinguiam‑se as ondulações felinas de um dorso 
negro,	brilhante,	marchetado	de	pardo;	às	vezes	viam-se	brilhar	na	
sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos 
de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol. Era uma 
onça	enorme;	de	garras	apoiadas	sobre	um	grosso	ramo	de	árvore,	
e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando 
o salto gigantesco. Batia os flancos com a larga cauda, e movia a 
cabeça monstruosa, como procurando uma abertura entre a folha‑
gem	para	arremessar	o	pulo;	uma	espécie	de	riso	sardônico	e	feroz	
contraía‑lhe as negras mandíbulas, e mostrava a linha de dentes 
amarelos;	as	ventas	dilatadas	aspiravam	fortemente	e	pareciam	
deleitar‑se já com o odor do sangue da vítima. O índio, sorrindo e 
indolentemente encostado ao tronco seco, não perdia um só des‑
ses movimentos, e esperava o inimigo com a calma e serenidade 
do homem que contempla uma cena agradável: apenas a fixidade 
do olhar revelava um pensamento de defesa.
ALENCAR, José de. o Guarani.
Os dois textos apresentam um retrato do indígena inserido na 
natureza, porém o texto romântico se diferencia por
A fazer uma descrição baseada no contraste entre o português 
que o observa e o indígena, reforçando seu caráter selvagem.
B empregar com frequência metáforas e comparações, com 
o objetivo de caracterizar o indígena descrito por meio de 
elementos do universo do leitor.
C revestir o indígena com elementos da cultura civilizada, como 
vestuário e adereços, atribuindo‑lhe características e valores 
do europeu.
D ressaltar a beleza e a força física do indígena, que, integrado 
na natureza retratada,conhece e sabe lidar com seus perigos. 
E mostrar a soberania cultural do indígena diante do português, 
fazendo uma crítica clara ao processo civilizatório.
QuEsTãO 65
Conteúdos: Comparação de dois textos literários; Literatura Quinhentista; Romantis-
mo; Indianismo
C5 | H15
Para a resposta adequada, o estudante deve, em primeiro lugar, identificar qual dentre 
os textos é o romântico; em seguida, tem de notar as diferenças entre a idealização do 
indígena na Literatura de Informação do século XVI e no Romantismo. A alternativa d 
indica com clareza os objetivos do indianismo romântico, expressos no trecho citado 
de O guarani.
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Questão 66 
TexTo I
Sabemos que o desenvolvimento de lideranças femininas beneficia todo o mercado. Por isso, nós temos a meta de aumentar 
o número de mulheres executivas em nossa empresa por todo mundo! Leia mais: http://www.pepsico.com.br/lideranca‑feminina.
Página da empresa PepsiCo Brasil, no site Facebook, 8 jul. 2016. Disponível em: <www.facebook.com/PepsiCoBrasil/photos/a. 
160587110671941.40366.103802363017083/1141824049214904/?type=3&theater>. Acesso em: 17 out. 2016.
TexTo II
A
nd
ré
 D
ah
m
er
Ações afirmativas são projetos planejados por governos ou empresas no intuito de corrigir desigualdades presentes na sociedade. 
A empresa PepsiCo (Texto I) comunica uma dessas medidas em um de seus anúncios veiculado em uma rede social. A tirinha 
do Texto II busca produzir humor ao abordar um tema correlato ao do anúncio. Sob a enunciação desses diferentes discursos 
sobre o mesmo tema, é possível perceber a informação
A explícita de que a mulher não ocupa o mesmo lugar social do homem.
B explícita de que, no mercado de trabalho, os homens subjugam as mulheres.
C implícita de que as mulheres não ocupam o mesmo espaço social dos homens.
D implícita de que as mulheres estão ganhando o mercado de trabalho.
E implícita de que os homens se preocupam cada vez mais com os direitos da mulher.
QuEsTãO 66
Conteúdo: Implícitos e subenten-
didos
C7 | H22
A informação implícita é aquela que 
não está registrada de modo textual. 
Em registros diferentes percebe-se 
o mesmo problema social subjacen-
te: as mulheres não ocupam o mes-
mo lugar do homem na sociedade. 
Prova disso é a campanha para 
promover o empoderamento das 
mulheres – se isso é promovido é 
de se supor que exista um descom-
passo entre a ascensão econômica 
das mulheres e a dos homens. A 
isso se deve somar o não dito da 
tirinha, que mulheres, de algum 
modo, poderiam ensinar (por exem-
plo, por meio do feminismo) sobre 
respeito aos homens. De onde é 
possível concluir que há um déficit 
nesse respeito devido; logo, o espa-
ço social entre homens e mulheres 
não está bem dividido. 
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Questão 67
GoVeRNo TemeR CRIA GRUpo De TRAbALho pARA 
ReVISão Do SUS
Comissão entregará propostas para revisão do decreto que 
dispõe sobre o SUS em 90 dias
O governo criou um grupo de trabalho para elaborar uma 
proposta de revisão da legislação que coordena o SUS (Sistema 
Único de Saúde), segundo resolução publicada no Diário Oficial 
da União desta segunda‑feira (29).
A comissão, segundo a resolução datada de 16 de agosto, 
será tripartite e formada por representantes do Departamento 
de Articulação Interfederativa, do Departamento de Monitora‑
mento e Avaliação do SUS e da Secretaria Executiva da Co‑
missão Intergestores Tripartite.
O grupo terá ainda participação de representantes do Con‑
selho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional 
de Secretarias Municipais de Saúde.
Segundo o texto, a comissão deverá entregar em 90 dias 
as propostas para revisão do decreto no 7.508, de 28 de junho 
de 2011, que dispõe sobre o SUS.
[...]
Governo Temer cria grupo de trabalho para revisão do SUS. R7 Notícias. Disponível 
em: <http://noticias.r7.com/brasil/governo‑temer‑cria‑grupo‑de‑trabalho‑para‑revisao‑do‑
sus‑29082016>. Acesso em: 17 out. 2016.
Na notícia, foram empregados muitos verbos conjugados no 
futuro. Como, em regra, as notícias tratam de acontecimentos 
passados, o mais comum é que os verbos sejam, nesse gênero, 
mantidos nos tempos pretéritos do modo indicativo. Entretanto, 
nesse caso, a razão de o jornalista ter optado pelo uso mais 
frequente dos verbos no futuro deveu‑se
A ao fato de a notícia ainda não ter acontecido.
B ao fato de haver incorreções linguísticas no gênero.
C ao fato de a comissão não ter começado seu trabalho.
D às incertezas sobre o trabalho promovido pela comissão.
E às suposições jornalísticas sobre a ação da comissão.
QuEsTãO 67
Conteúdo: Interpretação de texto
C7 | H21
O evento noticiado já ocorrido foi a criação da comissão de revisão da legislação do 
SUS. A notícia lançou mão dos verbos no futuro para anunciar as ações futuras de que 
a comissão fora incumbida. Como a comissão não deu ainda início a seus trabalhos, os 
verbos no futuro do presente anteciparam para o leitor da notícia os trabalhos que serão 
exercidos pelo grupo de trabalho especial. 
Questão 68
[...]
O uso ilícito de substâncias – medicamentos e hormônios 
– como artifício para ganhar competições esportivas é muito 
antigo. [...]
Ao mesmo tempo em que as substâncias e os fármacos 
são aprimorados para passarem despercebidos nos exames 
de urina e de sangue feitos nos atletas, os próprios métodos 
de detecção também se sofisticam.
Assim, é difícil haver dúvida nos resultados, conforme 
explica Jair Rodrigues Garcia Junior, professor do curso de 
Educação Física da Universidade do Oeste Paulista (Unoes‑
te), ainda que algumas substâncias sejam parecidas com as 
produzidas pelo corpo humano. “As mulheres, por exemplo, 
também produzem hormônios masculinos, porém, em pequenas 
quantidades. Quando elas usam esteroides para aumentar a 
força muscular, os exames detectam a quantidade de hormônio 
artificial no corpo, porque a excreção na urina é diferente da 
natural”, afirma o professor.
[...]
COSTA, Renata. O que é doping esportivo? Nova escola. Disponível em: 
<http://novaescola.org.br/formacao/doping‑esportivo‑atleta‑campeonato‑492977.shtml>. 
Acesso em: 9 ago. 2016.
Em cenários de grandes competições esportivas, é comum ser 
divulgado na mídia que alguns atletas foram pegos no exame 
antidoping. Tal exame possui relevância no esporte
A porque proíbe o uso de hormônios que auxiliam no desempe‑
nho dos atletas.
B pois proporciona a verificação de uso de substâncias lícitas 
que potencializam a performance.
C porque propõe uma competição igualitária em qualquer mo‑
dalidade, sem atletas dopados.
D porque mantém atualizada a lista de atletas que usam subs‑
tâncias ilícitas, alertando os competidores.
E porque proporciona aos atletas de alta performance a melhoria 
do rendimento esportivo.
QuEsTãO 68
Conteúdo: Atividade física e doping
C3 | H11
O exame antidoping configura um controle rígido de substâncias usadas por atletas 
de alto rendimento. Esse exame ocorre por meio da urina, a qual é coletada e enviada 
para análise, verificando a presença de substâncias ilícitas. Ele garante que o atleta 
que tenha feito uso de drogas sintéticas para melhorar o desempenho não ganhe 
vantagem em relação aos demais atletas que não o fizeram, mas não tem poder de 
proibir o uso dessas substâncias.
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Questão 69 
ENTENDA O ESPORTE
COmO TuDO COmEçOu
A primeira representação de um barco a remo foi descoberta na Finlândia e data de 5800 a.C., e a maisantiga regata de que 
se tem registro aconteceu em Veneza, em 1274, quando competiram gondoleiros e barqueiros.
O esporte ingressou nos Jogos Olímpicos em Atenas 1896, mas teve a regata cancelada por conta do mar revolto. Quatro 
anos depois, em Paris 1900, o torneio pôde enfim acontecer. O remo, então, entrou de vez no programa Olímpico. As mulheres 
competem desde Montreal 1976.
SOBRE A COmPETIçÃO
São 14 eventos: oito para homens e seis para mulheres. Cada regata pode ter até seis barcos. As equipes avançam na 
competição de acordo com o sistema definido pela Federação Internacional de Remo. A prova de 2 000 m é percorrida em linha 
reta, com marcações a cada 250 m. Cada barco tem a sua própria raia, de 13,5 m de largura. 
Figura curiosa no mundo do remo, o timoneiro atua como um técnico dentro do barco: orienta as táticas da equipe e dita o 
ritmo da remada e a direção do barco, além de motivar os remadores e comunicar as posições dos adversários.
VOCÊ SABIA?
• A romena Elisabeta Lipa não é apenas considerada uma das 
melhores remadoras da história, com oito medalhas Olímpicas 
(cinco ouros, duas pratas e um bronze). Ela também é a detento‑
ra do recorde de tempo transcorrido entre a primeira e a última 
medalhas: 20 anos, de Los Angeles 1984 a Atenas 2004.
• Em Melbourne 1956, o soviético Viktor Ivanov come‑
morou tanto a medalha de prata conquistada com o 
companheiro de equipe Igor Buldakov que 
a deixou cair no lago Wendouree. Após a 
competição, meninos de uma escola 
local saíram à procura da medalha. 
Andrew Hemingway, de 13 anos, a 
encontrou e devolveu ao campeão.
Guia do espectador: Remo. Disponível em: <https://smsprio2016-a.akamaihd.net/sport/-nM89E/rio2016_guia_espectador_%20jo_remo_pt.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2016.
Nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, o remo foi uma das modalidades disputadas na Lagoa Rodrigo de Freitas. Para que 
os interessados no esporte pudessem apreciá‑lo, o Comitê Olímpico publicou o guia do espectador, contendo várias informações. 
Segundo o trecho apresentado, o remo
A é citado como relativamente novo na história das Olimpíadas, ingressando no evento em 1976.
B é praticado por homens e mulheres em equipes com atletas mistos.
C quando coletivo, possui um timoneiro, responsável por ditar o ritmo da equipe.
D ocorre em regatas com percurso sinuoso de até dois quilômetros de extensão.
E possui quantidade igual de eventos para as modalidades masculina e feminina.
Questão 69
Conteúdo: Esporte olímpico – Remo
C3 | H9
O remo é um esporte com tradição consolidada em Olimpíadas (mais de 100 anos). Esse esporte pode ser praticado em equipe, porém estas não são mistas, mas separadas 
em provas masculinas e femininas. O timoneiro é responsável por auxiliar a equipe ditando o ritmo das remadas. As regatas ocorrem em linha reta com percurso de dois 
quilômetros.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 14
Questão 70
ex-DepUTADo eDUARDo CUNhA é pReSo em 
bRASíLIA e Tem R$ 220 mI bLoQUeADoS
O ex‑deputado Eduardo Cunha (PMDB‑RJ) foi preso nesta 
quarta‑feira (19) em Brasília, seis dias depois de se tornar réu 
na Operação Lava Jato, no Paraná. Ele foi detido nos arredores 
de sua residência de Brasília, que fica na Asa Sul.
Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no 
valor de R$ 220.677.515,24.
Segundo a Polícia Federal, a prisão do deputado é pre‑
ventiva. Nessa modalidade, não há tempo determinado para 
a prisão, e o réu pode ser mantido preso até seu julgamento ou 
pelo período necessário para não atrapalhar as investigações.
Esse foi um dos argumentos do juiz Sergio Moro, responsá‑
vel pelos processos da Lava Jato, em seu despacho – ele afirma 
que Eduardo Cunha mantinha poder suficiente para obstruir 
investigações e intimidar potenciais testemunhas, apesar de 
ter tido seu mandado cassado. 
AMORIM,	Felipe;	PRAZERES,	Leandro.	Ex-deputado	Eduardo	Cunha	é	preso	em	Brasília	e	
tem R$ 220 mi bloqueados. UoL Notícias, 19 out. 2016. Disponível em: 
<http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas‑noticias/2016/10/19/cunha‑e‑preso‑em‑brasilia.htm>. 
Acesso em: 08 nov. 2016.
Os gêneros discursivos são definidos por seu conteúdo, seu 
estilo e funções, todos organizados para cumprirem a situação 
comunicativa. Assim, há inúmeros gêneros textuais, como o 
manual de instrução, a bula de um remédio, uma crônica etc. 
O texto, então, pode ser classificado como
A notícia em relação ao gênero e narração em relação ao tipo.
B reportagem em relação ao gênero e descrição em relação 
ao tipo.
C informação em relação ao gênero e descrição em relação 
ao tipo.
D denúncia em relação ao gênero e injunção em relação ao tipo.
E reportagem em relação ao gênero e argumentação em relação 
ao tipo.
QuEsTãO 70
Conteúdo: Gênero discursivo 
C6 | H18
O gênero textual é a notícia – gênero curto que se ocupa com informações objetivas 
relacionadas ao tempo, lugar e razão das circunstâncias do acontecimento de um fato 
extraordinário. O gênero notícia costuma valer-se da tipologia narrativa para “contar” 
um fato. 
Questão 71
TexTo I
A poesia trovadoresca se apresenta em dois gêneros essen‑
ciais: o lírico amoroso e o satírico. Em virtude da então unidade 
linguística entre Portugal e a Galiza, o idioma empregado era 
o galego‑português. As produções poéticas implicavam uma 
estreita aliança entre a poesia, a música, o canto, a dança, 
daí, o nome cantiga, sempre com acompanhamento musical, 
mais precisamente, instrumentos de corda como: viola, alaúde, 
harpa, saltério, entre outros.
SIBIN, Elizabete Arcalá. A poesia trovadoresca e suas relações com a literatura de 
cordel e a música contemporânea. Monografia para aperfeiçoamento/Especialização em 
Letras. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2007.
TexTo II
Mal me tragedes, ai filha,
porque quer ‘ aver amigo
e pois eu com vosso medo
non o ei, nen é comigo,
no ajade‑la mia graça
e dê‑vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça. 
Sabedes ca sen amigo
nunca foi molher viçosa,
e, porque mi‑o non leixades
ver, mia filha fremosa,
no ajade‑la mia graça
e dê‑vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça.
Julião Bolseiro. 
No trecho da cantiga de amigo, vista no Texto II, a
A temática do amor, modulada pela voz lírica feminina, espelha 
o cordel da atualidade.
B presença do refrão, comum em poemas trovadorescos, asse‑
melha‑a à canção contemporânea.
C voz lírica feminina é um recurso resgatado nas letras das mú‑
sicas do Tropicalismo brasileiro.
D conversa entre mãe e filha é característica de jograis profanos 
da Renascença na Europa.
E presença do eu lírico feminino só encontra equivalência nas 
árias de óperas do Romantismo italiano.
QuEsTãO 71
Conteúdos: Trovadorismo; Canção
C6 | H18
A alternativa correta é a b, em que o refrão é apresentado como estrutura comum à 
cantiga de amigo e à canção popular atual.
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Questão 72 
Levando em consideração o gênero charge e sua intenção de provocar o humor, a ilustração trata
A da curiosidade do personagem em procurar prever o que a audiência espera de sua exposição pública. 
B da aparente liberdade de expressãode que se desfruta na vida moderna e do medo diante da ampla repercussão e crítica do que 
é veiculado na mídia. 
C do pânico do jovem em falar em público durante apresentações escolares, o que deve ser superado a fim de se ter um bom de‑
sempenho curricular. 
D da dificuldade de comunicação na atualidade, pela divergência de opiniões expressa nos meios de informação de massa.
E da falta de intimidade do ator iniciante com o público, que exige um desempenho adequado durante sua exposição.
Ze
ro
QuEsTãO 72
Conteúdos: Interpretação de texto; Gênero textual charge; Liberdade de expressão
C1 | H4
Na leitura da charge, pelo número de microfones na mesa e pela posição intimidada do personagem, a única leitura possível, dentre as apresentadas nas alternativas, é a de 
que seu pronunciamento é alvo de inúmeros olhares e ouvidos censores ou interessados no discurso de quem se pronunciará, o que intimida a liberdade de expressão do 
personagem da charge. 
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Questão 73
[...]
Seixas ajoelhou aos pés da noiva, tomou‑lhe as mãos que 
ela	não	retirava;	e	modulou	o	seu	canto	de	amor,	essa	ode	su‑
blime do coração que só as mulheres entendem, como somente 
as mães percebem o balbuciar do filho.
A moça com o talhe languidamente recostado no espaldar 
da cadeira, a fronte reclinada, os olhos coalhados em uma 
ternura	maviosa,	escutava	as	falas	de	seu	marido;	toda	ela	se	
embebia dos eflúvios de amor, de que ele a repassava com a 
palavra ardente, o olhar rendido, e o gesto apaixonado.
— É então verdade que me ama?
— Pois duvida, Aurélia?
— E amou‑me sempre, desde o primeiro dia que nos vimos?
— Não lho disse já?
— Então nunca amou a outra?
— Eu lhe juro Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de 
outra mulher, que não fosse a minha mãe. O meu primeiro beijo 
de amor, guardei‑o para minha esposa, para ti...
Soerguendo‑se para alcançar‑lhe a face, não viu Seixas a 
súbita mutação que se havia operado na fisionomia de sua noiva.
Aurélia estava lívida, e a sua beleza, radiante há pouco, se 
marmorizara.
— Ou para outra mais rica!... disse ela retraindo‑se para 
fugir ao beijo do marido, e afastando‑o com a ponta dos dedos.
A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e 
aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia 
ringir‑lhe nos lábios como aço.
— Aurélia! Que significa isto?
— Representamos uma comédia, na qual ambos desem‑
penhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos 
ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. 
Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que 
estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na rea‑ 
lidade	por	mais	triste	que	ela	seja;	e	resigne-se	cada	um	ao	
que	é,	eu,	uma	mulher	traída;	o	senhor,	um	homem	vendido.
— Vendido! exclamou Seixas ferido dentro d’alma.
— Vendido sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica, 
sou	milionária;	precisava	de	um	marido,	traste	indispensável	às	
mulheres	honestas.	O	senhor	estava	no	mercado;	comprei-o.	
Custou-me	cem	contos	de	réis,	foi	barato;	não	se	fez	valer.	Eu	
daria o dobro, o triplo, toda a minha riqueza por este momento.
Aurélia proferiu estas palavras desdobrando um papel, no 
qual Seixas reconheceu a obrigação por ele passada ao Lemos.
Não se pode exprimir o sarcasmo que salpicava dos lábios 
da	moça;	nem	a	indignação	que	vazava	dessa	alma	profun‑
damente revolta, no olhar implacável com que ela flagelava o 
semblante do marido.
Seixas, trespassado pelo cruel insulto, arremessado do 
êxtase da felicidade a esse abismo de humilhação, a prin‑
cípio ficara atônito. Depois quando os assomos da irritação 
vinham sublevando‑lhe a alma, recalcou‑os esse poderoso 
sentimento do respeito à mulher, que raro abandona o homem 
de fina educação.
Penetrado da impossibilidade de retribuir o ultraje à se‑
nhora a quem havia amado, escutava imóvel, cogitando no 
que	lhe	cumpria	fazer;	se	matá-la	a	ela,	e	matar-se	a	si,	ou	
matar a ambos.
Aurélia como se lhe adivinhasse o pensamento, esteve por 
algum tempo afrontando‑o com inexorável desprezo.
— Agora, meu marido, se quer saber a razão por que o com‑
prei	de	preferência	a	qualquer	outro,	vou	dizê-la;	e	peço	que	
não me interrompa. Deixei‑me vazar o que tenho dentro desta 
alma, e que há um ano a está amargurando e consumindo.
A moça apontou a Seixas uma cadeira próxima.
— Sente‑se meu marido.
Com que tom acerbo e excruciante lançou a moça esta frase 
meu marido, que nos seus lábios ríspidos acerava‑se como um 
dardo ervado de cáustica ironia!
Seixas sentou‑se.
Dominava‑o a estranha fascinação dessa mulher, e ainda 
mais a situação incrível a que fora arrastado. 
[...]
ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: FTD, 2010. p. 97‑99. 
O romance Senhora, de José de Alencar, apresenta uma te‑
mática diferenciada dos romances precedentes do autor e é 
considerado uma obra que prenuncia traços característicos do 
Realismo, sem ainda deixar o Romantismo, pois
A retrata com objetividade o casamento de conveniência entre 
Aurélia Camargo e Fernando Seixas, que, ao contrário do que 
é comum no Romantismo, acaba com um final infeliz e a se‑
paração do casal. 
B apresenta personagens movidos pela ambição e pelo desejo 
de vingança, e que não se redimem aos sentimentos românti‑
cos, como ocorre em Lucíola, e terminam sem seus objetivos 
satisfeitos.
C utiliza recursos narrativos que antecipam o diálogo machadiano 
com o leitor, a descrição não idealizada dos personagens e o 
retrato urbano da cidade do Rio de Janeiro e de seus meca‑
nismos sociais.
D dramatiza uma relação amorosa na qual quem dá as cartas é 
o personagem feminino, que tem o poder de escolha e articula 
um casamento por interesse com a finalidade de retribuir o 
desprezo que sofreu no passado. 
E insere uma crítica social ao casamento de conveniência e ao 
poder de mercado instituído como um valor burguês nas rela‑
ções afetivas, mas ainda mantém características românticas, 
como a redenção amorosa no final do romance. 
QuEsTãO 73
Conteúdos: Romantismo; José de Alencar; Romance urbano
C1 | H4
O romance Senhora antecipa o retrato não idealizado da sociedade e a crítica a ar-
ranjos de conveniência, como o casamento por interesse. No entanto, predominam 
no texto de Alencar as características do Romantismo, como a idealização amorosa. 
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 17
Questão 74
CIDADe DA ISLâNDIA ApAGA AS LUzeS e ReALçA 
AURoRA boReAL
Internautas registraram lindas imagens nas redes sociais
O espetáculo da aurora boreal pôde ser contemplado com 
mais clareza em Reykjavik, na Islândia, na noite de quarta‑feira, 
quando as autoridades apagaram por uma hora a iluminação 
pública das ruas da capital islandesa.
Entre 22h e 23h de quarta‑feira, moradores da cidade apro‑
veitaram para registrar imagens das Luzes do Norte, resultado 
da energia liberada após o choque de partículas das tempes‑
tades solares com as moléculas de gás da atmosfera. A dança 
das cores é provocada pelos ventos.
 “Os moradores estão convidados a apagar as luzes de 
casa, de modo a maximizar a escuridão e minimizar a poluição 
luminosa”, dizia o comunicado emitido pelo governo local.
Internautas postaram nas redes sociais fotos do espetáculo 
de luzes cortando o céu da capital islandesa.
Cidade da Islândia apaga as luzes e realça aurora boreal. Veja.com, 30 set. 2016. 
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/mundo/cidade‑da‑islandia‑apaga‑as‑luzes‑e‑realca‑
aurora‑boreal/>. Acesso em: 17 out. 2016.
O gênero notícia procura, por meio de sua linguagem direta e 
objetiva, ater‑se aos fatos, evitando as impressões pessoais do 
jornalista que escreve sobre o assunto. Entretanto,a notícia nem 
sempre é apresentada dessa forma. Por meio de modalizadores 
linguísticos, manifesta‑se o sujeito por trás dos relatos noticia‑
dos. Na notícia lida, evidencia‑se o posicionamento pessoal 
do jornalista
A na expressão “com mais clareza”, uma vez que o evento não 
é claro para todos.
B quando ele entrevista os moradores, pois estes emitem sem 
reservas suas opiniões.
C quando ele diz que internautas postam nas redes sociais fotos 
do fenômeno, pois há fuga do tema da notícia.
D ao explicar o fenômeno da aurora boreal usando terminologia 
científica para descrevê‑lo.
E na escolha de palavras para noticiar o fenômeno, como, por 
exemplo, espetáculo.
QuEsTãO 74
Conteúdo: Gênero discursivo 
C7 | H21
O modalizador, muito comum em advérbios e adjetivos, nessa notícia figura como um 
substantivo. Ao classificar o fenômeno meteorológico como espetáculo, evidencia-se 
a impressão pessoal do jornalista sobre o fato, afastando a parcialidade diante do 
evento noticiado. 
Questão 75
Você sabia que depois de 12 a 24 horas sem fumar, seus 
pulmões começam a funcionar melhor? Conheça o tratamento 
do	tabagismo:	http://goo.gl/tZFzv2
Página da empresa Caloi no site Facebook, 29 ago. 2016. Disponível em: <www.facebook.
com/MovimentoCaloi/photos/a.230876196938151.81325.225124177513353/1481720428520
382/?type=3&theater>. Acesso em: 17 out. 2016.
Com a finalidade de associar seu produto a uma causa nobre – 
o combate ao fumo –, a empresa Caloi veiculou em sua página 
no Facebook um anúncio que relaciona sua marca à promoção 
dessa causa de saúde pública. A frase da peça publicitária, que 
relaciona a imagem ao combate contra o tabagismo, é “Guarde 
seu fôlego para subida”. A relação implícita entre a imagem, a 
frase e o tabagismo diz respeito a (à)
A cortar os gastos com o cigarro para poder comprar uma bicicleta.
B palavra subida, que faz referência à vitória contra o vício do 
tabagismo.
C subida, que representa o desafio da vida contra o vício do 
tabagismo.
D palavra fôlego, que alude à dificuldade de respiração comum 
no tabagismo.
E natureza, contraposta à ideia do mau hábito urbano de fumar.
QuEsTãO 75
Conteúdo: Implícito e subentendido 
C7 | H24
A frase principal do anúncio sugere que o fôlego – a capacidade cardiorrespiratória 
– seja utilizado para uma prática esportiva saudável, como a que se tem quando se 
pratica o esporte relacionado ao produto da marca que anuncia. A relação implícita 
do fôlego com o cigarro encontra-se no fato de que é sabido que o cigarro provoca, 
como advertido nas próprias embalagens, insuficiência respiratória. A frase, então, 
propõe ao consumidor que seu fôlego será mais bem gasto, ou aproveitado, se for 
em benefício de sua saúde. 
C
al
oi
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 18
Questão 76
[...]
mC É verdade que sua equipe te chama de “general”?
pL Vejo a produção como um exército. Frescura quem tem 
é artista [risos]. Não engano ninguém, falo as coisas como 
são. Tem gente que dá valor a isso. Outros são mais sensíveis 
e podem me achar meio grosseira. Lembro quando comecei a 
trabalhar com a [cantora] Teresa [Cristina], ela chorava muito. 
Hoje em dia, antes de começar a chorar, ela ri [risos]. Já o 
Caetano é um exemplo diferente. Uma das coisas que ele mais 
gosta em mim é saber que falo a verdade. As pessoas puxam 
muito o saco dele.
mC Você manda no Caetano?
pL Mando nas coisas que o Caetano não liga: dinheiro, vida 
prática. Vai ver se sou pai dos filhos dele... Não sou.
mC Como é reatar um relacionamento dez anos depois?
pL Parece que nunca teve separação, sabia? Caetano falou: 
“A separação não deu certo, a gente tentou” [risos]. Você vai 
ficando mais velho e tem uma coisa que começa a valer muito, 
que é a intimidade. Depois de certa idade, a gente não suporta 
a expectativa de um relacionamento. Casamento é projeto de 
vida, é um objetivo em comum.
[...]
NEVES, Maria Laura. “Detesto receber ordens”, conta Paula Lavigne em entrevista rara. 
Revista marie Claire, 30 set. 2016. Disponível em: <http://revistamarieclaire.globo.com/
Celebridades/noticia/2016/09/detesto‑receber‑ordens‑conta‑paula‑lavigne‑em‑entrevista‑
rara.html>. Acesso em: 17 out. 2016.
Textos escritos produzidos com base em uma situação comu‑
nicativa oral, como é o caso da entrevista, sofrem limitações 
comunicativas, uma vez que o leitor não tem acesso a impor‑
tantes fontes extraídas da simples observação das expressões, 
entonações de voz e gestos do(a) entrevistado(a). Em uma 
tentativa de reduzir essas limitações do texto oral pelo texto 
escrito, a revista que publicou o trecho selecionado 
A reproduziu a linguagem coloquial da entrevistada.
B reproduziu a citação que Lavigne fez de Caetano.
C empregou colchetes para reproduzir as risadas de Lavigne.
D dividiu a entrevista no formato “perguntas e respostas”.
E usou as iniciais da entrevistada e da própria publicação.
QuEsTãO 76
Conteúdo: Oralidade e escrita 
C8 | H26
Dos enumerados nas assertivas, o único recurso utilizado pela revista que se propõe 
a reconstruir a situação comunicativa oral de maneira mais vívida é a opção c, que 
aponta para a reprodução das risadas – situação de comunicação oral – comumente 
não explicitada na linguagem escrita.
Questão 77
UmA CANção
Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
[...]
QUINTANA, Mario. mario Quintana: poesia completa. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005. 
O nacionalismo romântico foi objeto de releitura por poetas 
modernos e contemporâneos, como nesse poema de Mario 
Quintana, com o objetivo de
A revisar criticamente o discurso idealizado da nação, feito no 
período imediatamente após a independência, e expor a de‑
gradação constante da natureza. 
B homenagear Gonçalves Dias e eleger a “Canção do exílio” 
como o grande poema nacional, que retrata com fidelidade 
as grandezas e os recursos naturais do país.
C apontar a visão deturpada da literatura nacionalista preceden‑
te, propondo, assim, a ruptura com nosso passado cultural e 
a adesão permanente às vanguardas europeias.
D parodiar de forma cômica os textos fundadores do Roman‑
tismo, com finalidade puramente estética, sem a intenção de 
apresentar uma revisão dos valores nacionais.
E retomar os preceitos românticos e os ideais pátrios, a fim de 
valorizar a unidade nacional diante da fragmentação do mundo 
e do ser humano no período pós‑guerra.
QuEsTãO 77
Conteúdos: Inferência entre textos literários; Romantismo; “Canção do exílio”; Poesia 
contemporânea
C6 | H20
A questão leva em consideração o conhecimento prévio do estudante sobre a “Can-
ção do exílio”, de Gonçalves Dias, e suas diversas releituras, partindo da leitura de 
versos de Mario Quintana. Dessa forma, a alternativa a é a única que reúne o aspecto 
de revisão e de crítica do discurso romântico, que teve o mérito de cantar a pátria e 
suas belezas, mas o fez de forma idealizada e não condizente com a realidade obser-
vada na modernidade.
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 19
Questão 78
[...]
 Eu decidi que eu era uma feminista. Isso não parecia com‑
plicado pra mim. Mas minhas pesquisas recentes mostraram 
que feminismo virou uma palavra não muito popular. Aparente‑
mente, eu estou entre as mulheres que são vistas como muito 
fortes, muito agressivas, anti‑homens, não atraentes.
Por que essa palavra se tornou tão impopular?
Eu sou da Inglaterra e eu acho que é direito que me paguem o 
mesmo tanto que meus colegas de trabalho do sexo masculino. [...]. 
Eu acho que é direito que mulheres estejam envolvidas e me repre‑
sentando em políticas e decisões tomadasno meu país. Eu acho que 
é direito que socialmente, eu receba o mesmo respeito que homens. 
Mas infelizmente, eu posso dizer que não existe nenhum país no 
mundo em que todas as mulheres possam esperar ver esses direitos.
[...]
Confira a tradução do discurso feminista realizado por Emma Watson em evento da ONU. 
Literatortura. Disponível em: <http://literatortura.com/2014/09/confira‑traducao‑discurso‑
feminista‑realizado‑por‑emma‑watson‑em‑evento‑da‑onu/>. Acesso em: 17 out. 2016.
O fragmento apresentado faz parte do discurso de Emma Wat‑
son, atriz britânica, em evento celebrado na ONU em setembro 
de 2014. Na transcrição para o registro escrito do discurso da 
atriz, permanece como evidência da origem oral desse discurso
A a ausência do uso dos dois pontos e do travessão para indicar 
o discurso direto.
B a utilização de perguntas retóricas para captar a atenção dos 
ouvintes.
C o tema do discurso, pelo qual a atriz parece ter uma predileção 
especial.
D a desorganização das ideias, apresentadas na escrita de modo 
mais coeso.
E o uso reiterado do pronome pessoal reto “eu”, típico da lingua‑
gem falada.
QuEsTãO 78
Conteúdo: Oralidade e escrita
C8 | H27
A marca de oralidade que se divisa com mais nitidez no discurso da atriz é a repetição 
frequente do pronome “eu”, muito comum na fala, na qual a revisão das repetições 
não é possível como em um texto escrito.
Questão 79
DeGRAVAção De áUDIo
Degravação nada mais é do que o jargão utilizado pela 
polícia e por parte do meio jurídico para se referir à versão 
escrita de qualquer conteúdo de áudio e/ou vídeo.
[...]
Degravação normalmente significa a reprodução, incluindo 
a forma que a pessoa falou, do áudio em texto. Assim, erros de 
português são reproduzidos, por exemplo. Essa modalidade 
também é conhecida como transcrição “ipsis litteris”, que em 
latim quer dizer “literalmente”. É por isso que muitas vezes 
esse tipo de serviço também é chamado de transcrição literal.
Aham, uhum
Interjeição	de	afirmação;	 
concordância
Ãhn
Interjeição de dúvida, 
incompreensão ou pensando
Hã
Interjeição que exprime que o 
interlocutor aguarda a continuidade 
da fala da outra pessoa
(risos) Risada
TEXTO EM 
CAIXA‑ALTA
Palavra ou expressão 
pronunciada com ênfase
Hífen Palavra dita de modo silábico
O que é degravação? Transcrito Já. 
Disponível em: <www.transcritoja.com/o‑que‑e‑degravacao/>. 
Acesso em: 17 out. 2016. Texto adaptado. 
O texto foi extraído do site de uma empresa que presta servi‑
ços de transcrição de áudios e vídeos para a forma escrita da 
língua. A tabela de elementos sonoros apresentados no final 
do texto apresenta o item “hífen” que, além do seu uso comum, 
será utilizado nos serviços da empresa quando
A houver necessidade de destacar a ênfase do falante a deter‑
minada palavra.
B houver a necessidade de separar palavras no final de linhas 
de transcrição.
C o falante anunciar que as sílabas das palavras devem ser se‑
paradas.
D o transcrevente não compreender exatamente o significado 
da palavra.
E o falante mostrar hesitação e insegurança em dizer determi‑
nada palavra.
QuEsTãO 79
Conteúdos: Oralidade e escrita; Gênero discursivo 
C9 | H29
Palavras ditas de modo silábico pelo falante são as palavras que ele frisou destaque 
em sua enunciação. Dizer silabicamente é recurso de oralidade usado pelo falante 
para fins de ênfase no que diz. 
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 20
Questão 80
NAzISmo é UmA QUeSTão poLÊmICA, meLhoR Não opINAR
Hoje a gente vai falar sobre a SUPOSTA escravidão que 
teria ocorrido no Brasil no século 19.
Oi, Marquinho? Por que “suposta”? Porque há controvér‑
sias, há quem prefira chamar de mão de obra gratuita, e se eu 
chamar de escravidão, eu vou estar tomando partido contra a 
escravidão, e eu sou professora, não to aqui pra tomar partido.
 [...] Não sou paga para ter opinião.
Não, nem sobre o nazismo, Jessica. Sim, ALGUNS historia‑
dores afirmariam que teria acontecido um SUPOSTO Holocaus‑
to e que talvez tenha morrido muita gente, mas se eu disser 
que aconteceu, ou que foi ruim, eu vou estar tomando partido 
contra o nazismo, e eu não sou louca de fazer isso, porque se 
eu tomar partido eu perco meu emprego.
DUVIVIER, Gregório. Nazismo é uma questão polêmica, melhor não opinar. 
folha de S.paulo, 15 set. 2016. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/colunas/
gregorioduvivier/2016/08/1802849‑nazismo‑e‑uma‑questao‑polemica‑melhor‑nao‑opinar.
shtml>. Acesso em: 17 out. 2016.
Na crônica, o autor apresenta a caricatura de uma professora 
que ensina seus estudantes sem envolvimento pessoal com os 
temas abordados. A fim de mostrar imparcialidade, a educadora 
lança mão de um recurso linguístico, que trata como prováveis 
duas hipóteses sobre determinado fato histórico. O recurso da 
língua empregado para isso é a utilização de
A seguidas locuções verbais em suas explicações.
B frases curtas e objetivas nas respostas dadas.
C pronomes indefinidos que generalizam as ideias.
D conjunções que apresentam uma condição.
E metalinguagens que explicam seu discurso.
QuEsTãO 80
Conteúdo: As conjunções e as relações lógico-semânticas entre orações
C7 | H24
É por meio do uso das conjunções condicionais – exclusivamente o “se” – que a 
professora apresenta os dois lados dos fatos históricos pretextando imparcialidade. 
Observe o exemplo: “Se foi golpe ou revolução? Se você é de esquerda foi golpe, se 
é de direita revolução.” A conjunção condicional une as frases e as orações, apresen-
tando as hipóteses contempladas pela professora em seu discurso.
Questão 81
foRA De SI
eu fico louco
eu fico fora de si [...]
ANTUNES, Arnaldo. fora de si. Disponível em: <www.arnaldoantunes.com.br/new/sec_
discografia_sel.php?id=24>. Acesso em: 17 out. 2016.
“Fora de si” é uma canção do compositor paulistano Arnaldo 
Antunes. Nela, o eu lírico canta em primeira pessoa a experiên‑
cia da loucura. Por meio dos dois primeiros versos da canção, 
transcritos, é possível observar, em relação à norma culta da 
língua, incorreções no que diz respeito ao uso dos pronomes 
que fazem referência às pessoas do discurso. O desvio da 
norma é, entretanto, proposital: o autor da letra pretendeu, por 
meio da estranha combinação entre os pronomes
A tornar o eu lírico enigmático para o leitor.
B sugerir a ausência de consciência ou de razão do eu lírico.
C dar novo significado aos pronomes “eu”, “mim”, “si” e “nin‑
guém”.
D enfatizar sua própria experiência pessoal com a loucura.
E criar efeitos sonoros sem maiores preocupações semânticas.
QuEsTãO 81
Conteúdo: Empregos do pronome reto e oblíquo
C5 | H16
Arnaldo Antunes, ao misturar o pronome reto de primeira pessoa (eu) com o pro-
nome oblíquo de terceira pessoa (si), enfatiza o estado de espírito do eu lírico, que 
se encontra fora de si. A correção gramatical preconiza que o enunciado deveria ser 
escrito da seguinte maneira: “Eu fico louco, eu fico fora de mim”. Ao substituir o 
pronome “mim”, que concorda com o pronome “eu”, pelo pronome “si”, o autor 
sublinha a perturbação mental do eu poético, que se encontra tão fora de si que a 
própria enunciação de seu discurso reflete isso. 
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 21
Questão 82
mARAbá
Eu vivo sozinha, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá!
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
— “Tu és”, me responde,
“Tu és Marabá!”
— Meus olhos são garços, são cor das safiras,
—	Têm	luz	das	estrelas,	têm	meigo	brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
“Teusolhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”
— É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
—	Da	cor	das	areias	batidas	do	mar;
— As aves mais brancas, as conchas mais puras
— Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
Se ainda me escuta meus agros delírios:
— “És alva de lírios”,
Sorrindo responde, “mas és Marabá:
“Quero antes um rosto de jambo corado,
“Um rosto crestado
“Do sol do deserto, não flor de cajá.”
— Meu colo de leve se encurva engraçado,
—	Como	hástea	pendente	do	cáctus	em	flor;
— Mimosa, indolente, resvalo no prado,
— Como um soluçado suspiro de amor! —
“Eu amo a estatura flexível, ligeira,
Qual duma palmeira”,
Então	me	respondem;	“tu	és	Marabá:
“Quero antes o colo da ema orgulhosa,
Que pisa vaidosa,
“Que as flóreas campinas governa, onde está.”
— Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
—	O	oiro	mais	puro	não	tem	seu	fulgor;
— As brisas nos bosques de os ver se enamoram
— De os ver tão formosos como um beija‑flor!
Mas eles respondem: “Teus longos cabelos,
“São loiros, são belos,
“Mas	são	anelados;	tu	és	Marabá:
“Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,
“Cabelos compridos,
“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá.”
__________
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem 
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha, 
Que sou Marabá!
DIAS, Gonçalves. Marabá. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos 
textos. 20. ed. São Paulo: Cultrix, 2012. p. 131‑132. 
O poema “Marabá”, de Gonçalves Dias, insere‑se na poesia lírica 
indianista da primeira fase do Romantismo brasileiro. Considera‑
dos o contexto e as características do período presentes nessa 
obra, a melancolia do eu lírico feminino desse poema se explica
A pela forma como a lírica de Gonçalves Dias é marcada pelo 
mal do século e pela temática do amor idealizado.
B pela evasão da realidade típica da primeira geração da poesia 
romântica brasileira.
C pela exclusão social sofrida pelo indígena durante o período 
da formação da nacionalidade brasileira.
D pela rivalidade e impedimento tácito de relacionamento entre 
indivíduos de tribos de etnias diferentes. 
E pelas origens mestiças do eu lírico feminino, filha de europeu 
com indígena, e que sofre rejeição da tribo local. 
QuEsTãO 82
Conteúdos: Primeira Fase da poesia romântica; Indianismo; Gonçalves Dias
C4 | H13
Para a resposta adequada, o estudante deve depreender o sentido do título do poema e 
compreender, pela leitura dos versos e conhecimento da obra de Gonçalves Dias, que a 
melancolia do eu lírico feminino provém de sua condição de mameluco. Dessa forma, 
a voz feminina expressa seu sofrimento por carregar em seu semblante as marcas do 
povo europeu que a distinguem do povo indígena, com o qual se identifica e ao qual 
se sente pertencente.
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Questão 83
CAçAmbA TombA em CASA De empReSáRIo ApÓS 
pNeU Se SoLTAR
Uma caçamba tombou nesta segunda‑feira, 19, em uma 
residência no bairro São Cristóvão, na cidade de Palmeira dos 
Índios, agreste alagoano, após o pneu do veículo estourar.
O veículo transportava manivas de mandioca – de acordo 
com o motorista – da cidade de Coité do Noia, agreste ala‑
goano, para a cidade de Bom Conselho, em Pernambuco.
“Eu estava dormindo no momento do acidente e me acordei 
com o barulho sem saber o que estava acontecendo”, destacou 
o	morador	conhecido	como	Zé	Maria.
[...]
Caçamba tomba em casa de empresário após pneu se soltar. Alagoas 24 horas, 20 set. 
2016. Disponível em: <www.alagoas24horas.com.br/1003031/cacamba‑tomba‑em‑casa‑de‑
empresario‑apos‑pneu‑se‑soltar>. Acesso em: 7 nov. 2016.
Variantes linguísticas regionais são hábitos locais de uso da 
língua que resultam em organização sintática e escolhas lexi‑
cais diferentes da variante que foi estabelecida como norma 
padrão. Na notícia, há variações linguísticas regionais evidentes 
na escolha das palavras e na organização sintática da frase. 
Isso se dá, respectivamente, nos casos
A dos nomes das localidades e na expressão “para a cidade de...”.
B da palavra “Noia” e da expressão “o que estava acontecendo”.
C da palavra “agreste” e da expressão “uma caçamba tombou”.
D da palavra “manivas” e da expressão “e me acordei”.
E 	 do	nome	“Zé	Maria”	e	da	expressão	“uma	caçamba	tombou”.
QuEsTãO 83
Conteúdo: Variação linguística 
C8 | H25
A palavra “maniva” alude ao talo da mandioca e é comumente utilizada por produ-
tores rurais dessa região. A ênfase dada pela notícia, destacada entre travessões, de 
que seu uso foi feito pelo motorista já dá pistas de que se trata de palavra que exorbita 
o contexto urbano. Já a expressão “e me acordei” sugere uma organização sintática 
de colocação pronominal estranha ao uso mais frequente do verbo “acordar”, que é 
intransitivo e, portanto, não exige pronome.
Questão 84
mãe De CARLINhoS DIz QUe ex-mARIDo TeRIA SIDo 
SoLTo e poDe eSTAR Com fILho
O Caso Carlinhos, garoto de 8 anos levado pelo pai, o 
empresário Carlos Attias, em dezembro de 2015, sofreu uma 
reviravolta na noite desta sexta‑feira (16). No caminho para 
buscar o filho em Buenos Aires, na Argentina, após a prisão 
do pai, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux, mãe da criança, 
recebeu a notícia de que o ex‑marido teria sido solto e existe 
a possibilidade de Carlinhos ser devolvido para ele. Ela gravou 
um vídeo para pedir ajuda. 
Em entrevista ao G1 pelo telefone, Cláudia informou que 
recebeu a notícia no final da tarde desta sexta‑feira, quando 
desembarcou em São Paulo. “Uma delegada da Polícia Federal 
me ligou e disse para eu ser forte antes de me avisar que o pai 
de Carlinhos não estava mais preso, que a Justiça argentina 
tinha liberado ele e que provavelmente meu filho voltaria para 
ele. Quase desmaiei de tanta dor”, contou.
Mãe de Carlinhos diz que ex‑marido teria sido solto e pode estar com filho. G1 pe, 16 set. 
2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/09/mae‑de‑carlinhos‑
diz‑que‑garoto‑pode‑voltar‑para‑o‑pai‑que‑foi‑solto.html>. Acesso em: 8 nov. 2016.
 Ao optar pela locução verbal “teria sido”, com o verbo auxiliar 
no futuro do pretérito, no título da notícia, o jornalista
A aparenta duvidar da versão oferecida pela mãe da vítima.
B dá pistas de que foi omisso na investigação dos fatos narrados.
C revela a certeza de que o policial teria agredido o adolescente.
D foi prudente pois não estava totalmente a par do que de fato 
havia acontecido.
E não deixa aberta a possibilidade de ter havido a soltura do 
empresário Carlos Attias.
QuEsTãO 84
Conteúdo: Estudo de modalizadores e expressões de estilo em fórmulas textuais
C7 | H23
Os verbos no futuro do pretérito em casos como esse, no gênero notícia, são utiliza-
dos como modalizadores linguísticos a fim de evitar julgamentos precipitados, uma 
vez que não há total certeza da veracidade do ocorrido. 
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LC ‑ 2a Série | 2o Dia ‑ Amarelo ‑ Página 23
Questão 85
TexTo I
ADoRmeCIDA
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço de horizonte,
Via‑se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos – beijá‑la.
Era um quadro celeste!...

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