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5 ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO (PROF: MARCELO ARAUJO)		 	05
UNIDADE VI – ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS 
1- ATOS PROCESSUAIS
São os acontecimentos voluntários que ocorrem no processo e dependem de manifestações dos sujeitos do processo. Os atos processuais visam o início, movimentação e término da relação jurídica processual. Normalmente, são praticados pelas partes, assim como pelo órgão jurisdicional e seus auxiliares, podendo ser praticados ainda por terceiros.
Ex: Petição inicial e contestação (partes, de forma unilateral); laudo pericial (terceiro); sentença (Juiz); juntada de docts (secretaria da VT), pedido de suspensão do processo por consenso das partes (bilateral), etc. 
A) COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
	No processo do trabalho, temos a regra do artigo 841 da CLT, onde após o recebimento da petição inicial, é enviada notificação com a função de citar o réu e simultaneamente intimá-lo para comparecimento em ACIJ, podendo ainda ser efetuada por oficial de justiça (artigo 249 do NCPC) e por edital (artigo 841, § 1º, da CLT). Havendo citação válida, segue a regra dos artigos 59 do CPC (O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo) e 240 do CPC (A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto , interrompendo a prescrição, ainda que o despacho seja proferido por juízo incompetente, retroagindo à data de propositura da ação). Conforme dito, a notificação abrange a citação e a intimação, sendo que estas, quando feitas sem a observância das prescrições legais, serão consideradas nulas (artigo 280 do NCPC). 
OBS: 
- Os atos processuais por meio eletrônico, inclusive a transmissão das peças processuais e a comunicação de atos, tais como citação, intimação, notificação etc. (inclusive da Fazenda Pública), serão considerados realizados no dia e hora do seu envio ao sistema do órgão judiciário respectivo, cabendo a este fornecer o protocolo eletrônico do recebimento do ato. 
a.1: CITAÇÃO: ato pelo qual são convocados o Réu, o Executado ou o interessado para integrar a relação processual (artigo 238 do NCPC); sendo pressuposto processual indispensável para a validade do processo a citação do Réu ou Executado (artigo 239 do NCPC).
No processo civil, a citação deve ser feita pessoalmente ao réu ou ao seu representante legal ou procurador autorizado do Réu, Executado ou terceiro interessado (artigo 242 do NCPC), regra essa que não se aplica ao processo do trabalho, podendo a notificação ser recebida por qualquer pessoa que esteja presente, independentemente de ser procurador ou representante legal da Reclamada (exceção citação da União, Estados e Municípios, em que deve ser feita na pessoa de seu Representante Legal – LC 73/93). 
Segundo o artigo 240 do NCPC, a citação válida, ainda que ordenada por Juiz incompetente, induz litispendência, faz litigiosa a coisa, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição (artigo 240, § 1º, do NCPC); no processo do trabalho, segundo a Súmula 268 do TST, a citação, ainda que inválida, interrompe a prescrição.
a.2: INTIMAÇÃO: ato pelo qual se dá ciência alguém dos atos e termos do processo (artigo 269 do NCPC). No processo do trabalho, em regra, as intimações são efetuadas pelo correio, mediante carta registrada com aviso de recebimento, podendo ocorrer ainda de forma pessoal (por Oficial de Justiça), através de publicação em Diário Oficial, sendo indispensável, neste caso, que da publicação constem os nomes das partes e/ou seus advogados, sob pena de nulidade (vide art. 3º, § 2º, da Lei nº 8.906/94 e artigo 272, §2º NCPC e Sumula 427 do TST ) e por edital fixado na sede da Vara do Trabalho (vide artigo 841 da CLT). 
Exceções:
-Intimação do MP: pessoal, através de Oficial de Justiça (LC 75/93, art. 180, NCPC, artigo 272, § 2º, NCPC) 
- Intimação da União: na pessoa do advogado da União ou Procurador da Fazenda Nacional (LC 73/93, art. 38).
OBS:
1- Processo representa uma sequência lógica e cronológica de atos que visam a prestação jurisdicional, como forma de solução do litígio. Pelo NCPC, o juiz e as partes poderão acordar a respeito dos atos e procedimentos processuais, podendo alterar o tramite do processo (Vide artigo 190 do NCPC e IN 39/TST – inaplicável no processo do trabalho).
2- Classificação dos atos processuais – das partes (art. 200/202 do NCPC), do Juiz (art. 203/205 do NCPC) e do escrivão ou chefe de secretaria (art. 206/211 do NCPC e 711/712 da CLT).
3- Publicidade dos atos – artigo 93,IX da CF; 770 da CLT e artigos 11 e 189 do NCPC. O segredo de Justiça (não previsto na CLT) é admitido no processo do trabalho, nos caos em que exigir o interesse público – art. 189, I, CPC. Ex: processo envolvendo aidético.
4- Tempo e lugar dos atos processuais – vide artigos 770 e 813 da CLT; 212/216 e 217 do NCPC.
5- Ato processual por Fax – Lei nº 9800/99, Súmula 387 do TST e IN/TST nº 30.
6- Ato processual por email – IN 30 do TST
7- As intimações no Processo Judicial Eletrônico obedecem o mesmo procedimento das intimações nos processos físicos, qual seja, a publicação das notificações através do Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.
8- Informatização do processo judicial –Lei nº 11.419/06 (civil, penal e trabalhista) - PJE na Justiça do Trabalho: Com a promulgação da Emenda Constitucional n. 45/2004, foi acrescentado o inciso LXXVIII ao art. 5º da Constituição da República, positivando, no catálogo dos direitos e garantias fundamentais, o princípio da duração razoável do processo, nos seguintes termos: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. A Lei n. 11.419, que entrou em vigor no dia 20 de março de 2007, contém quatro partes: a primeira trata da informatização do processo judicial; a segunda, da comunicação eletrônica dos atos processuais; a terceira cuida do processo eletrônico e, finalmente, a última parte se ocupa das disposições gerais e finais. No âmbito da Justiça do Trabalho, o TST editou a IN n. 30, publicada no DOU de 18 de setembro de 2007, regulamentando a Lei n. 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial. Além disso, há alguns atos normativos que dispõem sobre processo judicial eletrônico na Justiça do Trabalho, a saber: Ato Conjunto TST/CSJT n. 15/2008; Ato Conjunto TST/CSJT n. 20/2009; Ato SEJUD/GP n. 342/2010; Ato Conjunto TST/CSJT n. 10/2010; Ato Conjunto TST/CSJT n. 21/2010; Resolução CSJT n. 136, de 29-4-2014
- Características do processo judicial eletrônico que o distinguem do processo judicial comum, segundo Carlos Henrique Bezerra leite:
• Ampla publicidade, pois os autos do processo eletrônico ficam disponíveis na rede mundial de computadores, internet, qualquer pessoa, de qualquer lugar, poderá ver a situação de um processo e ler seu conteúdo na íntegra (desde que não se trate de um processo que tramite em segredo de justiça).
• Velocidade, na medida em que o PJe encontra-se em plena sintonia com o princípio da duração razoável do processo (CF, art. 5º, LXXVIII), com nítida economia de tempo com a prática de atos processuais, como citações, intimações etc.
• Comodidade, uma vez que a utilização da internet para o conhecimento e prática de atos processuais implica maior comodidade para os usuários. Com efeito, os magistrados poderão despachar em gabinetes virtuais sem necessidade de levar “os autos para casa”, e os advogados não precisarão comparecer às Secretarias ou Cartórios para “fazer carga” dos autos.
• Facilidade de acesso às informações, porquanto no PJe as informações contidas no processo são facilmente acessadas por qualquer pessoa.
• Digitalização dos autos, pois o PJe não utiliza papel como meio físico. Assim, todos os documentos que compõem o caderno processual eletrônico devem ser digitalizados para serem juntados aos autos virtuais.
• Segurança eautenticidade, na medida em que as informações inseridas no sistema ficam sob a responsabilidade de guarda do setor da Tecnologia da Informação, que tem condições de monitorar a veracidade e autenticidade das informações e dos usuários do sistema.
8- As intimações no Processo Judicial Eletrônico obedecem o mesmo procedimento das intimações nos processos físicos, qual seja, a publicação das notificações através do Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.
2- TERMOS PROCESSUAIS- 
São as reduções por escrito de certos atos processuais praticados nos autos de um processo. Ex: ata de audiência (Vide artigos 771/773 da CLT e artigos art. 206/211 do NCPC).
3- PRAZOS PROCESSUAIS 
Correspondem ao lapso temporal no qual o ato processual deverá ser praticado. Podem ser particulares (concedidos a apenas uma das partes) ou comuns (concedido a ambas as partes). Como regra, os atos devem ser realizados nos prazos prescritos em lei (art. 218 do NCPC) ou no prazo fixado pelo Juiz (nos casos de omissão da lei).
Segundo o artigo 218, § 3º do NCPC, não havendo prazo estipulado na lei ou fixado pelo Juiz, o prazo da parte, para a prática do ato processual, será de 05 dias, sendo considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo (artigo 218, § 3º do NCPC).
 
- Classificação quanto a origem da fixação:
a) Legal – decorre de previsão em lei. Ex: resposta do réu e recurso (art. 847 e 895 da CLT).
b) Judicial – estabelecido pelo Juiz. Ex: Prazo para designação de audiência, fixação do prazo para edital, cumprimento de carta precatória, prazo para partes se manifestarem nos autos sobre doctos, apresentação de laudo pericial, etc. 
c) Convencional – ajustado pelas partes. Ex: artigo 313, II, NCPC (suspensão do processo)
- Classificação quanto à natureza
a) Peremptórios – fatais e improrrogáveis, que não podem ser alterados pelas partes, por que decorrem de norma cogente. Ex: prazo de 08 dias p/ interposição de recurso (art. 895 e 897, CLT). 
OBS: Vide art. 220/223 do NCPC e 775 da CLT.
b) Dilatórios ou prorrogáveis – fixados em norma dispositiva, podendo ser ampliado pelo o Juiz, segundo seu arbítrio, ou por ajuste das partes (ampliação ou redução).
- Classificação quanto aos destinatários:
a) Próprios – destinados as partes, sofrendo efeito da preclusão. Pelo NCPC, os prazos da Administração Pública Direta (vide artigo183 do NCPC ) são em dobro para todas as suas manifestações, o mesmo ocorrendo com o MP, que tem prazo em dobro para manifestar-se nos autos (art. 180 do NCPC). O artigo 229 do NCPC (prazo em litisconsórcio com procuradores distintos - em dobro) é inaplicável no processo do trabalho, devendo a defesa ser apresentada na forma do artigo 847 da CLT (OJ nº 310, da SDI-1 do TST).
OBS: No processo do trabalho, as pessoas jurídicas de direito público, ou seja, os órgãos da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, têm prazo em quádruplo para contestar, razão pela qual deve ser de vinte dias o prazo entre a data da propositura da reclamação e a da audiência (DL n. 779/69, art. 1º, II), e, em dobro, para a interposição de qualquer recurso (DL n. 779/69, art. 1º, III – idêntico ao NCPC).
b) Impróprios – destinados aos Juízes e servidores do Poder Judiciário, sem efeito da preclusão (vide artigos 658, 841 e 851, § 2º, da CLT e artigo 226/228 do NCPC); 
 –Contagem dos prazos (artigos 774 e 775 da CLT):
-Todo e qualquer prazo é delimitado por dois termos: inicial (dies a quo) e final (dies ad quem).
- O prazo estabelecido pela lei ou pelo Juiz é contínuo, não se interrompendo nos feriados ou dia não útil (artigo 775 da CLT). De acordo com o NCPC, a contagem dos prazos será feita apenas em dias úteis ( artigo 219 NCPC). A CLT, em seu artigo 775, dispõe expressamente acerca da contagem dos prazos na Justiça do Trabalho, estabelecendo que ‘os prazos estabelecidos neste titulo contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis’. Logo, contendo a CLT dispositivo expresso estabelecendo a contagem dos prazos de maneira continua na Justiça do Trabalho, não parece possível se aplicar o estabelecido pelo novo CPC quanto a este tema, pois a luz do artigo 769 da CLT, somente se aplica ao processo do trabalho o CPC naquilo em que a CLT for omissa e desde que não haja incompatibilidade com a mesma. (Vide IN 39/TST). 
- Contagem dos prazos do processo trabalhista: vide artigos 774 e 775 da CLT c/c artigo 224 NCPC, caput: data do recebimento da intimação via notificação postal (independente da data de juntada do comprovante de recebimento ou mandado - artigo 231 do NCPC), publicação em DO ou edital, excluído o dia de começo e incluído o dia do vencimento. 
- Vide Súmula nº 16, TST (prova recebimento da notificação) – não há necessidade de intimação feita pessoalmente a parte, como ocorre no proc. Civil.
- Intimação via mandado ou postal (art 241 do NCPC – inaplicável) – aplica-se a regra do artigo 774 da CLT (início do prazo é da data do recebimento).
- Vide Súmulas nº 01, TST (intimação 6ª feira), 197 (intimação revel), 262 (intimação aos sábados) e 385 (feriado local), todas do TST.
- No PJE, a postulação encaminhada será considerada tempestiva quando enviada, integralmente, até às 24 (vinte e quatro) horas do dia em que se encerra o prazo processual, considerado o horário do Município sede do órgão judiciário ao qual é dirigida a petição.
- OBS: 
1- Férias forenses – recesso forense atual na Justiça do Trabalho – de 20/12 a 06/01 (vide Súmula nº 262 do TST – suspensão dos prazos). Vide artigos 214 e 220 do NCPC (suspensão dos prazos e audiências entre os dias 20/12 a 20/01); Vide ainda artigo 221 do NCPC – suspensão do prazo causada por obstáculo criado pela parte ; vide ainda artigo 313 do NCPC (hipóteses de suspensão de prazo).
2- Embargos Declaratórios: vide art . 1026 do NCPC e art. 897-A, CLT (interrupção do prazo).
3-- Certificação dos prazos – art. 776, CLT.
4- Vide OJ 310 da SDI-1 do TST - defesa em litisconsórcio
5- Os prazos da Administração Pública Direta (vide artigo183 do NCPC ) são em dobro para todas as suas manifestações, o mesmo ocorrendo com o MP, que tem prazo em dobro para manifestar-se nos autos (art. 180 do NCPC).
6- Súmula 434 do TST – Recurso Extemporâneo (CANCELADA - Vide artigo 218, § 4º, do NCPC) – fim da tese da ‘intempestividade por prematuridade’.
7- Os principais prazos trabalhistas são:
a) a resposta (exceção, contestação e reconvenção) é apresentada em audiência, podendo ser: oral em vinte minutos (art. 847, CLT) ou por escrito; a audiência deve ocorrer no prazo mínimo de cinco dias, a contar da citação (art. 841, caput, CLT);
b) recurso, contra-razões e recurso adesivo em oito dias (art. 6º, Lei nº 5.584/70, artigos 893 e 900 da CLT e artigo 997 do NCPC);
c) embargos declaratórios em cinco dias (art. 897-A, CLT);
d) depósito recursal e a sua comprovação no prazo do recurso - oito dias (art. 7º, Lei nº 5.584/70 e Súmula 245 do TST);
e) as custas processuais devem ser pagas e comprovadas no prazo para a interposição do recurso (art. 789, § 1º,CLT);
f) embargos à execução - cinco dias, após a garantia do juízo (art. 884, CLT);
g) o correio ficará obrigado, no prazo de quarenta e oito horas, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolver a notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, ao Tribunal ou à Vara do Trabalho (art. 774, parágrafo único, CLT);
h) distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se em cinco dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-Ia a termo (art. 786, parágrafo único, CLT). Se assim não o fizer, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de seis meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho (art. 731);
i) a manifestação sobre a exceção de incompetência é de vinte e quatro horas (art. 800, CLT);
j) a exceção de suspeiçãodeve ser instruída em quarenta e oito horas (art. 802, CLT);
1) a audiência não pode exceder de cinco horas seguidas, exceto se for o caso de matéria urgente (art. 813, CLT);
m) em casos urgentes, a audiência poderá ser realizada em outro local, mediante edital afixado na sede do Juízo do Tribunal, com a antecedência mínima de vinte e quatro horas (art. 813, § 1º, CLT);
n) se, até quinze minutos após a hora marcada, o juiz não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro de audiências (art. 815, parágrafo único, CLT); o advogado poderá se retirar no prazo de trinta minutos (art. 7º, XX,Lei nº 8.906/94);
o) ação rescisória - prazo decadencial de dois anos (art. 975 do NCPC; Súmula nº 100, TST);
p) após o recebimento da inicial na Secretaria da Vara, o reclamado deverá ser citado em quarenta e oito horas (art. 841, caput, CLT);
q) razões finais orais - dez minutos (art. 850, CLT);
r) após a suspensão do empregado estável, o empregador tem o prazo decadencial de trinta dias para a propositura do inquérito para apuração de falta grave (art. 853, CLT; Súmulas nº 62 e 100, TST; Súmula nº 403, STF);
s) a audiência de conciliação em dissídio coletivo deve ser realizada em dez dias, a contar do seu recebimento (art. 860, caput, CLT); 
t) a garantia do juízo deve ocorrer em quarenta e oito horas, sob pena de penhora (art. 880, CLT);
u) nove dias para o oficial de justiça cumprir as suas diligências (art. 721, § 2º, CLT).
4- NULIDADES DOS ATOS PROCESSUAIS (artigos 794/798, CLT) - Nulidade é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica. 
	O processo do trabalho é regido por princípios e regras que levam em conta as especificidades e institutos peculiares desse ramo especializado.
Aplica-se o princípio da instrumentalidade, determinando que quando a lei prescrever determinada forma para o ato processual, sem cominar nulidade, o Juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, alcançar sua finalidade (vide artigos 188 e 277 do NCPC).
	A CLT não faz distinção entre nulidade absoluta e a relativa; contudo, o artigo 794 da CLT consagra o princípio da transcendência ou do prejuízo processual (não haverá nulidade se não houver prejuízo processual à parte). Além do prejuízo, a nulidade para ser declarada necessita que a sentença de mérito não seja favorável a parte prejudicada (art. 282, § 2º, NCPC). 
	De acordo com a regra do artigo 795 da CLT (princípio da convalidação ou preclusão), as nulidades serão declaradas mediante provocação das partes, sob pena de convalidação do ato praticado e deverão ser argüidas no primeiro momento em que tiverem oportunidade de se manifestarem nos autos (da intimação, em audiência, em razões finais, através de petição e nas razões recursais).
	Será declarada de ofício a incompetência absoluta (em razão da matéria, pois retrata norma de interesse público, pois não pode a matéria ser apreciada por Juízo incompetente), sendo considerados nulos os atos decisórios (art. 795, § 1º, CLT) e determinada a remessa dos autos ao Juízo competente (art. 795, § 2º, CLT).
	A nulidade não será pronunciada, por medida de economia processual, na hipótese do artigo 796, “a”, CLT (possibilidade de suprir ou repetir o ato). Ex: Juiz poderá conceder prazo para sanar irregularidade de representação de empresa (juntada de atos constitutivos), sob pena de ser considerada revel; poderá também determinar ao menor de 18 anos que supra sua incapacidade processual, trazendo seu representante legal em nova audiência a ser designada (princípio da economia processual).
	De acordo com a regra do artigo 796, b, da CLT, quem der causa a nulidade não poderá arguí-la, pois ninguém pode se beneficiar de sua própria torpeza (princípio do interesse). 
	Segundo a regra do artigo 797 da CLT, por medida de economia processual, os atos válidos serão aproveitados.
	Observando-se a regra do princípio da utilidade, o artigo 798 da CLT determina que os atos válidos praticados no processo sejam aproveitados, desde que sejam posteriores ao ato inquinado de vício ou que dele não sejam conseqüência.
OBS:
1- Em casos de incompetência relativa (em razão do lugar – art. 651, CLT), a mesma deverá ser arguida pela parte contrária (junto com a apresentação da contestação, em AIJ, segundo a regra dos artigos 799 e 800 da CLT – em preliminar, segundo o artigo 337 do NCPC ), sob pena de prorrogação da competência de um Juízo supostamente incompetente.
2- Preclusão temporal – ocorre quando a parte não pratica determinado ato processual em determinado prazo estipulado pela lei, não podendo mais ser praticado. Ex: recurso interposto fora do prazo. Logo, se o indivíduo não exercita seu direito no prazo ou termo legal, perde a faculdade processual de ação, ocorrendo a preclusão temporal
OBS: outras espécies de preclusão
- Preclusão lógica - ocorre quando um ato não pode mais ser praticado, devido ao fato de ter sido praticado outro ato que, pela lei, é definido como incompatível com o ato já realizado. Ex:: proferida uma sentença, a parte requer a liquidação do julgado, aceitando assim, tacitamente, a referida sentença. É incompatível com esse ato a vontade de recorrer.
- Preclusão consumativa - ocorre quando é praticado validamente um ato processual previsto em lei e, consumado este ato, a parte pretende praticá-lo novamente. Ex; interposto um recurso, o mesmo não pode ser apresentado novamente.
- Preclusão máxima – coisa julgada (Ação Rescisória).
3- Perempção – segundo Ísis de Almeida, “é a extinção do direito de praticar um ato processual ou de prosseguir com o processo, quando, dentro de certo tempo ou dentro de certa fase, não se exercita esse direito de agir, seja por iniciativa própria , seja pela provocação de ação (ou omissão) da parte contrária, ou ainda por determinação do Juiz ou de disposição legal”; seria um abandono da causa (contumácia da parte)
Ex: Quando a parte abandona o processo por mais de 30 dias, sem promover os atos e diligências que lhe compete (art. 485, III, do NCPC) e quando o Reclamante tem seu processo extinto sem resolução do mérito (art. 485, IV, NCPC) pela hipótese contida nos artigos 731/732 da CLT (der causa a dois arquivamentos seguidos, ficando impedido de ajuizar nova RT pelo prazo de 06 meses).
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