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9 Recursos no processo do trabalho

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO (PROF: MARCELO ARAUJO)				 09
UNIDADE IX - RECURSOS NO PROCESSO DO TRABALHO:
1- Conceito – segundo Renato Saraiva, “recurso é a provocação do reexame de determinada decisão, pela autoridade hierarquicamente superior, em regra, ou pela própria autoridade prolatora da decisão, objetivando a reforma ou modificação do julgado. Em outr as palavras, recurso é o remédio processual concedido às partes, ao terceiro prejudicado ou ao Ministério Público, objetivando que a decisão judicial impugnada seja submetida a novo julgamento, ordinariamente, pela autoridade hierarquicamente superior àquela que proferiu a decisão”.
OBS:
1- A decisão pode ser impugnada total ou parcialmente (art. 1002 do NCPC).
2- Natureza jurídica:
- 1ª corrente: recurso como ação autônoma em relativamente àquela que lhe deu origem (nova ação, de natureza constitutiva negativa).
- 2ª corrente: recurso como continuação (prolongamento) do exercício do direito de ação, dentro do mesmo processo (majoritária).
OBS: 
1- Mandado de Segurança e Ação Rescisória tem natureza de ação autônoma de impugnação, pois dão origem processo distinto, sem natureza recursal 
3-Princípios recursais (gerais) 
a- Duplo grau de jurisdição (art. 5º, LV, da CF/88) – possibilidade de se impugnar a decisão judicial
b- Unirrecorribilidade (singularidade ou unicidade) – um único tipo de recurso para cada decisão recorrível 
c- Fungibilidade (conversibilidade – vide OJ nº 69 e 152 da SDI-2 do TST e Súmula 421, II, do TST)- havendo dúvida objetiva, sobre qual o recurso cabível e inexistindo erro grosseiro (VIDE OJ 412 da SDI-1 do TST), pode-se conhecer o recurso erroneamente interposto.
d- Voluntariedade – ato voluntário da parte, tendo como objetivo a reforma ou invalidação do julgado, esclarecimentos ou integração de decisão judicial. Vide Súmula 303 do TST e artigo 496 do NCPC (reexame necessário).
e- Non reformatio in pejus (Proibição da reforma para pior) – é vedado ao Tribunal , ao julgar um recurso, proferir decisão mais desfavorável ao recorrente, do que aquela recorrida).
 f- Taxatividade – recursos são enumerados em lei, em rol exaustivo.
g- Contraditório (art. 5º, LV, CF) – possibilidade da parte contrária apresentar suas contrarrazões ao recurso interposto 
h- Irrecorribilidade imediata de decisões interlocutórias – artigo 893 § 1º, CLT e Súmula nº 214 TST
4- Peculiaridades recursais trabalhistas:
a) Inexigibilidade de fundamentação (artigo 899 da CLT – simples petição, sendo aplicável somente ao RO, pois RR e RE necessitam de demonstração de violação de lei ou divergência jurisprudencial) e em casos de Jus Postulandi (Vide Súmula 422 do TST -ausência de fundamentação do Recurso). A fundamentação do recurso é fundamental para assegurar o princípio da ampla defesa e do contraditório e para análise do inconformismo do recorrente.
b) Instância única nos dissídios de alçada – até 02 salários mínimos (Lei nº 5584/70 -art 3º e 4º- sentença irrecorrível, salvo se a matéria discutida for de natureza constitucional).
c) Efeito devolutivo – art 899 CLT, com exceção de RO em DC (art. 14 da lei nº 10.192/01); Não suspende o andamento do processo, sendo permitida a execução provisória da sentença.
d) Uniformidade dos prazos – 08 dias (art 6º Lei nº 5584/70); como exceções, o Recurso Extraordinário (15 dias- art. 1003, § 5º, NCPC), os Embargos Declaratórios (05 dias – art. 897-A da CLT e 1023 do NCPC) e o Decreto-Lei nº 779/69 – dobro para Fazenda Pública)
OBS: VIDE IN 27 DO TST
5- Classificação dos recursos
	Segundo Manoel Antônio Teixeira Filho, os recursos classificam-se em:
a- Extraordinários (de fundamentação vinculada, voltados para questões de direito e com previsão específica prevista em lei, de competência dos tribunais superiores) e Ordinários (os mais comuns, de fundamentação livre, ou seja, alegações de fato e de direito e julgados pelas instâncias ordinárias)
b- Não liberatórios (dirigidos ao mérito) e liberatórios (não dirigidos ao mérito)
c- Devolutivos ou suspensivos (vide abaixo, no item 6)
d- De julgamento colegiado ou de julgamento monocrático
6- Efeitos dos recursos 
a- Devolutivo - em decorrência do duplo grau de jurisdição, sendo caracterizado pela delimitação da matéria submetida à apreciação e julgamento pelo órgão judicial destinatário do recurso, ou seja, julgar somente as questões debatidas no processo e que constem nas razões recursais, sendo proibido que o juízo ad quem profira julgamento ultra, extra ou citra petita (artigos 141 e 492 do NCPC),permitindo a execução provisória da decisão recorrida, mediante carta de sentença. 
OBS: Sobre efeito devolutivo quanto a extensão (quantidade) ou profundidade (qualidade), vide artigo 1013, caput e § 1º, do NCPC)
b- Suspensivo – no processo civil, a regra geral repousa na existência comum do efeito suspensivo dos recursos (art. 1012 do NCPC), o qual adia os efeitos da decisão recorrida, não admitindo a execução provisória do julgado.
c- Translativo – questões de ordem pública podem ser conhecidas de ofício (não há preclusão – vide art. 1013, § 1º e 2 º, NCPC e Súmula 393 do TST).
d- Substitutivo – o julgamento proferido pelo Tribunal (Juízo ad quem), apreciando o mérito da causa, substitui a sentença ou decisão recorrida, proferida pelo Juízo a quo (art. 1008 do NCPC).
e- Extensivo – aplicado em casos de litisconsórcio unitário, em que a decisão tenha que ser uniforme para todos (vide art. 1005, NCPC).
f- Regressivo – possibilidade de retratação ou reconsideração pela mesma autoridade prolatora da decisão (vide art. 331, 485, § 7º e 1018, § 1º, do NCPC e art. 3º, VIII da IN 39/TST).
7- JUÍZOS DE ADMISSIBILIDADE – interposto um recurso, este será submetido a análise de dois juízos de admissibilidade, a fim de que seja verificada a presença dos pressupostos recursais. Estando presentes todos os pressupostos recursais, o recurso será conhecido e apreciado o seu mérito; em caso de ausência de apenas um dos requisitos de admissibilidade, o recurso não será conhecido, não sendo apreciado seu mérito..
a- Juízo a quo – prolator da decisão impugnada, que irá proferir inicialmente o despacho de admissibilidade do recurso.
b- Juízo ad quem – competente para julgar o recurso interposto; não está vinculado ao despacho exarado pelo Juízo a quo, podendo conhecer um recurso não conhecido inicialmente ou vice-versa. 
OBS:
- Vide artigo 112 da CF/88; Súmulas 285, 421 e 435 do TST, Súmula 253 do STJ, artigo 932 do NCPC e IN nº 17/2000 do TST e artigo 112 da CF/88. Sobre poderes do Relator, vide artigo 932 do NCPC, Súmula 435 do TST e In 17 TST
- Sobre desistência ou renúncia do recurso, vide artigos 998/1000 do NCPC.
8- Pressupostos recursais
a) Subjetivos ou intrínsecos- dizem respeito à pessoa do recorrente.
a.1- Legitimidade - parte vencida, total ou parcialmente (inclusive o sindicato), terceiro prejudicado e o MPT ( art. 996 NCPC e Lei Complementar nº 75/93).
a.2- Capacidade processual – vide CCB, artigos 3º, 4º e 5º.
a.3- Interesse em recorrer – observância do binômio utilidade e necessidade. Como regra geral, o perdedor e em alguns casos, o vencedor (nos casos de extinção do processo sem resolução do mérito) ou do terceiro - art 996, PU, NCPC e Súmula 82 do TST- interesse jurídico e econômico (MP -vide ainda OJ nº 338, SDI-1 do TST).
b) Objetivos ou extrínsecos - dizem respeito aos aspectos formais, ou seja, correspondem a todo o procedimento recursal
b.1 – Recorribilidade do ato – a decisão judicial deve ser passível de impugnação através de recurso (no processo do trabalho, não cabe recurso dos despachos, dissídios de alçada e decisões interlocutórias)
b.2- Adequação ou cabimento – não basta simplesmente recorrer; a parte deve escolher o recurso cabível contra a decisão impugnada. 
OBS: Princípio da fungibilidade - o Juiz podereceber o recurso interposto, ainda que erroneamente (desde que esteja dentro do prazo legal e não seja erro grosseiro, em face de dúvida sobre o recurso cabível).
b.3- Tempestividade – observância do prazo legal (peremptório) fixado para a interposição dos recursos, a fim de que o mesmo seja conhecido, sob pena de ser considerado intempestivo. A interposição prematura de recurso (antes do início do prazo) também caracterizava a intempestividade do recurso, que neste caso era considerado extemporâneo (Sumula 434 do TST -cancelada – vide artigo 218, § 4º, CPC ).
OBS: Vide artigo 6º da Lei nº 5.584/70 (unificação dos prazos recursais trabalhistas – 08 dias), Súmula 387 do TST (Recurso via fax), Lei nº 11.419/06 e IN 30/TST(informatização do processo judicial), Súmulas 01, 16, 30, 197, 262 e 385 do TST e OJ nº 310 da SDI-1 do TST. 
b.4. – Regularidade de representação – o processo trabalhista admite o Jus Postulandi (art. 791 da CLT e Súmula 425 do TST), razão pela qual o recurso pode ser subscrito pela parte ou ainda por advogado com procuração nos autos ou mandato tácito (Súmula 164 do TST). O recurso não assinado (apócrifo) não é admitido, sendo considerado como inexistente (OJ nº 120 da SDI-1 do TST). 
OBS: Vide Súmulas nº 164, 383, 395, 436 e 456 do TST e OJ nº 200, 255, 286, 371 e 374 da SDI-1 do TST.
b.5 – Preparo – no processo do trabalho, para fins recursais, há exigência de pagamento das custas processuais (despesas processuais, fixadas na sentença) e do depósito recursal por parte do vencido, para fins de garantia do Juízo para o pagamento de futura execução a ser movida pelo empregado (valor da condenação, fixado na sentença). Caso não seja efetuado ou ainda efetuado incorretamente, o recurso será considerado deserto (art. 7º da lei nº 5584/70). 
Preparo: 
I- Custas processuais (art 789, § 1º e 2º e 832, § 2º, CLT) e pagas em GRU-Judicial (IN nº 20 do TST). Sobre isenção de custas, vide artigo 790-A da CLT, Súmula 86 do TST e OJ 269 e 304 da SDI-1 do TST
II- Depósito Recursal (art. 899 da CLT; art. 7º da lei nº 5584/70, Súmulas 128, 161, 245 e 426 do TST, OJ nº 140, 409 da SDI-1 do TST e IN nº 03/93 (II, “a”,”b” e “c”) e 26/04 do TST), sendo efetuado na conta vinculada do FGTS do empregado. É cabível nos recursos ordinário, revista, embargos (no TST), extraordinário e adesivo. Os limites do depósito recursal são fixados pelo TST, que edita anualmente ato constando os valores máximos alusivos ao depósito recursal 
OBS: 
1- Art. 1.007 NCPC: No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
- Segundo a IN 39 do TST, esta regra se aplica apenas as custas processuais, não se aplicando ao depósito recursal
2- As pessoas jurídicas de Direito Público (Dec-Lei 779/69 e IN 03/93) e o MPT não são obrigados a efetuar depósito recursal 
3- Vide IN nº 27 do TST (custas e sucumbência recíproca nas lides decorrentes de relação de trabalho)
9- Contrarrazões de recurso (razões de contrariedade) – são manifestações decorrentes do princípio do contraditório (vide artigo 900 da CLT e art. 6º da Lei nº 5584/70), no prazo de 08 dias; não são obrigatórias.
10- Recurso adesivo – cabível nos casos de sucumbência recíproca (vide artigo 997 do NCPC e Súmula 283 TST).
11- ESPÉCIES DE RECURSOS TRABALHISTAS 
A)- EMBARGOS DECLARATÓRIOS (art. 897-A da CLT e 1022 do NCPC) – existem duas correntes sobre sua natureza jurídica:
1ª - Não seriam recurso, pois não são julgados por outro órgão judicial, mas sim pelo que proferiu a sentença; não há previsão para o contraditório; interrompem o prazo para o recurso principal e não objetivam reforma da decisão.
2ª - Recurso, por ter previsão expressa no artigo 496, IV, do CPC e, posteriormente, no artigo 897-A, da CLT (no capítulo de recursos) e OJ nº 192 da SDI-1 do TST (STF também adota esta corrente).
Logo, os Embargos Declaratórios são considerados como recurso atípico, destinado a esclarece, complementar e aperfeiçoar as decisões judiciais, mas não a reformulá-las ou modificar seu conteúdo, nem devolver o conhecimento da matéria versada no processo, salvo quando puderem ocasionar efeito modificativo do julgado. 
a.1- Cabimento e processamento:
Art. 897-A CLT - Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos (objetivos) do recurso. 
§ 1o Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
§ 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. 
Art. 1.022 NCPC: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. (ausência de fundamentação)
Art. 1.023.  Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Art. 1.024.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o.
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicaçãodo julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
OBS: 
1- Vide OJ nº 142 da SDI-1 do TST (ausência de preparo e contra-razões); Súmulas nº 297 (prequestionamento), 184 (omissão em RR) e 421 (decisão monocrática do Relator) do TST.
a.2- Efeitos:
- Modificativo- seu intuito não é o reformar a decisão, mas sim, a adaptação de falhas da sentença a realidade dos autos, geralmente ocorridas na hipótese de omissão ou contradição do julgado.(vide súmula nº 278 do TST).
- Prequestionamento – Súmula nº 297 do TST e OJ nº 62, 119, 151 e 256 da SDI-1 do TST
- Interrupção do prazo recursal – artigo 897-A da CLT e 1026 do NCPC (contados da intimação da parte). 
a.3- Juízo de admissibilidade e conseqüências - os Embargos Declaratórios serão interpostos no prazo de 05 dias, contados da intimação da sentença, em petição dirigida ao Juiz ou Relator, com a indicação de seu fundamento, sem previsão de contrarrazões (exceção – OJ nº 142 da SDI-1 do TST – efeito modificativo) ou pagamento de preparo e julgados na forma do artigo 1023 do NCPC c/c artigo 897-A da CLT, podendo ser acolhidos na íntegra ou parcialmente, ou ainda serem rejeitados e considerados protelatórios:
B- Recurso Ordinário (art. 895 CLT) - Interposto junto ao juiz/tribunal que proferiu a decisão recorrida (decisão definitiva ou terminativa), no prazo de 08 dias; será recebido somente no efeito devolutivo. Deverá ser efetuado o recolhimento de custas e depósito recursal. Serão apreciadas pelo Juízo a quo os pressupostos objetivos e subjetivos, podendo ser denegado seguimento ao recurso (cabe Agravo de InstrumentoI) ou processado, quando então serão apresentadas as contra-razões e o processo será remetido ao Juízo ad quem, onde será autuado, receberá um parecer do MP (antes ou depois da distribuição, varia entre os tribunais), será distribuído a uma Turma, passará pelo Relator e posteriormente pelo Revisor (exceção Rito Sumaríssimo), pauta ,designação de publicação de pauta, julgamento, redação do acórdão e publicação do acórdão.
OBS: 
1- Cabível também na hipótese do artigo 799, § 2º, CLT (exceção de incompetência), nas hipóteses do artigo 485 e 485 do NCPC e nos processos de competência originária do TRT (Ex: DC, AR, MS e HC). Vide IN nº 24 do TST e Súmula 414 do TST. 
2- Sobre poderes do Relator, vide artigo 932 do NCPC, Súmula 435 do TST e In 17 TST
Art. 895 CLT– Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
§ 1º – Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário
II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; 
III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; 
IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo..
C- Recurso de Revista (art. 896 CLT) - Interposto junto ao presidente do TRT, para o TST, no prazo de 08 dias; será recebido somente no efeito devolutivo. Tem preparo, no caso do Tribunal impor acréscimos a condenação e ainda na hipótese do valor total da condenação (fixado na sentença de 1º Grau) não ter sido recolhido quando da interposição do RO. Serão apreciados pelo Presidente do TRT os pressupostos objetivos e subjetivos, podendo ser denegado seguimento ao recurso (cabe AI) ou processado, quando então serão apresentadas as contra-razões e o processo será remetido ao Juízo ad quem, onde será autuado, distribuído a uma Turma, enviado ao Ministro Relator (verificação das exigências legais para o cabimento do recurso), cujo seguimento poderá ser denegado (cabe Agravo Regimental), enviado ao Revisor (se forem atendidas as exigências legais), designação de pauta, julgamento e publicação do acórdão.
OBS: Vide IN nº 17 e 23 do TST e Súmulas 221, 285, 296, 297, 333 e 337 do TST.
Art. Art. 896- Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
 a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; 
 b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; 
 c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 
§ 1º-O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo.
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
 II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
 III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.
 § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suasTurmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. 
 § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). 
 § 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência. 
 § 5o A providência a que se refere o § 4o deverá ser determinada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, ao emitir juízo de admissibilidade sobre o recurso de revista, ou pelo Ministro Relator, mediante decisões irrecorríveis.
 § 6o Após o julgamento do incidente a que se refere o § 3o, unicamente a súmula regional ou a tese jurídica prevalecente no Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho servirá como paradigma para viabilizar o conhecimento do recurso de revista, por divergência. 
 § 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
 § 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
 § 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
 § 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011.
 § 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito. 
 § 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
 § 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3o poderá ser afeto ao Tribunal Pleno. 
 Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 
 Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos.
 Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. 
 § 1o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos relatores, afetará um ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos.
 § 2o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da questão.
 § 3o O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos repetitivos, até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.
 § 4o Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de revista até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho.
 § 5o O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a suspensão dos recursos de revista ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do recurso afetado como repetitivo.
 § 6o O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um Ministro revisor.
 § 7o O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, informações a respeito da controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 (quinze) dias.
 § 8o O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão ou entidade com interesse na controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).
 § 9o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no § 7o deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias.
 § 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos.
 § 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de revista sobrestados na origem:
 I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no Tribunal Superior do Trabalho; ou
 II - serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria.
 § 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11 deste artigo, mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso de revista.
 § 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos também contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão constitucional.
 § 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior do Trabalho será aplicado o procedimento previsto no art. 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte, na forma do § 1o do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 dejaneiro de 1973 (Código de Processo Civil).
 § 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá oficiar os Tribunais Regionais do Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção Especializada do Tribunal para que suspendam os processos idênticos aos selecionados como recursos representativos da controvérsia e encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento definitivo.
 § 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos.
 § 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular os efeitos da decisão que a tenha alterado.
D- Agravos 
1) De Petição - alínea “a” do artigo 897 da CLT – serve para atacar as decisões proferidas no curso das execuções, devendo ser interposto no prazo de 08 dias, com delimitação da matéria, sendo recebido apenas no efeito devolutivo. As custas serão pagas ao final (art. 789-A CLT) , não tem preparo e o Juízo da execução deverá estar garantido, mediante o depósito do valor da condenação ou por penhora de bens do executado; deverá observar a regra contida no § 1º do artigo 897 da CLT.
OBS: Vide artigos 880/884 da CLT.
2) De Instrumento - alínea “b” e parágrafos do artigo 897 da CLT – serve para atacar os despachos que denegarem seguimento a interposição de outro recurso (para “destrancar” recursos), devendo ser interposto no prazo de 08 dias. Custas na forma da IN 20 do TST e depósito recursal conforme § 5º do artigo 897 da CLT (Lei 12.275/10), tendo apenas efeito devolutivo. Deverá observar a regra contida no § 5º do artigo 897 da CLT(traslado) e artigo 830 da CLT (declaração de autenticidade das cópias).
OBS:
- Vide IN nº 03 e 16 do TST; O agravo retido (CPC, artigo 522, PU) é incompatível com o processo trabalhista; Juízo de Retratação (art. 485, § 7º do NCPC).
- RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA 1418/2010 DO TST (AI que nega seguimento a recurso para o TST é processado nos autos do reurso denegado, sem necessidade de traslado) 
- IN 40 TST – cancelada Súmula 285 do TST
Art. 897 CLT- Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
§ 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
§ 3o Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
§ 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. (Incluído pela Lei nº 8.432, 11.6.1992)
§ 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; (Redação dada pela Lei nº 12.275, de 2010)
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.(Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
§ 8o Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.035, de 25.10.2000)
OBS GERAIS:
1- Recurso de Embargos – art. 894 da CLT (ver Lei º 7701/88 e RITST)
 
Art. 894 No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 11.496, de 2007) 
I - de decisão não unânime de julgamento que: (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007)
 b) (VETADO) 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 Parágrafo único. (Revogado). 
 § 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 § 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
2- Embargos Infringentes - RITST
art. 232.  Cabem embargos infringentes das decisões não unânimes proferidas pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos, no prazo de oito dias, contados da publicação do acórdão no órgão oficial, nos processos de Dissídios Coletivos de competência originária do Tribunal.
Parágrafo único. Os embargos infringentes serão restritos à cláusula em que há divergência, e, se estafor parcial, ao objeto da divergência.
art. 233.  Registrado o protocolo na petição a ser encaminhada à Secretaria do órgão julgador competente, esta juntará o recurso aos autos respectivos e abrirá vista à parte contrária, para impugnação, no prazo legal. Transcorrido o prazo, o processo será remetido à unidade competente, para ser imediatamente distribuído.
art. 234.  Não atendidas as exigências legais relativas ao cabimento dos embargos infringentes, o Relator denegará seguimento ao recurso, facultada à parte a interposição de agravo regimental.
3- Agravo Regimental - RITST
art. 235Art. 235. Cabe agravo regimental, no prazo de oito dias, para o Órgão Especial, Seções Especializadas e Turmas, observada a competência dos respectivos órgãos, nas seguintes hipóteses: 
I - do despacho do Presidente do Tribunal que denegar seguimento
aos embargos infringentes;
II - do despacho do Presidente do Tribunal que suspender execução
de liminares ou de decisão concessiva de mandado de segurança;
III - do despacho do Presidente do Tribunal que conceder ou negar suspensão da execução de liminar, antecipação de tutela ou da sentença em cautelar;
IV - do despacho do Presidente do Tribunal concessivo de liminar em mandado de segurança ou em ação cautelar;
V - do despacho do Presidente do Tribunal proferido em pedido de efeito suspensivo;
VI - das decisões e despachos proferidos pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho;
VII - do despacho do Relator que negar prosseguimento a recurso, ressalvada a hipótese do art. 239;
VIII - do despacho do Relator que indeferir inicial de ação de competência originária do Tribunal;
IX - do despacho ou da decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma, do Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho ou Relator que causar prejuízo ao direito da parte, ressalvados aqueles contra os quais haja recursos próprios previstos na legislação ou neste Regimento.
IX - Vetado
X - da decisão do Presidente de Turma que denegar seguimento a embargos à Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais.
Art. 236. O agravo regimental será concluso ao prolator do despacho, que poderá reconsiderá-lo ou determinar sua inclusão em pauta visando apreciação do Colegiado competente para o julgamento da ação ou do recurso em que exarado o despacho,salvo o previsto no art. 235, inciso X, que será diretamente distribuído entre os demais integrantes da Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais. 
§ 1.º Os agravos regimentais contra ato ou decisão do Presidente do Tribunal, do Vice-Presidente e do Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, desde que interpostos no período do respectivo mandato, serão por eles relatados. Os agravos regimentais interpostos após o término da investidura no cargo do prolator do despacho serão conclusos ao Ministro sucessor.
§ 2º. Os agravos regimentais interpostos contra despacho do Relator, na hipótese de seu afastamento temporário ou definitivo, serão conclusos, conforme o caso, ao Juiz convocado ou ao Ministro nomeado para a vaga.
§ 2.º Os agravos regimentais interpostos contra despacho do Relator, na hipótese de seu afastamento temporário ou definitivo, serão conclusos, em relação aos processos de Turmas, ao Juiz convocado ou ao Ministro nomeado para a vaga, conforme o caso, e, nos processos das Seções Especializadas, ao Ministro que ocupar a vaga, ou redistribuídos na forma dos §§ 1º e 2º do art.93. 
§ 3.º Os agravos regimentais interpostos contra despacho do Presidente do Tribunal, proferido durante o período de recesso e férias, serão julgados pelo Relator do processo principal, salvo nos casos de competência específica da Presidência da Corte.
 § 4.º O acórdão do agravo regimental será lavrado pelo Relator, ainda que vencido.
4- Recurso Extraordinário – art. 102,III da CF/88 e artigos 266/268 do RITST e artigos 1003 e 1029/1035 do NCPC. Tem depósito recursal. 
Art. 102 CF: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
§ 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
RITST
art. 266.  Cabe recurso extraordinário das decisões do Tribunal proferidas em única ou última instância, nos termos da Constituição da República.
§ 1º.  O recurso será interposto em petição fundamentada, no prazo de quinze dias da publicação do acórdão ou de suas conclusões no órgão oficial.
§ 2º.  A petição do recurso extraordinário será juntada aos autos após transcorrido o prazo legal sem a interposição de recurso de competência do Tribunal Superior do Trabalho, abrindo-se, de imediato, vista dos autos à parte contrária para apresentação das contra-razões no prazo de quinze dias.
art. 267. Findo o prazo das contra-razões, os autos serão conclusos ao Vice-Presidente do Tribunal para exame da admissibilidade do recurso. 
art. 268.  Os processos julgados pelo Tribunal Superior do Trabalho só serão restituídos à instância originária quando findo o prazo de interposição do recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.
5- Reclamação Correicional – procedimento administrativo regulamentado pelo Regimentos Internos dos Tribunais do Trabalho (vide artigo 709, II da CLT), visando sustar procedimentos do Juiz que atentem contra a boa ordem processual vigente, nos caso em que não haja recurso específico contra o ato, devendo ser demonstrado o prejuízo processual causado a parte recorrente.
6- Súmulas vinculantes do STF – vide artigo 103-A da CF/88 (alterado pela EC 45) e Lei nº 11.417/06.
7- Art. 988 NCPC: Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;  ;
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;
IV – garantir a observância de acórdão 
§ 1o A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.
§ 2o A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal.
§ 3o Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível.
§ 4o As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.
§  5º É inadmissível a reclamação: 
I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; 
II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. 
§ 6o A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação.
OBS: A reclamação é uma ação que visa preservar a competência de tribunal, garantindo a autoridade das decisões de tribunal e garantir a eficácia dos precedentes das Cortes Supremas e da jurisprudência vinculante das Cortes de Justiça. 
8- Sobre a transcendência no Recurso de Revista, vide texto abaixo:
-Da transcendência no recurso de revista -Arnoldo Wald e Ives Gandra Martins
Há muito já se diagnosticou a crise dostribunais superiores brasileiros. Transformados em cortes de amplíssima revisão das decisões das instâncias inferiores, encontram-se na iminência da inviabilidade funcional. A essa constatação, adicionam-se os relatos acerca da pletora de recursos julgados a cada ano e dos números igualmente fantásticos de feitos que aguardam processamento. Para fazer frente a essa circunstância, engendrou-se, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, um promissor instrumento cuja legitimidade encontra-se sob exame do Supremo Tribunal Federal.
Com efeito, a Medida Provisória nº 2.226, de 4 de setembro de 2001, introduziu um novo pressuposto de admissibilidade do recurso de revista. Esse novo requisito para o processamento do recurso do revista pelo Tribunal Superior do Trabalho consiste na necessidade de demonstração de que o caso a examinar possui "transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica". Pretende-se, com isso, que a jurisdição daquele Tribunal alcance as questões que efetivamente correspondam a uma necessidade pública de eliminação de controvérsias e fixação definitiva do direito que rege a matéria, relegando à decisão das instâncias inferiores aquelas causas vinculadas tão-somente ao interesse particular e imediato das partes em uma ação.
Ao contrário do que sustentam alguns, essa inovação não parece incompatível com a Constituição da República. Efetivamente, o § 3º do art. 111 do texto constitucional confere à lei a disciplina da competência do Tribunal Superior do Trabalho – o que, de resto, é válido para toda a Justiça do Trabalho, nos termos do art. 113 da Carta Magna. Assim, é forçoso reconhecer que as matérias e os recursos a serem apreciados pela Corte serão somente aqueles elencados em lei, inexistindo, portanto, um direito constitucional ao recurso de revista. Ora, se a própria existência do recurso de revista está a depender da deliberação do legislador, parece evidente que nenhuma inconstitucionalidade haverá em conformá-lo de maneira mais ampla ou mais restrita. A introdução de um requisito de admissibilidade do recurso de revista, destarte, jamais configuraria uma ilegitimidade.
Em verdade, dada a óbvia impossibilidade material de que os tribunais superiores reexaminem todas as decisões das instâncias inferiores, a verdadeira questão institucional passa a ser aquela correspondente à eleição dos critérios de seleção dos processos cujo reexame será admitido. Nesse sentido, a exigência de "transcendência" econômica, política, social ou jurídica do recurso de revista apresenta inúmeras virtudes.
Ao examinar a transcendência da causa, estará o Tribunal a selecionar processos segundo a relevância e a repercussão geral do mérito das controvérsias jurídicas e não em razão de um vício ou exigência meramente procedimental. Privilegia-se assim a função última da jurisdição de qualquer corte superior: promover a interpretação definitiva das normas em vigor e garantir a segurança jurídica.
O exame de matérias de interesse geral enseja ainda verdadeira democratização da prestação jurisdicional. É sabido que os custos para a manutenção de um processo judicial, em particular para sua adequada condução até um tribunal superior, tornam-se impeditivos para a larga maioria dos jurisdicionados. Se, contudo, a jurisdição do Tribunal Superior do Trabalho restar reservada às causas dotadas de repercussão geral, cada caso apreciado pela Corte servirá de paradigma para a solução imediata, nas instâncias inferiores, de incontáveis demandas, promovendo a imediata e menos onerosa solução de litígios.
A exigência de transcendência ou repercussão geral das questões a serem examinadas introduz também claríssima ampliação da eficiência na atuação do Judiciário laboral. Ao se considerar o potencial efeito multiplicador de determinadas controvérsias como um dos requisitos para admissão do recurso de revista, está-se a otimizar a relação entre os custos e as prestações do sistema judiciário. Amplia-se a produtividade dessa prestação estatal positiva e promove-se a adequada racionalização de seu custo, em inegável conformação a uma ordem jurídica que consagra princípios e regras de responsabilidade fiscal.
É também manifesto que o requisito da transcendência do recurso de revista responde a uma exigência funcional do próprio sistema judiciário. Tal argumento não se reduz, entretanto, uma concessão pragmática. Deveria ser indene de dúvidas que a viabilidade funcional de nosso sistema judiciário e, sobretudo, de nossas cortes superiores constitui um princípio constitucional implícito. Trata-se de decorrência necessária do Estado de Direito e de princípios como a máxima efetividade das normas constitucionais e dos direitos fundamentais. Assim, um sistema judiciário estruturalmente moroso, assimétrico em relação às partes e incapaz de processar as demandas a ele oferecidas afigura-se incompatível com a ordem constitucional, que determina que o Estado seja eficiente.
Igualmente não se vislumbram razões para um eventual receio de que a verificação da transcendência do caso a decidir converta-se em um juízo arbitrário. Para preveni-lo, basta a introdução de regras adequadas de organização e procedimento. Essas garantias procedimentais mínimas já se encontram previstas na própria Medida Provisória, sob a forma da exigência de sessões públicas e do direito à sustentação oral e à fundamentação das decisões.
Cuida-se, em síntese, de um esforço no sentido de assegurar a viabilidade funcional e a relevância sistêmica do Tribunal Superior do Trabalho, maximizando a eficiência e o alcance social da prestação jurisdicional. A introdução de um tal mecanismo de flexibilidade e experimentalismo institucional – claramente compatível com a legitimação do legislador ordinário para conformar a competência daquela Corte – deveria contar com a pronta disposição dos operadores do direito para submetê-lo ao teste de consistência e eficácia. Por fim, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal essa clara abertura normativa que a Constituição da República oferece, estar-se-ia a possibilitar profunda e substantiva revisão de nosso Judiciário laboral sem prejuízo da aprovação da proposta necessariamente longínqua e complexa de reforma constitucional.

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