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DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza LFG Online apresenta... DIREITO ADMINISTRATIVO Com o Professor ALEXANDRE MAZZA DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza Dano indenizável Características do dano indenizado: a) dano anormal: ultrapassa os inconvenientes naturais e esperados da vida em sociedade. Ex.: morar em região próxima a um presídio. DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza b) dano tem que ser específico: é aquele que atinge um destinatário determinado, ou uma classe delimitada de indivíduos, pois, se o prejuízo for geral não gera dever de indenizar. Ou seja, não se indenizam ações gerais.Ex.:Poder de polícia. Uma das características do poder de polícia é de que se trata de um dano geral. DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza c) Responsabilidade estatal por atos lícitos (são aqueles praticados em estrita observância da legalidade). Quais são os requisitos da Responsabilidade do Estado? São ato, dano e nexo. Ex.: asfaltamento de rua, (obras) quando houver impedimento ao acesso de clientes em comércio situado na rua da obra, que perde faturamento, caberá ação contra a prefeitura. Atenção: também existe responsabilidade por danos decorrentes da função legislativa ou jurisdicional, desde que se comprove culpa ou dolo (responsabilidade subjetiva). DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza Responsabilidade de concessionários de serviço público. Visão do STF no RE 591.874/MS. Art. 37, §6º. Os concessionários respondem sempre pela Teoria objetiva, ou seja, pode ser um usuário ou não usuário. Exemplo do caso que ensejou a virada jurisprudencial: usuário de transporte urbano, se o passageiro sofre prejuízo, a responsabilidade é da concessionário e não depende de culpa ou dolo. Em relação aos não usuários como pedestres e ciclistas, a responsabilidade também é objetiva. Argumento acerca da indenização destes não usuários: DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza 1º) Art. 37,§6º: fala em terceiros e não diferencia usuários e não usuários. 2º) Princípio da Isonomia: são atingidos pelo mesmo fato do serviço, razão pelo qual não exigiria uma comprovação probatória diversa. 3º) natureza geral do serviço público: prestação destinada a todos. DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza Danos por omissão É aquele decorrente de comportamento omissivo do Estado (falta de ação). Exs.: Assalto, enchente, queda de árvore, buraco na rua. Existe um consenso no qual vale a teoria subjetiva. Nesta teoria a vítima teria que provar além da omissão, o dano, o nexo e culpa ou dolo do Estado. (Celso Antônio Bandeira de Mello). Para o Professor CABM o Estado deveria provar que não houve culpa ou dolo, haverá uma inversão, e que a responsabilidade subjetiva não seria benéfica a vítima. DIREITO ADMINISTRATIVO – Alexandre Mazza Só vale para a peça e com base nos gabaritos utilizados pelo próprio examinador. Muito cuidado nas questões, pois, deve se defender que os danos por omissão geram responsabilidade subjetiva. Mas na peça da OAB, o examinador tem ignorado o uso da responsabilidade subjetiva e tratado do tema como simples responsabilidade objetiva (Art. 37,§6º da CF e 186 do CC).
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