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ATIVIDADE ESTRUTURADA CEL0466 EDVAN CLAUDINO 201701054647

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
ATIVIDADE ESTRUTURADA 
PROFESSORA TUTORA MÔNICA DA SILVA PARANHOS 
“ENTRANDO NO CLIMA” UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DAS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE 
EDVAN CLAUDINO GOMES FILHO
2017.1 
PRIMEIRA PARTE DA ATIVIDADE ESTRUTURADA 
Para a elaboração teórica do projeto de pesquisa, foram examinadas as fontes de pesquisa propostas pela coordenação da disciplina, sob a forma de vídeos e artigos científicos. Também foi utilizado material bibliográfico oferecido na Internet. 
SEGUNDA PARTE DA ATIVIDADE ESTRUTURADA 
TÍTULO
Uma visão da problemática socioambiental das comunidades da sub-bacia do canal São Joaquim.
DELIMITAÇÃO TEMÁTICA
Diante da visível problemática socioambiental, encontrado pelas comunidades e nos vários pontos ao longo do Canal de São Joaquim, surgiu a proposta desta atividade. Diante de estudos e pesquisas básicas mais relevantes, relacionadas às questões socioambientais na vida das comunidades que residem próxima ao canal que estão cansadas do esquecimento das autoridades responsáveis pelas medidas e soluções cabíveis para a mudança e conscientização desses problemas. O ponto fundamental do estudo é a sensibilização da população a respeito da conscientização e da preservação do meio ambiente e em especial o canal, é necessário chamar a atenção para esses problemas, que somente acontecerá através do conhecimento, e com o conhecimento chegar de fato à conservação dos males urbanos encontrados, através da educação ambiental.
JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento industrial das grandes cidade ao longo da história, contribuiu com crescimento urbano desordenado e esse crescimento não se deu de forma sustentável, consequentemente sugiram vários problemas socioambientais que se agravam cada vez mais com o passar do tempo.
Atualmente, nós Vivemos em uma sociedade onde a política capitalista desenfreado é o principal fator que move a economia. Com o surgimento de novos produtos por parte das indústrias, onde os recursos naturais são utilizados e devolvidos ao meio ambiente em forma de agentes tóxicos, tornando os indivíduos presentes neste sistema cada vez mais submissos à forma em que ele é desencadeado. 
Este problema envolve, além do consumo desordenado, o mau uso das nossas fontes de energia e bens naturais, destruição do meio ambiente, através da sua exploração desenfreada, sem uma metodologia para recompô-los de forma sustentável e com o descaso descomunal com lixo produzido.
É fato que a sociedade contemporânea vive um momento de grande complexidade, pois presencia inumeráveis turbulências sociais, tais como a desigualdade, a inversão de valores e a injustiça. Logo, atentamos para a necessidade de reverter esse quadro de degradação socioambiental, cujo fator decisivo, segundo Layrargues (2006), é o próprio capitalismo (Queiroz, p.2). 
A população mundial cresceu de modo quase incontrolável.
As cidades tornaram-se essas enormes aglomerações de pessoas.
O mais sério de tudo é que o sistema econômico dos países mais ricos e poderosos foi sendo imposto para o resto do mundo e, com isso, o modo de vida desses países foi sendo reproduzido em outros mais pobres, menos desenvolvidos e com menor grau de justiça social (Ferreira,2006,p.34.)
A modernização sem sustentabilidade tem seu preço, e esse preço custa muito caro e quem paga essa conta é a sociedade e o meio ambiente. Com o descaso suje vários impactos ambientais: a poluição da atmosférica, lixo, esgoto e outros. Os esgotos urbanos geralmente são despejados em rios, córregos e canais que cortam as cidades. 
A urbanização desordenada que ocorreu no Brasil nas últimas décadas desencadeou sérias conseqüências para as pessoas e para o meio ambiente. Neste sentido é importante destacar a crescente degradação sofrida pelos rios urbanos, que por estarem no perímetro das cidades, recebem todo tipo de poluição (Carvalho,2011,p.8).
Com o saneamento básico precário a comunidade tem sofrido uma série de impactos negativos proveniente das águas residuais dos esgotos que causam danos ambientais e sanitários. Ou seja, sem o devido recolhimento e tratamento, os esgotos vão para nos rios e canais e como um ciclo vicioso em que o homem e natureza se destroem mutuamente. 
Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na Saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na Educação, na expansão do Turismo, na valorização dos Imóveis, na Renda do trabalhador, na Despoluição dos rios e Preservação dos recursos hídricos, etc (Instituto Trata Brasil, 2017). 
A ineficácia e a inadequação dos instrumentos de planejamento e gestão urbana podem contribuir para o estabelecimento de padrões irregulares e informais de ocupação e urbanização em especial dos seguimentos mais pobre da população com a introdução de grandes valores imobiliários em áreas consideradas irregulares com boa qualidade de vida e toda infraestrutura adequada como conseqüência os mais pobres são obrigados a migrarem para lugares caracterizados como fundo de vale e áreas de preservação 
ambiental constituindo as ocupações irregulares (MOTTA et al., 2002). 
Nas últimas décadas em Belém houve um crescimento urbano exponencial nas ocupações em áreas insalubres e sem condições de infraestrutura e de moradia. Essas áreas conhecidas como “baixadas” se tornaram verdadeiras favelas, onde passaram a habitar pessoas de baixo poder aquisitivo, provenientes, em geral, do espaço rural. 
Os processos de alteração ambiental em áreas urbanas acompanham o desenvolvimento das cidades e estão relacionados à ocupação de espaços, nem sempre destinados à urbanização, sem previa implantação de infraestrutura. Essa situação tem provocado a 
degradação ambiental e o comprometimento da qualidade de vida da população que mora na cidade (UHLY e SOUZA, 2004). 
De acordo com os dados do Instituto Trata Brasil de 2017, cerca de 47,10% da população paraense não recebe água tratada em casa, 4,92% do esgoto são coletados e apenas 1,18% são devidamente tratados, que acabam sendo despejados diretamente nos rios. 
Com o canal poluído compromete a qualidade de vida da população, a água contaminada eleva os índices de doenças transmissíveis. Água não tratada é porta aberta para várias doenças.
a) Doenças de veiculação hídrica, ou seja, por ingestão: Disenteria amebiana, disenteria bacilar, Febre tifoide e paratifoide, gastroenterite, giardiase, hepatite infecciosa, leptospirose, paralisia infantil, cólera e salmonelose. 
b) Por contato: Escabiose (doença parasitária cutânea, conhecida como sarna), tracoma (mais frequente nas zonas rurais), verminose, esquistossomose. 
c) Doenças transmitidas por vetores que se relacionam com a água, ou seja, por meio de inseto que se desenvolve na água: dengue, zika vírus, chikungunya, febre amarela, filária, malária.
Os igarapés que cortam a malha urbana foram transformados em canais retificados, por onde também são escoados os dejetos humanos, e em alguns casos revestidos de concreto (TRINDADE Jr. 1998). 
Em 1976, a igarapé São Joaquim foi canalizado, e nos anos de 1987 e 1988 foi realizado o saneamento básico em uma parte dos bairros do Marco e Pedreira, através do “Programa de recuperação das baixadas”, que teve como prioridade a Bacia Hidrográfica do Una (Carvalho,2011,p.39). 
Nos bairros cortados pelo canal São Joaquim (Barreiro, Sacramenta e Telégrafo), como citado anteriormente, houve nas últimas décadas, o elevado e desordenado crescimento populacional desta região associado a um péssimo saneamento básico, promovem degradação contínua do canal. Segundo relatos, em pouco mas de vinte anos, o Rio São Joaquim virou um esgoto a céu aberto. 
No entanto, o que se ver
é um total descaso com a sociedade e o meio ambiente, o lixo se acumula ao longo das margens e a concentração de lixo residencial e comercial próximo a cada ponte e passarela que cruzam o canal, verdadeiros lixões as margens das vias que tangenciam o canal. Todo esgoto doméstico das comunidades são despejados no canal sem nenhum tratamento. O canal esta tomado por plantas aquáticas que se alimentam da poluição.
Para que o cidadão atue de um modo comprometido com o bem-estar de cada um e da sociedade, deve considerar os aspectos socioambientais locais e globais. Para tanto, além de informações e conceitos, é necessário que a escola esteja preparada para trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos (Ferreira, p.72, 2006).
Diante dessa problemática degradação do meio ambiente e dos recursos disponíveis, não vejo alternativa ao nascimento da consciência socioambiental, que não seja a Educação Ambiental.
Para o enfrentamento desses desafios e demandas na perspectiva de uma ética ambiental, devemos considerar a complexidade e a integração de saberes. Tais preocupações éticas criam condições de legitimação e reconhecimento da educação ambiental para além de seu universo específico; ela se propõe a atender aos vários sujeitos que compõem os meios sociais, culturais, raciais e econômicos que se preocupem com a sustentabilidade socioambiental.(Secad/MEC, p.11, 2007). 
A escola tem um papel central em quase toda nossa vida, em especial nas fases iniciais de nosso desenvolvimento, já que é uma instituição socializadora, na qual o conhecimento não é apenas transmitido verbalmente, mas é construído e reconstruído pelo aluno que deve ser visto como um sujeito ativo que organiza a realidade e age sobre ela. Para tanto, além de informações e conceitos, é necessário que a escola esteja preparada para trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos, neste contexto é de suma importância a educação ambiental. 
A educação ambiental é uma das ferramentas existentes para a sensibilização e capacitação da população em geral sobre os problemas ambientais. Com ela, busca-se desenvolver técnicas e métodos que facilitem o processo de tomada de consciência sobre a gravidade dos problemas ambientais e a necessidade urgente de nos debruçarmos seriamente sobre eles. Desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos.
Guimarães (2009, p. 14) ressalta: A Educação Ambiental apresenta-se como uma dimensão do processo educativo voltada para a participação de seus atores, educandos e educadores, na construção de um novo paradigma que contemple as aspirações populares de melhor qualidade de vida socioeconômica e um mundo ambientalmente sadio. 
METODOLOGIA
A metodologia aplicada nesta atividade teve como princípio a pesquisa através da coleta de dados por meio de entrevistas, apreciação de relatos, analise direcionada documental com a finalidade de realizar um levantamento baseado na visão de cada autor e relatos de indivíduos a fim de compor uma revisão bibliográfica.
Foi realizada uma visita in situ para levantamento referente ao tema desta atividade para estimular a percepção visual, levantando os problemas vivenciados pela população local, observando também a organização espacial urbana e mostrando as implicações socioambientais decorrente deste canal que corta a cidade de Belém.
OBJETIVOS
Identificar a problemática socioambiental, e atenta para a urgência em encontrar novas formas de criar uma comunidade mais sustentável.
Conscientizar para uma reflexição no problema do lixo, nas formas de coleta e destino, na reciclagem, nos responsáveis pela produção e destino nas escolas, residências e em espaços públicos;
Estimular ações educativas junto a comunidade, sobre a problemática socioambiental comprometendo-se, assim, com a preservação e defesa do meio ambiente, em especial o canal;
Conscientizar sobre a importância da água para manter a vida no planeta, além de buscar meios para economizar e usá-la racionalmente.
Criar uma consciência sobre a necessidade de diminuir e buscar formas para solucionar a poluição do ar e da água.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A história das coisas. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw: Acesso em: 14 abr. 2017
Carvalho, José Reinaldo Ferreira. Avaliação da qualidade da água: um estudo na sub-bacia do canal São Joaquim. Belém-PA, 2011. 
COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS. Disponível em: 
http://www.copasa.com.br/media2/PesquisaEscolar/COPASA_Doen%C3%A7as.pdf:
Acesso em: 02 maio 2017
Ferreira, Ivan Dutra. Meio ambiente, sociedade e educação. Brasília: Centro de Educação a Distância – CEAD, Universidade de Brasília, 2006.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. 9. ed. Campinas: Papirus, 2009
INSTITUTO TRATA BRASIL. Disponível em: 
http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e-saneamento: Acesso em: 01 maio 2017. 
LIXO extraordinário. Documentário completo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpWb8: Acesso em: 16 abr. 2017
MOTTA, D. M. Gestão do uso do solo Disfunções do Crescimento Urbano, Vol 1: Instrumento de Planejamento e Gestão Urbana em Aglomerações Urbanas: Uma análise Comparativa, Brasília, 2002. 
O Vale (de Marcos Sá Corrêa e João Moreira Salles). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=g5m7F-kwR9g: Acesso em: 15 abr. 2017
QUEIROZ, Edileuza Dias de. Caminhos para a inserção da dimensão socioambiental na formação inicial de educadores: possibilidades e obstáculos encontrados. Anped, Rio de Janeiro. Disponível em: http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT22%20Trabalhos/GT221397_int.pdf: Acesso em: 23 mar. 2017. 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE (Secad/MEC). Educação Ambiental: aprendizes de sustentabilidade. Brasília, 2007.
SILVA, Ana Tereza Reis da. O dualismo homem/natureza e suas implicações à educação ambiental. Anped, Rio de Janeiro. Disponível em: http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT22%20Trabalhos/GT222024_int.pdf: Acesso em: 23 mar. 2017
TRINDADE Jr.; S. C. Produção do espaço e diversidade do solo urbano em Belém. Belém: NAEA/UFPA, 1997. 256p. 
UHLY, S.; SOUZA, E. L. (Org). A questão da água na grande Belém. Belém: Casa de Estudos Germânicos, 2004

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