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ATIVIDADE ESTRUTURADA CEL0468 EDVAN CLAUDINO 201701054647

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 
CÓDIGO DA DISCIPLINA: CEL0468
PROFESSORA TUTORA: MÔNICA DA SILVA PARANHOS
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: 
CONHECIMENTO E EDUCAÇÃO EM KANT ATRVÉS DE VÍDEOS E FILME
	
ALUNO AUTOR DA ATIVIDADE: EDVAN CLAUDINO GOMES FILHO
DATA: 17/05/2017
ATIVIDADE 1
As possibilidades e limites da razão, segundo o pensamento de Kant, na produção dos saberes educacionais. 
Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, o fundador da Filosofia Crítica. Foi considerado um dos maiores da história da filosofia e um dos mais influentes no ocidente, nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental; após passar a adolescência estudando num colégio protestante, vai para a Universidade de Königsberg, em 1740, onde será livre-docente conferencista associado somente em 1755, quando doutorou-se em filosofia, estudando também física e matemática, além de lecionar Ciências Naturais. 
Assim, em 1770, assume a Cátedra de Lógica e Metafísica na Universidade de Königsberg, quando termina a chamada fase pré-crítica Kantiana, na qual predomina a filosofia dogmática. Kant, um homem metódico e de saúde frágil, foi professor de Física, Antropologia, Geografia, Lógica, Metafísica, dentre outras disciplinas; e além disso, escreveu alguns ensaios sobre história e política. 
O objetivo desta atividade é realizar uma reflexão sobre o limite da razão sobre a realidade. E esse pensamento de Kant sobre limite da razão aparece na primeira obra crítica. Nela surge a filosofia transcendental, estruturando uma série de princípios a priori no sujeito que tornam possíveis a experiência dos sentidos. Mas quais são exatamente, segundo Kant, estas formas a priori no homem que o permitem conhecer a realidade ou, em outros termos, o que são essas tais condições de possibilidade da experiência? 
Nos pensamentos de Kant encontramos a clássica distinção entre os fenômenos, aquilo que aparece e o númeno, aquilo que é incognoscível, ou seja, aquilo que não se apresenta. Contudo, a questão fundamental é a possibilidade de juízos que são sintéticos, ou seja, que agregam informações, serem também a priori (ter um valor universal, não contingente). Em razão dessa estrutura transcendental, seria possível, segundo Kant, lidar com o problema da existência ou não de Deus, da alma e do mundo. 
A sua teoria do conhecimento ou, como se diria em termos atuais, a sua epistemologia teve como objetivo justificar a possibilidade do conhecimento científico do século XVIII. Ela partiu da constatação de que nem o empirismo, nem o racionalismo explicavam satisfatoriamente a ciência. Kant mostrou que apesar de o conhecimento se fundamentar na experiência, esta nunca se dá de maneira neutra, pois a ela são impostas as formas a priori da sensibilidade e do entendimento, características da cognição humana. Kant afirmou que apesar da origem do conhecimento ser a experiência se alinhando aí com o empirismo, existem certas condições a priori para que as impressões sensíveis se convertam em conhecimento fazendo assim uma concessão ao racionalismo. Esta concessão ao racionalismo não devia ser levada ao extremo, pois "todo o conhecimento das coisas provenientes só do puro entendimento ou da razão pura não passa de ilusão; só na experiência há verdade" (Kant apud Pascal, 1999; p. 45). 
No entanto, de uma forma elegante Kant tentou mostrar que a dicotomia empirismo/racionalismo requer uma solução intermediária. 
Kant afirmou a existência de uma realidade externa e independente do sujeito, designando-a pôr as coisas em si ou númenos, ou seja, aquilo que não se apresentam a nós, que não estão ao nosso alcance e por isso Kant sugere que não deveríamos perder tempo analisando esses conceitos como os pensadores antigos por não contribuírem muito para a filosofia. 
Contudo, segundo Kant, temos um conhecimento limitado sobre a realidade. Isso ocorre porque nossa estrutura cognitiva delimita nosso entendimento e nos dá acesso somente ao mundo dos fenômenos, e o fenômeno é tudo aquilo que podemos perceber através dos sentidos e organizado por nossa estrutura racional, são as coisas que podemos captar através da lente da razão. Ou seja, o homem não consegue perceber a realidade, quando o homem observa um fenômeno ele o observa de sua ótica, de tal forma, o fenômeno existe além da percepção humana, contudo para o homem, ele só existirá da forma com a qual ele o percebeu. No entanto, existe uma realidade macroscópica que os nossos olhos ou lentes não consegue perceber bem com uma microscópica, por nossos olhos estarem em um nível intermediário de observação, percebemos aquilo que estão ao nosso alcance, similarmente, Kant acreditava que nossa razão tem uma espécie de lente que da sentido ao que percebemos.
A matéria de qualquer fenômeno constituía-se das sensações produzidas pelas coisas em si que careciam de qualquer estrutura. Estas sensações eram ordenadas pelas formas a priori da sensibilidade (o espaço e o tempo), resultando nas percepções; a razão aplicava-lhes as formas a priori do entendimento, alcançando então as coisas para nós. Portanto os objetos nos eram dados na sensibilidade e pensados através de conceitos e princípios no entendimento. As duas faculdades cognitivas estavam indissoluvelmente ligadas, sendo ambas indispensáveis ao conhecimento. "Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado" (Kant, 1987; p. 75)
Então qualquer conhecimento, empírico ou não, é produção do homem e não um fenômeno extra-humano, onde o seriamos apenas observadores e catalogadores do que observarmos. Logo nos vem em mente as seguintes perguntas: A alma é mortal ou imortal? Deus existe? Segundo Kant, os seres humanos não podem conhecer coisas como Deus ou a alma. Podem pensar em Deus e na alma, pois têm essas ideias, mas isso não constitui verdadeiramente conhecimento.
Kant analisou vários argumentos apresentados por outros filósofos com o propósito de provar a existência de Deus: o argumento cosmológico, o argumento ontológico. Verificou que todos eles se prestam a objeções muito fortes, não fornecendo portanto demonstrações da existência de Deus. Kant formulou, por exemplo, a célebre objeção contra o argumento ontológico que diz: a existência não é um predicado.
Para Kant, a existência de Deus e outros tópicos da religião (como a imortalidade da alma) não são matérias de conhecimento, mas de fé. Na obra Crítica da Razão Pura, Kant afirmou: “tive de suprimir o saber para encontrar lugar para a fé”.
Kant era uma pessoa religiosa, ele tinha fé na existência de Deus. 
Portanto, não quer dizer que não podemos fazer tais questionamentos, simplemente pelo fato desses conceitos estarem além da compreensão humana, mas sim, nunca saberemos como esses coisas são na realidade, mas sim, saberemos das coisas que são apresentam a nós, das coisas que se apresentam através da lente limitada da razão.
Referências:
E BIOGRAFIA. Disponível em: 
https://www.ebiografia.com/immanuel_kant: Acesso em: 01 maio 2017. 
Immanuel Kant - Prof. Antônio Joaquim Severino. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=WILVmTQQwkg: Acesso em: maio 2017
KANT, I. Crítica da razão pura Os pensadores Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1987. 
PASCAL, G. O pensamento de Kant. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999
SER OU NÃO SER – KANT. Disponível em: 
http://www.youtube.com/watch?v=1argw1pCM1k&feature=related: Acesso em: maio 201
ATIVIDADE 2
O papel e a finalidade da educação em Kant? 
Partindo da assertiva de Kant que “o homem é a única criatura que precisa ser educada”, e, que “o homem não pode se tornar um verdadeiro homem senão pela educação, ele é aquilo que a educação faz dele” suje a pergunta qual o papel e a finalidade da educação? Segundo Kant a educação tem um papel fundamental no processo do homem para alcançar autonomia, à liberdade. Já a educação tem como finalidade é garantir,
como também desenvolver o bem geral e a perfeição da humanidade.
Para que o homem acace à liberdade, por educação, Kant entende que devemos ter um cuidado especial com a infância, no tocante da conservação, da alimentação, da disciplina, da formação e da instrução, estas três últimas são fundamentais à formação do homem. Mas por que estas três potencialidades são tão importantes? Por que elas nos distingue dos animais. Contudo, a disciplina tem um caráter negativo mas essencial para a humanidade, podemos identificar essa potencialidade visivelmente no filme “Entre os Muros da Escola” (“Entre les Murs”), de Laurent Cantet. Segundo Kant, “a disciplina transforma a animalidade em humanidade” (Kant I, 1996, p. 27) 
Em contra partida, a instrução, por sua vez, é a parte positiva da educação. Ela vai garantir à espécie humana o cumprimento de sua finalidade, que é chegar a um estado melhor no futuro. É preciso cuidar da disciplina e da instrução para que, se descuidadas, não permitam aos homens continuarem no estado de brutalidade e selvageria (Carvalho, p.7). 
A educação é um assunto que é, e sempre será analisada e observada, porque a educação pode ser a resposta que a humanidade procura para todas as coisas e é uma exigência da sociedade. Na visão de Kant, a educação é a base na formação do homem, através dela ele conquistará autonomia e liberdade individual.
Com autonomia o sujeito vence paulatina e progressivamente a propensão para o mal e se converte para o bem, uma vez que, segundo Kant, na obra “Religião dentro dos limites da simples razão”, enfatiza que “homem é mau por natureza” (Kant,1980, p. 282). 
Para Carvalho uma boa educação é aquela que desenvolve em toda sua plenitude os germes que estão depositados no homem pela natureza ou, como segundo Kant, pela Providência. “Não há nenhum princípio do mal nas disposições naturais do ser humano. A única causa do mal consiste em não submeter a natureza a normas. No homem não há germes [sementes], senão para o bem” (Kant, 1996, p. 24).
Kant pensa que o homem para agir possa se orientar no mundo; enquanto dotado de razão e de vontade, tornando-se cada vez mais senhor de si e de suas próprias ações, de modo a fomentar um estado de liberdade e autonomia, pois, sendo a educação uma arte, a “autonomia pode ser ensinada e a liberdade aprendida” (Oliveira, 2004, p. 459). 
Kant compreende que a educação tem um aspecto pragmático, transformando-se em um ferramental para a pedagogia. A educação, para Kant, é um instrumental que tem por objeto preservar a vida, buscar a civilização e apontar para princípios morais. 
Referências:
Carvalho, Alonso Bezerra de, intitulado “A Filosofia da Educação Kantiana: Educar para a Liberdade”, disponível em 
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/128/3/01d07t03.pdf: 
Acesso em: maio 2017
Entre os Muros da Escola” (“Entre les Murs”), de Laurent Cantet. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=rBXlPg7nj-Y: Acesso em: maio 2017
Kant I. A Religião dentro dos limites da simples razão. Trad Tânia Maria Bernkopf. São Paulo: Abril Cultural; 1980. 
Kant I. Sobre a Pedagogia. Trad Francisco Cock Fontanela. Piracicaba: Editora Uniemp; 1996 
Oliveira MN. A educação na ética kantiana. Educação e Pesquisa. 2004;30(3):447-60

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