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A3 - A IMPORTANCIA DO CONTROLE INTERNO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS 
CAMPUS DE CAICÓ 
 
 
 
 
 
ANDREANE MARIA VASCONCELO ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA GESTÃO 
EMPRESARIAL: Um estudo de caso numa empresa do ramo de 
supermercado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAICÓ – RN 
2015 
ANDREANE MARIA VASCONCELO ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA GESTÃO 
EMPRESARIAL: Um estudo de caso numa empresa do ramo de 
supermercado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Departamento de 
Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino 
Superior do Seridó da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte, para obtenção do título de 
Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
Orientador(a): Profª Esp. Clara Monise Silva 
 
 
 
 
 
 
CAICÓ – RN 
2015 
Alves, Andreane Maria Vasconcelo.
 A importância do controle interno na gestão empresarial : Um
estudo de caso numa empresa do ramo de supermercado / Andreane
Maria Vasconcelo Alves. - Caicó: UFRN, 2015.
 47f: il.
 Orientador : Esp. Clara Monise Silva.
 Monografia (Bacharel em Ciências Contábeis) Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do
Seridó - Campus Caicó.
 1. Gestão empresarial. 2. Controle interno. 3. Tomada de
decisão. I. Silva, Clara Monise. II. Título.
RN/UF/BSE07 CDU 657
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
ANDREANE MARIA VASCONCELO ALVES 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NA GESTÃO 
EMPRESARIAL: Um estudo de caso numa empresa do ramo de 
supermercado 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de 
Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção 
do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
___________________________________________________________________________ 
Profª Esp. Clara Monise Silva - UFRN/CERES 
Orientador 
 
 
___________________________________________________________________________ 
Prof. Esp. Sócrates Dantas Lopes - UFRN/CERES 
Examinador 1 
 
 
___________________________________________________________________________ 
Prof. Esp. Ney Fernandes de Araújo - UFRN/CERES 
Examinador 2 
 
 
 
CAICÓ – RN 
 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"As grandes obras são executadas, não pela força, mas pela perseverança". 
Samuel Johnson
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais que 
sempre foram perseverantes e me 
apoiaram em todos os momentos de 
minha vida. 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus, Pai Eterno, por me conceber o dom da vida, zelando por minha 
saúde e me dando forças para seguir em frente nos momentos mais difíceis. 
Agradeço aos meus pais, meus irmãos e irmãs e a todos meus familiares pelo apoio e 
motivação durante minha formação acadêmica. 
Agradeço a Maria das Dores Silva, pessoa muito especial em minha vida a quem 
recorro nas horas mais difíceis, que me dá todo apoio e sempre ora por mim. 
Agradeço à minha orientadora, Professora Clara Monise Silva, por toda ajuda que 
recebi na elaboração deste trabalho. 
Agradeço aos colaboradores e ao gestor do Supermercado Lucena por toda 
contribuição na elaboração desse estudo. 
Agradeço a todo o corpo docente por terem dedicado parte de suas vidas na minha 
educação, me auxiliando e orientando na busca pelo conhecimento, especialmente à minha 
primeira professora Maria de Fátima Araújo e toda sua família. 
A todos os colegas de faculdade das diferentes cidades que sempre colaboraram 
comigo quando mais precisei de ajuda. 
Agradeço a meu colega Fábio Cunha de Azevedo a quem eu posso chamar de irmão 
por tudo que ele representa para mim. 
A todos que trabalharam comigo no colégio Calpúrnia Caldas de Amorim. 
A todas as minhas colegas de trabalho da biblioteca. 
RESUMO 
 
 
A busca pelo progresso e eficiência na aplicação dos recursos, leva os responsáveis pela 
gestão empresarial tomar decisões embasadas em informações consistentes, a necessidade de 
conseguir informações atualizadas, com projeções do futuro e ao mesmo tempo de fácil 
entendimento. Este trabalho justifica-se devido às contribuições que o controle interno pode 
oferecer à gestão empresarial, pois através de sua utilização os gestores poderão obter 
informações fidedignas, inclusive dados contábeis mais precisos e confiáveis que os auxiliem 
em suas tomadas de decisões. Desta forma, o objetivo geral deste estudo foi demonstrar as 
contribuições que o controle interno oferece ao processo de gestão empresarial, através de um 
estudo de caso no Supermercado Lucena, localizado no município de São José do Seridó/RN. 
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, de forma a referenciar conceitos que foram 
utilizados para auxiliar a análise da pesquisa. Para alcançar o objetivo, foi realizada uma 
pesquisa descritiva, aplicando uma abordagem do problema de forma qualitativa. A coleta e 
análise dos dados tiveram como fundamento a aplicação de um questionário com os 
colaboradores da empresa estudada. Destacam-se através da pesquisa, que são várias as 
contribuições que o controle interno pode oferecer à gestão empresarial, desde que seja 
aplicado e monitorado de forma adequada, auxiliando os gestores a proteger seus ativos 
através de informações exatas, confiáveis e oportunas, que ajudam a prevenir erros, fraudes e 
atos ilícitos. 
 
 
Palavras-Chave: Gestão Empresarial, Controle Interno, Tomada de Decisão 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Conhecimentos sobre o controle interno ............................................................... 31 
Gráfico 2 – O gestor sozinho consegue ter um controle total sobre todos os departamentos 
da empresa ................................................................................................................................ 32 
Gráfico 3 – Sempre pesquisa antes de comprar qualquer produto ........................................... 33 
Gráfico 4 – Armazenamento das compras ............................................................................... 34 
Gráfico 5 – Há uma previsão de vendas na empresa ................................................................ 34 
Gráfico 6 – A empresa tem organização de determinar o que, quando e quanto se deve 
comprar de um determinado produto ....................................................................................... 35 
Gráfico 7 – A empresa possui um sistema de conferência, aprovação e autorização de 
mercadorias no ato da entrega .................................................................................................. 36 
Gráfico 8 – A empresa utiliza relatórios financeiros para tomada de decisões ....................... 36 
Gráfico 9 – A empresa possui um plano de organização ......................................................... 37 
Gráfico 10 – Existe segregação de funções dentro da empresa ............................................... 38 
Gráfico 11 – Com um bom sistema de controle interno, a empresa conseguiria um bom 
desempenho e diminuiria determinadas perdas........................................................................ 39 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Função da controladoria ........................................................................................ 15 
Quadro 2 – Requisitos para bom desempenho do Controller ................................................... 16 
 
 
 Sumário 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA......................................................... 11 
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................ 12 
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ......................................................................................................... 12 
1.3.1 Geral ............................................................................................................................................ 12 
1.3.2 Específicos ................................................................................................................................... 12 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 13 
2.1 CONTROLADORIA ...................................................................................................................... 13 
2.1.1 Missão da área de controladoria ............................................................................................... 14 
2.1.2 Função da Controladoria........................................................................................................... 14 
2.1.3 Papel da controladoria no processo de gestão ......................................................................... 15 
2.1.4 Controller .................................................................................................................................... 16 
2.2 CONTROLE INTERNO ................................................................................................................. 17 
2.2.1 Tipos de Controle Interno ......................................................................................................... 18 
2.2.2 Controles Contábeis ................................................................................................................... 18 
2.2.3 Controles Interno Administrativos ........................................................................................... 19 
2.2.4 A Importância do Controle Interno.......................................................................................... 20 
2.3 OS OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO E SUAS FINALIDADES .................................... 21 
2.3.1 A salvaguarda dos interesses da empresa ................................................................................ 21 
2.3.2 A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis financeiros e operacionais 22 
2.3.3 O estímulo à eficiência operacional .......................................................................................... 23 
2.3.4 A aderência às políticas existentes ............................................................................................ 23 
2.4 RESPONSABILIDADE PELA DETERMINAÇÃO DO CONTROLE INTERNO ...................... 24 
2.5 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES .................................................................................................... 25 
2.6 CONTROLE INTERNO X FRAUDE ............................................................................................ 26 
2.7 CONTROLE INTERNO NOS DEPARTAMENTOS .................................................................... 27 
2.7.1 Departamento de Compras ....................................................................................................... 27 
2.7.2 Departamento de Vendas ........................................................................................................... 27 
2.7.3 Departamento de Estoque ......................................................................................................... 28 
2.7.4 Departamento Financeiro .......................................................................................................... 28 
3 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 30 
3.1 A ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA ............................................. 30 
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO ....................... 31 
 
 
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS ..................................................... 31 
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .................................. 31 
4 RESULTADOS DA PESQUISA ..................................................................................................... 32 
4.1 ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO COM OS COLABORADORES ............... 32 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 41 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 43 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA 
 
A globalização e as mudanças que ocorrem no mundo dos negócios têm levado os 
empresários a buscarem alternativas que verifiquem os resultados de suas ações. Torna-se 
necessário, cada vez mais, informações que auxiliem os gestores em suas tomadas de 
decisões. Para que possam ter informações fidedignas e controle do que ocorrem em todos os 
setores da empresa é preciso que as organizações disponham de um sistema de controle 
interno bastante eficaz a fim de salvaguardar os ativos e verificar a exatidão e fidelidades dos 
dados contábeis. 
De acordo com Franco e Marra (1992, p. 207) diz que controle interno é “todos os 
instrumentos da organização destinados à vigilância administrativa que permitem prevê, 
observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que 
produzem reflexos em seu patrimônio”. 
A administração de uma empresa contempla as etapas de planejamento, execução e 
controle, os gestores buscam alcançar os melhores resultados, a eficiência e eficácia dos 
negócios, garantindo o sucesso e a continuidade da organização. A utilização de um sistema 
de controle interno facilita a execução dessas etapas, sua implantação deve ser em 
conformidade com os resultados pretendidos a partir dos objetivos, metas, planos, políticas, 
organogramas e atividades planejadas. 
A busca pelo progresso e eficiência na aplicação dos recursos, levam os responsáveis 
pela gestão empresarial tomarem decisões embasadas em informações consistentes, a 
necessidade de conseguirem informações atualizadas, com projeções do futuro e ao mesmo 
tempo de fácil entendimento. Assim, observa-se que o controle interno tem uma grande 
relevância para o sucesso de qualquer empreendimento, uma vez que ele contribui para a 
redução de fatos indesejáveis que podem vir ocorrer na organização, o controle proporciona 
segurança para a administração a fim de que seus objetivos e metas estabelecidos sejam 
atingidos. 
Neste contexto o presente trabalho se dispõe a responder ao seguinte questionamento: 
Quais as contribuições que o controle interno pode oferecer à gestão empresarial? 
12 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
A escolha deste tema se deu devido às contribuições que o controle interno pode 
oferecer à gestão empresarial, pois através de sua utilização os gestores poderão obterinformações fidedignas, inclusive dados contábeis mais precisos e confiáveis que os auxiliem 
em suas tomadas de decisões, proporcionando mais segurança aos negócios da empresa e 
mais estímulo nos segmentos das políticas organizacionais. 
O controle interno quando aplicado e monitorado de forma contínua proporciona um 
efeito preventivo sobre os procedimentos adotados pela empresa, evitando problemas internos 
que poderão ocasionar perdas para a entidade. Assim, os gestores conseguirão obter o controle 
total sobre todos os departamentos da empresa em seus diversos segmentos. 
 
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
1.3.1 Geral 
 
Demonstrar as contribuições que o controle interno oferece ao processo de gestão 
empresarial. 
 
1.3.2 Específicos 
 
 Conceituar controle interno 
 Escrever sobre os objetivos do controle interno e suas finalidades 
 Verificar a existência de controle interno na empresa; 
 Analisar como a prática do controle interno pode contribuir em um melhor 
desempenho da empresa. 
13 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 CONTROLADORIA 
 
A controladoria busca auxiliar o gestor de maneira rápida e simples nas tomadas de 
decisões, buscando sempre efeitos positivos referentes às suas áreas, seus aspectos financeiros 
e econômicos, assim garantindo a eficácia empresarial. 
No entendimento de Padoveze (2003, p. 3): 
 
A controladoria é o órgão de apoio à administração, que dissemina a informação 
prestando auxílio ao processo decisório, com foco na eficácia organizacional. Para 
isso utiliza-se dos dados gerados pela contabilidade, que são processados e 
traduzidos aos usuários de forma objetiva por meio de um processo coordenado. 
 
A controladoria tem como principal função estabelecer a direção e implementação dos 
sistemas de: informação, planejamento e acompanhamento. 
Segundo Oliveira, Perez Jr e Silva (2009, p. 5): 
 
A controladoria deve persuadir a coletar e organizar informações e dados 
importantes para a tomada de decisão, ter controle e monitoramento sobre as 
atividades executadas e desempenhadas por todos os departamentos da empresa e 
principalmente ter capacidade de influenciar nas decisões dos gestores da empresa. 
 
Nota se que o papel da controladoria nas organizações é de aperfeiçoar os resultados, 
por meio de informações fidedignas baseadas no modelo de gestão. Almeida, Parisi e Pereira 
(2001, p. 344) destacam que a controladoria deve ser vista por duas perspectivas distintas: 
 
O primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda a 
base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela 
disseminação de conhecimento, modelagem e implementação de um sistema de 
informações. 
 
De acordo com os autores, a controladoria, enquanto ramo do conhecimento, 
estabelece a base teórica necessária para modelar um sistema de informações que condiz com 
14 
 
as necessidades informacionais dos gestores. Já como unidade administrativa é responsável 
pela coordenação e disseminação do conhecimento, por meio da implantação do sistema de 
informações, que possibilite os administradores tomarem as decisões que traduzem na 
otimização dos resultados da organização. 
 
2.1.1 Missão da área de controladoria 
 
Na atuação como órgão administrativo empresarial, a controladoria tem como missão, 
conforme afirma Catelli (2001, p.346) “assegurar a otimização do resultado econômico da 
organização na busca pela eficácia institucional, de forma a possibilitar o crescimento dos 
ganhos corporativos, por meios de decisões assertivas”. 
De acordo com Nascimento e Reginato (2009, p. 7) a área de controladoria possui 
como missão criar as ligações do processo de gestão, além das informações necessárias 
adquiridas pela utilização de um sistema de informações que possibilite praticar essa 
atividade: levando-se em consideração, que para ser útil, a informação deve ser confiável. 
No ponto de vista dos autores, a missão da controladoria está diretamente relacionada 
com a perpetuação da empresa. Resumidamente, é a área que orienta a gestão, apresenta os 
cenários, acompanha o desempenho e direciona os administradores nos caminhos a percorrer 
para o sucesso empresarial. 
 
2.1.2 Função da Controladoria 
 
Conforme Perez Jr, Pestana e Franco (1997, p. 36) “a principal função da 
controladoria é estabelecer a direção e a implementação do sistema de: 
 
 
 
 
 
15 
 
Quadro 1 – Função de Controladoria 
Informação: entender os sistemas contábeis e financeiros da organização; 
Motivação: está relacionada aos efeitos do sistema de controle sobre o comportamento das 
pessoas diretamente envolvidas; 
Coordenação: tem como objetivo concentrar informações vistas a aceitação de planos; 
Avaliação: tendo em vista interpretar fatos, informações e relatório, avaliando os resultados 
por áreas de responsabilidade, por processos, por atividades e entre outros; 
Planejamento: busca estabelecer se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e 
coordenados e se poderão dar informações para uma possível avaliação posterior; 
Acompanhamento: refere-se a verificação da evolução dos planos traçados, buscando corrigir 
falhas ou revisar o planejamento. 
Quadro 1: Adaptado de Perez Jr, Pestana e Franco, 1997 p. 36 
 
É notável que o processo decisório seja influenciado pela atuação da controladoria, 
pelo intermédio das informações de planejamento e controle, assim, as funções fornecem 
informações para realização e planejamento, com o papel efetivo de atingir o plano traçado. 
 
2.1.3 Papel da controladoria no processo de gestão 
 
Entendendo o conceito de controladoria e conhecendo a missão que a mesma reflete 
nas organizações, é necessário também conhecer o papel da controladoria no processo de 
gestão. 
Quanto ao papel da controladoria; Oliveira, Perez Jr e Silva (2010, p.10); “é assegurar 
as diversas gestões da empresa, fornecendo mensurações das alternativas econômicas e por 
meio de visão sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo 
decisório”. 
Para Perez Jr, Pestana e Franco (1997, p.37) “a controladoria busca otimizar os 
resultados econômicos da organização através da definição de um modelo de informações 
baseado no modelo de gestão”. Pode-se afirmar que essa é a área que processa os dados, 
interpreta e passa para os responsáveis, prestando auxílio na busca por decisões assertivas que 
promovam a sustentabilidade do empreendimento. 
16 
 
2.1.4 Controller 
 
É a pessoa responsável pelo departamento de controladoria dentro de uma empresa, 
tem a responsabilidade de apurar e disseminar todos os aspectos econômicos, financeiros das 
organizações, tendo papel de fundamental importância quanto à busca pelos melhores 
resultados, e em muitos casos, exercendo influência na tomada de decisões pelos gestores. 
Para Souza (2010, p.47) “o Controller é a pessoa responsável que tem a função de 
planejar, informar, controlar e decidir sobre o seu desempenho, voltado para a missão e 
objetivos da empresa”. 
Ainda de acordo com Souza (2010, p.48) “através do Controller os gestores podem 
superar deficiências gerenciais, pois terão alguém tecnicamente preparado para orientá-los no 
processo de tomada de decisão”. 
Segundo Figueiredo e Caggiano (1997, p.29) para que o Controller tenha um bom 
desempenho, este deve atender a alguns requisitos, tais como: 
Quadro 2 – Requisitos para bom desempenho do Controller 
Um bom conhecimento do ramo de atividade do qual a empresa faz parte, assim como 
dos problemas e das vantagens que afetam o setor; 
Um conhecimento da história da empresa e uma identificação com seus objetivos, suasmetas e suas políticas, assim como seus problemas e estratégias; 
Habilidade para analisar dados contábeis e estatísticos que são a base direcionadora de 
sua ação e conhecimento de informática suficiente para propor modelos de aglutinação 
e simulação das diversas combinações; 
Habilidade de se expressar bem, oralmente e por escrito e ter profundo conhecimento 
dos princípios contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado empresarial. 
Fonte: Adaptado de Figueiredo e Caggiano, 1997 p. 29 
 
Dessa forma considera-se que o Controller deve estar atento às adversidades que 
surgem nas organizações e ser um profissional versátil, ou seja, deve estar preparado para 
enfrentar as dificuldades e se dispor a buscar constantemente as atualizações e o 
aperfeiçoamento profissional. 
 
17 
 
2.2 CONTROLE INTERNO 
 
 É formado pelo plano de organização e de todos os métodos e procedimentos 
adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade dos dados 
fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da 
direção. 
Para Almeida (2007, p. 63): 
 
O controle Interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, 
métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis 
confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa. 
 
No entendimento de Crepaldi (2013, p. 472) o controle interno pode ser definido 
como: ”o sistema de uma empresa, que compreende o plano de organização, os deveres e 
responsabilidades e todos os métodos e medidas adotados na empresa para salvaguardar seus 
ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados contábeis, desenvolver a eficiência nas 
operações e estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas”. 
Attie (2010, p.149-150) diz que: “pela análise da definição de controle interno 
podemos observar a existência de vários fatores que necessitam ser clara e objetivamente 
expostos” são eles: 
a) Plano de organização é o modo pelo qual se organiza um sistema; 
b) Métodos e medidas estabelecem os caminhos e os meios de comparação e 
julgamento para se chegar a determinado fim; 
c) Proteção do patrimônio compreende a forma pela qual são salvaguardados e 
defendidos os bens e direitos da empresa; 
d) Exatidão e fidedignidade dos dados contábeis correspondem à adequada precisão e 
observância aos elementos dispostos na contabilidade; 
e) Eficiência operacional compreende a ação ou força a ser posta em prática nas 
transações realizadas pela empresa; 
f) Políticas administrativas compreendem o sistema de regras relativas à direção dos 
negócios e à prática dos princípios, normas e funções para a obtenção de 
determinado resultado. 
 
18 
 
Pela descrição dos fatores anteriormente dispostos, fácil é compreender que todos os 
itens se interinfluenciam de forma acentuada. Esses elementos, pela importância de cada um, 
são de tais formas essenciais para o controle interno adequado, que uma grave deficiência de 
qualquer um deles compromete o funcionamento eficiente de todo o sistema. 
Segundo Chiavenato (2003, p.613): 
 
O controle exerce uma função restritiva e coercitiva, no sentido de coibir ou 
restringir desvios indesejáveis, pode ser, também, “um sistema automático de 
regulação no funcionamento de um sistema e, por fim, com função administrativa, 
através do planejamento, organização e a direção”. A função administrativa é a mais 
importante, por ser através dela que há o monitoramento das tarefas executadas e a 
avaliação das atividades e resultados esperados, no intuito de fazer com que a 
empresa tenha êxito no que foi elaborado através do planejamento. 
 
Dessa forma o controle interno compreende todos os meios planejados numa empresa 
para dirigir, restringir, governar e conferir suas várias atividades com o propósito de fazer 
cumprir os objetivos. 
Assim, pode notar o quanto o controle interno traz benefícios para a gestão e 
desenvolvimento da empresa, uma empresa ao ser constituída tem a necessidade de ter um 
instrumento de apoio para que seus objetivos sejam alcançados. 
 
2.2.1 Tipos de Controle Interno 
 
Os controles internos se dividem em dois: controles contábeis e controles 
administrativos. 
De acordo com Attie (2010, p. 152,153) o controle interno inclui, portanto, controles 
que podem ser peculiares tanto à contabilidade como à administração. 
 
2.2.2 Controles Contábeis 
 
Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e 
procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que o 
compõem. 
19 
 
Para Crepaldi (2013, p.473) os controles contábeis são compreendidos por: 
 
 Segregação de funções: cria independência entre as funções de execução 
operacional, custódia dos bens patrimoniais e sua contabilização; 
 Sistema de autorização: controla as operações através de métodos de aprovações, 
de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos; 
 Sistema de registro: compreende a classificação dos dados dentro de uma estrutura 
formal de contas, existência de um plano de contas que facilita o registro e 
preparação das demonstrações contábeis, e a utilização de um manual descritivo 
para o uso das contas. 
 
Conforme o pensamento do autor para que uma operação ou transação se concretize 
eficazmente, é necessário que haja aprovação em cada uma das etapas necessárias ou nos 
pontos vitais de controle para o cumprimento do programa de administração, segundo as 
responsabilidades determinadas. 
 
2.2.3 Controles Interno Administrativos 
 
 Compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados 
para proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política de negócios da empresa, bem 
como a seus registros financeiros. 
Para Crepaldi (2013, p. 473) os controles internos administrativos são compreendidos 
por: 
 Normas salutares que observam as práticas saudáveis aos interesses da empresa no 
cumprimento dos deveres e funções; 
 Pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas atividades bem instruído e 
supervisionado por seus responsáveis. 
 
Um sistema de controle interno que funcione corretamente não depende apenas do 
planejamento efetivo da empresa e da eficiência dos procedimentos e práticas instituídas, mas 
também da competência de todo o pessoal envolvido, para levar adiante de forma eficiente e 
econômica os procedimentos prescritos. Assim todas as pessoas que compõem a empresa 
precisam receber informações adequadas para a realização de suas tarefas e treinamentos 
apropriados no âmbito técnico, gerencial e operacional. 
 
20 
 
2.2.4 A Importância do Controle Interno 
 
O controle interno tem uma contribuição a oferecer a cada segmento ou setor existente 
dentro de uma organização de forma a agregar agilidade, eficiência e veracidade para as 
informações contábeis e administrativas. 
No entendimento de Attie (2010,p.151): 
 
A importância do controle interno fica patente a partir do momento em que se torna 
impossível conceder uma empresa que não disponha de controles que possam 
garantir a continuidade do fluxo de operações e informações proposto. 
 
Como o autor diz, torna evidente a importância de um sistema de controle interno 
como meio de proteger a empresa, fazendo que todas as medidas tomadas tenham como 
objetivo a melhoria dos procedimentos gerados pela organização, a inibição de fraudes e a 
segurança das informações um maior grau de confiabilidade e exatidão dos registros 
contábeis. 
Crepaldi (2008, p. 65) define a importância do controle interno da seguinte forma: 
“[...]é de fundamental importância a utilização de um controle adequado sobre cada sistema 
operacional, pois dessa maneira atingem-se os resultados mais favoráveis com menores 
desperdícios”. 
A importância ou aprimoramento de um tipo de controle é tanto viável quanto positiva 
for a sua relação custo/benefício. Grau máximo de avaliação do benefício deve ser atribuído à 
sua importância e a qualidade da informação a ser gerada. 
Torna-se evidente a importância de um sistema de controle interno como forma de 
proteção da empresa. Todas as medidas tomadas dos procedimentos gerados pela empresa, a 
inibição de fraudes e assegurar um maior grau de confiabilidade e exatidão dos registros 
contábeis. 
 
 
21 
 
2.3 OS OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO E SUAS FINALIDADES 
 
Os objetivos do controle interno visam à configuração da segurança adequada às 
atividades praticadas ao longo de toda a empresa de forma vertical e horizontal, onde é de 
grande importância a adoção dos objetivos por todos da empresa, para que possa alcançar os 
objetivos propostos. 
Oliveira e D’Ávila (2002, p. 84), afirma que o objetivo do controle é: 
 
Verificar e assegurar os cumprimentos, às políticas e normas da companhia, 
incluindo o código de éticas nas relações comerciais e profissionais; obter 
informações adequadas, confiáveis, de qualidade e em tempo hábil, que sejam 
realmente úteis para as tomadas de decisões; prevenir erros e fraudes. Em caso de 
ocorrência dos mesmos. Possibilitar a descoberta o mais rápido possível. Determinar 
sua extensão e atribuições de corretas responsabilidades; registrar adequadamente as 
diversas operações, de modo a assegurar a eficiente utilização dos recursos da 
empresa; assegurar o processamento correto das transações da empresa. Bem como a 
efetiva autorização de todos os gastos incorridos no período. 
 
De acordo com Attie (2010, p.155) os objetivos do controle interno são: 
 
 A salvaguarda dos interesses da empresa; 
 A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis financeiros e 
operacionais; 
 O estímulo à eficiência operacional; 
 A aderência às políticas existentes. 
 
A seguir, serão apresentados detalhadamente os principais objetivos do controle 
interno e suas respectivas finalidades. 
 
2.3.1 A salvaguarda dos interesses da empresa 
 
Este objetivo está relacionado à proteção do patrimônio para que evite quaisquer 
perdas e risco devido a erros ou irregularidades. Conforme Attie (2010) a empresa dispõe de 
enorme gama de atividades que requer especialização, conhecimento e entendimento de forma 
que sejam conduzidos dentro de padrões adequados, minimizando a possibilidade de perdas e 
riscos. 
22 
 
Citam-se exemplos de alguns meios que podem dar suporte necessário a este objetivo, 
como: 
 Segregação de funções; 
 Sistema de autorização e aprovação; 
 Determinação de funções e responsabilidades; 
 Manutenção de contas de controle; 
 Diminuição de erros e desperdícios; 
 Contagens físicas independentes. 
Fica visível a preocupação que tem o controle interno com relação à proteção de seu 
patrimônio, munindo-se de várias práticas que contribuem ao sucesso deste objetivo. 
 
2.3.2 A precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis financeiros e 
operacionais 
 
Com este objetivo a organização tem as informações que auxiliam na gestão dos 
negócios e entendimento uniforme da informação. As projeções financeiras devem ser 
baseadas em fatos reais e estímulo como, por exemplo, o departamento de cobrança precisa 
saber os valores a receber dos clientes, já o de venda conhecer com muita rapidez os produtos 
disponíveis em estoque. 
Attie (2010) destaca alguns meios que dá suporte necessário a este objetivo 
exemplificando: 
 Documentação confiável; 
 Conciliação; 
 Análise; 
 Plano de contas; 
 Tempo hábil; 
 Equipamento mecânico. 
Percebe-se que este objetivo demonstra que as informações deverão ser exatas, 
confiáveis e oportunas, ou seja, os dados precisam ser verídicos e informados 
tempestivamente. 
 
23 
 
2.3.3 O estímulo à eficiência operacional 
 
A finalidade deste objetivo mostra que a administração determina os meios 
necessários para conduzir as tarefas, de uma maneira que obtenha entendimento e garanta a 
aplicação e haja tempestividade e uniformidade. 
De acordo com Attie (2010) “as inúmeras tarefas praticadas pelos diversos setores de 
uma empresa necessitam de uma linha de raciocínio e de conduta”. Pode-se deduzir pelas 
palavras do autor que em cada um dos setores existem determinadas particularidades e que 
cada um dos colaboradores precisa ter conhecimento de suas tarefas. 
Exemplificando alguns dos meios para se alcançar o referido objetivo, destacou-se: 
 Seleção; 
 Treinamento; 
 Plano de carreira; 
 Relatórios de desempenho; 
 Relatórios de horas trabalhadas; 
 Tempos e métodos; 
 Custo padrão; 
 Manuais internos; 
 Instruções formais. 
Através da aplicação destes meios há mais possibilidade e eficiência no modo como 
serão desenvolvidas as operações da empresa. 
 
2.3.4 A aderência às políticas existentes 
 
É através deste objetivo que se verifica a garantia que os desejos da administração 
sejam cumpridos por todos os colaboradores, isso fica definido através de suas políticas e 
demonstradas por meio de procedimentos que sejam seguidas adequadamente pelos 
colaboradores. 
24 
 
Na percepção de Attie (2010, p. 159) “cada pessoa e cada segmento da organização 
precisam funcionar harmonicamente, fazendo com que toda estrutura da empresa caminhe 
para o mesmo objetivo”. 
Alguns meios de embasar este objetivo são: 
 Supervisão; 
 Sistema de revisão e aprovação e; 
 Auditoria interna. 
De acordo com os objetivos do controle interno e suas finalidades torna-se notável que 
o cumprimento de cada um deles auxilia na segurança adequada às atividades de toda a 
empresa. 
 
2.4 RESPONSABILIDADE PELA DETERMINAÇÃO DO CONTROLE INTERNO 
 
A administração é responsável pelo planejamento, instalação e supervisão de um 
sistema de controle interno adequado. Attie (2010, p.161) ressalta que “qualquer sistema, 
independentemente de sua solidez fundamental, pode deteriorar se não for periodicamente 
revisto. Mas todos os funcionários devem ter conhecimento dos conceitos, objetivos 
propostos pela administração”. 
Almeida (2007, p.64) diz: 
 
Os funcionários da empresa devem estar totalmente cientes em relação às políticas 
existentes na empresa, mas para tal, é de total responsabilidade da administração 
estar passando claramente e por escrito aos mesmos a qual todos tenham plena 
consciência da forma que a instituição pretende trabalhar. 
 
O sistema de controle interno deve estar sujeito à contínua supervisão para determinar 
se: 
 A política interna presente está sendo corretamente interpretada; 
 As mudanças em condições operativas tornam os procedimentos complicados, 
obsoletos ou inadequados e; 
 Quando surgem falhas no sistema, são tomadas prontamente medidas eficazes e 
corretivas. 
25 
 
Crepaldi (2013, p. 465), relata que “as atribuições dos funcionários ou setores internos 
da empresa devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por escrito, mediante o 
estabelecimento de manuais de organização”. 
Como o ambiente dos negócios é complexo e cheios de imprevistos, a função de 
controle interno deve ser preocupação contínua dos responsáveis pelo destino das empresas, 
visto que a administração sabe que nenhum planejamento ou coordenação, por melhores que 
sejam, podem assegurar os objetivos pretendidos sem a presença de um controle internoeficiente. 
Oliveira, Perez Jr e Silva (2009, p .92) destaca que: 
 
Como parte de sua natureza, as pessoas não gostam de controles e têm uma 
tendência natural a reagir negativamente a quaisquer tentativas nesse sentido. 
Portanto, mais do que nunca, o responsável pelo processo de implantação ou 
reformulação deve ser hábil negociador e vendedor de suas ideias. 
 
Mas de nada adianta ter um controle interno, formado por um excelente plano de 
organização, normas e procedimentos, se as pessoas envolvidas na empresa não as 
executarem. É de responsabilidade da administração da empresa verificar se as normas e 
procedimentos do controle interno estão sendo seguidos pelos funcionários. 
 
2.5 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES 
 
Uma das dimensões do controle interno é separar os deveres dos funcionários, de 
modo que a pessoa que mantenha controle sobre um determinado ativo não seja a mesma 
responsável pelo registro de transações. 
Attie (2010, p.155) diz que: 
 
Segregação de funções estabelece a independência para as funções de execução 
operacional, custódia física e contabilização. Ninguém deve ter sob sua inteira 
responsabilidade todas as fases inerentes a uma operação. Cada uma dessas fases 
deve, preferencialmente, ser executada por pessoas e setores independentes entre si. 
 
26 
 
Para Almeida (2007, p. 67) “a segregação de funções consiste em estabelecer que uma 
mesma pessoa não possa ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, devido ao fato de 
essas funções serem incompatíveis dentro do sistema de controle interno”. 
De acordo com Silva (2005, p. 21) “os auditores orientam para que haja uma 
separação de funções entre as pessoas que executam e as que controlam, mesmo que exista 
um ambiente totalmente informatizado”. Devem-se evitar responsabilidades conflitantes e em 
duplicidade, mas, onde o trabalho de duas ou mais divisões é complementar a 
responsabilidade pode ser dividida por fases. 
Para reduzir as possibilidades de fraudes e de erros, os procedimentos devem ser 
distribuídos de maneira que o trabalho de uma pessoa é automaticamente checado por outra 
inteiramente independente da primeira. Deste modo, as responsabilidades e funções devem ser 
segregadas (separadas e definidas) a fim de que nenhuma pessoa possa controlar todas as 
fases de uma mesma transação ou processo crítico. 
 
2.6 CONTROLE INTERNO X FRAUDE 
 
A eficiência do sistema de controle interno como um todo deve permitir detectar não 
somente irregularidades de atos intencionais, como também erros de atos não intencionais. 
De acordo com Attie (2010, p. 164,165) esses erros podem ser: 
a) De interpretação como, por exemplo, a aplicação errônea dos princípios contábeis 
geralmente aceitos na contabilização de transações; 
b) De omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas normas em vigor; 
c) Decorrentes da má aplicação de uma norma ou procedimento. 
Bons controles internos previnem contra a fraude e minimizam os riscos de erros e 
irregularidades. 
Em geral, o sistema de controle interno deve permitir detectar todas as irregularidades. 
Um bom sistema de controle interno oferece maiores possibilidades de pronta identificação de 
fraudes em qualquer que seja a sua modalidade. 
 
27 
 
2.7 CONTROLE INTERNO NOS DEPARTAMENTOS 
 
O controle interno desempenha relevância ao se analisar os departamentos de uma 
organização, sendo os mais comuns, o de compras, o de vendas, o de estoque e o financeiro. 
 
2.7.1 Departamento de Compras 
 
Esse departamento é responsável pela aquisição de produtos e o controle pode ser 
efetivado por meio de pedidos de compra ou ainda através de notas fiscais que deverão 
constar características como fornecedor, quantidade, valor unitário e total, condições de 
pagamento etc. 
De acordo com Dias (2008, p. 236): 
 
A necessidade de comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os empresários 
juntamente com as necessidades de estocar em níveis adequados e de racionalizar o 
processo produtivo. Comprar bem é um dos meios que deve usar para reduzir custos. 
 
A ideia do autor significa que efetuar uma boa compra e saber armazenar 
adequadamente as mercadorias implica em mais rentabilidade, menos custos, menos perdas de 
produtos entre outros benefícios para a organização. 
 
2.7.2 Departamento de Vendas 
 
Este departamento é responsável pela estratégia comercial de uma empresa e tem a 
incumbência de checar ou ultrapassar as receitas projetadas, tendo também como um dos 
objetivos colocar o produto no mercado em relação à concorrência. 
Para Francischini, Gurgel (2004, p.195): 
 
[...] as técnicas de previsão de vendas deverão ser aprimoradas e a determinação do 
programa de produção deverá ter a participação da produção, da engenharia e 
principalmente das finanças, tendo em vista os aspectos de investimentos dessas 
decisões. 
28 
 
Um dos aspectos mais importantes no departamento de vendas é sua integração com 
os demais departamentos, uma vez que as vendas geram receitas que são essenciais para 
manter a operacionalização da atividade comercial. 
 
2.7.3 Departamento de Estoque 
 
A relevância deste departamento consiste no controle das compras e das vendas e, para 
isso, é necessário que seja verificado a validade dos produtos, se os mesmos apresentam 
alguma avaria ou ainda se são obsoletos. 
Dia (2008, p. 25) enfatiza: 
 
Para organizar um setor de controle de estoque, inicialmente deveremos descrever 
seus objetivos principais que são: 
Determinar “o que” - Deve permanecer em estoque: número de itens; 
Determinar “quando” - Se deve reabastecer os estoques: periodicidade; 
Determinar “quanto” - De estoque será necessário para um período predeterminado: 
quantidade de compra; 
Receber, armazenar e guardar - Os materiais estocados de acordo com as 
necessidades; Identificar e retirar - Do estoque os itens obsoletos e danificados. 
 
 
O controle nos estoques permite identificar a necessidade de mercadorias, reposição de 
estoque, os produtos que possuem mais rotatividade, etc. 
 
2.7.4 Departamento Financeiro 
 
Este departamento envolve o controle de recursos da organização, os registros 
financeiros e todas as operações efetuadas. 
Conforme Segundo Filho (2005, p. 176) para um bom sistema de controle financeiro: 
 
O ideal é que esse sistema de informações seja totalmente integrado, controlado, do 
lado dos ingressos, a emissão do pedido do cliente, a venda, o faturamento da venda, 
a saída da mercadoria do estoque, o recebimento da venda e a entrada de recursos 
em caixa, e, do lado dos desembolsos, a requisição de compra, o pedido de compra, 
a entrada de mercadoria no estoque, o pagamento ao fornecedor e saída dos recursos 
de caixa. 
29 
 
Os principais controles internos financeiros de acordo com Segundo Filho (2005, p. 
176) são: Controle de caixa e banco, controles de contas a receber e controle de contas a 
pagar. 
a) Controle caixa e banco é o controle das entradas e saídas do caixa e controlar o 
saldo do banco através de extratos, é o setor mais provável de sofrer desvios e 
desfalques, como fazer o registro da venda a menor, deixar de registrar vendas, etc; 
b) Controle interno de contas a receber usado para que se possa acompanhar o 
resultado das vendas a crédito evitar a inadimplência e; 
c) Controle interno de contas a pagar controla os pagamentos que tenham a ver com as 
atividades da empresa. 
A importância do controle interno nesse departamento é observada ao se verificar as 
entradas e saídas de recursos financeiros, devendo constar todos os registros que serão 
informados à contabilidade. 
30 
 
3 METODOLOGIA 
 
3.1 A ABORDAGEMTEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA 
 
A pesquisa em questão pode ser definida como bibliográfica, pois inclui pesquisa em 
livros, artigos e outros trabalhos científicos, como também na internet para o desenvolvimento 
da parte teórica do trabalho. Köche (2009, p.122) diz que: “o objetivo da pesquisa 
bibliográfica, portanto é de conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes 
sobre um tema determinado ou problema, tornando-se um instrumento indispensável para 
qualquer tipo de pesquisa”. 
Quanto ao estudo de caso dá-se por tratar de uma pesquisa para verificação dos fatos 
causadores dos problemas. Gil (2008, p. 37) evidencia que é: “o estudo profundo e exaustivo 
de um ou poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do 
mesmo”. 
Do ponto de vista do objeto do estudo a pesquisa é exploratória, pois visa proporcionar 
familiaridade com o problema. 
 
São finalidades da pesquisa exploratória proporcionar maiores informações sobre o 
assunto que se vai investigar, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a 
fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de 
enforque para o assunto. (ANDRADE, 2002, p. 119) 
 
A pesquisa foi desenvolvida com base no caráter qualitativo que conforme afirma 
Pereira (1999, p. 21) “Ocupa-se da investigação de eventos qualitativos, aqueles 
representados por dados qualitativos com referenciais teóricos menos restritivos e com maior 
oportunidade de manifestação para a subjetividade do pesquisador”. Ou seja, a pesquisa 
qualitativa concede ao pesquisador uma maior liberdade de expressar sua opinião decorrente 
de suas análises. 
Outro método utilizado foi o da pesquisa descritiva. De acordo com Gil (2008), as 
pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma 
população, fenômeno ou de uma experiência. Envolve o uso de técnicas padronizadas de 
coleta de dados: questionário e observação sistemática. 
31 
 
A pesquisa básica objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, 
sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais (GIL, 2008). Assim, 
o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento, e sua meta é o 
saber. (CERVO; BERVIAN, 2002) 
De acordo com a citação supracitada, o presente estudo utilizou a pesquisa de natureza 
básica, pois a mesma pretende desenvolver novos conhecimentos práticos dirigidos à solução 
dos questionamentos apresentados. 
 
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO 
 
A pesquisa foi feita na cidade de São José do Seridó, mais especificamente no 
Supermercado Lucena, a escolha se deu pela disponibilidade das informações. A loja tem uma 
média de 200 m² e 10 colaboradores que representa a totalidade. No mercado a mais de 10 
anos, o Supermercado Lucena é filiado à Rede Unicompre de Supermercados. 
 
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS 
 
A coleta dos dados foi feita por meio de um questionário aplicado a todos os 
colaboradores do supermercado Lucena. 
 
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
 
Os dados foram analisados de forma clara e objetiva, por meio de técnicas qualitativas 
e descritivas das informações colhidas do questionário aplicado aos colaboradores. Seguindo 
o embasamento teórico do trabalho e descrição de algumas respostas dos entrevistados. Neste 
momento será usado o contato com a realidade, objeto dessa pesquisa, associada à teoria que 
sustenta esse trabalho. 
32 
 
4 RESULTADOS DA PESQUISA 
 
4.1 ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO COM OS COLABORADORES 
 
A análise iniciou-se através da aplicação de um questionário composto por 12 (doze) 
perguntas com opções de respostas “Sim” ou “Não”, com possibilidade de justificativa para 
cada opção. O mesmo questionário foi aplicado aos 10 (dez) colaboradores que representam a 
totalidade dos funcionários da referida empresa. 
De acordo com a aplicação do questionário aos funcionários, buscou-se desenvolver a 
análise com o intuito de identificar quais as contribuições que o controle interno pode oferecer 
à gestão empresarial conforme as respostas obtidas pelos colaboradores. 
Para questionar se a empresa tem algum tipo de controle interno foi apresentado o 
seguinte conceito: Controles internos podem ser entendidos como toda ação tomada pela 
administração para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos sejam 
atingidos. A administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o 
desempenho de maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização. Com base nesse 
conceito foi questionado se os colaboradores consideram que o supermercado possui algum 
tipo de controle interno. 
 
Gráfico 1: Conhecimento sobre o Controle Interno 
 
Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa 
33 
 
A grande maioria (90%) dos respondentes disseram que a empresa tinha algum tipo de 
controle interno. Pode-se observar que os colaboradores desta empresa compreendem o que é 
um controle interno. 
Depois se questionou quantos departamentos existiam na empresa e foram destacados: 
compras, vendas, financeiro e estoque. Com base nessa informação procurou-se saber como 
era o controle sobre esses departamentos, se o gestor consegue fazê-lo. 
 
Gráfico 2 – O gestor sozinho consegue ter um controle total sobre todos os 
departamentos da empresa 
 
Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa 
 
As respostas foram unânimes, todos responderam “Não”, ou seja, o gestor sozinho não 
consegue controlar de forma satisfatória todos os departamentos. Com isso, fica demonstrado 
o que foi apresentado no decorrer desta pesquisa sobre controle interno, pois os autores dizem 
que é impossível, que quando uma empresa cresce, o gestor sozinho consiga controlar todos 
os departamentos. 
 
34 
 
Por isso é importante a delegação de funções, pois caso uma empresa tenha um bom 
sistema de controle interno ela terá mais segurança quando precisar tomar algumas decisões e 
poderá ter mais confiança nas informações. Para isso, o controle interno precisa ser eficaz e 
deverá haver um acompanhamento contínuo, assim tudo o que foi determinado poderá ser 
alcançado. 
 
Gráfico 3 – Sempre pesquisa antes de comprar qualquer produto 
 
Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa 
 
De acordo com o gráfico 03 percebe-se que a empresa pesquisa antes de comprar 
qualquer produto. Para existir o controle interno nas negociações, é indicado que a empresa 
envie formulários de cotação de preços aos fornecedores, permitindo que a pessoa responsável 
pelas compras possa compará-los com os de outros fornecedores, evitando assim, a ocorrência 
de prejuízos para o supermercado. 
No entanto, vale lembrar que, além do preço acessível, deve-se verificar se vale a pena 
comprar determinado produto e se ele tem uma grande procura pelos clientes. 
 
 
 
35 
 
Gráfico 4 – Armazenamento das compras 
 
Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa 
 
Em relação ao armazenamento 70% disse que as compras da empresa são bem 
armazenadas, no entanto, 30% dos respondentes disseram o contrário, mostrando que há 
falhas no controle do armazenamento das compras e isso pode acarretar problemas para a 
empresa, pois além de se fazer uma boa compra é preciso estocar adequadamente, evitando 
desperdícios tanto da mercadoria como de tempo dos colaboradores. 
 
Gráfico 5 – Há uma previsão de vendas na empresa 
 
Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa 
36 
 
Ao serem questionados se a empresa faz previsõesde vendas, todos os funcionários 
disseram que “Sim”, isso equivale a 100% dos respondentes. Este foi um ponto positivo sobre 
o controle interno sobre as vendas, já que é de suma importância fazer a projeção de vendas, 
pois assim a empresa terá um controle sobre o que se deve comprar, levando-se em conta os 
períodos nos quais ocorrem maior procura de determinados produtos, como nos períodos 
sazonais. 
É importante que o departamento de vendas tenha integração com os demais 
departamentos, uma vez que as vendas geram receitas essenciais para manter a 
operacionalização da atividade comercial da empresa. 
 
Gráfico 6– A empresa tem organização de determinar o que, quando e quanto se deve 
comprar de um determinado produto 
 
Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa 
 
De acordo com o gráfico 6, a maioria dos que responderam disseram que a empresa 
controla o que, quando e quanto se deve comprar determinado produto. É importante que os 
responsáveis pelo departamento de estoque verifiquem as quantidades e os produtos de maior 
rotatividade. Desse modo, terá sempre como saber o que se deve comprar, evitando 
desperdícios, prejuízos e custos desnecessários para a empresa. 
37 
 
Gráfico 7 – A empresa possui um sistema de conferência, aprovação e autorização de 
mercadorias no ato da entrega. 
 
Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa 
 
Quando questionados se a empresa possui um sistema de conferência, aprovação e 
autorização de mercadoria no ato da entrega, observou que 80% disse “Sim”, porém foram 
constatadas falhas, como: observar a validade de todos os produtos; o estado de conservação 
das embalagens; a separação de unidades dos produtos para o cadastramento que muitas vezes 
não é feita na hora do recebimento, prejudicando essa etapa do processo. 
 
Gráfico 8 – A empresa utiliza relatórios financeiros para tomada de decisões 
 
Fonte: Elaboração própria conforme os dados da pesquisa 
38 
 
Quando questionados se a empresa utiliza relatórios financeiros para a tomada de 
decisões 70% disse que “Sim”. As empresas necessitam de informações tanto no que se refere 
a situações gerenciais, fiscais e financeiras para poderem tomar decisões bem fundamentadas 
nos relatórios financeiros, desse modo, a entidade terá um mapa da sua situação e verá se 
pode tomar determinada decisão. 
 
Gráfico 9–A empresa possui um plano de organização 
 
Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa 
 
Foi perguntado se a empresa possuía um plano de organização. Todos responderam 
que “Sim”. É necessário que toda empresa tenha um plano de organização, pois através dele 
ficam determinadas as funções de cada um dos colaboradores, também estabelecidas as 
relações de autoridade, quem vai ficar responsável pela custódia dos bens patrimoniais e sua 
contabilização. 
 
 
 
 
 
39 
 
Gráfico 10– Existe segregação de funções dentro da empresa 
 
Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa 
 
Ao questionar se existia segregação de funções dentro da empresa, a maioria 
respondeu que “Sim” o que representa 80% dos respondentes. A segregação de funções é um 
dos princípios mais importantes do controle interno uma vez que fica determinado a separação 
de funções, pois uma pessoa não pode custodiar um ativo e ao mesmo tempo fazer os registros 
contábeis deste. Com a segregação de funções a empresa poderá evitar fraudes e desfalques. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Gráfico 11 – Com um bom sistema de controle interno, a empresa conseguiria um 
melhor desempenho e diminuiria determinadas perdas? 
 
Fonte: Elaboração própria conforme dos dados da pesquisa 
 
Todos os colaboradores são cientes da importância de um bom sistema de controle 
interno para o bom funcionamento da empresa e acreditam que isso possibilitaria a redução de 
algumas perdas, pois a falta desse gerenciamento executado de maneira adequada prejudicaria 
a todos. 
41 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O controle interno para toda empresa é de grande relevância pelo fato desta ferramenta 
prevenir irregularidades no desempenho das atividades de qualquer organização. É importante 
que esses sistemas possam agregar confiabilidade aos resultados das operações para que os 
planos traçados pelo administrador sejam alcançados. 
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de saber quais as contribuições que o 
controle interno pode oferecer à gestão empresarial, pois quando uma empresa aplica os 
procedimentos de controle interno e faz um monitoramento contínuo, ela tem mais capacidade 
de proteger seus ativos, obtendo um maior desempenho no alcance das atividades planejadas e 
evitando a ocorrência de problemas como: fraudes, desfalques, erros, etc. 
Para atingir esse objetivo principal foi realizado um estudo de caso aplicando-se um 
questionário aos colaboradores do supermercado Lucena a fim de obter informações para 
serem analisadas. 
Apesar de serem identificadas algumas falhas no sistema de controle interno do 
supermercado, foram constatados pontos positivos que merecem destaque como a existência 
de previsão de vendas, de um plano de organização e da conscientização da importância de 
um bom sistema de controle interno dentro da empresa. 
No decorrer das análises percebeu-se várias contribuições do controle interno dentro 
da organização em todos os departamentos verificados. 
No que se refere à pesquisa de compras, constatou-se que o supermercado realiza uma 
pesquisa antes de efetuar suas compras, contribuindo para a redução de custos de seus 
produtos e melhores ofertas para os consumidores. Desse modo, a empresa tem a 
possibilidade de atrair mais clientes, e com isso, aumentar seus lucros. 
O supermercado mantém um controle parcial sobre o armazenamento de suas 
mercadorias considerado de grande relevância, pois através da estocagem adequada a empresa 
evitará perdas e poderá oferecer produtos com mais qualidade aos seus clientes. Também foi 
observado que a empresa controla o que, quando e quanto deverá comprar de acordo com a 
demanda, contribuindo para satisfazer seus clientes e, ao mesmo tempo, manter a rotatividade 
de seus produtos. 
42 
 
A empresa confere as condições, quantidades e qualidade de suas mercadorias no ato 
do recebimento, no entanto, foram identificadas falhas que apontam um controle interno 
insuficiente quando colocados em pauta, a validade, a conservação das embalagens e a 
separação de produtos para cadastramento. 
Observou-se que o supermercado utiliza eventualmente relatórios financeiros para 
tomada de decisões, no entanto, o ideal seria que utilizasse com mais freqüência, pois com 
isso, a empresa poderia ter um mapa da sua situação, evitando tomar decisões precipitadas 
que comprometessem o andamento de seus negócios. 
Outro aspecto analisado e verificado foi a segregação de funções onde uma mesma 
pessoa não pode ter acesso aos ativos e seus registros. O supermercado analisado possui 
segregação de funções de modo limitado devido o número de funcionários ser insuficiente 
para essa finalidade. 
Todos os colaboradores são cientes da importância de um bom sistema de controle 
interno para um bom funcionamento da empresa e acreditam que isso possibilitaria a redução 
de algumas perdas, pois a falta desse gerenciamento executado de maneira adequada 
prejudicaria a todos. 
Assim, conclui-se a pesquisa, mostrando que são várias as contribuições que o 
controle interno pode oferecer à gestão empresarial desde que seja aplicado e monitorado de 
forma adequada, auxiliando os gestores a proteger seus ativos através de informações exatas, 
confiáveis e oportunas,que ajudam a prevenir erros, fraudes e atos ilícitos. 
Por fim, recomenda-se a realização de novos trabalhos acadêmicos que estendam esta 
pesquisa a outros supermercados com o intuito de fortalecer a gestão empresarial, destacando 
os pontos de maior relevância para um bom sistema de controle interno. 
43 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Paulo: Atlas, 2008. 
 
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São Paulo: Atlas, 1997. 
 
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materiais e patrimônio. São Paulo: ABDR, 2004. 
 
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iniciação à pesquisa. 26 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. 
 
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na eficácia organizacional. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
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técnicas de controles internos de organizações. São Paulo: Nobel, 2002. 
44 
 
 
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Cintra. Controladoria de Gestão. São Paulo: Atlas, 1997. 
 
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SOUZA, Luiz Carlos de: Controladoria aplicada aos pequenos negócios. 1ª ed. 2008; 2ª 
Reimpr. Curitiba: Juruá, 2010. 
 
45 
 
APÊNDICE A – Questionário aplicado no Supermercado Lucena 
 
Questionário 
 
1 - Controles internos podem ser entendidos como toda ação tomada pela administração para 
aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidas sejam atingidos. A 
administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de 
maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização. 
Com base nesse conceito você considera que o supermercado possui algum tipo de controle 
interno? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
2 - Quais os departamentos existentes na empresa? 
( ) Departamento de compras ( ) Departamento financeiro 
( ) Departamento de vendas ( ) Departamento de estoque 
3 - O gestor sozinho consegue ter um controle total sobre todos os departamentos da empresa? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
4 - A empresa pesquisa sempre antes de comprar qualquer produto? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
5 - As compras da empresa são bem armazenadas, evitando custos e economizando tempo dos 
colaboradores? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
6 - Há uma previsão de vendas na empresa? 
( ) SIM ( ) NÃO 
46 
 
Justifique a resposta: 
7 - A empresa tem organização de determinar o que, quando e quanto se deve comprar de 
determinado produto para não gerar custos não necessários? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
8 - A empresa possui um sistema de conferência, aprovação e autorização de mercadorias no 
ato da entrega? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
9 - A empresa utiliza relatórios financeiros para a tomada de decisões? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
10 - A empresa possui um plano de organização que estabelece a estrutura dos níveis 
hierárquicos e suas responsabilidades? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
11 - Existe segregação de funções dentro da empresa? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta: 
12 - Você acredita que com um bom sistema de controle interno, a empresa conseguiria um 
melhor desempenho e diminuiria determinadas perdas? 
( ) SIM ( ) NÃO 
Justifique a resposta:

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