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Aula 03(1)

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DIREITO CIVIL III
Professora Patrícia Esteves
Classificação dos Contratos
1-Quanto à qualidade dos sujeitos contratantes, os contratos podem ser:
a) Contratos de direito comum: são regulados pelo direito civil. São considerados contratos paritários, em decorrência do princípio da igualdade formal que informa o direito civil.
b) Contratos de consumo: são contratos cuja polarização se dá entre consumidor e fornecedor. Os contratos de consumo
são regulados pelas normas do Código de Defesa do Consumidor(Lei nº 8.078/90)
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2- Quanto ao momento do aperfeiçoamento do contrato, os contratos podem ser:
a) Contratos consensuais: são aqueles que se aperfeiçoam simplesmente pela declaração da vontade dos contratantes.
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b ) Contratos reais: são aqueles que, para se aperfeiçoarem, precisam da efetiva entrega da coisa (traditio rei). A declaração de vontade é elemento necessário, porém insuficiente, devendo ocorrer a entrega do bem para que o contrato seja celebrado.
Obs: aperfeiçoamento é diferente de cumprimento
3- Quanto à forma, os contratos podem ser:
Solenes: aqueles cuja forma é determinada pela lei. A desobediência à forma prevista em lei gera invalidade do negócio jurídico.
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b) Não solenes: aqueles em que não há forma especial para sua celebração, seguindo, pois, o princípio da liberdade das formas.
Obs: parte da doutrina diferencia o contrato solene do contrato formal. Segundo esta linha de pensamento, os contratos solenes são aqueles em que há exigência de escritura pública para a sua celebração. Por outro lado, os contratos formais são aqueles em que há regras especiais para sua formação, como a exigência de forma escrita.
4- Quanto à tipicidade, os contratos podem ser:
Típicos: regulamentados por lei. 
b) Atípicos: não regulamentados por lei. 
5-Quanto as Pessoas de Direito Público e Privado:
Contratos de Direito Público: são os contratos em que a Administração Pública figura em um dos pólos. 
Contratos de Direito Privado: travados entre particulares e regidos pelas normas de direito privado. Os contratos de direito privado podem ser de direito comum, mercantis ou de consumo.
6-Quanto às obrigações recíprocas, os contratos podem ser:
a) unilaterais: impõem deveres a apenas uma das partes.
b) bilaterais: impõem deveres recíprocos a ambas as partes. São chamados de contratos sinalagmáticos.
Obs: atentar para os chamados contratos bilaterais imperfeitos.
7- Quanto ao sacrifício patrimonial das partes, o contrato pode ser:
Gratuito ou benéfico: é aquele em que só há sacrifício de uma das partes. 
b) Oneroso: é aquele em que há sacrifício patrimonial de ambas as partes, de modo que inexiste uma prestação e uma contraprestação a ela correlata e proporcional
7.b.1) Comutativos - quando ambas as partes sabem com exatidão suas prestações e Contraprestações.
7.b.2) Aleatórios - quando há a presença do risco (álea), que pode recair tanto na própria existência da coisa (contrato aleatório emptio spei – de coisa esperada), quanto na quantidade da coisa (contrato aleatório emptio rei speratae).
8-Quanto às relações recíprocas, os contratos podem ser:
a) Principais: são independentes, existindo por si só. 
b) Acessórios: são aqueles que guardam uma relação de dependência com outro contrato, existindo em função dele
9- Quanto ao momento de seu cumprimento, os contratos podem ser:
a) de execução imediata (instantâneos): aqueles cujo vencimento ocorre concomitantemente com o aperfeiçoamento do contrato.
b) de execução diferida: são contratos a termo, que deverão ser adimplidos em sua totalidade na data do vencimento ajustada.
c) de execução continuada (execução sucessiva ou trato sucessivo): aqueles cuja execução se dará de forma periódica.
10- Quanto a elaboração:
Paritário – elaborado conjuntamente pelas partes
Adesão – art. 54, CDC: Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Efeitos dos contratos perante terceiros
Estipulação em favor de terceiros
É aquela em que uma das partes beneficiará terceiro. 
Elementos: 
estipulante 
promitente ou devedor
 terceiro ou beneficiário
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não inovar nos termos do art. 438.
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
Promessa de Fato de Terceiro
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
PATRICIA ESTEVES DE MENDONÇA
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/5557527671450425

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