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CASO CONCRETO - AULA 7 TRIBUTARIO 2

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AULA – 7 - DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II 
Caso Concreto
João Guimarães é sócio da empresa Imobiliária Irmãos Guimarães Ltda. e recebe uma citação em execução fiscal em razão de ser sócio gerente desta. O fiscal pediu o redirecionamento da execução fiscal por haver identificado que o que levou ao não pagamento do tributo foi escrituração fiscal irregular atribuída ao sócio gerente, responsável por este ato de gestão. João, depois de garantido o juízo, oferece embargos alegando a indispensabilidade de incidente de desconsideração da personalidade jurídica para redirecionamento da execução fiscal com fulcro no art. 135 do CTN. É necessário o incidente de desconsideração da personalidade jurídica?
R: Trata-se da responsabilização de sócio gerente responsável pelo ato de gestão da empresa com excesso de poderes ou infração a lei , prevista no art. 135, do CTN, e da desconsideração da personalidade jurídica inserida no art. 133, do CTN. 
 Dessa forma , para o caso concreto há de se observar que João Guimarães e apenas sócio da empresa Imobiliária Irmãos Guimarães e não sócio-gerente. Assim, a responsabilização para a desconsideração da personalidade jurídica (art. 133, do CTN), deve recair sobre os sócios-diretores, sócio-gerente ou representantes de pessoas jurídicas de direito privada e não sobre participante como sócio puro e simplesmente da empresa. Logo, não há de se falar em redirecionamento da execução fiscal para João Guimarãoes, em razão dele ser apenas sócio e não sócio-gerente .
 Ademais, embora prevista no ordenamento jurídico. Assim, a desconsideração da personalidade jurídica deve ser medida excepcional na busca de tornar ineficaz, temporariamente, a autonomia patrimonial da pessoa jurídica, de forma atingir os patrimônios particulares dos seus sócios. Ademais, a responsabilidade tributária por sucessão não pode ser deduzida só pelo mero desempenho de atividade de sócio. Desta feita, a jurisprudência vem entendendo que não é o caso de aplicação da desconsideração da personalidade jurídica para o crédito tributário. Nesse sentido, o Enunciado 6, do Fórum de Execuções Fiscais da 2º Região (Forexec), e de que a responsabilidade tributária dos sócios, previsto no do artigo 135 do CTN, e de caráter subjetiva, pessoal e direta, e portanto não configura a incidência da desconsideração da personalidade.
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. INMETRO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 133 DO CTN. SUCESSÃO EMPRESARIAL NÃO COMPROVADA. I. A responsabilidade tributária por sucessão não pode ser inferida a partir do mero desempenho de atividade comercial similar no mesmo endereço ou a contratação de alguns funcionários da sociedade executada, sem que existam elementos hábeis a de fato demonstrar a sucessão empresarial. Precedentes do STJ e desta E. Corte Regional. II. Inexistente a citação da devedora principal, e não comprovadas cabalmente as deduções apresentadas pela agravante, tampouco os pressupostos aptos ao reconhecimento da sucessão empresarial, de rigor manter a decisão agravada. III. Agravo de instrumento desprovido.
(TRF-3 - AI: 2050 SP 0002050-23.2013.4.03.0000, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL ALDA BASTO, Data de Julgamento: 23/08/2013, QUARTA TURMA)
Questão objetiva
Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem efetuado o pagamento conforme 
deferido. Apesar disso, sofre processo de execução fiscal para a cobrança do referido tributo. Nos embargos de declaração o devedor, o executado poderá alegar:
( ) a. a carência da execução fiscal, em face da novação da dívida, que teria perdido a natureza tributária 
pelo parcelamento.
( ) b. a improcedência da execução fiscal, por iliquidez do título exequendo, em face de parte da dívida já
estar paga.
( ) c. o reconhecimento do direito apenas parcial à execução fiscal, por parte do Fisco, em face da
existência de saldo devedor do parcelamento.
( X ) d. a carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

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