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Resumo farmacologia

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1ª QUESTÃO: a atropina é um alcaloide mina terciária de beladona, ela atua central e 
perifericamente, e seu tempo de ação é cerca de 4hs. Topicamente no olho pode durar vários 
dias. 
2ª QUESTÃO: a ação da atropina no olho é que bloqueia a atividade colinérgica, resultando em 
midríase persistente, ausência de resposta a luz e ciclopegia 
3ª QUESTÃO: a ação da atropina no G.I, é usada com antiespasmódico 
4ª QUESTÃO: anurese é a falta de controle de micção. Emissão involuntária de urina. 
5ª QUESTÃO: a atropina produz efeitos divergentes no sistema cardiovascular, dependendo 
da dose. Doses baixas diminui a frequência cardíaca, e altas doses bloqueia M2 no nódulo 
sinoatrial, aumenta a frequência modestamente. 
6ª QUESTÃO: a ação da atropina nas glândulas salivares, é que ela inibe a secreção salivar. 
7ª QUESTÃO: o uso terapêutico da atropina é oftálmico, antiespasmódico, antagonista de 
agonista colinérgico. 
8ª QUESTÃO: os aspectos farmacocinéticos da atropina é que ela é bem absorvida, 
parcialmente biotransformada no fígado e eliminada primariamente na urina. T ½ de 4h 
9ª QUESTÃO: os efeitos adversos da atropina incluem leve depressão cardíaca, alguma 
xerostomia, alucinações e delírio. 
10ª QUESTÃO: a atropina e a escopolamina diferem na atividade muscarínica, particularmente 
na capacidade de afetar o SNC. A atropina, praticamente não apresenta efeitos detectáveis no 
SNC, e a escopolamina tem efeitos centrais marcados mesmo em doses baixas. 
11ª QUESTÃO: o uso terapêutico da escopolamina é o tratamento da cinetose, e o efeito 
amnésico pode ser vantajoso em procedimentos anestésicos. 
12ª QUESTÃO: o ipatrópio é melhor para o tratamento da asma porque é usado de forma 
inalatória em pacientes que não podem usar agonistas adrenérgicos , e não entra na 
circulação sistêmica e nem no SNC. 
13ª QUESTÃO: a vantagem da tropicamida e do ciclopentolato é que a tropicamida causa 
midríase por 6h e ciclopentolato por 24hs, o tempo de duração em relação a tropina é menor. 
14ª QUESTÃO: efeito estimulante (agonista) é complexo devido agir tanto no gânglio simpático 
como no parassimpático. Os efeitos incluem aumento da PA e da frequência cardíaca 
15ª QUESTÃO: a ação da mecamilamina produz efeito competitivo nos gânglios, a absorção 
oral é boa em relação a trimefana, e é usada primeiramente para diminuir a PA em situações 
de emergência. 
16ª QUESTÃO: o primeiro fármaco bloqueador neuromuscular não despolarizante encontrado 
Fármaco 1 
 
Farmacologia: É o estudo do modo pelo qual a função dos sistemas biológicos é afetada por agentes químicos 
 Conceitos Iniciais 
•Remédio: É toda medida terapêutica utilizada para combater um estado patológico. Ex.:Ações Psíquicas (terapia), Ações Físicas (massagem) e medicamentos. 
•Medicamento: É toda substância química que tem ação profilática, terapêutica e auxiliar de diagnóstico. 
•Fármaco: É toda substância quimicamente definida que apresenta ação benéfica no organismo 
•Droga: É toda substância capaz de alterar os sistemas fisiológicos ou estados patológicos, com ou sem benefícios para o organismo. 
 •Forma farmacêutica: É o modo que o medicamento se apresenta, ex.: gotas, capsula, comprimido etc. 
•Fórmula farmacêutica: É o conjunto de substâncias, em proporções adequadas, que compõem o medicamento. 
•Princípio ativo (PA): Substância quimicamente ativa responsável pela ação do medicamento. 
 •Veículo: É a substância líquida que dá volume a fórmula, não apresenta ação farmacológica. 
•Excipiente: É a substância sólida que dá volume a fórmula, não apresenta ação farmacológica. 
 •Medicamento de marca ou referência: é um medicamento inovador que possui marca registrada, com qualidade, eficácia terapêutica e segurança, comprovados através de testes científicos, registrado pelo órgão de vigilância sanitária no país. Sua principal função é servir de parâmetros para registros dos posteriores medicamentos similares e genéricos, quando sua patente expirar. 
• Medicamento genérico: é um medicamento com a m esma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação que o medicamento original, de marca. E principalmente, são intercambiáveis em relação ao medicamento de referência, ou seja, a troca pelo genérico é possível. É mais barato porque os fabricantes de genéricos, ao produzirem medicamentos após ter terminado o período de proteção de patente dos originais, não precisam investir em pesquisas e refazer os estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos colaterais, que são os custos inerentes à investigação e descoberta de novos medicamentos, visto que estes estudos já foram realizados para a aprovação do medicamento pela indústria que primeiramente obtinha a patente. Assim, podem vender medicamentos genéricos com a mesma qualidade do original que detinha a patente a um preço mais baixo. 
•Medicamento similar: aquele medicamento que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Seu Registro só é liberado e publicado pela Anvisa mediante á apresentação dos testes de equivalência farmacêutica e de biodisponibilidade relativa exigidos pelo Ministério da Saúde. No entanto, não é realizado o teste de bioequivalência*. Este teste de bioequivalência garante a intercambialidade dos genéricos e devido a isto os medicamentos similares não são intercambiáveis. 
Fármaco 2 
 *Teste de bioequivalência consiste na demonstração de que o medicamento genérico e seu respectivo medicamento de referência (aquele com o qual foi efetuada pesquisa clínica para comprovação da eficácia e segurança antes do 
registro) apresentam a mesma biodisponibilidade¹ no organismo. A bioequivalência, na grande maioria dos casos, assegura que o medicamento genérico ou sim ilar apresente a mesma eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao produto de marca. 
¹ Biodisponibilidade - é uma medida da extensão de uma droga terapeuticamente ativa que atinge a circulação sistêmica e está disponível no local de ação. Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina. 
(Biodisponibilidade é a concentração do medicamento disponível no sangue). 
•Biodisponibilidade Adequada: Refere-se à fração de uma dose ingerida de uma droga que tem acesso à circulação 
sistêmica, ou seja, corresponde a quantidade de fármaco disponível no organismo capaz para exercer efeito 
terapêutico. 
 •Reação adversa: É qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas 
doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a 
modificação de uma função fisiológica. 
 •Efeito colateral – Efeito associado ao medicamento, que pode ser o objetivo principal do remédio. Ex.: AAS é um 
analgésico, antitérmico (antipirético), AINE, utilizado para dor. Um dos efeitos associados é a diminuição da 
agregação plaquetária. 
 O alcance do efeito terapêutico depende das vias de administração, das características fisiológicas do 
paciente e do próprio PA do medicamento. Para observar o efeito terapêutico, é ideal que as [plasmáticas] 
ultrapassem a faixa de [] a partirda qual o efeito terapêutico será observado. Acima dessa faixa toxicidade. Abaixo 
dessa faixa efeito subterapêutico.
 Fármaco 3 
 Vias de administração 
É o modo pelo qual o medicamento é introduzido no organismo 
•A DIFERENÇA NA ABSORÇÃO DO FÁRMACO ENTRE AS FORMAS FARMACÊUTICAS É FUNÇÃO DA FORMULAÇÃO E DA 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO. 
 • Fatores que orientam a escolha da via de administração 
1)Propriedades físicas e químicas da droga (sólida/líquida/gasosa;solubilidade;estabilidade;pH;irritação) 
2)Local de ação desejado(tópica ou sistêmica) 
3)Velocidade e extensão de absorção da droga por diferentes vias, rapidez com que se deseja obter a resposta 
(rotina ou emergência). 
4)Efeito dos sucos digestivos e do metabolismo de primeira passagem sobre a droga. 
5)Exatidão dados e necessária (as vias IV e inalatórias podem proporcionar um controle preciso). 
6)Estado do paciente (inconsciente, com vômito). 
Fármaco 4 
Via oral – demorada primeiro vai para o estomago depois intestino onde o P.A é absorvido(C.S). 
Deglutição -> esôfago ->estomago -> no intestino, libera o PA -> CS 
 Figado* -> coração -> circulação sistêmica 
*Enzimas principal órgão relacionado com a biotransformação de medicamentos 
O P.A sai da região intestinal e cai na circulação enterohepática, o fígado é o pricipal órgão relacionado com a biotransformação (modificação quimica) dos medicamentos. Na maioria das vezes, a biotransformação inativa o PA. Do fígado o medicamento vai para o coração e depois cai na circulação sistêmica. 
Via intravenosa – Nesse caso, o medicamento é depositado direto na C.S (sem absorção só distribuição). 
Via retal ou sublingual – são mto rápidas, por seram regiões mto vascularizadas	 
Fármaco 5 
 • Efeito de primeira passagem (biotransformação) - consiste na passagem do fármaco da luz intestinal p/ o 
fígado, por meio da veia porta, antes de atingir a circulação sistêmica, reduzindo sua biodisponibilidade (a uma hidrossolubilidade, ficando na faixa subterapeutica). 
Solução para isso: aumentar a quantidade de PA ou mudar a via de administração 
 • Ligação das Moléculas das Drogas com as Células 
 MOLÉCULAS DE UMA DROGA 
 INFLUÊNCIA QUÍMICA EM UM OU MAIS CONSTITUINTES DAS CÉLULAS 
 As moléculas de uma droga desempenham influencia química nos constituintes das cels. Uma droga não funciona a 
não ser que esteja ligada, essa ligação ocorre com estruturas proteicas. 
• Proteínas alvo 
- Enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos, receptores. 
 Classificação dos receptores 
• Agonistas: são substâncias que se ligam aos receptores e os ativa (são substancias capazes de se ligar a um 
receptor e disparar uma resposta*). O composto deve ter afinidade com o receptor. Quando for possível 
disparar uma resposta, dizemos que essa substancia tem eficácia intrínseca. 
*Eficácia intrínseca=capacidade de uma droga em disparar uma resposta 
 •Antagonistas: são substâncias que apresentam efeito contrário ao do agonista, a eficácia (capacidade de disparar 
uma resposta) dos agonistas é igual a zero. 
 Antagonismo entre Drogas: 
•Antagonismo químico : duas substancias interagem em solução e uma impede o efeito da outra, ou seja esse tipo 
de antagonista inativa o agonista se combinando com ele em solução. 
Envolve uma interação química direta entre o antagonista e o agonista de forma a tornar o agonista farmacologicam enteinativo. Um bom exemplo est á no emprego de agentes que antes que se ligam a metais pesados e, assim, reduz em sua toxicidade. Por exemplo, o dimercapro l se liga ao mercúrio e o composto inativo é excretado na urina. 
•Antagonismo por bloqueio de receptores: o antagonista se liga ao receptor e não dispara uma resposta (pd ser Reversível ou Irreversível). *Não apresenta eficácia intrínseca 
Antagonismo competitivo reversível – um fármaco se liga de modo seletivo a um receptor sem ativa-lo, mas impedindo a sua ativação (por um agonista). Há uma similaridade entre a estrutura química 
Fármaco 6 
 do antagonista com o agonista, os dois fármacos competem entre si , uma vez que o receptor so consegue ligar um fármaco por vez. Para reverter esse quadro é necessário aumentar a concentração do agonista, restaurando a ocupação dos receptores por esse agonista. Por essa razão diz-se que o antagonismo é superável . 
As características importantes do antagonismo competitivo são: 
a) Desvio da curva da concentração X efeito do agonista para a direita, sem alteração da inclinação ou do valor máximo. 
b) Relação linear entre a razão de dose do agonista e a concentração do antagonista. 
c) Evidencias de competição a partir de estudos de ligação (binding). 
 A melhor forma de avaliar esta relação é por meio do exame de curvas dose-resposta .
Se tivermos várias curvas – a primeira sem antagonista e as outras com concentrações crescentes de antagonista – 
paralelas e cujo efeito máximo se iguala, temos um antagonismo reversível. Ou seja, o antagonista desvia a curva 
para a direita, mas o efeito máximo continua a ser possível. Contudo, é necessária uma concentração maior de 
agonista para alcançá-lo. A atropina é um exemplo de antagonista reversível da acetilcolina. 
Antagonismo competitivo 
irreversível – Se a ligação é covalente (firme), a combinação do antagonista com o receptor não é d esfeita 
com facilidade e o antagonista é denominado “competitivo de não equilíbrio” ou “irreversível”. N as curvas dose-resposta, mesmo aumentando a concentração do agonista, do secrescentes de ste antagonista diminuem a resposta máxima. Chega -se, então, a uma concentração d e antagonista n a qual não existe quantidade de agonista capaz de desencadear qualquer resposta. Inibidores da colinesterase são exemplos desse tipo de antagonismo. 
 Ocorre qdo o antagonista se dissocia mto lentamente, ou msm não se dissocia dos receptores. Como consequência, 
não ocorre uma alteração na ocupação dos receptores pelo antagonista qdo o agonista é add. 
Fármaco 7
•Antagonismo não competitivo:
 resposta pelo agonista. Esta alteração ocorre
Ocorre quando o antagonista bloqueia, em algum ponto, a cadeia de eventos da resposta desencadeada pelo agonista. Dessa forma, o antagonista não compete com o agonista pelo sítio de ligação no receptor, desencadeia. Contudo, a curva dose-resposta não é desviada para a direita com esse tipo de antagonista e a concentração para se atingir metade da resposta máxima (potência) mantém
• Antagonismo fisiológico. 
Ou funcional, é usado para indicar a interação entre dois fármacos agonistas que atuam de 
forma independente, mas que geram efeitos opostos. Cada um tende a cancelar ou reduzir o efeito do 
exemplo clássico é representa do por acetilcolina e adrenalina que apresentam efeitos opostos em várias funções 
corporais. A acetil colina desacelera o coração, enquanto a adrenalina o acelera. A acetilcolina estimula os movimentos intestinais e a adrenalina os inibe. A acetilcolina gera constrição pupilar e a adrenalina dilatação etc.
 • Antagonismo farmacocinético: 
o antagonista reduz a concentração da droga ativa (agonista) no seu sitio de ação. Pode ocorrer de varias formas, a velocidade de degrad aumentada (ex.: a redução do efeito anticoagulante da varfarina qdo se adm um agente que acelera seu metabolismo hepático, como o fenobarbital eliminação aumentada. 
 Fármaco 8 
FARMACOCINETICA: ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO 
Farmacocinética – absorção, distribuição, metabolismo e excreção – envolvem a passagem do fármaco através de 
membranas. Os mecanismos envolvidos na passagem do fármaco e as características físico-químicas das moléculas e 
membranas irão influenciar todos esses processos. A membrana plasmática representa a barreira comum entre todos os tipos de difusão e transporte de fármacos. 
Absorção - é a ida de um fármaco desde seu local de administração até a corrente sanguínea. Mto relacionado com a via de administração e dependendo do medicamento não precisasofrer absorção (ex.: como na inalação de um broncodilatador, em que a absorção, como foi definida, não é necessária para a ação do fármaco, pq ele já está no seu tecido alvo). Na maioria dos casos, no entanto, o fármaco necessita penetrar no plasma para alcançar o seu local de ação. A velocidade e a eficiência da absorção dependem da via de administração. Na via intravenosa, por exemplo, a absorção “ já ocorreu”. Ou seja, a dose total do fármaco alcança a circulação sistêmica. Por outras vias, pode ocorrer absorção apenas parcial, o que diminui sua biodisponibilidade (fração do fármaco que atinge a circulação). 
Medicamentos lipossolúveis – tem boa absorção, o tamanho do fármaco tb interfere (se o medicamento for pequeno e lipossolúvel atravessará mais rapidamente as membranas biológicas). Íons são sempre mto hidrofílicos. A forma molecular, qdo comparada a formula iônica, sempre é mais lipossolúvel. 
 Fatores que modificam a absorção: 
Polaridade do fármaco e pH do meio. A maior parte dos fármacos são bases ou ácidos fracos presentes em solução 
na forma ionizada e não-ionizada. Geralmente, a forma não-ionizada é lipossolúvel e pode atravessar a membrana, o 
que não acontece com a forma ionizada. 
 •Ligados ao Fármaco: 
–Solubilidade (Para que um fármaco possa ser absorvido 
com facilidade, é necessário que ele seja lipossolúvel. 
Porém, com alguma hidrossolubilidade para que possa ser 
dissolvido em soluções aquosas). 
 – Tipos de formulação do medicamento. O tamanho das 
partículas e a forma farmacêutica em que a d roga é 
administrada influem na facilidade da dissolução. Portanto, 
na velocidade de absor ção. 
–Velocidade de dissolução 
–Características físico-químicas 
• Ligados ao Local de Absorção: 
–pH 
–Circulação no local (O aumento do fluxo sangüíneo 
potencializa a velocidade de ab sorção). 
 –Área de superfície de absorção 
Pele:1,7m2 / Pulmão:70m2 / TGI:120m2
 –Mecanismos de transporte 
–Presença de alimentos / Motilidad 
 Fármaco 9 
MODALIDADES DE ABSORÇÃO 
Nos processos passivos, não há interferência ativa das membranas e nem gasto de energia. São exemplos: 
 Difusão lipídica. É o processo mais freqüente de absorção. As moléculas do soluto se distribuem a partir de qualquer região em que estejam mais concentradas para as regiões em que estejam menos concentradas segundo um gradiente de concentração. As molécula s do soluto, para atravessarem as membran as biológicas por difusão simples, precisam apresentar as seguintes características: serem a polares, lipossolúveis e possuir peso molecular pequeno o suficiente para ser compatível com a membrana lipídica. 
 Difusão aquosa. Ocorre através de poros aquoso s formados por pro teínas da membrana chamados aquaporinas. Nela, tanto o solvente quanto os soluto s se difundem. O solvente, geralmente a água, transporta consigo moléculas hidrossolúveis de pequeno t amanho, moléculas polares e certas apolares. As força s responsáveis pelo transporte são a pressão hidrostática e a pressão osmótica. 
 Nos processos ativos, há interferência das membranas e gasto de energia. São exemplos: 
Transporte ativo. O soluto combina-se com a proteína transportadora presente na membrana celular e move-se contra seu gradiente de concentração. Para isso, existe a necessidade de energia, que é fornecida pela célula . É um processo seletivo e pode haver inibição seletiva. 
 Transpor te vesicular (pinocitose e fagocitose) . São os processos de absorção nos quais a membrana celular se invagina e evagina, respectiva mente, em torno de uma ou mais pequenas moléculas do meio extracelular e as engloba . Em seguida, formam-se vesículas intracelulares que se d estacam da membrana. Por esse modo, fagócitos alveolares remo vem partículas que atingem os alvéolos. 
 Movimentos de fármacos através das barreiras celulares
 • Para atravessar as barreiras celulares (mucosa, gastrintestinal, túbulo renal, barreira 
hematoencefálica, placenta), os fármacos devem atravessar membranas lipídicas. 
• Os fármacos atravessam as membranas lipídicas principalmente por difusão passiva e 
transferência mediada por transportadores. 
• A lipossolubilidade de um fármaco é o principal fator que determina a taxa de difusão 
passiva através das membranas. O peso molecular é menos importante. 
• Mtos fármacos são ácidos ou bases fracas; seu estado de ionização varia com o pH, de acordo com a equação de Henderson-Hasselbach. 
• Com ácidos ou bases fracas, apenas a espécie apolar (a forma protonada de um acido fraco ou a forma não protonada de uma base fraca) pode difundir-se através de membranas lipídicas; isso acarreta a participação pelo pH. 
• A participação pelo pH significa que os ácidos fracos tendem a acumular-se em compartimentos com pH relativamente alto, enquanto que as bases fracas fazem o oposto. 
• O transporte mediado por transportador (ex.: túbulo renal, barreira hematoencefálica, epitélio gastrointestinal) é importante para alguns fármacos que são quimicamente semelhantes a substancias endógenas. 
 Fármaco 10 
Os medicamentos tem natureza acida ou básica, e podem ser encontrado s na forma ionizada ou molecular,dependendo do ph do meio. 
Formula molecular + absorvido 
Formula ionizada tem dificuldade de atravessar bicamada lipídica 
Equação de handerson e exercícios 
 Fármaco 11 
 
Substância acida pH – forma ionizada/ pH – f. molecular 
Substância básica pH – f. molecular/ pH - f. ionizada 
 
___________________________________________________________________________ 
DISTRIBUIÇÃO 
 
A distribuição é o processo pelo qual um fármaco a bando na – reversivelmente – a 
corrente circulatória, passando para o interstício e/ou interior das células. Depende do fluxo sanguíneo , da permeabilidade capilar, das características químicas (polaridade/hidrofobicidade) do composto e do grau d e ligação do fármaco a proteínas plasmátcas e teciduais. 
Transporte do fármaco do local onde ele foi absorvido para as diversas regiões do 
organismo. Passagem do farmaco do sangue para os demais tecidos. Os farmacos são 
transportados ligados a proteínas plasmáticas, eles passam pelas barreiras biológicas 
por transporte passivo. 
Albumina -> drogas acidas 
Beta globulina e glicoproteinas acida -> drogas básicas 
A ligação entre o fármaco e a proteína determina sua distribuição 
–Principal função:transporte 
–Pode ocorrer competição e eventual deslocamento 
–Passível de saturação 
 
Fatores que alteram a distribuição 
•Permeabilidade capilar 
•Taxa de perfusão tecidual 
•Ligação a proteínas plasmáticas 
•Distribuição no tecido adiposo 
•Desnutrição 
•Diferença de pH
 Fármaco 12 
 
RESERVATÓRIO
 •Muitas drogas se acumulam em alguns tecidos em concentrações maiores que no fluido extracelular e em 
outros tecidos, lá elas estão ligadas a proteínas, fosfolipídeos, íons... 
•Quando esta ligação é reversível, o local pode ser considerado como um reservatório -> REDISTRIBUIÇÃO 
Uma ação terapêutica curta pode se torna longa devido ao processo de redistribuição. 
Obs.: Em indivíduos obesos, a quantidade de farmaco q pd ir para o tecido adiposo é mto grande. Isso faz com que dim a qtdade de farmaco q chega ao tecido alvo. O tec adiposo, pd ser considerado um sequestrador de medicamento. 
 Eliminação: remoção do PA – o medicamento não vai somente para o tecido alvo, ele vai para outros tecidos tbm e pd causar efeitos colaterais (não prejudiciais) e reações adversas (causa prejuízos). 
Biotransformação 
Fármacos pequenos ou que apresentam características polares, são facilmente eliminados pelos rins. Entretanto,os fármacos em sua forma ativa tendem a ser lipofílicos, a permanecerem não ionizados e, com freqüência, ligados a proteínas. Substâncias com essas características são dificilmente excretadas na urina. Dessa forma, um processo alternativo que pode levar ao término da atividade da droga é o metabolismo. Por exemplo, barbitúricos lipofílicos, como o tiopental, teriam uma meia-vida muito longa, não fosse sua conversão metabólica em compostos hidrossolúveis. Assim, muitos fármacos, para serem excretados, necessitam sofrer transformações químicas. 
 A biotransformação quimica de uma substancia faz com ela se torne inativa, ativa ou toxica para o corpo. 
 Aum a biotransf: dim o tempo de efeito 
 Dim a biotransf.: aum o tempo de efeito 
 
*Pro-farmaco ou pro-droga: precisa sofrer biotransformação hepática para ser um metabolito ativo. A modificação aum a hidrossolubilidade (excretado mais rapido), aum a polaridade das substancias. 
Para ser absorvido, qto mais lipossolúvel (fórmula molecular) melhor 
Para ser eliminado qto mais hidrossolúvel melhor
 Fármaco 13 
As biotransformações dos fármacos constituem processos complexos de interação entre fármaco e organismo 
que ocorrem em algum ponto entre a absorção e a eliminação renal. Embora todos os tecidos tenham capacidade de 
metabolizar fármacos, o fígado é o principal órgão envolvido no metabolismo. Outros tecidos que apresentam 
atividade metabólica importante incluem o trato gastrintestinal, pele, rins e plasma sangüíneo. 
O metabolismo envolve, basicamente, dois tipos de reações bioquímicas conhecidas como reações de fase I e fase II. 
Essas reações ocorrem principalmente por meio de enzimas localizadas no retículo endoplasmático (R.E.) agranular 
hepático. Como os fármacos hidrossolúveis demoram a chegar no R.E. – a não ser que disponham de sistemas de 
transporte específicos – o metabolismo hepático é mais importante para fármacos lipossolúveis. Até porque, como 
dito, fármacos hidrossolúveis são facilmente excretados pelos rins. 
As enzimas encerradas nos R.E.s também são chamadas enzimas “microssômicas”. Durante centrifugações, os R.E.s 
se rompem e, como suas membranas tendem a se soldar, durante a homogeneização, formam-se vesículas 
chamadas microssomos. O grupo de enzimas microssômicas mais importante no metabolismo de fármacos faz parte 
do sistema citocromo P450. Uma família de enzimas que possuem um grupamento heme (como os citocromos da 
cadeia respiratória) e, por isso, se ligam ao oxigênio. São, dessa forma, enzimas envolvidas em reações de oxidação. 
O sistema oxidativo microssomal também metaboliza ácidos graxos exógenos e esteróides. 
Em alguns casos, o fármaco só se torna farmacologicamente ativo após ter sofrido metabolização. Por exemplo, o 
enalapril é hidrolisado em sua forma ativa enaprilat. 
 
Reações de fase I. (oxidação – produtos + reativos farmacologicamente ativos – envolve o sistema monooxigenase – 
citocromo P450 – que introduz uma molécula de oxigênio no medicamento). 
 Consistem em oxidação, redução ou hidrólise, e convertem o fármaco original num metabólito mais polar. Os 
produtos destas reações são, freqüentemente, mais reativos quimicamente. Portanto, algumas vezes, os 
metabólitos da fase I são mais tóxicos ou carcinogênicos que o fármaco original. São reações, por assim dizer, 
preparatórias para as sínteses de fase II. 
As reações de fase I mais freqüentes são reações de oxidação catalisadas pelo sistema citocromo P450. 
Contudo, nem todas as reações de oxidação envolvem o sistema citocromo P450. Há enzimas nas mitocôndrias ou 
solúveis no citosol que são responsáveis pela metabolização de um pequeno número de compostos. O etanol, por 
exemplo, é metabolizado por uma enzima citoplasmática solúvel, a álcool desidrogenase. Outras exceções são a 
tirosina hidroxilase que hidroxila a tirosina em DOPA e a monoamina oxidase – MAO (ver Cap. 9), importante no 
metabolismo das aminas simpaticomiméticas. 
As reduções de fase I também ocorrem tanto no sistema microssomal quanto não microssomal do metabolismo, 
sendo de ocorrência menos freqüente que as reações de oxidação. Um fármaco metabolizado por redução 
microssomal é o cloranfenicol, e por não microssomal, hidrato de cloral. 
O metabolismo por hidrólise também ocorre em ambos os sistemas microssomal e não microssomal. Como exemplo, 
temos as reações com esterases inespecíficas de fármacos como a acetilcolina (ver Cap. 11). 
obs.: eliminação pré-sistema significa que o farmaco sofre metabolismo de primeira fase. 
Reações de fase II. (conjugação – glicuronidação – add um acido glicuronico ao medicamento) 
 Envolvem a conjugação (glicuronidação – add um ác glicurônico a mol do medicamento), resultando, geralmente, 
em compostos inativos. Com freqüência, as reações de fase I introduzem um grupo relativamente reativo, como uma 
hidroxila, na molécula (funcionalização), que servirá como ponto de ataque para o sistema de conjugação fixar um 
substrato endógeno como, por exemplo, glicuronídio. Como outros exemplos de grupos funcionais de substâncias 
endógenas, temos metila, ácido acético, ácido sulfúrico e aminoácidos. Em geral, ambas as etapas diminuem a 
lipossolubilidade, aumentando, assim, a eliminação renal do fármaco que, caso contrário, poderia ficar 
indefinidamente no organismo. 
Fármaco 14 
Se o metabólito oriundo da fase I for suficientemente polar, será eliminado pelos rins. Entretanto, muitos 
metabólitos são lipofílicos demais para ficarem retidos nos túbulos renais. Uma reação de conjugação subseqüente 
com um substrato endógeno resulta no aparecimento de compostos mais polares. Em geral, mais hidrossolúveis e 
terapeuticamente inativos. A glicuronidação é a reação mais comum e mais importante de conjugação. Os recém-
nascidos são deficientes deste sistema de conjugação, o que os torna particularmente vulneráveis a fármacos como 
o cloranfenicol. Fármacos que já possuem um grupamento OH, HN ou COOH podem passar diretamente ao 
metabolismo de fase II. Os conjugados de fármacos, altamente polares, podem, então, ser eliminados pelos rins. 
A isoniazida (ácido isonicotínico) é uma exceção e sofre uma reação de fase II (acetilação) antes de passar por uma 
reação de fase I, sendo, então, hidrolizada a ácido nicotínico. 
Obs.: 
- Se o medicamento é mto hidrossolúvel ele é excretado sem biotransformação 
- existem compostos que msm sofrendo reação de fase I e II vão para a vesícula biliar na região do intestino e são 
eliminado pelas fezes. 
- Se as bactérias intestinais removerem o acido glicuronico a droga pd ser reabsorvida. 
- tolerância ao farmaco a uma biotransformação 
INTERAÇÃO FARMACOLÓGICA 
Alguns fármacos agem nas enzimas que os metabolizam, aumentando a atividade ou o número de moléculas de 
enzimas presentes. Isto é denominado “indução metabólica de enzimas” e uma droga que apresenta este efeito é o 
etanol. 
Há fármacos, por exemplo, capazes de induzir aumento nos níveis de citocromo P450, o que provoca aumento da 
velocidade de metabolização do fármaco indutor, bem como de outros fármacos biotransformados pelo sistema 
P450. Por outro lado, muitos fármacos podem inibir o sistema P450 e, assim, potencializar as ações de outros 
fármacos que são metabolizados pelas enzimas do citocromo (p. ex., quinidina). 
FATORES QUE AFETAM O METABOLISMO 
1. Genéticos; 
2. Idade (efeitos tóxico s mais comuns em muito jovens e idosos); 
3. Diferenças individuais (há variações de até 30 veze s no metabolismo de uma droga) ; 
4. Fatores ambientais (p. ex., fumo); 
5. Propriedades químicas dos fármacos ; 
6. Via de administração; 
7. Dosagem; 
8. Sexo; 
9. Doença (p. ex., hepa tite crônica, cirrose, câncer h epático); 
10. Interações entre fármacos du rante o metabolismo (barb itúricos podem oca sionar a nece ssidade de dose s 
maiores de cumarínico s para manter o tempo de protr ombina elevado). 
FATORES QUE INFLUENCIAM A BIOTRANSFORMAÇÃO 
- indutores enzimáticos 
- doenças hepática s 
- idade 
-grave desnutrição 
 Fármaco 15 
MEIA-VIDA 
É o tempo necessário para a con centração de determ inado fármaco n o corpo ser r eduzida p ela metade. Meia- vida (t½) é um parâmetro deri vado da depu ração e do volume de di stribuiçã o e varia em função deles 
O tempo de meia vida para um da do medicamento indepen de da concent ração desse medicam ento, a meia vida esta relacionada com a cinética de excreção e de acordo com as p ropriedad es físico químicas da s drogas. 
Dose de ataque – adm de uma dose mto alta qdo o paciente esta debilitado 
Excreção 
INTRODUÇÃO 
Os fármacos podem ser eliminados inalterados ou convertidos em metabólitos. Os órgãos excretórios (com exceção dos pulmões) eliminam substâncias polares com mais facilidade. 
A via excretória mais importante é a renal, por meio da urina. Outras vias excretórias incluem a bile, o intestino, os 
pulmões, o leite etc. 
ELIMINAÇÃO RENAL DE FÁRMACOS (só para saber) Filtração glomerular. Os fármacos penetram nos rins pelas artérias renais, as quais se dividem para formar o plexo capilar glomerular. Os fármacos livres (não ligados a proteínas) atravessam a rede capilar para o espaço de Bowman como parte do filtrado glomerular. Os capilares glomerulares permitem a difusão de moléculas de fármacos com peso molecular inferior a 20.000 (moléculas pequenas) no filtrado glomerular. Raros fármacos, como a heparina, são retidos. Como a albumina não atravessa livremente a barreira, quando um fármaco se liga consideravelmente à albumina plasmática, sua concentração no filtrado é menor que a concentração plasmática. Um fármaco como a Varfarina liga-se em 98% à albumina e só 2% permanecem no filtrado. Portanto, a depuração por filtração será muito reduzida. Secreção e reabsorção tubulares. Até 20% do fluxo plasmático renal são filtrados através do glomérulo, de modo que, pelo menos 80% do fármaco podem passar para os capilares peritubulares do túbulo proximal. Neste local, os fármacos são transferidos para a luz tubular mediante dois sistemas transportadores independentes e relativamente não seletivos. 
Um deles transporta ácidos e, o outro, bases orgânicas. Esses sistemas podem reduzir a concentração plasmática do fármaco a quase zero, transportando-o contra um gradiente químico. Como, pelo menos, 80% do fármaco que chega ao rim é apresentado ao transportador, a secreção tubular representa o mecanismo mais eficaz para eliminação de fármacos pelos rins. 
A probenecida compete pelo mesmo sistema de transporte que a penicilina, diminuindo, dessa forma, sua eliminação. 
 Difusão pelo filtrado. À medida que o filtrado glomerular atravessa o túbulo, a água é reabsorvida, sendo que o volume que emerge como urina é apenas 1% daquele filtrado. Se o túbulo fosse livremente permeável a moléculas de fármacos, 99% do fármaco seriam reabsorvidos passivamente. De forma que fármacos com alta lipossolubilidade e, portanto, elevada permeabilidade tubular, são excretados lentamente. Ou seja, fármacos lipossolúveis são mais reabsorvidos por atravessarem mais facilmente as membranas das células tubulares. 
Se, por outro lado, o fármaco for polar, o mesmo permanecerá no túbulo e sua concentração aumentará até ficar cerca de 100 vezes mais alta na urina que no plasma (p. ex., digoxina e antibióticos aminoglicosídeos). Muitos fármacos, por serem ácidos fracos ou bases fracas, alteram sua ionização com o pH, o que afeta sua excreção renal. O efeito de aprisionamento de íons, significa que um fármaco básico é mais rapidamente excretado na urina ácida, visto que o pH baixo no interior do túbulo favorece sua ionização e, portanto, inibe sua reabsorção. Por outro lado, os fármacos ácidos são mais facilmente excretados se a urina for alcalina. A alcalinização da urina, por exemplo, é usada para acelerar a excreção da aspirina em casos de superdosagem. 
Fármaco 16
Excreção (caderno) 
A excreção é a remoção do composto de dentro do nosso organismo 
Excreção renal –a excreção das drogas está relacionada com as propriedades físico químicas. 
A excreção renal é a mais importante, e corresponde as substancias hidrossolúveis. Qdo uma substancia vai ser excretada pelo filtrado glomerular, esta não pd estar ligada a roteínas plasmáticas. 
O fármaco deve permanecer no túbulo para ser excretado. Não pd ser reabsorvido. Prefere-se que ele fique na forma ionizada para não atravessar barreiras biológicas (ex.: se o medicamento for acido, qto maior o pH – o farmaco estará na forma ionizada – melhor será sua excreção) 
Excreção pulmonar: Gases ou voláteis 
Excreção fecal: sem absorção ou lipossolúveis 
Farmacodinâmica: mecanismo de ação dos fármacos (livro) 
INTRODUÇÃO 
A farmacodinâmica pode ser definida como o estudo dos e feitos bioquímicos e fisiológicos da s drogas e de seus mecanismos de ação. Como mencionado, são, grosso modo, as ações da droga sobre o organismo, tratare mos dos receptor es, das interações das drogas com os receptores e da interpretação dessa interação por meio das curvas dose-resposta. 
RECEPTORES 
Um conceito fundamental em farmacologia é que, para se iniciar um efeito em qualquer célula, a maioria dos fármaco s combina-se com alguma estrutura molecular n a superfície ou no interior d a célula. Esta estrutura molecular é denominada receptor . A combinação do fármaco com o receptor resulta em modificações molecular es no receptor que desencadeiam uma série de e ventos que levam a uma resposta. Isso também é válido para substâncias endógenas como hormônios e neurotransmissores. Assume-se que todos os receptores aos quais as drogas se combinam existam para atuar como receptores para substância s endógenas. É por isso que a descoberta de um receptor para determinado fármaco leva à busca da substância endógena que utiliza estes receptores. 
Em 1973, descobriu -se que drogas opióides como a morfina atuavam sobre um receptor específico. Essa descoberta levou à busca 
da substância endógena, cuja função fisiológica dependess e da interação com tais receptores. Em 1975, identificaram -se peptídeos 
Fármaco 17 
endógenos com atividade semelhante à da morfina. Hoje, sabe-se de uma família de peptídeos que são denominados encefalinas ou endorfinas. A morfina , simplesmente, simula a ação dessas substâncias. 
 FISIOLOGIA DA PLACA TERMINAL 
Receptores são macro moléculas (pro teínas, em sua maioria) presentes nos tecido s e que se combinam quimicamente com os fármacos de manei ra relativamente específica. Isto é, fármacos interagem apenas com alguns receptores e vice- versa. A placa terminal de uma fibra muscular esquelética, por exemplo, contém uma grande quantidade de receptores com afinidade para o neurotransmissor acetilcolina. 
Cada um desses receptores, que são chamados nicot, é parte de um canal n a membrana pós-sináptica que controla o movimento intracelular de íons N a+. Em repouso, esta membrana pós-sináptica é relativa mente impermeável ao Na+. Contudo, quando o nervo é estimulado, ele libera, na placa terminal, acetilcolina que combina-se com os receptores nicotínicos e modifica-o s de tal forma que os canais se abrem e o Na+ flui para o interior d a célula muscular. Quanto mais acetilcolina existir na região da placa terminal, mais receptores serão ativados e mais canais se abrirão. Quando o número de canais aberto s atinge um nível crítico e o Na+ entra com rapidez suficiente para perturbar o equilíbrio iônico da membrana, ocorre uma despolarização localiza da. Essa despolarização localiza da dispara a ativação de grande número de canais de Na +dependentes de voltagem e gera a despolarização conduzida , conhecida como potencial de ação. O potencial de ação provoca a liberação – para o cito sol – de Ca+2 a partir de seus locais de ligação intracelular (particularmente, retículos endoplasmáticos e mitocôndrias ). Este Ca+2 interage com proteínas contráteis, gerando um encurtamento da célula muscular.
Oreceptor nicotínico, por exemplo, é composto de 5 subunidades (duas α, uma β, uma γ e uma δ) que circundam uma depressão central, que corresponde ao canal transmembrano so de Na+. Quando a acetilcolina se liga a o receptor (na sub unidades α), o canal central é aberto, permitindo a passagem de Na+. 
Outros receptores – que não são canais iônicos – desencadeiam uma cascata de eventos graças à ação de segundos mensageiro s. Os fatores chave em muitos desses sistemas de segundos mensageiros são a s proteína s G (há vários tipo s). Essas proteínas hidro lizam o trifosfato de guanosina (GTP) a difosfato de guanosina (GDP ). As proteínas G transmite m a ativação de vário s receptores a uma etapa seguinte em uma série de reações. Em muito s casos, a etapa seguinte envolve a enzima adenilciclase. Vários hormonios, fármacos etc. estimulam ou inibem a a denilciclase em vários tipos de receptores através da s proteínas G di versas (inibitória ou estimulatória). A adenilciclase catalisa a transformação de ATP em AMPc. 
O AMPc ativa enzimas chama das quinases que irão fosforilar diversas proteínas, resultand o na resposta celular como abertura de canais Ca+2 e ativação de outr as enzimas. As proteínas G podem, também, ativar outras enzimas ou agir diretam ente em canais iônicos. Os receptores para adrenalina e noradrenalina são acoplados à proteína G. 
VARIÁVEIS DA FARMACODINÂMICA 
Afinidade. Mede a força de ligação entre droga e receptor e é deter minada pelos tipos e número de ligações químicas. Reflete a tendência de um fármaco se ligar ao receptor. 
Eficácia. Ou “efeito máximo”, é a resposta máxima produzida pelo fármaco. Depende de quantos complexo s fármaco-receptor são formados e da eficiência com que o receptor ativado produz a ação celular. Ou seja, enquanto a afinidade é a tendência de um fármaco se ligar ao receptor, a eficácia é a tendência de, uma vez ligado, esse fármaco modificar a função do receptor desencadeando uma resposta. Independentemente da concentração do fármaco, atinge-se um ponto além do qual não ocorre mais nenhum incremento na resposta. Tem-se, aí, resposta ou efeito máximo. 
Potência. Ou sensibilidade, é a medida de quanto fármaco é necessário par a desencadear uma determinada resposta. Quanto menor a dose necessária para gerar tal resposta, mais potente é o fármaco. É calculada pela dose de fármaco que desencadeia 50% da resposta máxima (EC50 [effective concentration 50%] ou DE 50). Em geral, os fármacos de alta potência apresentam alta afinidade pelos receptores, ocupando uma proporção significativa destes, mesmo em baixa s concentrações.
 Fármaco 18 
AGONISMO 
Com base na resposta farmacológica máxima (eficácia) que ocorre quando todos os receptor es estão ocupados, os agonistas podem ser divididos em três classes: 
Agonistas integrais . Ou agonistas pleno s, constituem os agonistas clássicos 
que, quando em concentrações suficientes, provocam a resposta máxima desencadeada pelo receptor. 
 Agonistas parciais. Mesmo com uma ocupação total dos receptores, produzem uma resposta menor do que os agonistas integrais. Além disso, por competirem com os agonistas integrais, desviam a curva para a direita. 
Agonistas inversos. A princípio paradoxalmente, há exemplos em que pode-se verificar um nível d e ativação de receptores mesmo na ausência de ligantes (p. ex. , receptores canabinóides e de dopamina). Uma explicação para tal, é que mutações podem ocorrer – espontaneamente ou em processos patológicos – e resultar nessa ativação. Temo s, nesses casos, uma ativação constitutiva. Os agonistas inversos podem ser considerados como drogas de eficácia negativa para diferenciá-los dos agonistas (eficácia positiva) e dos antagonistas (eficácia nula ). 
Farmacodinâmica (caderno) 
Para ter boa atividade na célula, precisamos que o medicamento esteja ligado a estruturas de natureza proteica. Ex.: 
receptores, enzimas... 
Os receptores podem ser divididos em 2 grupos: 
1) Receptores intracelulares: o fármaco deve entrar na célula (precisa ser lipossolúvel), os receptores são 
nucleares e citoplasmáticos. 
2) Receptores membrana plasmática – receptores acoplados a canais iônicos (inotrópicos), receptores acoplados a 
proteínas G (metabotropicos) e receptores com atividade enzimática. 
Fármaco 20 
 Receptores metabotropicos (acoplados a proteína G) 
Os receptores metabotrópicos são normalmente encontrados em complexos de proteínas que ligam funcionalmente o exterior com o interior da célula e, uma vez ativados, afetam o metabolismo celular através de enzimas. Quando um receptor metabotrópico reconhece e liga um neurotransmissor provoca a ativação coletiva de enzimas associadas à membrana, incluindo moléculas de sinalização como as proteínas G. A ligação de um transmissor a um local de reconhecimento do tipo metabotrópico pode ser comparada à ação iniciada por uma chave de ignição do automóvel. 
Não abre a porta a iões, na membrana, tal como fazem os receptores ionotrópicos, mas induz a rápida formação de segundos mensageiros, e desencadeia uma sequência de acontecimentos bioquímicos (consultar a Figura). 
 Fármaco 22 
Sítio de ligação 
• As drogas produzem, em sua maioria, efeitos através de sua LIGAÇÃO a moléculas protéicas: 
– Enzimas; 
– Moléculas transportadoras; 
– Canais iônicos; 
– Receptores de membrana ou nucleares
Fármaco 23 
(algumas informações) 
A maquinaria metabólica do neurônio inicia o trabalho e rapidamente é desligada. Os efeitos da neuromodulação incluem modificações em canais iónicos, receptores, transportadores e at é na expressão de genes. Estas modificações ocorrem mais lentamente e são mais duradouras do que as modificações desencadeadas pelos transmissores excitatórios e inibitórios e, além disso, as modificações produzidas têm impacto em locais distantes da sinapse. Apesar de não iniciarem potenciais de ação, o s receptores metabotrópicos têm efeitos profundos no tráfego do impulso através de redes neuronais. Identificando os mensageiros Entre o s diversos mensageiros que atuam em receptores associados a proteínas G encontram-se a acetilcolina, dopamina e noradrenalina. Os neurônios que libertam estes neurotransmissores exercem diversos efeitos nas células alvo, e têm, além disso, uma organização anatômica admirável, já que, sendo em pequeno número, os seus axônios distribuem-se largamente por todo o cérebro. Existem somente cerca de 1600 neurônios noradrenérgicos no cérebro humano, mas enviam axônios para todas as partes do cérebro e da medula espinhal. Estes transmissores com propriedades neuromoduladoras não enviam informação sensorial fina, mas ajustam o funcionamento de conjuntos neuronais otimizando a sua atividade e função. A noradrenalina é libertada em resposta a modificações no meio e em re sposta a estresse, e ajuda o indivíduo a organizar respostas complexas a estes desafios. A resposta do organismo ao estresse envolve, por vezes, conjuntos diversos de re des neuronais. A dopamina está associada a diversas condições interpretadas de mo do gratificante para o organismo. Em contraste, a acetilcolina desempenha um papel duplo, atuando em receptores ionotrópicos e metabotrópicos. A acetilcolina foi o primeiro neurotransmissor a ser descoberto. Usa mecanismos iônicos na sinalização da junção de neurônios motores com fibras de m úsculo estriado. No entanto, também pode funcionar como neuromodulador: isto acontece, por exemplo, quando nos concentramos em algo – afinando a atividade de neurônios no cérebro de modo a concentrar toda a energia na informação relevante. 
 Fármaco 24 
Aspectos quantitativosda interação entre fármacos e receptores 
Alvo para ação das drogas 
- uma droga é uma substancia química que afeta a função fisiológica de modo especifico. 
- As drogas em sua maioria, são eficazes, pq se ligam a proteínas alvo particulares, que consistem em enzimas, transportadores, canais iônicos e receptores. 
- A especificidade é recíproca: classes individuais de drogas ligam-se apenas a determinados alvos, e alvos individuais reconhecem apenas determinadas classes de drogas. 
- Nenhuma droga é totalmente especifica nas suas ações. Em mtos casos, o aumento da dose afeta outros alvos diferentes do principal e provoca efeitos colaterais. 
Distinção entre ligação de fármacos e ativação dos receptores Os receptores podem ser encontrados de duas formas ativados ou inativados. 
O agonista aumenta a afinidade e eficácia para promover resposta celular. 
A eficácia descreve a tendência do complexo fármaco-receptor a adotar o estado ativo (AR*), em vez do estado de repouso (AR). 
Um fármaco com eficácia zero não apresenta nenhuma tendência a desencadear a ativação dos receptores e 
não leva a uma resposta tecidual. Um fármaco com eficácia máxima (igual a 1) é um agonista pleno, enquanto os agonistas parciais estão situados no intervalo 0 e 1. 
Agonista total ou pleno – são aqueles que se ligam ao receptor e são capazes de disparar o Maximo de res posta daquela célula (faz com que a preparação tenha o Maximo de resposta). 
Agonista parcial – capaz de dar resposta submáxima, m sm qdo ocupar cem por cento dos receptores, possui níveis intermediários de eficácia. 
Aspectos quantitativos das interações droga-receptor 
A primeira etapa na ação de uma droga sobre receptores específicos consiste na formação de um complexo droga-receptor reversível, sendo as reações governadas pela lei de ação das massas (que determina q a velocidade de uma reação química é proporcional a concentração de seus reagentes, formando seus produtos). 
Ex.: suponhamos um pedaço de tecido muscular cardíaco, ele contem um numero de receptores N, para um agonista como a adrenalina. Qdo o tecido é exposto a adrenalina numa concentração X e atinge o equilíbrio, um certo numero de receptores (N) ficara ocupado pela adrenalina, e o numero de receptores vagos será reduzido. 
Fármaco 25 
Normalmente, o numero de molecs de adrenalina aplicadas ao tec ido excede o numero de receptores (N), de modo q a reação de ligação ( NX) não reduz a concentração de adrenalina. A resposta produzida pela adrenalina será relacionada com o numero de receptores ocupados. 
A (droga) + R (receptor) = AR (complexo) 
AFINIDADE E EFICÁCIA 
• Afinidade - Capacidade de se associar, Avaliada pela EC50 
• Eficácia - Capacidade de disparar uma resposta, Avaliada pelo Efeito máximo. 
CURVA DE CONCENTRAÇÃO DO AGONISTA DE EFEITO 
A ligação das drogas a seus receptores nos tecidos pd ser medida diretamente. Entretanto, trata-se de uma resposta biológica normal (como elevação da PA, relaxamento ou contração de um músculo e etc). 
Essa ligação (droga-receptor) é medida e plotada como curva de concentração e efeito ou dose resposta. 
Essa curva não pode ser utilizada para medir afinidade de drogas agonitas pelos seus receptores, visto que a resposta produzida não é proporcional à ocupação dos receptores. 
Todos os efeitos finais observados por drogas são um conjunto de alterações fisiológicas, a outra dificuldade em se analisar a afinidade de uma droga pelo seu receptor é que a [droga] nos receptores é desconhecida, uma vez que os 
agonistas podem ser sujeitos a degradação enzimática e etc. 
Fármaco 26 
Curva de concentração dose efeito observadas 
experimentalmente. 
Tais curvas permite-nos estimar a resposta máxima que o fármaco é capaz de produzir (E. máx) e a concentração ou 
dose necessaria para produzir 50% da resposta máxima (CE50), parâmetros uteis para comparar as potencias de 
diferentes fármacos que causam efeitos qualitativamente similares. 
Embora as linhas traçadas de acordo com a equação de ligação se adaptem bem as pontos, essas curvas não 
estimativas corretas da afinidade das drogas pelos receptores. Isto ocorre pq a relação entre ocupação 
do receptor e resposta é geralmente não linear. 
 ANTAGONISMO COMPETITIVO 
Uma substancia se liga ao receptor sem ativa-lo e impede a ligação de um agonista. Em determinada concentração do agonista a ocupação do receptor pd ser reduzida na presença de antagonistas. Entretanto, a elevação da concentração do agonista pd ressultar na sua ocupação revertendo o quadro. E então o antagonismo é dito como superável. 
Isoprenalina – agonista beta 
adrenérgico (acoplado a 
proteína G). 
Propanolol – antagonista beta 
adrenérgico. 
 
Na presença de antagonistas competitivos quanto maior sua concentração, maior a quantidade necessária do agonista para se ligar ao receptor. 
As características de um antagonismo competitivo são: desvio da curva de concentração para a direita sem alteração de inclinação e do E.máx, relação linear entre dose e concentração do antagonista. 
AGONISTAS PARCIAIS E O CONCEITO DE EFICÁCIA 
Agonistas – ativam o receptor ao ocupa-lo, antagonistas não provocam ativação. 
Alguns compostos podem produzir resposta máxima, enquanto outros agonistas parciais só podem produzir uma 
resposta submáxima. 
A diferença entre agonistas totais e parciais reside na relação entre ocupação e resposta. 
Fármaco 27 
 
A figura abaixo mostra de modo esquemático a relação entre a ocupação e a concentração relativas a dois fármacos que tem a msm afinidade pelos receptores e que produzem uma ocupação de 50% na concentração de 1,0umol/L. O fármaco (a) é um agonista pleno, que produz uma resposta máxima ao redor de 0,2umol/L, e cuja relação entre resposta e ocupação é mostrada pela curva bem íngreme apresentada em 1. Graficos semelhantes relativos a um agonista parcial (b) são mostrados em 1 e 2 como curvas pouco acentuadas; a diferença essencial esta no fato de que a resposta, para qlq porcentagem de ocupação, é muito menor para o agonista parcial, que é incapaz de produzir uma resposta máxima, msm qdo a ocupação dos receptores é de 100%. 
MODELO DE DOIS ESTADOS 
O modelo considera que o receptor pd existir em dois estados “em repouso” (R) e ativado (R*), cada um dos quais pd se ligar a uma droga, sendo constantes de equilíbrio k e k* respectivamente. 
A ocorrência do desvio do equilíbrio entre esses dois estados a favor de R* inicia a resposta. Normalmente na ausência de ligante o equilíbrio favorece o estado de repouso. 
Para que uma droga produza desvio a favor do R* (agonista), a condição necessária é que a droga tenha uma afinidade maior para R* do que para R (k > k*). Qto maior a relação K/K*, maior será a eficacia da droga. Se K=K*, a ligação não ira afetar o equilíbrio conformacional, e a droga será um antagonista competitivo puro. 
A figura mostra um receptor em dois estados conformacionais, “repouso” (R) e ativado (R*), presentes em equilíbrio. 
Normalmente, qdo não há nenhum ligante , o equilibrio esta bastante deslocada para o estado R (para a esquerda), havendo poucos receptores no estado R*. Qto aos receptores constitutivamente ativos, uma proporção apreciável adota a conformação R* na ausência de qlq ligante. Os agonistas tem uma afinidade mais alta por R* do que R, e assim deslocam o equilibrio para a direita, na direção R*. Qto maior a afinidade relativa por R* em relação R, maior a eficacia do agonista. O agonista inverso tem maior afinidade por R do que por R* e desse modo desloca o equilibrio para a esquerda. Um antagonista “neutro” tem afinidade igual por R e R*, por isso ele por siso não consegue afetar o equilibrio conformacional, mas é capaz dereduzir, por meio de competição, a ligação de outros ligantes. 
Fármaco 28 
ATIVAÇÃO CONSTITUTIVA DE RECEPTORES E AGONISTAS INVERSOS 
Embora estejamos acostumados a pensar que os receptores são ativados apenas qdo um agonista se liga a eles, há 
exemplos nos quais pd ocorrer um nível apreciável de ativação msm na ausência de ligantes. Esses exemplos incluem os receptores para benzodiazepínicos, canabinóides, serotonina e alguns outros mediadores. Alem disso, ocorrem mutações nos receptores – tanto espontâneas, em algumas condições patológicas, quanto induzidas experimentalmente – que resultam em substancial ativação na ausência de qlq ligante (ativação constitutiva). A 
atividade em repouso pd ser baixa demais para ter qlq efeito sob condições normais, mas pd se tornar evidente qdo há 
receptores expressos em demasia, um fenômeno claramente demonstrado para beta-adrenoceptores e que pode 
chagar a ter implicações fisiopatológicas importantes. Assim, se, digamos, 1% dos receptores estão ativos na ausência 
de qlq agonista, em uma célula normal que expressa 10.000 receptores, apenas 100 estarão ativos. Um aumento de 10 
vezes no nível de expressão resultará em 1.000 receptores ativos, produzindo um efeito significativo. Nessas condições, 
pd ser possível para um ligante reduzir o nível de ativação constitutiva; tais fármacos recebem a denominação de 
agonistas inversos, para distingui-los dos agonistas competitivos simples, q por si sós não afetam o nível de ativação.
Fármaco 29 
Os agonistas inversos podem ser considerados fármacos com eficácia negativa, oq os diferencia dos agonistas (eficácia positiva) e dos antagonistas competitivos (eficácia zero).
Antagonismo entre drogas (resumo) 
O antagonismo entre drogas ocorre por meio de vários mecanismos: 
- Antagonismo químico (interação em solução) 
- Antagonismo farmacocinético (uma droga q afeta a absorção, metabolismo ou excreção da outra). 
- Antagonismo competitivo (ambas as drogas ligam-se aos msm receptores), o antagonismo pd ser reversível ou 
irreversível. 
- Antagonismo não competitivo (antagonista interrompe a ligação receptor-efetor) 
- Antagonismo fisiológico (dois agentes produzem efeitos fisiológicos opostos). 
 DESSENBILIZAÇÃO OU TAQUIFILAXIA 
Com frequência, o efeito de um fármaco diminui gradualmente qdo ele é administrado de maneira continua ou 
repetida. Dessenbilização e taquifilaxia são sinônimos utilizados para descrever esse fenômeno, que muitas vezes se 
desenvolve em poucos minutos. Já o termo tolerância é convencionalmente, empregado para descrever uma 
diminuição mais gradual da responsividade a um fármaco, que leva dias ou semanas para se desenvolver, porem a 
distinção entre esses termos não é muito precisa. Mtos mecanismos diferentes podem dar origem a esse tipo de 
fenômeno. Eles englobam: 
- alteração nos receptores, perda de receptores, depleção de mediadores, aumento da degradação metabólica do 
fármaco, adaptação fisiológica e etc. 
 contração muscular 
• A contração muscular ocorre em resposta a um aumento do [ca2+ ]i 
• No músculo esquelético, a despolarização causa rápida liberação de ca2+ do reticulo sarcoplasmático (RS); no 
músculo cardíaco, o ca2+ entra através de canais controlados por voltagem, e essa entrada inicial desencadeia a 
liberação adicional do RS; no músculo liso, o sinal de ca2+ se deve parcialmente a entrada de ca2+ e parcialmente 
a liberação do RS mediada pelo IP3. 
• No músculo liso, a contração pd ocorrer sem potenciais de ação, por exemplo qdo um agonista nos receptores 
acoplados a proteína G leva a formação de IP3. 
• A ativação do mecanismo contrátil do músculo liso envolve a fosforização da cadeia leve da miosina, um 
mecanismo regulado por uma variedade de sistemas de segundos mensageiros. 
 Fármaco 30
Liberação de mediadores 
• A maioria dos mediadores químicos é armazenada em vesículas e liberada por exocitose. Alguns são 
sintetizados em função da demanda e são liberados por difusão ou através de carregadores presentes na membrana plasmática. 
• A exocitose ocorre em respostas a um aumento no [ca2+]i resultante da interação mediada pelo ca2+ 
entre proteínas da vesícula sináptica e da membrana plasmática, fazendo com que as membranas se fundam. 
• Após liberar seu conteúdo, as vesículas são recicladas e novamente preenchidas com transmissor. 
• Muitas cels secretoras contem mais de um tipo de vesícula, preenchidas com diferentes mediadores e 
secretadas independentemente. 
• Os mediadores armazenados (por ex.: neurotransmissores) podem se liberados diretamente no citosol, 
independentemente do ca2+ e da exocitose, por fármacos que interagem com os mecanismos de 
transporte da membrana. 
• Os mediadores que não são armazenados, como os prostanóides e o oxido nítrico, são liberados através 
do aumento de [ca2+]i, que ativa as enzimas responsáveis pela sua síntese.
Neurotransmissores: 
Tanto o SNSimpático quanto o SNParassimpático utilizam, como neurotransmissor principal pré-ganglionar, a Acetilcolina (através de receptores nicotínicos, como veremos posteriormente), inclusive na exceção da adrenal (inervação simpática pré-ganglionar longa). As diferenças são encontradas nas terminações pós-ganglionares: enquanto o Simpático utiliza, principalmente (com exceção das gls. sudoríparas), o neurotransmissor Noradrenalina (precursor da adrenalina ou epinefrina), enquanto o Parassimpático utiliza, exclusivamente, a Acetilcolina
Fármaco 31
 
Transmissão nora drenérgica ( Rang & Dale / capítulo11) 
As catecolaminas são compostos que contêm um catecol (anel benzênico com dois grupos hidroxila adjacentes) e uma cadeia lateral amina. Do ponto de vista farmacológico, as catecolaminas mais importantes são: 
1- Noradrenalina→ um transmissor liberado pelas terminações nervosas simpáticas 
2- Adrenalina→ um hormônio secretado pela medula da supra-renal 
3- Dopamina→ o precursor metabólico da noradrenalina e adrenalina, e também um transmissor/ neuromodulador do sistema nervoso central 
4- Isoprenalina → um derivado sintéƟco da noradrenalina, ausente no organismo 
 Há dois tipos de receptores noradrenérgicos: α e β, definidos em termos de potência: 
α→ noradrenalina > adrenalina > Isoprenalina 
β→ Isoprenalina > adrenalina > noradrenalina 
Todos os receptores noradrenérgicos são receptores acoplados à proteína G típicos. Cada uma das classes de receptores 
(α1, α2, β1, β2, β3) está associada a um sistema específico de segundos-mensageiros. Assim, os receptores α1 estão 
acoplados à fosfolipase C e produzem seus efeitos principalmente pela liberação de Ca++ intracelular; os receptores α2 
estão negativamente acoplados à adenilato-ciclase e reduzem a formação de AMPc, assim como inibem canais de Ca++; 
e todos os três tipos de receptores β agem por estimulação da adenilato-ciclase. 
A distinção entre receptores β1 e β2-adrenérgicos é importante , importante, pois os receptores β1 são encontrados 
principalmente no coração, onde são responsáveis pelos efeitos cronotrópicos e inotrópicos das catecolaminas. Por 
outro lado, os receptores β2 são responsáveis pelo relaxamento do músculo liso em vários órgãos. Estes últimos efeitos são, com freqüência, úteis terapeuticamente, enquanto os primeiros são mais freqüentemente prejudiciais; em conseqüência, foram realizados esforços consideráveis para produzir agonistas β2-seletivos, capazes de relaxar o 
músculo liso sem afetar o coração, e antagonistas β1 seletivos, que pudessem exercer um efeito bloqueador útil sobre o coração, sem ao mesmo tempo bloquear os receptores β2 no músculo liso brônquico. É importante lembrar que a seletividade desses fármacos é mais relativa do que absoluta. Assim, compostos usados como antagonistas β1 seletivos invariavelmente têm também alguma ação sobre os receptores β2 de modo que podem causar efeitos adversos, tais como broncoconstrição. 
Os neurônios noradrenérgicos na periferia consistem em neurônios pós-ganglionaressimpáticos cujos corpos celulares encontram-se nos gânglios simpáticos. Eles geralmente têm axônios longos que terminam em uma série de varicosidades inseridas ao longo da rede de ramos terminais. À exceção da medula supra-renal, as terminações simpáticas são responsáveis por todo o conteúdo de noradrenalina dos tecidos periféricos. Órgãos tais como coração, baço, ductos deferentes e alguns vasos sanguíneos são particularmente ricos em noradrenalina Síntese de noradrenalina. O precursor metabólico da noradrenalina é a L-tirosina, um aminoácido aromático que está presente nos fluídos corporais e é captado pelos neurônios adrenérgicos. A tirosina hidroxilase, uma enzima citosólica que catalisa a conversão da tirosina em DOPA, é encontrada apenas em células que contêm catecolaminas. Trata-se de uma enzima bastante seletiva; diferentemente das outras enzimas envolvidas no metabolismo das catecolaminas. Esta primeira etapa da hidroxilação é o principal ponto de controle para a síntese de noradrenalina. A tirosina hidroxilase é inibida pelo produto final da via de biossíntese, a noradrenalina.
Fármaco 32
A próxima etapa da conversão de DOPA em dopamina, é catalisada pela DOPA descarboxilase, uma enzima citosólica 
que não está confinada exclusivamente em células que sintetizam catecolaminas. Ela é uma enzima relativamente 
inespecífica. A atividade da dopa descarboxilase não é fator limitante da velocidade da síntese de noradrenalina. 
A dopamina β-hidroxilase (DBH) é também uma enzima relativamente inespecífica, mas está restrita às células que 
sintetizam catecolaminas. Essa enzima está localizada em vesículas sinápticas. 
 Fármaco 33
 
A próxima etapa da conversão de DOPA em dopamina, é catalisada pela DOPA descarboxilase, uma enzima citosólica 
que não está confinada exclusivamente em células que sintetizam catecolaminas. Ela é uma enzima relativamente 
inespecífica. A atividade da dopa descarboxilase não é fator limitante da velocidade da síntese de noradrenalina. 
A dopamina β-hidroxilase (DBH) é também uma enzima relativamente inespecífica, mas está restrita às células que 
sintetizam catecolaminas. Essa enzima está localizada em vesículas sinápticas. 
Armazenamento de noradrenalina. A maior parte da adrenalina nas terminações nervosas ou células cromafins está 
contida em vesículas; e em condições normais, apenas uma pequena quantidade encontra-se na forma livre no 
citoplasma. 
Liberação da noradrenalina. A despolarização da membrana da terminação nervosa abre canais de cálcio na 
membrana, e a conseqüente entrada de Ca++ promove a fusão e o esvaziamento das vesículas sinápticas. 
Regulação da liberação de noradrenalina. A liberação de noradrenalina é afetada por uma variedade de substâncias 
que agem em receptores pré-sinápticos. A noradrenalina, atuando em receptores pré-sinápticos, pode regular sua 
própria liberação. Acredita-se que isso ocorra fisiologicamente, de tal modo que a noradrenalina liberada exerce um 
efeito inibitório local sobre as terminações das quais ela se origina – o chamado mecanismo de retroalimentação auto-inibitória. 
Captura e degradação das catecolaminas. A ação da noradrenalina liberada termina principalmente pela captura do 
transmissor nas terminações nervosas noradrenérgicas. A adrenalina e a noradrenalina circulantes são degradadas 
enzimaticamente, porém muito mais lentamente do que a acetilcolina, onde a acetilcolinesterase localizada na sinapse inativa o neurotransmissor em milissegundos. As duas enzimas principais que metabolizam as catecolaminas estão localizadas intracelularmente, por isso a captação pelas células necessariamente precede a degradação metabólica. 
As catecolaminas endógenas e exógenas são metabolizadas principalmente por duas enzimas : a monoaminooxidase 
(MAO) e a catecol-O-metil transferase (COMT). A MAO ocorre no interior das células, ligada à membrana externa das 
mitocôndrias. A COMT está ausente nos neurônios noradrenérgicos, mas é encontrada na medula da supra-renal e em muitas outras células e tecidos.
Fármaco 34
Fármacos que agem sobre os receptores adrenérgicos. A atividade geral desses fármacos é ditada por sua afinidade, 
eficácia e seletividade, com respeito aos diferentes tipos de receptores adrenérgicos. De modo geral, os agonistas de 
receptores β-adrenérgicos são úteis como broncodilatadores, enquanto que os antagonistas de receptores α e β-
adrenérgicos são usados principalmente em indicações cardiovasculares, em virtude de seus efeitos cardiodepressivos e vasodilatadores. 
 Fármaco 35
 
Fármacos que agem sobre os receptores adrenérgicos. A atividade geral desses fármacos é ditada por sua afinidade, 
eficácia e seletividade, com respeito aos diferentes tipos de receptores adrenérgicos. De modo geral, os agonistas de 
receptores β-adrenérgicos são úteis como broncodilatadores, enquanto que os antagonistas de receptores α e β-
adrenérgicos são usados principalmente em indicações cardiovasculares, em virtude de seus efeitos cardiodepressivos e 
vasodilatadores. 
 
Agonistas de receptores adrenérgicos – Ações: 
1- Musculatura lisa. Todos os tipos de musculatura lisa, exceto do trato gastrintestinal, contraem-se em resposta à 
estimulação dos receptores α1-adrenérgicos. Grandes artérias e veia, assim como as arteríolas, são também contraídas, resultando em diminuição da complacência vascular, aumento da pressão venosa central e aumento da resistência periférica, tudo contribuindo para um aumento da pressão arterial sistólica e diastólica e aumento do trabalho cardíaco. 
Alguns leitos vasculares (cerebral, coronariano e pulmonar) são relativamente pouco afetados. No animal inteiro, os reflexos barorreceptores são ativados pelo aumento na pressão arterial produzido por agonistas α-adrenérgicos, causando bradicardia reflexa e inibição da respiração. 
A estimulação dos receptores β-adrenérgicos causa o relaxamento da maioria dos tipos de músculo liso através do aumento da formação de AMPc.
Fármaco 36
 
No sistema vascular, a vasodilatação mediada por receptores β2 é principalmente endotélio-dependente e mediada 
pela liberação de óxido nítrico. Ocorre em muitos leitos vasculares e é especialmente acentuada no músculo esquelético. 
O poderoso efeito inibitório do sistema simpático sobre o músculo liso gastrintestinal é produzido por ambos receptores α e β-adrenérgicos. 
A musculatura lisa brônquica é fortemente dilatada pela ativação dos receptores β2 adrenérgicos, e agonistas seletivos dos receptores β2 são importantes no tratamento da asma. O músculo liso uterino responde de modo semelhante, e esses fármacos são usados para retardar o trabalho de parto prematuro. 
2- Terminações nervosas. Receptores adrenérgicos pré-sinápticos estão presentes nas terminações nervosas 
colinérgicas e noradrenérgicas. O efeito principal (mediado por α2) é inibitório. 
3- Coração. As catecolaminas, através de sua ação nos receptores β1 adrenérgicos, exercem um poderoso efeito 
estimulante sobre o coração. Tanto a freqüência cardíaca (efeito cronotrópico) quanto a força de contração (efeito 
inotrópico) são aumentadas, resultando no aumento expressivo do débito cardíaco e do consumo de oxigênio pelo 
coração. Em corações normais, a dose necessária para causar arritmia expressiva é maior do que aquela que produz 
efeitos inotrópicos e cronotrópicos, mas em condições isquêmicas as arritmias são produzidas muito mais facilmente. 
4- Metabolismo. As catecolaminas favorecem a conversão dos estoques de energia (glicogênio e gordura) em 
combustíveis facilmente disponíveis e causam aumento na concentração plasmática dessas substâncias. 
Em seres humanos a adrenalina e outros agonistas β2-adrenérgicos causam um tremor intenso. 
 Fármacos que agem na transmissão noradrenérgica 
Substancias simpaticomimética (podem ser de ação direta, indireta ou mista) – emitam a ação SNAs. 
• Direta – atua como agonista de receptor adrenérgico pós sináptico. Imitama NE por ex. 
• Indireta – aumenta a concentração de NE na fenda sináptica. Ex.: cocaína inibe a captação 1, antidepressivos 
inibem a MAO. 
• Mistas – podem ser agonistas de receptor, como aum da concentração de NE na fenda sináptica. Ex.: tiramina e 
anfetamina. 
Os fármacos q atuam sobre os receptores adrenérgicos (metabotropicos – acoplados a PTN G) possuem eficácia e 
afinidade sobre eles. Interação com o sistema de captura neuronal, interação com a MAO e a COMT. 
Fármacos que afetam os neurônios adrenérgicos (mecanismo que afeta a liberação de NE) 
• Bloqueio da liberação de NE (direto) 
• Indução da liberação na ausência P.A. (ação indireta) 
• Interação com receptores pré sinápticos inibindo ou potencializando a liberação de NE 
• Pode aumentar ou diminuir as reservas de NE 
Aminas simpatomiméticas de ação indireta. Os fármacos mais importantes na categoria de aminas simpatomiméticas 
de ação indireta são tiramina, anfetamina e efedrina, que são estruturalmente relacionadas à noradrenalina. 
Estes fármacos, especialmente a anfetamina têm importantes efeitos no sistema nervoso central que dependem de sua 
capacidade de liberar não apenas a noradrenalina, mas também 5-HT e dopamina das terminações nervosas no cérebro.
Fármaco 37
Uma importante característica das aminas simpatomiméticas de ação indireta consiste no desenvolvimento de 
acentuada tolerância. Doses repetidas de anfetamina ou tiramina, por exemplo, produzem respostas pressoras progressivamente menores. Isso provavelmente é causado por uma depleção das reservas liberáveis de noradrenalina. 
Verifica-se também desenvolvimento de tolerância similar aos efeitos centrais com a administração repetida explicando, em parte, a tendência das anfetaminas e fármacos relacionados a causar dependência. 
Ações. As ações periféricas das aminas simpatomiméticas de ação indireta incluem broncodilatação, pressão arterial aumentada, vasoconstrição periférica, aumento da freqüência cardíaca e da força de contração do miocárdio, e inibição da motilidade intestinal. À exceção da efedrina, que ainda é algumas vezes utilizada como descongestionante nasal, em virtude de sua ação central bem menos, esses fármacos não são mais usados por causa dos seus efeitos simpatomiméticos periféricos. 
Farmacodinâmica das aminas de ação indireta 
• Guanetidina – não tem uso na clinica. Inibe a liberação NE, ela entra pela captação 1, se acumula nas vesículas 
liberando NE para o citoplasma e a MAO degrada-o. A diminuição de NE na fenda sináptica, causa 
comprometimento do impulso nervoso. 
• Anfetamina – entra pela captação 1 (pré-sinaptica), entra na vesícula de NE pelo carreador 
monoaminovesicular. Entra anfetamina sai NE da vesícula e sofre endocitose, já que parte da MAO esta 
“ocupada” degradando anfetamina. Com isso há o aumento da [NE] na fenda. 
• Efedrina e tiramina – passa pelo mesmo processo da anfetamina (substrato para a MAO). A tiramina é 
encontrada nos alimentos como qjo, embutidos, cervejas e etc. Nos enterocitos e hepatocitos há uma 
quantidade alta de MAO por isso não temos uma crise hipertensiva. 
 
Locais de ação dos fármacos (MeNa – metilnoradrenalina; NA - noradrenalina). 
Tabela de fármacos agonistas e antagonistas adrenérgicos (livro só pra saber): 
Agonistas Adrenérgicos: (quadro da pág. 177) 
- Noradrenalina e adrenalina: não seletivos. 
- Felilefrina e oximetazolina são agonistas α1-seletivos, mimetizam a ação dos receptores α1 –
 contração da musculatura lisa, contração da musculatura radial da íris e estimulação do SNC. 
- Clonidina e α-metilnoradrenalina são agonistas α2-seletivos, mimetizando a ação dos receptores α2 
– diminuição da síntese e da liberação de neurotransmissores adrenérgicos. 
- Dobutamina é um dos agonistas β1-seletivos, mimetizando a ação dos receptores β1 – aumento da 
frequência e da força de contração cardíacas. 
Obs: todas as drogas dessa classe são arritmogênicas. 
 
- Salbutamol, terbutalina e salmeterol são agonistas β2 -seletivos, mimetizando a ação dos 
receptores β2 – vasodilatação e forte broncodilatação. São, pelo último motivo, utilizados 
principalmente na asma. 
- Não se conhecem agonistas β3-seletivos, mas seu uso poderia incluir o controle da obesidade, já 
que os receptores β3 estão envolvidos na ativação da lipólise. 
Antagonistas Adrenérgicos não-seletivos: 
- Labetalol e carvedilol são exemplos de fármacos antagonistas tanto de receptores α quanto de 
receptores β-adrenérgicos. São utilizados para o tratamento de hipertensão durante a gravidez e 
hipertensão/insuficiência cardíaca, respectivamente. 
Antagonistas (ou bloqueadores) α-Adrenérgicos: (quadro pág. 179) 
- Fenoxibenzamina e fentolamina são fármacos antagonistas α-adrenérgicos não-seletivos e já foram 
usados para produzir vasodilatação no tratamento de doenças vasculares periféricas, mas esse uso 
está obsoleto (a tendência é o uso de drogas seletivas para evitar efeitos colaterais indesejados). 
 
- Prazosina, doxazosina e terazosina são antagonistas α1-seletivos, usados no tratamento da 
hipertensão por antagonizar os efeitos vasoconstritores dos receptores α1. 
 
- A iombina é um antagonista α2-seletivo não utilizado clinicamente. Teoricamente, causa aumento 
da liberação de NA por inibir a modulação pré-sináptica (pode-se pensar que o motivo de não ser 
utilizado é que essa modulação pré-sináptica não é específica para a NA e pode influenciar na 
liberação de diversos neurotransmissores, causando algum desbalanço nervoso).
(caderno) 
Muscarinicos 
Ações muscarinicas -> coração, vasos sanguíneos, músculo liso, glândulas, olho 
Agonistas – Ach, Cch (carbacol) e oxotreorina 
Antagonistas – Atropina, dicloverina 
Nicotínicos 
Agonista
Antagonista
Muscular
Ach, Cch e suxametonio
Tubocurarina, hexametônio
Ganglionar 
Ach, Cch e nicotina
Mecamilamina
SNC
Ach, Cch e epihatadina 
Mecamilamina 
 Ações nicotínicas -> gânglios autônomos: simpáticos e parassimpáticos são estimulados. Músculo esquelético – intra-
arterial (espasmos), intravenoso (hidrolise). 
(algumas informações resumidas, detalhadas mais abaixo) 
Algumas substâncias podem potencializar ou atrapalhar a ação de neurônios colinérgicos no organismo. Elas são 
chamadas, respectivamente, de agonistas e antagonistas colinérgicos. 
 Como exemplo de agonistas tem-se a nicotina e a muscarina, que ativam os receptores de acetilcolina dos respectivos tipos (além disso, a nicotina faz com que o canal de liberação pré-sináptico permaneça aberto - um dos efeitos causados pelo fumo). 
 Como antagonistas, tem-se a atropina que bloqueia a ação de acetilcolina nos receptores muscarínicos; a toxina botulínica que inibe a liberação de acetilcolina (pode matar em pequenas concentrações); a a-bungarotocina (encontrada em veneno de algumas cobras causando paralisia muscular e parada respiratória) que impede a abertura dos canais iônicos receptores; e a d-tubocuraina, que impede a abertura dos canais, mas apenas na junção neuromuscular (é usada juntamente com anestesia geral para relaxamento muscular profundo ou prolongado). 
Fármacos que atuam no SNP 
- Principais mecanismos de bloqueio farmacológico 
A- Inibição da captação de colina (hemicolínio) 
B- Inibição da liberação de Ach (toxina butolinica) 
C – Bloqueio dos receptores pós sinápticos ou dos canais iônicos 
D- despolarização pós sináptica persistente 
E- Inibição do carredor de Ach (Vesamicol)tores colinérgicos muscarínicos ou nicotínicos e quanto à susceptibilidade de degradação pela enzima acetilcolinesterase. 
Dentre os efeitos produzidos por este grupo de fármacos, destacam-se: 
• Sistema cardiovascular – redução da freqüência e força de contração cardíaca e vasodilatação; 
• Sistema digestivo – aumento do tônus, do peristaltismo e das secreções; 
• Sistema urinário – contração da musculatura lisa da bexiga, com relaxamento do esfíncter e; 
• Glândulas – aumento da secreção glândula. 
Derivados da acetilcolina

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