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Anamnese Médica: Coleta de Dados do Paciente

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SEMIOLOGIA MÉDICA 
 
ANAMNESE 
ana = através mnese = memória 
 
Roteiro da anamnese: 
1. Dados de identificação 
2. Queixa principal (QP) 
3. História da Doença Atual (HDA) 
4. Revisão de aparelhos e sistemas 
5. Antecedentes: pessoais e familiares 
6. Perfil Psico-Social 
 
Coleta dos dados do paciente 
1. História (anamnese) 
2. Exame físico 
3. Exames Complementares 
 
 Semiologia: dedica-se ao estudo da fisiopatologia dos sistemas estudando os sinais e sintomas das doenças. 
 Semiotécnica: dedica-se ao exame físico sinal-sintoma e síndrome. 
 Sinal: manifestações explícitas, objetivas, visíveis. Melhor avaliado pelo exame físico, geralmente detectado pelo 
médico ou familiar. 
Ex.: febre, icterícia (pele e escleras amareladas), edema e ascite. 
 Sintoma: manifestações subjetivas, são avaliadas pela anamnese (difícil de avaliar), o paciente refere sentir, de difícil 
mensuração. 
Ex.: dor, dispnéia 
 
ANAMNESE 
 Espontânea: o paciente relata espontaneamente as queixas que ele apresenta 
 Dirigida: o médico faz mais perguntas. 
 Nunca fazer perguntas que não sejam neutras. 
Ex.: Tem dor de cabeça? Tem falta de ar? Urina muito? Tem dor nas costas? Tem muita sede? Tem muita fome? 
 
1. QUEIXA PRINCIPAL (QP): o que o paciente apresenta como MOTIVO DA CONSULTA, podendo ser uma ou 
várias queixas. Deve ser sempre relatada com as palavras do paciente Obs: não significa que a QP seja o principal 
problema do paciente. 
Ex.: dor de barriga, falta de ar, dor de cabeça. 
2. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA): Análise de um sintoma (queixa). 
Exemplo: dor 
- tipo e/ou caráter 
- localização 
- intensidade 
- duração e periodicidade – determinar o período de dor e quanto tempo dura. Também ver evolução! 
- Fatores que provovam ou pioram 
- Fatores que aliviam ou curam 
- Sintomas associados (acompanhantes) 
- Irradiação 
- Relação com funções orgânicas (dor no tórax: respiração, dor cervical: movimento do pescoço) 
 
Ex.: dor de barriga 
 localização: epigátrico ou hipocôndrio direito ou esquerdo ou mesogástrio ou fossa ilíaca. 
 Tipo de dor: epigástrio em ardência (sugere gastrite, úlcera) 
 Fatores que provocam: chimarrão, café preto 
 Fatores que aliviam: algum alimento, copo de leite. 
 
Deve-se estimular o paciente a contar espontaneamente a história; após a descrição dele, começa-se o trabalho dirigido 
para tornar a informação mais clara. 
Obs: deve-se transformar a história do paciente em termos médicos (claros e objetivos) 
Obs.: SIC usado em dúvida sobre a queixa do paciente ou termo mal definido. 
 
ATENÇÃO!! 
Doença Crônica: a HDA deve apresentar uma boa evolução porque os sintomas vão aparecendo ao longo do tempo, se 
intensificando ou se modificando. 
Exemplo 1: Insufuciência Cardíaca Congestiva (ICC): 
1º HAS, cefaléia, zunido nos ouvidos, cansaço que diminui em decúbito. 
2º dispnéia (inicialmente fraca) 
3º edema (comprometimento da circulação sistêmica e MI, ascite, turgência jugular) 
Exemplo 2: DBPOC- apresenta história evolutiva longa (doença bronco pulmonar obstrutiva crônica) 
Exemplo 3: DISPEPSIA – eructação (arrotos), Empachamento pós-prandial, Distensão abdominal, Flatulência. 
Doença aguda: HDA detalhada 
Exemplo: APENDICITE: HDA curta com evolução rápida 
 
3. REVISÃO DE APARELHOS E SISTEMAS: descrever dados que não foram ditos na HDA e que ajudam a esclarecê-
la, como também encontrar outros problemas (secundários) que o paciente apresente. 
Ex.: paciente internado por pneumonia e que também apresente constipação. 
3.1Sinais e Sintomas Gerais 
 febre 
 astenia 
 anorexia 
 emagrecimento 
 edema 
3.2 Aparelho cárdio-circulatório 
 precordialgia (dor no pulso) 
 PA (hiper ou hipo) 
 Palpitações 
 Dispnéia 
 Cianose 
 Edema 
 Varizes 
 Claudicação Intermitente 
3.3 Aparelho Respiratório 
 dispnéia 
 tosse (seca ou produtiva) 
 expectoração 
 hemoptise 
 epistaxe 
 vômica 
 dor ventilatório-dependente 
 corisa 
3.4 Aparelho gástrico 
 disfagia 
 odinofagia 
 pirose 
 azia 
 empachamento pós-prandial 
 hematêmese 
 enterorragia 
 vômitos 
 hábito intestinal (cor, dor, diarréia, constipação) 
 hábito alimentar 
 tenesmo (desconforto após a evacuação com sensação de estar sempre com vontade de evacuar) 
 regurgitação 
 flatulência ou meturismo 
3.5 Aparelho gênito-urinário 
 disúria (dor ou ardência) 
 polaciúria (maior número de micções) 
 poliúria (mais de 2000 ml) 
 oligúria (menos de 400 ml) 
 anúria (menos de 100ml) 
 hematúria (cor de coca-cola) 
 incontinência 
 urgência 
 jato urinário (força e calibre) 
 Mulheres: menarca, menopausa, filhos, partos (normal, cesáreas), corrimento, DSTs, prurido, frigidez 
 Homens: impotência, DST, prurido 
Obs.: pielonefrite -> infecção urinária alta 
 Pneumatúria -> urina com ar 
 Fecalúria -> fezes na urina 
 Nictúria -> urinar mais a noite que de dia. 
3.6 Sistema Nervoso 
 cefaléia 
 vertigens 
 tonturas 
 convulsões 
 paresias (déficit motor) 
 parestesias (distúrbios da sensibilidade) 
 formigamento 
Obs.: parestesia (sintoma subjetivo), hipoestesia (sintoma objetivo) formigamento no diabetes e alcoolismo devido a 
neuropatias (nn. periféricos). 
3.7 Sistema Endócrino 
 sintomas relacionados a diabetes: polidipsia, poliúria e polifagia 
 sintomas relacionados a tireóide 
 hiper: emagrecimento, tensão, insônia, diarréia, intolerância ao calor, polifagia, cãibras, agitação 
 hipo: bradicardia, pele seca, intolerância ao frio, constipação 
3.8 Sistema hematocitopoiético 
 anemia (palidez, astenia) 
 linfonodomegalias (ínguas) 
 transfusões 
 hemorragias 
3.9 Aparelho locomotor: 
 dor articular (artralgias) 
 dor na movimentação das articulações 
 rigidez 
 sinais flogísticos (inflamações -> calor, rubor) 
3.10 Pele e anexos 
 parasitoses 
 manchas (hipo/ hipercrômicas) 
 prurido 
 pêlos 
 unhas 
3.11 Órgãos dos sentidos 
 visão 
 audição 
 tato 
 olfato 
 paladar 
 
4. ANTECEDENTES: 
4.1 Pessoais mórbidos/história patológica pregressa: problemas de saúde que o paciente já teve e não apresenta mais. 
 cirurgias 
 fraturas 
 pneumonia 
 febre reumática 
 tuberculose 
4.2 Familiares: doenças que os familiares possuem de origem genética ou congênita. 
4.3 Doenças pré-existentes: que ainda convivem com o paciente. 
4.4 Perfil psico-social 
 condições sócio-econômicas 
 perfil psíquico (emocionais) 
 relação com a família e com o trabalho 
 
EXAME FÍSICO BÁSICO 
1. Conceito: conjunto de técnicas básicas que visam buscar sinais que possam designar determinada síndrome. 
2. Instrumentos: esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, fita métrica, oto-oftalmoscópio, martelo neurológico, 
abaixador de língua, lanterna, 
3. Regras gerais: luz natural, avental, inicia-se o exame físico com o paciente sentado e posteriormente deitado, 
abordando-o inicialmente pelo lado direito, ambiente silencioso, médico em posição confortável. 
4. Métodos utilizados: inspeção (visão) 
palpação (tato) 
percussão (audição) 
ausculta 
 
SINAIS VITAIS : São sinais de importância cujos distúrbios podem significar perda da homeostase no organismo do 
paciente. São colocados no início do exame físico porque dão uma visão geral do estado do paciente: 
 peso/ altura 
 frequência cardíaca/ de pulso 
 frequência respiratória 
 temperatura 
 PA 
 
1. PRESSÃO ARTERIAL ou TENSÃO ARTERIAL (PA/ TA) 
É aferida pelo esfigmo e pode sofre variações devido a fatores como, por exemplo, diâmetro do braço que altera o 
valor real da mesma. 
Fatores participantesda PA = DC x Resistência arterial periferica 
 Débito Cardíaco=Volemia (sangue lançado na corrente circulatória a cada minuto): determina a pressão total 
(aumento do DC = aumento PA) 
 Resistência Arterial Periférica (está sob controle do SNC simpático): determina a pressão diastólica (aumento RAP = 
aumento P.A D). Obs.: hipertensão arterial está relacionada com a P AD. 
 Elasticidade dos vasos:determina a pressão sistólica (enrijecimento da parede dos vasos aumenta a PAS). 
 Viscosidade do Sangue: aumento na viscosidade dá aumento na PAS e na PAD (hematocrito). 
Exemplo: poliglobulia: aumento do número de hemáceas cuja etiologia é diversificada podendo ocorrer com o paciente 
com DBPOC (ocorre devido a destruição do parênquima pulmonar, freqüente em fumantes de 30 a 40 anos, levando a 
hipóxia do mesmo. Esta hipóxia é um estímulo para a produção de glóbulos vermelhos, assim ocorre aumento no número 
de hemáceas para suprir a falta de ar.). 
Valores normais da PA : faixa de normalidade 
P. Sistólica Máxima Normal (< 130) Normal Alta (130-139) 
P. Diastólica Mínima Normal (<85) Normal Alta (85-89) 
Classificação de Hipertensão: 
P. Sistólica: até 120 normal; entre 121 e 139 pré-hipertenso; entre 140 e 159 HAS I, acima de 160 HAS II. 
P. Diastólica: até 80 normal; entre 81 e 89 pré-hipertenso; entre 90 e 99 HAS I; acima de 100 HAS II. 
Obs.: A PA distólica elevada é a que mais dano causa porque os vasos ficam mais tempo sofrendo a agressão de aumento 
de pressão. 
 
Semiotécnica : utiliza-se o método combinado para evitar hiato auscultatório, ou seja, infla-se sempre o manguito uns 
20mmHg a mais do que o valor do bloqueio do pulso. 
Sons de Koroktkoff: Fase I: Sons surdos 
 Fase II: Sons soprosos (fase em qua apareceria o Hiato Auscultatória e não se ouviriam 
os sons, comum em hipertensos) 
 Fase III: Sons Claros e altos 
 Fase IV: Sons abafados 
 Fase V: Silêncio 
 
2. FREQÜÊNCIA CARDÍACA (FC) 
 FAIXA NORMAL: 60 – 100 bpm (abaixo de 60 bradicardia; acima de 100 taquicardia) 
 Extrassístoles: tem batimento, não tem onda ou pulso 
 Fibrilação Atrial: déficit de pulso, batimentos de difícil contagem. 
 FREQÜÊNCIA DE PULSO : é uma correspondência da Fc porque a onda de pulso é transmitida a cada sístole. 
 
3. FREQÚÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR) 
 FAIXA NORMAL: 16-20 RPM (menos que 16 = BRADI; mais que 20 = TAQUI) 
Quando alterada nem sempre significa alteração na função pulmonar. Pode ser patologia em outro sistema que se 
manifeste através da Fr. Ex..: acidose metabólica: ocorre aumento da Fr e do rítmo respiratório. 
 RITMO CANTANI: Taquipnéia + aumento da aplitude respiratória (respiração profunda e rápida). 
 RITMO DE KUSSMAUL : parte avançada da acidose metabólica (apnéia em inspiração e expiração). 
 RITMO DE CHEYNE-STOKES : problema no SNC (no centro respiratório), ocorre com aumentos sucessivos de 
amplitude e períodos de apnéia (taquipnéia intercalada com apnéia). 
 
4. TEMPERATURA (Tº) 
Tº axilar: 35,5º - 37º 
Tº bucal : 36º - 37,4º 
Tº retal : 36º - 37,5º 
 A medição da temperatura retal é mais utilizada em processos abdominais ou pélvicos. 
Deve-se medir a temperatura axilar e a temperatura retal, se a diferença entre as duas for maior que 1ºC é indicativo de 
infecção abdominal ou pélvica. 
OBS.: quando a febre for precedida de calafrios pode significar infecção bacteriana. 
Calafrios  pielonefrite, pneumonia, abcessos 
Febre Séptica  picos de febre alta 
Tuberculose  febre vespertina, produz sudorese noturna. 
 
ECTOSCOPIA 
Definição: Primeira impressão que dá a idéia geral do paciente. 
ECTOS = por fora COPIA = ver 
 
1. PESO E ALTURA 
Cálculo do Peso : massa corporal IMC = P 
 A
2
 
Até 20 = magro 
Entre 20 e 25 = normal 
Entre 25 e 35 = sobrepeso 
Acima de 35 = obeso 
 
2. ALTURA: depende de vários fatores 
- acima de 2m = gigantismo 
- abaixo de 1,50 = nanismo 
- comprimento cabeça-púbis = comprimento púbis-pés : normal. 
Em relação ao ângulo de Charpy (intersecção do bordo costal com o apêncice xifóide)(Biótipos): 
Normolíneo : ângulo = 90º = vísceras bem distribuídas 
Longilíneo: ângulo < 90º = distribuição vertical de músculos e vísceras 
Brevilíneo: ângulo > 90º = distribuição horizontalizada. 
 
3.ESTADO GERAL : pode estar tanto no início quanto no final. 
 Bom = paciente com doenças agudas 
 Regular = pacientes crônicos 
 Ruim / Mau = paciente em estado terminal/ muito doente. 
 
4. CONSCIÊNCIA : é avaliada através de exame neurológico. 
 LUCIDEZ = o paciente está bem informado no tempo e no espaço sabendo dar as informações 
 CONFUSÃO MENTAL = paciente nervoso, agitado, não informa direito, se contradizendo, não se lembra dos fatos. 
 OBNUBILAÇÃO = paciente obnubilado é aquele “devagar”, lento, parecendo estar meio abobado. Pode estar em pré-
coma 
 COMA = varia de grau leve até um grau avançado 
- Grau leve = auto-obnubilação 
- Grau avançado = paciente não consegue nem respirar, precisa de auxílio de aparelhos, não recebe ordens, não 
responde a estímulos, perde a capacidade de deglutição. 
 
5.FÁCIES: é o conjunto dos traços anatomicos com a expressão fisionômica. 
 Normal ou Composita 
 Atípica: própria de cada doença 
- Hipocrática: doente crônico em mau estado geral, aspecto de sofrimento, olhos fundos, parados, boca entreaberta, 
sudorese, palidez, face agonizante, triste, sem brilho. 
- Renal : edema periorbital com palidez cutânea 
- Mongólica: prega epicântica, implantação baixa das orelhas 
- Acromegalia: aumento da mandíbula, das extremidades 
- Cushingóide/em lua cheia: devido ao uso excessivo de corticóides ou tumor que leva a produção excessiva de 
hormônio. Características: acne, aumento de pêlos, estrias abdominais, distribuição centrípeta de gordura, giba. 
- Basedowiana (hipertireoidismo) : exoftalmia, rosto fino e magro. 
- Mixedematosa (hipotireoidismo): infiltração de tecido palpebral, madarose (sem terço exterior da sobrancelha), 
feições grosseiras, lábios e língua grossos. 
- Paralisia central e periférica 
- Parkinson: paciente parece que levou um susto sobrancelhas altas, face de máscara, sem mudança de expressão. 
- Esclevitérmica 
- 
6.HÁLITO: importante dado a ser observado em pacientes em coma ou inconsciente: 
 CETÔNICO :cheiro de acetona, maçã ex.: coma ceto-acidótico (diabetes melitus não tratado) 
 URÊMICO :cheiro de urina 
 FACTOS HEPÁTICO: cheiro de ninho de rato ex.: doença hepática. 
 ALCOÓLICO 
 
7.ATITUDES 
a) NO LEITO: PASSIVA: paciente não se movimenta, permanecendo na posição que for deixado. Ex.: coma, problemas 
neurológicos, AVC. 
ATIVA  Indiferente :normal, paciente fica em qualquer posição que desejar. 
  Eletiva = para alívio dos sintomas. 
Ortopneica: paciente sentado com as pernas pendentes e agarrado à cama. Ex.: pneumopatas 
Antálgicas: para alívio da dor 
- Dor em cólica: decúbito ventral ou por compressão abdominal 
- Comprometimento pleural : paciente deita do lado conprometido (decúbito lateral) para evitar o atrito entre as pleuras 
(menor expansibilidade = menor dor). 
- Apendicite: paciente em decúbito dorsal com a perna direita fletida sobre a coxa. 
- Pancreatite: paciente inclina-se para frente e fica com as mãos cruzadas sobre o abdome. 
- Peritonite generalizada: paciente em decúbito, quieto. O abdome fica em tábua. 
Contralateral ou opistótono: irritação das meninges, o paciente não consegue fletir o pescoço (rigidez de nuca). No 
extremo do opistótono que ocorre devido à lesão de raiz nervosa ou meningite, o paciente fica apoiado sobre a cabeça e os 
pés. 
Genu peitoral : para facilitar o enchimento cardíaco em casos de derrame pericárdico (prece maometana). Ex:pericardite 
constritiva.Cócoras:crianças com cardiopatias isquêmicas, cianóticas (diminui o retorno venoso, aumenta a pressão na a. ilíaca, 
impede o shunt, diminui a PA). 
b) EM PÉ: observar a postura do paciente verificando o aparelho locomotor (cifose, lordose...). 
c) MARCHA:AVC: mão e braço fletidos, caminha arrastando o pé (Hemiplegia/ Hipertonia). Marcha ceifante 
Parkinson: apresenta movimentos involuntários. Marcha de esquiador 
Labirinto: forma uma estrela, ocorre por falta de equilíbrio. 
Cerebelopata :caminhar de bêbado. Marcha atáxica/cerebelar. 
Claudicante: caminhada intermitente, dor na panturrilha (ex.: insuficiência arterial, lesão articular) 
Sífilis terciária: atinge a sensibilidade profunda (propriocepção) paciente caminha olhando os pés e 
batendo-os com força. Pode ocorrer no DM, por lesão nos colículos. Marcha tabética. 
 
8.MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
a) TREMORES: de repouso: desaparece com o sono e com os movimentos. Ex.: Parkinson. 
de movimento (de ação): pacientes comproblemas cerebelares. 
Obs.:Flapping: movimento que aparece quando o paciente faz extensão do braço e dorsiflexão da mão e após a 
hiperextensão o movimento continua-se como se fosse “asa de borboleta”. Ex.: insuficiência hepática. 
b) CONVULSÕES: Clônicas: rítmica 
Tônicas: rigidez articular 
Tônico: mista 
 
9.PELE: 
 COR : Vermelhidão: (poliglobia)/ eritema palmar e plantar : CIRRÓTICO. 
Palidez: generalizada: ANÊMICO (hipocorada). Pcte muito anêmico pode perder as linhas da 
palma da mão. 
localizada : problemas de irrigação. Ex.: isquemia provocada (pé mais claro que o outro 
devido à má perfusão por obstrução arterial). 
 Isquemia reativa 
OBS.: Tem problemas arteriais em que se deve verificar a temperatura do local (frio) a sensibilidade, formigamento, falta 
de pulso 
Icterícia: varia do amarelo-claro até o verde. Deve-se observar em luz natural. Vê-se no palato mole, esclera e frênulo. 
Síndrome de Raynaud: função vascular fugaz, passa do Branco, Roxo, Vermelho; é idiopática ou pode acompanhar 
determinadas patologias (ex.: neoplasias) 
Inflamação: dor, calor, rubor, tumor 
Cianose: baixa saturação de O2, cor azul frio 
 Cianose local: Melhor percebida nas extremidades (nariz, dedos, mãos, leito ungueal). 
 Cianose Central: oxigenação comprometida por problema respiratório ou cardíaco que permita SHUNT. 
 Cianose Periférica: lentidão na circulação periférica; oxigenação normal. 
 INTEGRIDADE: 
 UMIDADE: Seca: desidratação, ictiose, mixedema, velhice, insuficiência renal, avitamonose, esclerodermia 
(espessamento do tecido conjuntivo). 
 Sudorenta:choque, hiperidrose, hipertireoidismo (suor quente). 
 TEXTURA: Lisa ou fina: hipertireoidismo, velhice, edema. 
 Áspera ou enrrugada: mixedema, exposição ao sol e outras imtempéries. 
 ESPESSURA: Atrófica: em nenês (podemos visualizar os vasos). 
 Espessa: 
 TEMPERATURA: observa-se com o dorso da mão e simetricamente. 
 ELASTICIDADE: examinar por uma prega fininha da pele e do TCSC 
 Hipoelástica = idosos , desidratados 
 Hiperelástica = Síndrome de Ehlers = contorcionista 
 MOBILIDADE: pesquisa através da pele e do TCSC 
Normal 
Aderida = neoplasias infiltradas, esclerodermia 
 TURGOR: avalia o grau de hidratação (beliscão grosso) 
 SENSIBILIDADE 
 LESÕES Ex.: Aranha Vascular (gestante e cirróticos) Lesão Distrófica de pele, unhas, pêlos. 
 
10.MUCOSAS: 
 COR: NORMO/ HIPO/ HIPERCORADA: podem-se verificar anemias pela cor e enchimento ungueal. 
 UMIDADE 
 LESÕES Conjuntiva Ocular e palpebral: pterígio, hematoma, conjuntivite, halo senil (borda esbranquiçada ao redor 
da íris), glaucoma, entrópio (cílios para dentro) ectrópio (cílios para fora). 
 Mucosa Oral : amigdalites seca, opaca, desidratação 
 
11.FÂNEROS : anexos da pele (pêlos, unhas, cabelos) 
 UNHAS: costumam ser lisas, brilhantes, rosadas, mas podem ser distróficas, apresentar baqueteamento digital = 
hipocratismo digital = vidro de relógio (ângulo tem que ser menor que 160º e aqui se apresenta maior e com 
hipertrofia óssea da região digital. Pode ser normal, ou sintomas de DBPOC de cardiopatias congênitas). 
 PÊLOS E CABELOS: 
- quantidade 
- distribuição 
- implantação 
* alterações especialmente endócrinas 
OBS.: cirrose => há acúmulo de estrogênio devido a sua deficiente metabolização no fígado, assim ocorre ginecomastia e 
implantação triangular dos pêlos pubianos no homem. 
 Hirsutismo => pêlos masculinos em mulheres com distúrbios androgênicos (tumor virilizante, ovários 
policísticos, tumores de adrenal). 
 
12.TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO 
 quantidade 
 distribuição : Ginecóide (quadril) Andróide (abdome) 
 13.GÂNGLIOS: 
 tamanho 
 sensibilidade 
 quantidade 
 consistência 
 aderência 
 
14.VEIAS 
 visíveis e normais : trajetos anatômicos, simétricos, retilíneos 
 circulação colateral (obstrução das veias profundas) túrgidas e tortuosas, fora de trajeto. 
 
15.MÚSCULOS 
 trofismo = volume e massa muscular 
 tonicidade : Normo, Hipo (lesões da medula, Ex.: poliomelite) e Hiper (lesões centrais, Ex.: A.V.C.) 
 resistência ao movimento e palpação 
 
16.ESTADO NUTRICIONAL 
Bom / Regular / Ruim Obeso / Emagrecido / Caquético 
 
17.ESTADO DE HIDRATAÇÃO: através da pele, mucosa, cabelos, olhos e fontanelas (em crianças pela diminuição da 
tensão), verificar perda de peso abrupta, enchimento jugular e das raninas. 
 
18. FALA 
 Disfonia / afonia (estrutural) : aparelho fonador 
 Disartria : SNC comprometido, dificuldade de articular a fala. 
 Afasia/disfasia: de compreensão ou de expressão. 
 
SINAIS E SINTOMAS GERAIS 
1. EDEMA 
Conceito: aumento do volume intersticial (porção extravascularou comprometimento extracelular) 
Causas: 
- perfusão aumentada do capilar 
- reabsorção diminuída pela porção venular ou capilar 
a) Aumento da pressão capilar / Aumento da pressão Hidrostática: 
Edemas moles, quentes 
Ex.: ICC, tromboflebite (inicial), varizes (inicial), trombose (inicial), pressão externa sobre as veias. 
 
b) Diminuição da pressão oncótica / Menor concentração de albumina (déficit de produção hepática): 
Edemas moles, pálidos 
Ex.: proteinúria, síndrome da má nutrição. 
 Normal Edema 
 Albumina sérica 3,5 – 4,5 2,5 
 Proteínas totais 7,0 
 
c) Aumento da Permeabilidade / Passagem de proteínas celulares (mediadores inflamatórios): 
Edemas quentes, vermelhos, endurecidos 
Ex.: inflamação (erisipela) 
 
d) Diminuição da drenagem linfática / Obstrução: 
Edemas volumosos, duros e frios 
Ex.: linfedema (represamento de linfa), elefantíase. Varizes, trombose e flebites em estágios avançados. 
 
e) Retenção de sódio e água / Aumento da concentração de hormônios: mineralocorticóides; cortisol 
Edemas moles, temperaturas normais generalizados ou locais. 
Ex.: Síndrome de Cushing, Síndromes renais (ex.: palpebral). 
 
f) Aumanto da pressão oncótica do tecido intersticial 
Edemas pouco duros, temperatura normal. 
Ex.:Hipotireoidismo (deposição de mucopolissacarídeos no interstício e posterior acúmulo de água). 
 
Diagnóstico: 
 ganho de peso inexplicado 
 pés e edema franco das pernas (sapatos tornam-se apertados) 
 edema de pálpebra (face) 
 aumento da circunferência abdominal 
 cacifo persistente 
 pele muito brilhante e fina 
 talvez ulcerações 
 cacifo: pressão do polegar sobre a pele formando uma depressão (atrás do maléolo medial e/ou região sacra). 
Edema localizado: Obstrução regional do fluxo venoso e linfático 
 Linfedema unilateral neoplasia pélvica. 
 Edema de extremidades inferiores TVP (trombose venosa profunda) assimétrico 
 Ascite (cirrose hepática) ou hidrotórax (líquido pleural aumentado). 
Edema Generalizado(Anasarca): ICC 
 doenças pericárdicas : pericardite constritiva crônica, derrame. 
 Doença hepática (hepatopatia crônica – cirrose). 
 Hipoalbuminemia - síndrome nefrótica 
 - enteropatia perdedora de proteínas 
 - desnutrição 
Causas Diversas: Edema idiopático é comum em mulheres de 30 a 40 anos pode estar associado a fatores 
hormonais. Diagnóstico de exclusão. 
 Mixedema: edema elástico de rosto e membros (hipotireoidismo). 
 Hemiplegia: sequelados de AVC podem fazer edemas de braços, pernas pela limitação ou falta de 
movimento. 
Avaliação Diagnóstica 
Exames: hemograma, EQU (exame comum de urina), T4 e TSH, Albumina Sérica, Teste de função hepática, Raios-X de 
tórax, ECG, Creatinina, 
OBS.: Cilindrúria: depósitos secos em forma de cilindros são eliminados na urina, podem ser cilindros leucocitários. 
- Proteonúria + Hematúria + Cilindrúria = Doença do Parênquima Renal. 
- Proteinúria moderada ou maciça + hipoalbuminemia = síndrome nefrótica (urina com espuma). 
- Hipoalbuminemia sem proteinúria renal: má nutrição, enteropatia, doença hepática. 
 
2. EMAGRECIMENTO: é uma manifestação frequente de muitas doenças agudas e crônicas. 
 doenças endócrinas – hipertireoidismo 
 doenças metabólicas – DM 
 intoxicação por drogas como cocaína e anfetamina 
 processos neoplásicoa 
 desordens psiquiátricas (ansioso, psicótico, deprimido) 
 AIDS 
 
História: 
 se a perda de peso ocorreu agudamente 
 apetite aumentado ou diminuído 
 tipo da dieta e hábitos alimentares 
 história psico-social (ansiedade, depressão, anorexia nervosa). 
 
a) AUMENTO DE APETITE 
- DM 
- Hipertireoidismo 
- Fase de crescimento 
 
b) METABOLISMO ACELERADO 
- neoplasia : aumento do processo metabólico 
- febre: 7% do metabolismo basal eleva 1ºC na temperatura. (infecção, neoplasia, AVC) 
- ICC 
- Infecção crônica 
- Excesso de atividade 
- Período de crescimento rápido 
- Causas psicológicas 
 
c) ANOREXIA OU DIMINUIÇÃO DA INGESTA ALIMENTAR: 
- Ansiedade, depressão 
- Anorexia nervosa: 11-35 anos mais comum em mulheres 
- Drogas: digoxina, anfetaminas, laxativos 
 
d) DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS 
- Idosos 
- drogas (+ anfetaminas) 
- álcool 
- sócio-econômico baixo 
 
e) AFECÇÃO DA BOCA OU FARINGE 
- prótese dentária 
- lesão neurológica 
- lesões orais dolorosas (hipovitaminose, candidíase, gengivite) 
 
 Doenças em que o emagrecimento é sintoma proeminente 
 tuberculose, hipertireoidismo, DM, AIDS 
 neoplasias, doenças de má absorção 
 
Avaliação do Diagnóstico: 
Exames: história e exame físico, hemograma, VHS, QUE, T4, TSH., AIDS, glicemia de jejum e pós-prandial, EPF, Rx de 
tórax, TC de abdome e tórax, US abdominal, Broncoscopia. 
 
3. FEBRE : O organismo humano é homeotérmico com as variações de temperatura bem estreitas 35,5º a 37ºC e média 
de 36,5ºC. 
 Temperatura constante decorre de um mecanismo fiaiológico complexo: 
- produção de calor 
- eliminação de calor 
- centro de termorregulação 
- neurorregulação motora da microcirculação (vasoconstrição e vasodilatação) 
Caracterizar : 
a) início: brusco ou insidioso (lentamente) 
b) calafrios: sensação subjetiva de frio acompanhada por arrepios de pele, tremores, bater de dentes. À medida que a 
febre cede ocorre calor e sudorese intensa. BACTEREMIA: palidez, tremores intensos (na ausência de febre) a 
medida que sobe a temperatura os tremores cedem. Ex.: pneumococo pneumoniae provoca 1calafrio apenas. 
c) intensidade: Febrícula : 37º a 38ºC 
 Moderada: 38º a 39ºC 
 Alta: acima de 39ºC 
d) duração: (febre prolongada = mais de 1 semana) 
e) término: crise (sudorese, taquicardia) cai subitamente 
 lise: cai lentamente 
f) horário: 
- Contínua: variação menor que 1ºC 
- Remitente: variação maior que 1º C 
- Intermitente: queda de temperatura até o normal 
Locais para medir a temperatura: 
a) axilar: 35,5º - 37ºC 
b) retal: 36º - 37,4ºC 
c) sublingual: 36º - 37ºC 
OBS.: Diferença entre a temperatura retal e axilar indicam processo infeccioso pélvico. 
Sintomatologia 
Síndrome: 
 pele quente e seca 
 taquipneico, taquicárdico, boca seca 
 sede, oligúria, sudorese 
 Fc > 100bpm por grau cardíaco aumentado 
 Cefaléia, inapetência 
Causas importantes da febre 
a) infecções 
b) colagenose (artrite) 
c) tumores malignos 
d) fenômenos alérgicos 
e) tumores cerebrais 
f) viroses 
g) factícia: provocada, prolongada, sem calafrios, sem sudorese, geralmente em adultos jovens e profissionais da saúde. 
h) Febre de origem desconhecida: febre com mais de 3 semanas de duração não sendo diagnosticada após 1 semana de 
investigação. Pico entre 18 e 22 horas. 
 
4. FADIGA (ASTENIA OU CANSAÇO): Sensação subjetiva de perda de energia, forte desejo de repouso ou sono. É um 
dos sintomas mais comuns para que o paciente procure atendimento médico. 
São explicadas como: 
 estafa 
 obesidade excessiva 
 nutrição inadequada 
 condicionamento físico pouco adequado 
 problemas emocionais 
Possibilidades de ser decorrente de processos físicos: 
a) Endócrino: Addison (falta cortisol), DM (desconfiar principalmente em jovens com muita fadiga), hipertireoidismo. 
b) Infeccioso: hepatite, tuberculose, estados gripais 
c) Respiratório: enfisema 
d) Hematológico: anemia 
e) Drogas: álcool 
f) ICC 
g) HIV, doenças granulomatosas 
História: 
a) Fadiga Matinal que melhora com o dia: emocional 
b) Fadiga aliviada com o repouso: desordem física 
c) Família identifica o problema, muito ligado a problemas fisiológicos. 
Avalição Clínica: investigar: 
a) distúrbios do sono 
b) sedentarismo ou stress. 
c) Atividade física exagerada 
d) Sintomas psiquiátricos 
e) Medicamentos (b-bloqueadores, antipsicóticos, antihistamínicos) 
 
Fraqueza X Fadiga 
Estafa muscular sensação de perda de energia 
 
 
SEMIOLOGIA DERMATOLÓGICA: 
Alterações com a idade: 
 Menor turgor 
 Asteatose: pele descamativa, pruriginosa. 
 Púrpura senil: pequenas equimoses ou petéquias a pequenos traumas, fragilidade capilar. 
 Maior número de lesões actínicas 
 Angiomas tipo cereja: manchas vermelhas bem delimitadas. 
Lesões elementares: 
 A: assimetria 
 B: bordos 
 C: cor 
 D: diâmetro (maior que 6mm) 
 E: elevação do plano da pele. 
 Mácula: mancha pequena, menor que 1cm, no plano da pele. 
 Mancha: mancha grande, maior que 1cm, no plano da pele. 
 Pápula: lesão nodular com menos de 1cm, elevação da derme. 
 Nódulo: lesão nodular com mais de 1cm, grande elevação da derme (tumor maior que 2cm) 
 Placa: elevação do plano da pele em forma reta, geralmente com descamação já que é proliferação excessiva, da 
camada queratinosa (pode ser por defeito na duração e tempo de proliferação das camadas da pele). 
 Vergão: lesão eritematosa, elevada, pode acompanhar reação alérgica. 
 Vesícula: lesão com líquido dentro menor que 1cm. 
 Bolha: lesão preenchida com líquido maior que 1cm. 
 Pústulas: vesículas ou bolhas com pus. Ex.: varicela (Herpes Virrus). 
 Atrofia: Ex.: doença doador X receptor (leucócitos do doador em transfusão de sangue total reagem com enzimas 
do receptor,), uso prolongado de corticóides ou Síndrome de Cushing (estrias atróficas). 
 Erosão: mais superficial, mas atingindo a derme, podendo sangrar. 
 Ulceração: erosão muito profunda, arredondada. 
 Liquenificação: resultado de coçadura e espessificação da pele. 
 Cicatriz: geralmente áreas hipocoradas, embora em pacientes melanodérmicos possam ser hipercoradas. 
 Fissura: corte linear. 
 Crosta: placas se substância eliminada pela lesão. 
 Cisto: conteúdo líquido como a bolha, mas de localização bem mais profunda. 
 Telangectasia: dilatação de um vaso à distância de pequenos ramos terminais. Ex.: aranhasvasculares. 
 Carcinoma Basocelular: aspecto peroláceo de forma nodular, menos agressivo. 
 Carcinoma Espinocelular: aspecto totalmente disforme, é muito invasivo, geralmente originando metástases. 
 
 
APARELHO CIRCULATÓRIO: SÍNDROMES VASCULARES PERIFÉRICAS: 
1. ARTERIAIS: 
 Obstrução Arterial Aguda:a intensidade dos sintomas depende da circulação colateral desenvolvida. 
Causas: 
 Trombose 
 Traumáticas 
 Embolias: estenose mitral, Infarto do miocárdio, Fibrilação atrial, Aneurisma de aorta e ventriculares, Próteses 
valvares, Insuficiência cardíaca congestiva, Endocardites bacteriana. 
Anamnese e Exame Físico: 
 Dor intensa, aguda e súbita 
 Palidez cérea do membro acometido 
 Esfriamento da região 
 Sensação de torpor do membro, impotência funcional 
 Parestesias 
 Pulso diminuído ou ausente 
 Diminuição do enchimento venoso 
Obs: em pacientes idosos, após 6 horas, aparece isquemia muscular com contraturas, manchas hemorrágicas na pele e 
áreas de necrose, fraqueza muscular e ausência de reflexos tendinosos. 
Tratamento: heparinização e embolectomia. 
 
 Obstrução Arterial Crônica: 
Causas: arterioesclerose (em grande s e médias artérias), mais comum em paciente entre 60 e 70 anos. 
Anamnese e Exame Físico: 
 Claudicação intermitente (inicial) 
 Dor em repouso (tardio) 
 Atrofia de unhas e pela, perda de pêlos 
 Frialdade de membros inferiores 
 Atrofia muscular 
 Osteoporose e fraturas 
 Diminuição ou perda do pulso 
 Sopro ao nível da obstrução 
 Isquemia plantar provocada a 60º e hiperemia reativa 
 Diminuição do enchimento venoso periférico. 
Obs: em fase avançada acontecem ulcerações na pele, necrose e gangrena. 
Tratamento: programa de exercício em até 75%, cessar o fumo, diminuição de peso, tratamento das dislipidemias. 
 Cirurgias: ByPass (ponte de desvio da obstrução, canal alternativo) 
 Simpatectomia (visa diminuir o tônus simpático para dilatar os vasos - em diabéticos já acontece 
pela degenaração nervosa) 
 Angioplastia 
 Medicamentos: Bloqueadores do canal de Cálcio e Inibidores das fosfodiesterases (dilatação vascular). 
2. VENOSAS: 
 Tromboflebites Superficiais: 
Sinais e Sintomas: 
 Cordão vermelho azulado endurecido, processo local com sinais flogísticos 
 Dor espontânea ou à palpação 
 Impotência funcional 
 
 Tromboflebite Profunda: 
Predisposição: grandes cirurgias, insuficiência cardíaca congestiva, obesidade, anemias, gravidez, período prolongado no 
leito, fraturas, varizes, anticoncepcionais, trauma, neoplasias. 
Sintomas gerais: 
 Disúria 
 febre 
 taquicardia 
 indisposição geral 
 tenesmo retal 
Sintomas regionais: 
 dor profunda na panturrilha 
 edema do membro 
 sensação de peso no membro 
 impot~encia funcional 
 distensão das veias superficiais 
 cianose 
 temperatura aumentada no membro, 
 prova do manguito 
 Sinal de Homans (dorso flexão dolorosa do pé) 
 Sinal da Bandeira (aumento da tensão no músculo gastrocnêmio e não balanço da massa muscular da panturrilha) 
Complicações: À distância: embolia pulmonar 
 Local: Síndrome pós-flebítica (varizes) 
Tratamento: manter paciente em repouso, evitar masagens para não liberar trombos, haparinizações para evitar aumento 
do trombo. 
 
 Varizes: 
Causas primárias: fatores genéticos, gravidez 
Causas secundárias: tromboflebite profunda, fístula arterio-venosa 
Sintomas: 
 Sensação de peso e cansaço nos membros 
 Piora em pés 
 Dor melhora com elevação dos membros infeirores 
 Piora em dias quentes e ao final do dia 
 Edema no final do dia 
 Aparecimento de botão varicoso (zona de maior pressão) 
Complicações: complexo varicoso (varizes, botão varicoso, dermatite ocreo-púrpurea formando tatuagem, edema 
linfático crônico); erisipela (complexo varicos, úlcera mediaise terço inferior da perna, edema com infecção por 
Staphylococcus). 
 
 
EXAME FÍSICO DE CABEÇA E PESCOÇO 
1. COURO CABELUDO 
a) inspeção (avaliação) 
 lesões 
 lêndeas: aderidas ao cabelo, de difícil remoção 
 dermatites seborréica (placas brancas não aderida ao fio de cabelo, de fácil remoção) 
 alterações da superfície  cicatrizes, retrações, abaulamentos 
 alterações do cabelo 
ex.: hipertireoidismo  cabelos finos e oleosos 
 hipotireoidismo  cabelos mais espessos, quebradiços e secos 
MADAROSE = perda de 1/3 lateral das sobrancelhas no hipotireoidismo. 
 
2. OLHOS 
a) Exame Físico: 
- região periocular 
- pálpebras: Podem sofrer processos inflamatórios 
 HORDÉOLO (terçol) : inflamação do folículo piloso 
 BLEFARITE: inflamação da borda palpebral que se torna descamosa e vermelha. Se for causada por estafilococos 
apresenta ulcerações 
 ENTRÓPIO: exposição exagerada da córnea e irritação constante. 
 ECTRÓPIO: pálpebra voltada para fora. 
- globo ocular: EXOLFTALMIA: protrusão do globo ocular devido a deposição de mucopolissacarídeos na região 
retro-orbitária (Doença de Basedow- Graves). A pálpebra superior fica retraída e observa-se uma "banda de esclera" 
superior a íris pode também ocorrer retração da pálpebra inferior. Ex..: hipertireoideos 
 ENOFTALMIA: retração do globo ocular (“fecha-se o olho pela diminuição do globo ocular); 
ocorre em processos inflamatórios, em lesões ou perfurações do globo”. 
 GLAUCOMA AGUDO: é a dificuldade de drenagem do humor aquoso com consequente aumento 
da pressão na câmara anterior do olho. Ocorre dor no globo ocular, midriase e vermelhidão dos olhos. Os olhos diridem-
se para a periferia, são profundos e não são brilhantes, sua cor é um vermelho escuro. 
- aparelho lacrimal 
- conjuntiva + esclera: rebater as pálpebras superiores e inferior.Obs.: para avaliar anemia rebate-se a pálpebra inferior. 
é coberta pela conjuntiva escleral que possui vascularização . A esclera pode ser sede de impregnação de bilirrubina o que 
é denominado icterícia, isto pode ser avaliado apenas pela inspeção. 
OBS.: Em negros a esclera pode apresentar coloração amarelada por pigmentação demasiada, porém esta não é uniforme, 
aparecendo mais na parte superior da esclera próximo à íris. 
 PINGUÉCULA = exuberância de tecido avascular no lado medial da esclera 
 PTERÍGIO= deve-se diferir da pinguécula por ser vascularizado, aumenta de tamanho podendo invadir outros 
locais da esclera.. Pode causar alterações importantes da visão como por exemplo opacificação da córnea. Devido a isso 
deve ser retirado. 
 CONJUNTIVITE: pode ter origem viral, química ou bacteriana (processos purulentos). Ocorre vermelhidão, 
prurido nos olhos e arborização dos vasos da esclera no sentido da periferia para o centro (em direção à íris). Esta 
arborização é brilhante e de coloração vermelho vivo e os vasos são superficiais pois ao empurrar-se a pálpebra inferior 
no sentido superior os vasos movimentam-se o que indica que eles estão superficialmente. 
- Córnea: Avalia-se no sentido tangencial com um facho luminoso para visualizar alterações (lesões abrasivas – 
ulcerativas). A córnea pode sofrer inclusões, na zona peripupilar, de substância lipídicas o que é denominado Halo 
Senil. Este halo pode ter um aspecto de obscuridade ou em pessoas mais jovens pode ser um distúrbio de 
hipercolesterolemia. 
ARO SENIL: cicatriz corneal esbranquiçada na borda entre córnea e íris. 
- íris e pupila: orifício delimitado pela íris, esta, por sua vez, possui 2 componentes musculares. 
 fibras musculares radiadas possuem inervação simpática e determina midríase (dilatação da pupila) 
 fibras musculares anelares (circulares) possuem inervação parassimpática (IIIº PC  oculomotor) e determina 
miose (constrição pupilar) 
Reflexo Fotomotor Direto: incide-se o facho luminoso sobre a pupila para avaliar a integridade doparassimpático 
(miose). 
Reflexo Consensual: incide-se o facho luminoso sobre uma pupila e observa-se a outra, avaliando assim a integridade 
das fibras que cruzam o quiasma óptico. Fibras do nervo óptico se originam no quiasma óptico e o estímulo recebido em 
um olho é transmitido aos dois lados do córtex cerebral; logo o reflexo fotomotor ocorre em ambos os olhos. Tumores em 
nível de quiasma óptico podem afetar isso. 
ANISOCORIA: diferença de tamanho entre as duas pupilas . Pode ocorrer devido a tumores, isquemias, abcessos do 
IIIºPar. 
- cristalino: : lente dos olhos. 
 CATARATA: alteração da transparência (opacificação do cristalino). Ocorre em diabéticos e idosos e torna a 
fundoscopia impossível. 
- acuidade visual: utiliza-se a tabela de Snellen colocada a 6m do paciente e a tabela de Jaegger (usada principalmente 
para perto) 
 CAMPIMETRIA: diz respeito ao campo visual, existem aparelhos próprios para examiná-lo mas é possível fazer 
um exame grosseiro: coloca-se de frente ao paciente e tampa um dos olhos. Para examinar o OD do paciente usa-se o OE 
do examinador como parâmetro e vice-versa. Estica-se o braço horizontalmente e aproxima-o para frente, solicitando ao 
paciente que diga quando começa a enxergar. A visão lateral tem mais de 120º de alcance. O campo visual temporal é 
dado pela retina nasal e o campo visual nasal é dado pela retina temporal. O campo é considerado uma esfera e o próprio 
paciente vai localizar sua dificuldade. 
- visão de cores 
 
b) Oftalmoscopia: 
 Números pretos: dioptrias + antecipam o raio luminoso, visualiza-se melhor as estruturas anteriores 
 Números vermelhos : dioptrias - prolongam o raio luminoso. 
Fundo de olho: 
- DISCO ÓPTICO: apresenta coloração cinza-esbranquiçada e limites precisos, embora a borda nasal não seja muito 
nítida. Possui uma zona central (depressão) de onde emergem os vasos da retina. As artérias possuem uma coloração 
avermelhada e brilhante e as veias tem um vermelho mais escuro opaco e possuem um calibre maior. Normalmente 
vê-se um brilho central na artéria que corresponde a 1/4 da parede arterial. 
 Cruzamento arterio-venoso normal: veia abaixo da artéria 
 Cruzamento arterio-venoso patológico: por alteração estrutural ou da trajetória. EX.: Na hipertensão por 
ocorrer espessamento da parede vascular arterial e também opacificidade da mesma, a veia sofre pressão da artéria e no 
exame aparece cruzamento em ponta de lápis. Além do cruzamento A-V patológico a artéria pulsa sobre a veia na 
hipertensão e a veia apresenta-se sobre a artéria e arqueada o que é conhecido como arco de Salus. Numa fase inicial da 
hipertensão determinados segmentos da artéria sofrem constrição o que é conhecido por espasmo local ou em outras vezes 
toda a artéria sofre constrição levando a um espasmo difuso (a artéria fica com calibre menor do que o da veia). 
Alterações encontradas na oftalmoscopia: 
- Edema de Papila: Na fase avançada da hipertensão (HAS difuso malígna) o paciente apresenta edema de papila 
crônica e esta se torna borrada (sem nitidez). 
- Exsudato algodonoso: ocorre por obstrução dos vasos o que leva a um infarto isquêmico da região e esta se torna uma 
área cicatricial (branco como uma bola de algodão) 
- Exsudato duro: DIABETES. São causados por extravasamento de linfa e possuem coloração amarelada, pela gordura. 
- Alterações hemorrágicas: 
 hemorragia em "chama de velas": ruptura das artérias havendo extravasamento de sangue na retina em forma de 
chama de vela porque se dá na camada em que estão as fibras nervosas e o sangue da hemorragia as acompanha, 
 hemorragias puntiformes: DIABÉTICOS, 
 microaneurismas: dilatação dos vasos formando pontos vermelhos na retina; ocorre em diabéticos. 
 Artéria em fio de cobre: a artéria torna-se branca pela opacificação total, não enxerga-se, então, a coluna de sangue. 
 
c) Avaliação dos pares cranianos 3º, 4º e 6º 
 Estes nervos são responsáveis pela inervação extrínseca do globo ocular 
 
Reto superior 3º 3º oblíquo inferior 
 
 reto lateral 6º 3º reto medial 
 
 reto inferior 3º 4º oblíquo superior 
 
3. MUSCULATURA DA MÍMICA 
a) NERVO FACIAL: Inerva a musculatura da mímica. Para a sua avaliação pede-se que o paciente execute movimentos 
como: 
 enrugar a testa 
 enrugar o nariz 
 cerrar os olhos e não deixá-lo abrir 
 esboçar um sorriso 
 inflar a boca ou assobiar 
 Paralisia Facial Periférica (ou de Bell): mais feia, menos grave. Compromete toda uma hemiface com acometimento do 
nervo após sua emergência ou seja infranuclear. Ocorre devido a acidentes cirurgicos na parótida, processos 
inflamatórios virais, frio excessivo. Alterações faciais: 
- não há enrugamento da testa 
- sulco naso-labial desaparece 
- desvio da comissura labial para o lado contrário a lesão. 
- Não há fechamento do olho do lado lesado 
- Sinal de Bell: olho fica voltado para cima e pode-se evidenciar a parte branca do olho ( esclera) abaixo da íris 
Paralisia Facial Central: menos feia, mais grave. A lesão cerebral é do lado oposto a representação periférica. As 
manifestações da paralisia facial central vão ser no quadrante inferior da face contralateral à lesão.Alterações faciais: 
- desvio da comissura labial para o lado da lesão central (lado são da face) 
- tônus diminuído da bochecha (“fumador de cachimbo") 
- desaparecimento do sulco nasolabial contralateral. 
 
4. OUVIDO 
a) Inspeção 
 exame do pavilhão auditivo 
Alterações: TOFOS GOTOSOS (GOTA): uratos podem se depositar na superfície do pavilhão auricular formando 
nódulos levando a hiperemia e inflamação da região. 
 
b) Otoscopia: 
Alterações: 
OTITE EXTERNA: lesão no conduto auditivo externo, numa inflamação desta estrutura ocorre dor acompanhada por 
alterações de posicionamento do pavilhão auricular que se torna edemaciado podendo lexar a uma luxação. A parede do 
conduto auditivo externo vai apresentar vermelhidão, abaulamento, secreção purulenta e brilho excessivo. Paciente pode 
apresentar dor na tração do pavilhão auditivo. 
Obs: tampão de cerumem tem cor marrom escura e pode obstruir todo o conduto levando a diminuição da audição. 
OTITE MÉDIA: 
 Fase inicial: dor, hiperemia da membrana timpânica, cone de luz torna-se opaco (desaparece) devido ao acúmulo de 
secreção no ouvido médio causado pelo processo inflamatório 
 Fase adiantada: ocorrem alterações na membrana do tímpano devido aoacúmulo de material purulento, esta sofre um 
abaulamento em direção lateral (para fora) ficando com aspecto de "almofada" com um ponto central. Culmina com 
ruptura da membrana e extravasamento de material purulento. 
PERDA AUDITIVA 
- POR CONDUÇÃO: distúrbio do ouvido externo ou médio 
- SENSORINEURAL : distúrbio do ouvido interno (coclear) 
 
5. NARIZ 
a) Inspeção 
 Avaliação da pele do nariz 
Alterações: 
Lupus Eritematoso Sistêmico: doença do colágeno que leva a uma dermatite nasal em forma de asa de borboleta. 
Desvio de septo, necrose do septo (usuários de cocaína). 
Abcessos 
Rinite crônica: mucosa nasal descorada 
Rinite aguda : mucosa nasal hiperemiada 
 
6.SEIOS PARANASAIS: 
Podem ser palpados e percutidos sendo que o paciente apresentará dor se houver presençã de inflamação; a pela que 
recobre os seios da face pode estar com sinais flogísticos 'a inspeção. 
Alterações: 
SINUSITE AGUDA: processo inflamatório das células dos seios da face, geralmente apresentam dor, cefaléia, secreção 
purulenta, obstrução nasal, pele com sinais flogísticos. 
 
7. CAVIDADE ORAL 
a) Inspeção: 
 Dentes: processos de implantação, número de dentes, periodontite (processo inflamatório do periodonto) colo do 
dente. Ex.: dentes deHutchinson: congênitos devido à sífilis, são dentes afastados, triangulares ou cônicos. 
 Gengivas 
GENGIVITE: processo inflamatório da gengica está apresentando-se tumefeita, altamente dolorosa e sangrante ao toque 
RANINAS: säo veias localizadas abaixo da lingua e avaliam o estado de hidratacäo do paciente. Normalmente elas estáo 
totalmente cheias. 
ESTOMATITE: inflamacäo da cavidade oral por Candida albicans sendo muito mais comum em criancas ou pode se 
apresentar em adultos imunodeprimidos (aideticos). E conhecida por monilíase, na sua fase inicial ocorre apenas 
hiperemia da cavidade oral sem formacão de placas e numa fase mais adiantada apresenta placas esbranquicadas (aspecto 
de nata de leite) com hiperemia em forma de halo ao redor. Não são facilmente removiveis e ao serem geram lesoes com 
sangramento; anemias carenciais, principalmente do Complexo B, levam a alterações das papilas, a língua pode se tornar 
lisa e brilhante devido ao desaparecimento das papilas (língua careca). 
- avaliação estática da língua: desvio, aspecto e simetria. 
- Avaliação dinâmica: MOTRICIDADE que é dada pelo XII par craniano. Se este estiver comprometido durante a 
protusão a língua desvia para o lado da lesão. 
 
8. OROFARÍNGE: 
a) Inspeção: 
Estática - pilares 
 - úvula 
 - amígdalas 
Amigdalite Viral = hiperemia difusa do palato mole 
Amigdalite Bacteriana = pilares esbranquiçados na região da úvula e amígdalas. 
Dinâmica 
- Avaliação do IX e X pares cranianos: inervação motora do palato mole, faringe e laringe. 
Lesão do IX par: “sinal da cortina”= palato mole caído para o lado da lesão e desvio da úvula para o lado íntegro. 
 
9. GÂNGLIOS: 
a) NORMAIS de pequeno tamanho, idolor, móvel (não é aderido a planos profundos e superficiais). 
b) METASTÁTICOS: duros (pétrios); aderidos a planos profundos, muito aumentado, a pele pode estar retraída 
indolores à palpação. 
c) INFLAMADOS: endurecidos (“borracha”), móveis (não são aderidos a planos profundos), tumefeitos, dolorosos e a 
pele se apresenta eritematosa. 
Linfomas: neoplasias do tecido linfático, os gânglios tornam-se endurecidos, aderidos ou coalescidos entre eles. 
d) Localização dos Gânglios: 
 occipitais 
 retro-auriculares 
 pré-auriculares 
 submandibulares 
 submentonianos 
 cervicais anteriores 
 cervicais posteriores 
 supraclaviculares 
Obs.: Gânglio Amigdaliano – geralmente é tumefeito, depende da idade do paciente é de pouca importância 
histopatológica. 
 
10. TRAQUÉIA 
Deve-se avaliar o posicionamento e a mobilidade 
11. ARTÉRIAS CARÓTIDAS 
a) Palpação: avalia o trajeto, a consistência (dura: normal), sensibilidade ao tato e presença de sopros. 
Obs.: Presença de placas ateroscleróticas leva ao turbilhonamento do sangue o que leva a sopros. O paciente pode 
apresentar desmaios, vertigem devido à diminuição do fluxo sangüíneo. 
Obs.: Desvios de trajeto são comuns em idosos devido à arteriosclerose. 
 
12. TIREÓIDE 
Palpação: pela região anterior: dedo indicador e médio entre a cartilagem cricóide e a fúrcula, pedindo para o paciente 
engolir e palpando-se o ístmo. Empurrar para o lado e palpar o lobo. Busca-se nódulos do parênquima tireoidiano e 
aumento difuso. 
OBS.: Na inspeção procuram-se relações abaulamentos e observa-se a simetria. 
 
EXAME FÍSICO DE TÓRAX E MAMAS: 
TÓRAX: 
Inspeção: formato, expansibilidade, FR, ritmo respiratório, retrações, abaulamento. 
 
Palpação: expansibilidade, espaço entre fúrcula esternal e a cartilagem tireóide, frêmito (33) toracovocal / 
brônquico (muda ao tossir) / pleural (corresponde ao atrito pleural, não muda com a tosse). 
 
↓ Expansibilidade nos 2 pulmões: pode ser DBPOC 
↓ Expansibilidade em um pulmão: pode ser Pneumonia 
↓ Frêmito toracovocal = Derrame pleural,... 
↑ Frêmito toracovocal = Pneumonia 
 
Percussão: som claro pulmonar. 
 Macicez: pneumonia, derrame pleural. 
 Timpânico: pneumotórax. 
 Hiperressonante: enfisema. 
*Incursão diafragmática: elevação / abaixamento do diafragma (normal: em torno de 5cm). 
 
Ausculta: analisar ambos os lados, tanto em inspiração quanto em expiração. 
Normal: Sopro glótico fisiológico (Ruído laringotraqueal) 
 Murmúrio vesicular (MV) 
 
↓ MV bilateral: DBPOC 
↓ MV local: pneumonia, atelectasia, derrame pleural, pneumotórax 
 
Estertores: 
- Roncos: secreção, catarro 
- Sibilo: "chiado" 
- Crepitante: mais fino que o bolhoso (final de expiração) 
- Bolhoso: semelhante ao crepitante, mas pode aparecer tanto em expiração como em inspiração 
 
Broncofonia (33): T e R indistintos (borrados) = Normal 
Pectorilóquio: 33 claro = Pneumonia 
Egofonia: som anasalado = Derrame pleural 
Sopro pleural = pleurite 
 
MAMAS: 
Inspeção: contorno, pele, mamilo 
Palpação: à procura de nódulos malignos ou benignos: 
- Maligno: geralmente único, irregular, indolor, aderido a planos profundos, retração, pele em casca de laranja, 
secreção sanguinolenta, mamilo invertido. 
- Benigno: pode ser múltiplo, com dor, regular, sem aderência a planos profundos e sem retração, sem secreção. 
*Palpar cavo axilar com braço relaxado. 
 
EXAME FÍSICO DO PRECÓRDIO 
 Além do Exame do precórido, a avaliação cardio vascular inclui a medida da PA, inspeção da veia jugular, da cor 
da pele, da freqüência respiratória, avaliação dos pulsos periféricos, ausculta de sopros em outras artérias. 
 O exame físico do precórdio abrange as regiões próximas (fúrcula, porção superior do abdome, pescoço) devido à 
possível irradiação dos sintomas para estas regiões. 
 
1. INSPEÇÃO: 
 Posicionar paciente em decúbito dorsal. 
 Deve-se observar se o paciente apresenta abaulamentos, retrações na região precordial e em regiões do tórax fora 
da região precordial. Ex.: DBPOC pode levar a um aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax (tórax em barril), 
afastando o coração da parede torácica e dificultando o exame do precórdio. 
 Retração do esterno (peito do sapateiro) muitas vezes faz com que haja sopro na ausculta sem alteração cardíaca. 
 Pulsações dos grandes vasos na região cervival podem indicar patologias cardíacas. Ex.: dilatação da aorta (1º e 2º 
EICD e fúrcula), dilatação da artéria pulmonar (2º EICE), dilatação do ventrículo direito (borda esternal E). 
 Inspeção do pescoço: com paciente em 180º é mais bem visualizada a coluna de sangue na veia jugular externa; 
com paciente em 45º já não se deve ver a coluna de sangue, se visualizada indica excesso de sangue intravascular 
(insuficiência cardíaca). 
 Inspecção do ICTUS: 
 Localiza-se geralmente no 5º EICE, na linha hemiclavicular 
 Corresponde ao movimento de impulsão da ponta do ventrículo esquerdo contra a parede do tórax. 
 Paciente deve estar em decúbito dorsal, médico deve ficar do lado direito ou aos pés do paciente 
olhando tangencialmente (ao nível dos olhos). 
 Verificar se PIM deslocado ou não. Ex.: na dilatação do miocárdio e na hipertrofia de VE. 
 
2. PALPAÇÃO : 
 Difusa: feita com a mão inteira utilizando a região metacarpofalangea. 
 Específica (fina): realiza-se após a difusa, feita com as polpas digitais medindo-se quantas polpas são necessárias 
para cobrir o íctus (normalmente 2 polpas). Descrevê-lo em localização, extensão e intensidade de impulso (Propulsivo: 
ocorre com hipertrofia do coração, poratanto o íctus “bate” com muita força; Difuso: pacientes com insuficiência 
cardíaca, o coração demora mais tempo para contrair e consequentemente o íctus fica mais fraco). 
 Em casos de dilatação do coração pode-se aumentar o número de polpas e/ou desviar o íctus do local usual. 
Obs1.: o exame do íctus nos dá idéia de alteração no tamanho e na mobilidade do VE (aumento do VE:o íctus desvia 
mais para a esquerda e para baixo, podendo estar no 6º ou7º EICE entre a Linha hemiclavicular e a Linha axilar anterior; 
sendo que o número de polpas também pode aumentar) 
Obs2.: modificações na estrutura do ventrículo direito não deslocam o íctus: 
Aumento do VD  como é a camara mais anterior do coração um aumento deste ventrículo pode causar: 
 em crianças: abaulamento da região esternal pois o esterno ainda não está calcificado. 
 em adultos: a parede do VD choca-se com a parede esternal causando a ÏMPULSÃO 
PARAESTERNAL ESQUERDA que é uma pulsação sentida na mão (região tenar e hipotenar) 
quando se faz uma pequena pressão. 
 coração em gota ocorre em paciente com DBPOC devido ao aumento do pulmão. 
Obs3.: Mesmo na ausência de problemas cardíacos o íctus pode ser invisível ou impalpável. Ex.: obesidades, musculatura 
hipertrofiadas, pacientes (mulher) com mamas volumosas e/ou caídas, íctus localizado posteriormente às costelas (impede 
que a impulsão se projete sobre a pele), coração do lado contrário, líquido na cavidade pericárdica. 
 Manobra acessória: Decúbito de Pachon: paciente deve-se inclinar para a esquerda e ficar 45ºcom o leito, assim o 
íctus aproxima-se da parede torácica. 
 Frêmitos:percepção palpatória de um fenômeno a ser auscultado. Indica a presença de um sopro, geralmente, de 
grande intensidade. O frêmito acompanha as características do sopro: mesma intensidade, mesma região, mesmo ciclo 
cardíaco. 
Ex.: atrito pericárdico apresenta frêmito em 23%dos casos. 
Todo frêmito indica presença de sopro porém nem todo sopro indica frêmito. 
 
 Com a palpação ainda é possível detectar alterações na altura da aorta: 
- ascendente 
- cajado (região da fúrcula esternal) 
- descendente 
As pulsações aórticas podem ser palpadas na região da fúrcula esternal e no epigástrio (pode indicar coração aumentado). 
Isto pode ser indicativo de aneurisma, HAS ou dilatação da aorta, mas não quer dizer que se trata de uma patologia pois 
em pacientes magros, taquicárdicos e ansiosos pode-se sentir a pulsação aórtica (AORTISMO) nestes mesmos locais. 
 
3. AUSCULTA: É a parte do exame físico que mais fornece informações a respeito do funcionamento do coração. Deve 
ser sempre acompanhada de palpação do pulso. 
a) Seqüência adequada: 
 observar ritmo e freqüência cardíaca 
 identificar 1º bulha 
 escutar sístole com atenção 
 identificar 2º bulha e desdobramentos 
 escutar diástole precoce e tardia 
 procura outras bulhas e sopros 
 
b)Focos de ausculta: projeção das bulhas na parede torácica, local de direcionamento do sangue no fechamento de cada 
válvula. 
Focos do ápice: ausculta-se melhor a 1ª bulha devido ao fechamento das válvulas Átrio-ventriculares (mitral e tricúspide) 
com o paciente em decúbito dorsal ou de Pachon. 
 foco Mitral: 5º EICE LHC 
 foco Tricúspide: 5º EICE (junto à borda esternal) 
Focos da base: ausculta-se melhor a 2ª bulha devido ao fechamento das válvulas semilunares (aórtica e pulmonar) com o 
paciente sentado inclinado para frente. Identifica-se melhor o desdobramento da segunda bulha. 
 foco Aórtico: 2º EICD (junto à borda esternal) 
 foco Pulmonar: 2º EICE (junto à borda esternal) 
 foco Aórtico Acessório: 3ºEICE (para-esternal) 
Obs.: Fenômenos de baixa freqüência (3ª e 4ª bulhas) são melhores auscultados nos focos do ápice com a utilização da 
campânula. 
 
1ªBulha: acompanha o pulso 
2ªBulha: após o pulso 
 
c) Ritmo: 
Irregular => arritmias 
Causas: problemas na formação do estímulo no nodo sinusal 
 problemas na condução do estímulo 
Exemplo 1: EXTRASSÍSTOLES: 
 Sístole sobressalente, que ocorre antes do tempo normal (previsto). Durante a extrassístole, o pulso pode ou não 
ser palpável. Quando a extrassístole for muito precoce o ventrículo não estará suficientemente cheio para gerar uma onda 
de pulso (pressão), por isso não haverá pulso (déficit de pulso), caso contrário haverá uma onda de pressão, porém mais 
fraca. Após a extrassístole ocorre uma “pausa compensatória” sendo que a próxima sístole será mais forte com bulha mais 
audível e pulso mais forte, isto por que haverá um maior enchimento ventricular, pois o tempo para isso é maior... na 
ausculta haverá sístole antes do tempo. As extrassístoles são melhores audíveis no FM, se houverem extrassístoles, a Fc 
deve ser auscultada em, pelo menos um dos focos por minuto. 
 
Exemplo 2: FIBRILAÇÃO ATRIAL (Delirium Cordis): 
 É o tipo de arritmia (taquiarritmia) mais anárquico, é o que gera o estímulo mais estranho. Há uma variação muito 
grande entre os intervalos das bulhas. Muito comum em pacientes idosos ou com alguma pneumopatia (DBPOC). Na 
fibrilação atrial, perde-se a regularidade nos espaços entre as bulhas. É impossível saber o que é B1 e B2 e há um déficit 
na Fp de 10 ou mais batimentos. Ela ocorre porque se perde a formação do estímulo no Nó AS, isto pode ocorrer por: 
isquemia, Mal de Chagas, doenças no próprio nó, aumento do átrio. O estímulo começa a ser gerado nas paredes do átrio 
e este começa a se contrair (tremular) com intensidade que pode chegar até 400x/min. Nem sempre estes estímulos serão 
suficientes para gerar contrações ventriculares devido ao retardamento fisiológico que ocorre no nó atrioventricular. 
Quando eles são transmitidos nem sempre os ventrículos estão suficientemente cheios para gerar uma onda de pulso. 
 
Exemplo 3: ARRITMIA RESPIRATÓRIA ou FISIOLÓGICA: 
 Não é patológica. Ocorre freqüentemente em crianças e adolescentes. A Fc varia de acordo com o ciclo 
respiratório: durante a inspiração, há um aumento na Fc e durante a expiração há uma diminuição na Fc. Isto devido à 
diferença de pressões que ocorre na caixa torácica. Para verificar a presença deste tipo de arritmia, deve-se solicitar ao 
paciente que produza uma apnéia, se o ritmo se normalizar a arritmia é respiratória (fisiológica). 
 
d) Freqüência: 
Deve-se auscultar e palpar o pulso por pelo menos 1 minuto em cada foco. 
- taquicardia: acima de 100bpm 
- bradicardia: abaixo de 60bpm 
Obs.: recém nascidos mais de 100bpm; atletas abaixo de 60bpm 
 
e) Bulhas: 
1ª Bulha: fechamento das válvulas A_V (a válvula mitral é melhor audível). Esta bulha é mais bem auscultada com o 
paciente em decúbito dorsal nos focos do ápice e com a membrana do estetoscópio. Determina o início da sístole. 
 
2ªBulha: fechamento das válvulas semilunares (o fechamento da válvula pulmonar só é audível no foco pulmonar; nos 
demais focos são audíveis os ruídos do componente aórtico). Ausculta-se melhor com o paciente sentado, nos focos da 
base e com a membrana do estetoscópio. Determina o fim da sístole. 
 
3ª Bulha: aparece no 1/3 inicial da diástole. Neste período, devido ao enchimento rápido do ventrículo suas paredes 
vibram (chegada muito rápida do sangue ou dificuldade do coração de acomodar o sangue que nele chega) causando a 
bulha. É mais próxima da 2ª Bulha mas com uma freqüência mais baixa, ou seja, um som surdo. É mais bem auscultada 
com a campânula nos focos do ápice (mitral e tricúspide) e com o paciente em decúbito de Pachon. Pode ser totalmente 
normal em crianças devido a hipercinesia (velocidade aumentada do sangue em sua passagem pelo coração e pelos 
vasos). Em adultos ocorre geralmente em insuficiência cardíaca e outras patologias que aumentem o débito cardíaco, 
como conseqüências da anemia. 
 
4ª Bulha: ocorre no final da diástole. Corresponde a sístole atrial e é gerada pela vibração das paredes ventriculares pelo 
final do seu enchimento. Significa hipertrofia, rigidez de ventrículo. A sístole atrial só pode ser responsável por até 30% 
da quantidade de sangue que chega no ventrículo. Qualquer fator que dificulte a elasticidade (relaxamento, 
distensibilidade) do ventrículo, pode torná-lo rígido. Sendo assim, não é capaz de se dilatar para recebero sangue extra 
que provém do atrio e produz a bulha. A presença da 4ª bulha sempre significa algum tipo de patologia, ocorre, 
geralmente, em casos de hipertrofia (HAS) ou rigidez dos ventrículos (IAM, CI). A 4ª bulha é mais próxima da 1ª e 
também tem um som surdo. Não há B4 na fibrilação atrial. É mais bem auscultada com a campânula, nos focos do ápice e 
com o paciente em decúbito de Pachon. 
 
Obs.: Ritmo de Galope: 3ª ou 4ª + taquicardia; o paciente está descompensado. Ocorre na IC. 
 Ritmo em 3 tempos: 3ª e/ou 4ª bulha + freqüência normal. 
 
Fonese das bulhas: Hiperfonéticas 
 Normofonéticas 
 Hipofonéticas 
 1ª BULHA: sua fonese é resultado da textura das válvulas e da distância entre os folhetos (quanto mais distante os 
folhetos, maior será o ruído produzido). 
Hiperfonese: 
 Taquicardia porque os folhetos estão mais afastados devido ao encurtamento do ciclo cardíaco (a válvula abre e o 
sangue passa rapidamente, desaparecendo a fase de enchimento da diástole). 
 Estenose: estreitamento da válvula, doença de caráter progressivo. 
Hipofonese: 
 Estenose mitral: a válvula torna-se tão calcificada (enrijecida e deformada) a ponto de perder sua mobilidade. 
 Insuficiência mitral: não ocorre uma aproximação adequada dos folhetos valvulares, o que leva a uma diminuição 
da fonese. Devido a várias etiologias, inclusive febre reumática. 
 Fatores extracardíacos que levam a hipofonese: DBPOC, obesidade, mamas volumosas, massa muscular 
aumentada, derrame pericárdico. 
 
 2ª BULHA : corresponde ao fechamento das válvulas aórtica e pulmonar. O componente pulmonar só é audível 
no foco pulmonar, enquanto o componente aórtico de B2 é auscultado no restante dos focos. Os folhetos valvulares 
aórtico e pulmonares se fecham devido à pressão dentro dos troncos arteriais. Se esta pressão aumentar, aumenta a fonese 
da bulha. 
Hiperfonese: 
 HAS: devido ao aumento da pressão dentro dos vasos a coluna de sangue vem com uma pressão maior para 
fechar as válvulas levando a hiperfonese da bulha (principalmente no foco aórtico). 
 Estenose aórtica leve: devido à alteração da textura das válvulas. 
Hipofonese: 
 Estenose aórtica severa: não há aproximação adequada dos folhetos aórticos. 
 Insuficiência aórtica 
Desdobramentos da 2ª Bulha: 
 Fisiológico: a sístole no VE ocorre primeiro que a no VD, por isso que a válvula aórtica se fecha antes que a 
pulmonar. Ausculta-se um ruído único. Só é auscultado no foco pulmonar. O desdobramento fisiológico ocorre em 
crianças e jovens. 
 Na inspiração: chega mais sangue ao VD e este vai demorar mais para realizar sua siístole, levando a um maior 
distanciamento do fechamento da válvula aórtica para a pulmonar. Assim, ausculta-se mais de um ruído. 
 
B1/_____________A______P_______________B1 -> Insp 
 
 Na expiração: chega mais sangue ao VE fazendo com que a sístole deste seja mais demorada, aproximando, assim o 
fechamento da válvula aortica da pulmonar. 
 
 B1/_____________A__P_________________B1 -> Exp 
 
 Para verificar se o desdobramento é fisiológico pede-se ao paciente que faça uma respiração lenta e profunda. Se 
o desdobramento desaparecer durante a expiração e permanecer durante a inspiração diz-se que é fisiológico. 
PATOLÓGICOS: 
- Paradoxal ou inverso: Este desdobramento é auscultado durante a expiração e não na inspiração. A sístole do VE é 
muito mais demorada que a do VD, assim, a válvula aórtica fecha-se depois da pulmonar. Isto ocorre devido a 
bloqueio do ramo E do feixe de Hiss. HAS severa e estenose aórtica severa. 
- Fixo: Este desdobramento aparece sempre não importando a fase do ciclo respiratório. Ex.: Comunicação interatrial 
(pode ser no septo interatrial ou no forame oval): chega o sangue no AE que por sua maior pressão desloca o sangue 
para o AD. Assim, como o VD está com uma maior quantidade de sangue, se contrai depois. 
 
f) Sopros: são ruídos diferentes produzidos pela passagem do sangue através das válvulas ou cavidades. O movimento do 
sangue perde sua característica laminar e torna-se turbilhonado. 
 Causas: 
- Estenose das válvulas 
- aneurisma 
- inversão de fluxo (regurgitamento por insuficiência) 
- comunicação entre uma cavidade e outra 
- fístula arterio-venosa (ex.: pacientes em diálise) 
 
 Características: 
- Sede do Sopro: normalmente em 1 dos focos de ausculta. Importante saber por que algumas patologias são 
características de determinados locais. 
- Fase do ciclo: sistólico 
 diástólico 
 sisto-diastólico 
- Ocorrem entre as bulhas podendo abafá-las. 
- Irradiação: outro local onde o sopro é audível, segue o caminho que o sangue está seguindo naquela situação. 
- Intensidade: importância relativa 
Varia de 1+ a 6+: 1+ : baixa intensidade, ausculta-se com dificuldade 
 2+ : escutado logo após colocar o estetoscópio no precórdio 
 3+ : maior que o 2º mas sem frêmito 
 4+, 5+, 6+ : é obrigatória a palpação de frêmito 
 6+ : é muito forte, audível até sem estetoscópio em algumas situações. 
 
 Manobra especial: objetivo é modificar a hemodinâmica do paciente para acentuar a intensidade do sopro. 
 Modificar posição do paciente 
 Ouvir na inspiração 
 Manobra de Valsalva 
 Elevação dos membros inferiores para aumentar o débito cardíaco 
 Aumentar a pressão arterial do paciente, acentuando a insuficiência aórtica. 
 
SOPROS SISTÓLICOS COMUNS: 
ESTENOSE AÓRTICA: passagem apertada do sangue, auscultado no 2º EICD, irradia-se para pescoço e fúrcula, é em 
crescendo e decrescendo, paciente sentado. 
INSUFICIÊNCIA MITRAL: regurgitação de sangue para átrio esquerdo, auscultado em 5º EICE linha hemiclavicular, 
irradia para axila esquerda e tórax posterior, é holosistólico. 
 
SOPROS DIASTÓLICOS COMUNS: 
ESTENOSE MITRAL: passagem apertada do sangue para VE (geralmente por febre reumática, abertura insuficiente da 
válvula), não tem irradiação, é mais bem auscultado com a câmpanula e com o paciente em decúbito de Pachon. 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA: regurgitação de sangue da aorta para VE, auscultado em 2º EICD, irradia-se para o ápice, 
em decrescendo, paciente com pulsos periféricos bem palpáveis, ictus desviado para baixo e lateralmente. 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME 
1.INSPEÇÃO: 
 Pele, erupções, lesões 
 Localização do umbigo 
 Contorno abdominal 
 Peristalse 
 Pulsações 
 
2.AUSCULTA: 
 Avaliar motilidade intestinal pela presença de Ruídos Hidraéreos 
 Pesquisar sopros em aorta abdominal, artérias renais, ilíacas, femorais se suspeita de HAS ou insuficiência renal, 
insuficiêncial arterial em membros inferiores. 
 
3.PERCUSSÃO: 
 Percutir todo abdome iniciando de baixo para cima em colunas 
 Estimar a hepatometria: normal linha hemiclavicular6-12cm, linha esternal média 4-8cm. 
 Verificar espaço de Traube: percutir em linhas axilar anterior e média em espaços intercostais 9,10,11. 
 Pesquisa de ascite: macicez móvel. 
 
4. PALPAÇÃO: 
Palpação superficial: útil para descontrair o paceiente e já verificar alguns pontos dolorosos. 
Palpação profunda: 
 Delimitar massas abdominais 
 Palpação de fígado: mão em garra. 
 Palpação de baço: decúbito de Schüster. 
 Palpação de rins: duas mãos em prensa, Manobra de Giordano. 
 Teste da onda líquida em ascite. 
 Pesquisa de irritação peritoneal: Blumberg e Rovsing 
 Pesquisa de colecistitte aguda: Sinal de Murphy 
 
 
SEMIOLOGIA DO APARELHO URINÁRIO E SÍNDROMES URINÁRIAS 
APARELHO URINÁRIO: 
Funções do aparelho urinário: 
o Depuração: os rins limpam o sangue e excretam cerca de 700-750 mOsmol. A depuração é feita basicamente 
pelos glomérulos. 
o Retenção de macromoléculas (grandes proteínas e células) 
o Equilíbrio hidroeletrolítico 
o Equilíbrio ácido-básico: excreçãodos ácidos não voláteis (voláteis excretados pelos pulmões) 
o Manutenção da osmolaridade 
o Produção de hormônios (renina, eritropoetina, calcitriol –D3). 
Vias urinárias: ureteres, bexiga, uretra (condução da urina). 
 Para que haja insuficiência renal é necessário que os dois rins estejam doentes. 
 Como o glomérulo retém células e proteínas, em condições normais estes elementos não aparecem na urina. 
 
SEMIOLOGIA DO APARELHO URINÁRIO 
Avaliação clínica da Função Renal. 
Dados Subjetivos: Anamnese. 
 Alterações do volume urinário: Um adulto normal ingere cerca de 2,5 L de água por dia, perde aproximadamente 
1L pela transpiração, respiração e o restante é eliminado pela urina. A capacidade máxima de concentração do rim é 
de 1300 mOsm/L e uma pessoa produz em condições normais cerca de 700 mOsm por dia. Logo, o volume mínimo 
de urina diário é de cerca 0,5L para que o organismo dilua as substâncias a serem eliminadas. Volume urinário de 24 
h: entre 400 e 2500 ml de urina. 
 Poliúria: quando são eliminados mais de 2500 ml de urina /dia. Pode ser fisiológica por ingesta de, por exemplo, 
grande quantidade de cerveja, chimarrão, chá. Esta urina é de densidade baixa (bastante diluída), sendo assim eliminados 
menos que 750 mOsm em muita água. A poliúria de densidade alta ocorre em diabéticos porque o açúcar aumenta a 
densidade, assim como a proteinúria de cadeia leve (Bensen Jones). Situação com poliúria de densidade muito baixa: 
diabete insipidus, onde há falta de ADH (principal responsável pela quantidade de água excretada). No DI ocorre muita 
perda de água. A poliúria tem importância somente quando associada à história e ao exame físico. 
 Oligúria: quando são eliminados menos de 400 ml de urina por dia (que é a máxima capacidade de concentração 
da urina). Tem causas pré-renais (IC esquerda), renais e pós-renais (obstrutiva). A oligúria significa insuficiência renal 
quando associada à dosagem de uréia e creatinina. Em determinadas situações o organismo faz oligúria para economizar 
água: vômitos, diarréia, hemorragias. A densidade de uma oligúria pré-renal é alta porque o rim filtra normalmente, mas 
há retenção de água, as concentrações de uréia e creatinina aumentam. Na insuficiência renal a densidade é baixa (↓ 
filtração). 
A concentração normal de urina tem densidade no EQU de aproximadamente 1030. 
 Anúria: eliminação de menos de 50 ml /dia (ou 100ml). Em geral decorre de problemas obstrutivos. A necrose 
generalizada do parênquima renal pode causar anúria, mas é uma situação rara. Causas mais comuns: cálculo renal 
unilateral ou bilateral, problemas prostáticos, infiltração neoplásica do ureter, cálculos biliares obstruindo artérias renais, 
insuficiência renal aguda. 
 
 Alterações no ritmo nictemérico: O normal é urinar mais durante o dia que durante a noite, pois a produção de 
ADH está relacionada à posição ortostática. 
 Nictúria: é a inversão do ritmo urinário. A pessoa urina mais durante a noite (em decúbito) que durante o dia (em 
pé). Provável doença renal. É o primeiro sintoma do doente renal crônico. Em rim normal a produção de antidiurético é 
maior a noite, quando paciente dorme. 
 Noctúria: o paciente urina várias vezes durante a noite, mas não há inversão do ritmo. Ocorre, por exemplo, 
quando há reabsorção de edema. 
 
 Alterações da micção: 
 Polaciúria: aumento do n° de micções com manutenção do volume urinário durante 24 h. Ocorre geralmente em 
processos irritativos como infecções, quando um volume menor de urina desencadeia o reflexo da micção. Quando há 
problema prostático (obstrução baixa, por ex) também ocorre devido à urina residual, pois a pessoa não consegue esvaziar 
toda a urina que há na bexiga. 
 Disúria: é a dificuldade para urinar, tendo o paciente que fazer força para iniciar o jato. Decorre de estreitamento 
da uretra, que ocorre após blenorragia (gonorréia), por hiperplasia prostática. 
 Ardência: a dor em ardência para urinar ocorre em processos irritativos. Dor referida à cistite. 
 Urgência: é uma necessidade imperiosa de urinar, comum em hiperplasia prostática e em processos 
inflamatórios. 
 Incontinência: é a incapacidade de reter a urina. Ocorre na cistocele, por exemplo. O paciente perde urina 
quando tosse ou espirra. No paciente prostático em que há estenose severa do ureter a bexiga fica cheia permanentemente 
até que perde sua capacidade elástica e passa a funcionar como via urinária simplesmente, então o paciente passa a urinar 
em pingos. A incontinência ocorre também em multíparas e bexiga neurogênica. 
 Jato fraco: jato que “molha os sapatos”. Decorre de estreitamento da uretra. Uma das causas é o estreitamento da 
próstata. 
 Micção em 2 tempos: um cálculo na bexiga que tranca na uretra, ou grande esforço da bexiga quando há 
estenose uretral que promove a formação de divertículo. Cálculo na bexiga: tranca a saída, pessoa caminha... Cálculo se 
move... Libera saída. 
 Retenção Urinaria: Incapacidade de esvaziar a bexiga, aguda: distensão abdominal e dor, crônica: sem 
consciência da distenção abdominal e sem dor, obstrução prostática, bexiga neurogenica. 
 
 Alterações no aspecto da urina: 
 Hematúria: 10 ou mais hemácias por campo (400X). Urina de cor avermelhada, varia desde o amarelo escuro até 
o marrom. Pode ser macro ou microscópica. Na história é importante investigar a ingesta de beterraba, afecções 
ginecológicas, uso do medicamento piridium. Causas: infecções, tumores, nefrites. A quantidade de sangue na urina não 
tem importância significativa, o que realmente interessa é a presença de sangue. 
 Macroscópica inicial: jato inicia vermelho e vai clareando. Origem baixa 
 Macroscópica final: jato inicia claro e vai avermelhando. Origem baixa 
 Macroscópica total: sempre com sangue, podendo conter hemácias deformadas (significa que passaram 
pelos túbulos). Origem alta. 
 Proteinúria: o paciente nefrótico perde muita albumina, e se sua urina for agitada será bastante espumosa, 
podendo ficar turva. 
 Infecções: quando há infecção a urina fica turva e mal cheirosa, podendo conter linfa (quilúria), fiapos de pus e 
sedimentos. 
 
 Historia pregressa 
 HAS: é importante descobrir se a HAS é primária ou secundária. As doenças renais comumente são causa 
de hipertensão, especialmente em pessoas jovens ou em pacientes com HAS que descompensam repentinamente. A 
estenose de artéria renal eleva a PA através do mecanismo renina-angiotensina a fim de manter a sua perfusão. 
 Diabete melito 
 Colagenoses 
 Hipercalcemias 
 Hiperurecemias 
 Infecções 
 Historia familiar 
 Síndrome de Aport 
 Rim esponja medular 
 Rins Policisticos 
 Dor 
 Lombar: processos inflamatórios, obstrução urinária, dor profunda, intensidade variável, fixa, persistente 
 Cólica Renal 
 Vesical: origem na bexiga, suprapúbica, sensação de queimação. 
 Estrangúria: Micção lenta e dolorosa (espasmo da musculatura do trígono e colon vesical) 
 Perineal: referida no sacro e reto (infecção aguda da próstata). 
Obs.: a dor lombar baixa não tem origem renal. A dor renal é subcostal, em hemicinturão, em peso, decorrente da 
distensão da cápsula. A dor do cálculo ureteral irradia-se pelo trajeto do ureter. Em cálculo alto (ureter médio) a dor é 
referida em hemicinturãoe quando o cálculo está baixo a dor é referida na pele do testículo e na bexiga quando muitíssimo 
baixo. A dor renal e a ureteral não têm posição de alívio. A cólica renal geralmente decorre de cálculos retidos no ureter, 
mas pode ser por coágulo, por uma papila necrosada em diabéticos ou por outra causa. 
 
Dados Objetivos: 
 Hálito 
 Pele 
 Unhas 
 Pressão arterial 
 Fundo de olho 
 Aparelho Cárdio pulmonar 
 Exame dos rins 
 
SÍNDROMES URINÁRIAS: 
Apresentação

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