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2017.1 Estácio Obrigações FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES AÇÃO CONSIGNAÇÃO PAGAMENTO 2 (1)

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DIREITO CIVIL
Prof. Wiverson de Oliveira
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DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
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FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO
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FORMAS ESPECIAIS (INDIRETAS) DE PAGAMENTO
Consignação em pagamento
Subrogação
Dação em Pagamento – Fazer em pagamento
Imputação do Pagamento
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Pagamento indireto
Consignação em pagamento
Subrogação
Imputação do Pagamento
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AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
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Consignação em Pagamento 
CC 334 a 345
Negativa do credor
Natureza Jurídica: pagamento indireto / extinção das obrigações
Evitar mora
Pode ser dinheiro ou coisa
Pagamento em integralidade
Prestações periódicas:
Alugueres
Prestações financiamento habitacional
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Consignação em Pagamento 
Art.335 Casos:
Dúvida sobre quem deva receber
Questionamento do valor
Recusa em dar quitação
O credor não foi, nem mandou receber a coisa no lugar e hora avençado
Credor incapaz de receber, declarado ausente, desconhecido ( espólio), local de difícil ou perigoso acesso 
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Consignação em Pagamento 
Lei 8.951/94 – Consignação extrajudicial
CPC- Art. 890. § 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário oficial, onde houver, situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de dez dias para a manifestação de recusa.
§ 2º Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de trinta dias, a ação de consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4º Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.
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Consignação em Pagamento 
Lei 8.951/94 – Consignação extrajudicial
Só obrigações pecuniárias
Recusa manifestada ao banco
O silêncio do credor = aceitação do depósito
A inércia do devedor = não interpondo a ação no prazo de 30 dias = mora
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Ação Consignação em Pagamento 
Legitimidade: 
ativa devedor
Passiva:credor / espólio / dúvida credor: litisconsórcio passivo necessário todos que se afirmam credores
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Ação Consignação em Pagamento 
Inicial 
requerendo o depósito da quantia a ser feito no prazo de cinco dias após
Citação para credor levantar valor ou oferecer resposta
Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento 
pode o réu requerer levantar mesmo contestando
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Ação Consignação em Pagamento 
Contestação: 
Prazo 15 dias 
Limitações e condicionamento ao direito de defesa - art. 896 – não precisa reconvir e só pode alegar:
não houve recusa ou mora em receber/ justa recusa/depósito não integral (neste caso o réu deve discriminar o valor que entende devido, sob pena de invalidade da defesa.) - Alegada a insuficiência do depósito será dada oportunidade ao autor para completá-lo, dentro do prazo de dez dias 
o réu poderá levantar parte do valor depositado, sendo que o processo seguirá sobre à parcela controvertida. 
Se a defesa tiver se baseado apenas na insuficiência do depósito, com a complementação o juiz julgará o processo. 
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Ação Consignação em Pagamento 
Se julgar a ação procedente, o autor ficará desobrigado e o réu pagará as custas e despesas do processo, sendo que o depósito ficará à sua disposição, descontados tais valores relativos à sucumbência. 
 Se julgado depósito insuficiente – 899 § 2º - A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos.
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IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
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Imputação do Pagamento
Faculdade de escolher dentre várias prestações qual dos débitos irá satisfazer.
Direito potestativo do devedor- obrigações distintas e não uma obrigação fracionada – não é obrigação parcelada
 não tem que pagar primeiro a mais antiga – a quitação da última não quita as anteriores – são obrigações distintas e não uma fracionada.
- Exigências legais:
Diversos débitos da mesma natureza (liquidez, vencidas)
Mesmo devedor e mesmo credor das várias dívidas
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Imputação do Pagamento
Imputação do devedor (tem prioridade) (352)
Não pode imputar em parte da obrigação terá que ser inteira – o credor não pode ser obrigado a receber em partes
Se tiver juros imputa o juros e só depois o principal
Imputação do credor (Art. 353) (devedor não exerceu seu direito) – pagou R$ 500 mil e não disse qual obrigação era- o credor coloca no recibo qual obrigação foi
Imputação Legal (ambos não escolheram) (Art. 355.)
As mais onerosas/ as de juros mais altos
Recibo só declara que recebeu valor mas não define qual
A lei imputa a mais onerosa – não quer dizer que seja a de valor mais alto – pode ser menor mas ter valores de juros mais altos
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PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
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Pagamento com Sub-Rogação
Sub-rogar: Substituição duma pessoa por outra, na mesma relação jurídica
Transferência da qualidade de credor para aquele que paga obrigação de outrem
Sub-rogatário ou sub-rogado = novo credor
Sub-rogante = credor substituído
Há pagamento - o credor substituído foi satisfeito
Na cessão de crédito não há pagamento. Um credor transfere à outrem (transmissão de obrigações).
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Pagamento com Sub-Rogação
MODALIDADES:
Legal: decorre da lei 
Co-credor que paga a outro credor que teria direito de preferência, passa a ter a prioridade.
Adquirente de imóvel hipotecado que paga ao credor hipotecário
Terceiro interessado – fiador 
Seguradora paga e sub-roga-se nos direitos de receber do culpado
Quem paga título cambial de terceiro- Nota Promissória
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Pagamento com Sub-Rogação
MODALIDADES:
Convencional: decorre da declaração de vontades
Terceiro paga a credor e recebe deste todos os seus direitos
Terceiro empresta ao devedor a quantia sob a condição expressa de ficar investido nos direitos do credor – o credor não pode se opor
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DAÇÃO EM PAGAMENTO
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Dação em Pagamento
Extingue (Cumprir) - Entrega pelo devedor de coisa diversa da convencionada – Datio pro soluto – extingue a obrigação pelo pagamento
Diferente da dação "pro solvendo“ - facilita o seu cumprimento 
O credor não é obrigado a aceitar – coisa diversa 
CC 356 a 359
Não é obrigação alternativa, nem facultativa, pois a diversidade não estava no contrato
Requisitos:
Dívida vencida
Consentimento do credor
Entrega de coisa diversa
Ânimo de solver
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Dação em Pagamento
DAÇÃO E Evicção (terceiro reivindica e vence) da coisa recebida anula a quitação restaura-se a situação anterior. – não renova as garantias (fiador que existia na anterior) -Artigo 838cc – fiador desobrigado em caso de dação
Fazer em Pagamento
Ao invés de dar – faz algo para cumprir
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EXTINÇÃO SEM PAGAMENTO
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NOVAÇÃO
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Novação
Art.360
Extingue sem pagar 
Criação de nova obrigação
Extingue uma obrigação com intenção de criar outra
Elemento subjetivo- ânimo de novar 
3 situações:
Novação Subjetiva – passiva ou ativa (devedor ou credor)- altera uma das partes da obrigação com a criação da nova obrigação uma das partes é excluída –– não é cessão de crédito = pois a primeira obrigação morre com todos acessórios- na cessão mantem-se
Novação objetiva – extingo uma obrigação e crio uma nova com objeto diferente -muda o objeto - a primeira obrigação
morre com todos acessórios
mista – muda as partes e objetos
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COMPENSAÇÃO
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Compensação
Compensação é o meio de extinção da obrigação onde os titulares ou partes da relação são, ao mesmo tempo, credor e devedor um do outro, extinguindo a obrigação ate o limite do credito de um para com o outro, do menor para o maior credor.
 “Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.”
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.Quatro são os requisitos da compensação legal:    a) Certeza da dívida;    b) Exigibilidade da dívida;    c) Fungibilidade da dívida;    d) Reciprocidade das obrigações.
No Brasil é automática – mas pode ser legal (por provocação do juízo) ou por acordo(convencional).
 
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Compensação
REQUISITOS DA Compensação 
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
São os requisitos da compensação :    a) Certeza da dívida (ambas líquidas)    b) Exigibilidade da dívida (ambas vencidas)    c) Fungibilidade da dívida    d) Reciprocidade das obrigações.
No Brasil é automática – mas pode ser legal (por provocação do juízo) ou por acordo(convencional).
Obrigações não compensáveis: 
quando as partes convencionam no contrato a incompensabilidade.
Obrigação alimentar
Não pode se uma das obrigações se originar de comodato ou depósito- coisa infungível
 
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Compensação
 Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto: I - se provier de esbulho, furto ou roubo; II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; III - se uma for de coisa não suscetível de penhora. 
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CONFUSÃO
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Confusão
Confusão é um tipo de extinção da obrigação, onde se reúnem na mesma pessoa as qualidades de credor e devedor. Embora se trate de modalidade peculiar de extinção, não há falar em pagamento, mesmo no sentido genérico, uma vez que o vínculo tipicamente desaparece sem a ocorrência de uma prestação. Por estarem presentes na mesma pessoa o credor e o devedor, extingue-se a obrigação conforme o preceituado do CCB/02: “Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.”
De cujus deixa casa com dívida de IPTU sem herdeiros- casa vai para o poder público- vira dono e credor de IPTU para si mesmo. 
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Confusão
 “Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.” - a confusão pode ser total ou parcial.
total - quando por exemplo na sucessão o patrimônio adquirido pelo credor/devedor é pertencente somente a ele próprio extinguindo assim totalmentea obrigação
Parcial ou imprópria- quando é extinta somente parte da obrigação, como no caso da sucessão haver dois herdeiros e a herança recebida pelo credor/devedor não for suficiente para extinguir a obrigação por inteiro. 
 A obrigação pode também não ser extinta, mas ser temporariamente paralisada, voltando posteriormente a sua forma original conforme o CCB/02: “Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.”- nascituro em inventário retirando a titularidade de colaterais.
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REMISSÃO
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Remissão
A remissão consiste no ato ou efeito de remir o devedor da obrigação, dar quitação sem obter algo em troca pelo simples fato de desonerá-lo da dívida.
	Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
REMISSÃO NÃO É REMIÇÃO :
REMIÇÃO – ART.651 CPC- resgate de toda a dívida com todos os seus acessórios, pelo próprio exeqüente, antes da HASTA PÚBLICA. 
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Remissão
A remissão consiste no ato ou efeito de remir o devedor da obrigação, dar quitação sem obter algo em troca pelo simples fato de desonerá-lo da dívida.- perdão – Artigo 385.
Não prejuízo de terceiro.
Ato bilateral visto que o devedor por motivos pessoais, morais pode negar a ser “remido” da divida em face do credor, vindo o devedor posteriormente fazer o pagamento em consignação 
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Remissão
ESPÉCIES I- Expressa; tanto de forma escrita quanto verbal (dificuldade prova- diante de uma platéia, declara publicamente que perdoa a divida de alguém)
 II. Tácita; neste tipo de remissão, que esta expressa no CCB/02, se o credor destrói o objeto da obrigação ou ainda devolve o mesmo, presumido será a remissão 
 Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.

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