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EXCELETÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE QUATIGUÁ

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EXCELETÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE QUATIGUÁ. ESTADO DO PARANÁ
MARIA DAS DORES, Brasileira, secretária, casada em regime parcial de bens, portadora do RG nº....... e do CPF n°111.111.121-12, residente e domiciliado na Rua Tabajara, n.º 1000, Bairro .....,na cidade de Quatiguá, por intermédio de seu advogado e bastante procurador, com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência com fulcro nos arts. 305 e SS do Código de Processo Civil Brasileiro propor a presente
 AÇÃO CAUTELAR INCIDENTAL DE SEQUESTRO DE BENS
em face de JOÃO, brasileiro, casado em regime parcial de bens, Engenheiro, portador do RG n.º ....., e do CPF n.º 999.999.999-98 residente e domiciliado na Rua Tabajara, n.º 1000, Bairro ....., Cidade de Quatiguá, Estado Paraná, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I-DOS FATOS
A requerente é casada com o requerido em comunhão parcial de bens, e devido a grande frequência de desentendimentos a mesma mencionou um possível pedido de divórcio, no qual o requerido “aparentemente” estaria de acordo com a solicitação do divórcio; porém começou a retirar os bens de sua residência com a finalidade de dilapidar o patrimônio em comum. 
Durante todo o tempo de casados, à custa de muito esforço comum, requerente e requerido construíram um patrimônio comum. Sem que a requerida soubesse, vendeu algumas joias num valor total de R$11.000,00 (onze mil reais), e já buscava compradores para algumas de suas obras de arte. 
Desse modo não vê outra alternativa a não ser pedir a tutela jurisdicional, pleiteando medida cautelar que proteja seus direitos futuros.
II- DO DIREITO 
Entende-se,que o regime adotado de comunhão parcial de bens, é a forma mais justa de se tratar os bens relativos à sociedade conjugal, uma vez que, os bens adquiridos na constância do casamento, presumem-se um apoio do marido ou da mulher, não necessariamente de cunho material, mas de moral, para que determinado bem fosse adquirido (seja ele móvel ou imóvel). Entretanto, em relação aos bens anteriores, nada mais justo que estes sejam mantidos sob o domínio de apenas um deles, sem qualquer influência do matrimônio, uma vez que em caso de possível dissolução da sociedade conjugal, estes bens não serão atribuídos ao outro consorte. 
De acordo com Sílvio Venosa, no casamento em que adota-se o regime da comunhão parcial de bens, “existem três massas de bens: os bens do marido e os bens da mulher trazidos antes do casamento e os bens comuns, amealhados após o matrimônio”. Acerca da comunhão parcial, dispõe o artigo 1.658 do Código Civil: 
“no regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevieram ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes”
 Fica evidente o direito ameaçado de lesão , pois o patrimônio está sendo dilapidado pelo requerido, havendo risco que na ocasião da partilha, desfalquem inúmeros bens conquistados pelo esforço comum do casal.
Partindo de tais proposições básicas, Humberto Theodoro Júnior conclui, em elegante construção, que o processo principal "serve à tutela do direito", enquanto o processo cautelar "serve à tutela do processo." Finalidade precípua, pois, da ação cautelar, é preservar, garantir o êxito do processo principal.
A presente medida se reveste de grande importância, a partir do momento em que existe a probabilidade de dano pelo - periculum in mora - e da probabilidade da existência do direito material ("fumus boni iuris").
O "periculum in mora", consiste "na probabilidade de dano de uma das partes de futura ou atual ação principal, resultante da demora no ajuizamento ou no processamento e julgamento desta."
"Se houver probabilidade de que a demora inevitável no ajuizamento da ação principal, ou no seu processamento e julgamento, venha a causar prejuízo ao autor da ação cautelar, terá ele preenchido o primeiro requisito: o de "periculum in mora."
Relativamente ao pressuposto - "periculum in mora" - sua clareza dispensa maiores comentários. Ora, se há fundado receio, por parte da esposa, de que haja dissipação dos bens comuns, impõe-se a medida cautelar, antes que o administrador dos ditos bens possa causar danos ou seja assim dilapidado.
A existência, antes da causa principal, da ocorrência de atos capazes de causar uma grave lesão e de difícil e incerta reparação do direito da Requerente, justifica a presente medida cautelar e a sua consequente decretação. 
III-DOS PEDIDOS
Assim exposto, diante da fumaça do bom direito e do perigo da demora, é a presente para requerer a Vossa Excelência: 
I – Seja concedida, liminarmente, a medida cautelar de sequestro dos bens elencados anteriormente, quais sejam, as obras de arte e o valor de R$11.000,00 (onze mil reais), e que seja constituído como depositário, a REQUERENTE.
II – Seja citado o REQUERIDO para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que pretende produzir, nos termos do art. 306 do Código de Processo Civil, sob pena de serem tidos como verdadeiros os fatos ora alegados, consoante disposição do art. 307 do mesmo diploma legal.
III – Seja, ao final, o REQUERIDO condenado nas custas processuais e honorários de sucumbência advocatícios.
IV- Requer-se ainda provar por todos os meios de provas admitidos em nosso direito, especialmente depoimento pessoal, oitiva de testemunhas e outras que se fizerem necessárias ao deslinde da causa. 
Dá-se à causa o valor de R$ .......... 
Nesses Termos, Pede Deferimento.
Local......, data..........
__________________
Advogado
OAB nº.........

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