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A mitigação ou flexibilização do Princípio da Proteção e a elevação do Princípio da Autonomia da vontade oriundos da nova lei trabalhista. O princípio da proteção é a direção que norteia todo o sentido da criação do Direito do Trabalho, no sentido de proteger a parte mais frágil na relação jurídica – o trabalhador. Caracteriza-se pela intervenção estatal nas relações trabalhistas, colocando obstáculos à autonomia da vontade dos contratantes e criando normas mínimas que forma a base do contrato do trabalho. As partes podem, contudo, pactuar além desse mínimo, mas nunca abaixo dele. Com a nova lei trabalhista a uma diminuição, uma limitação muito grande do poder normativo, ou seja, o poder que a Justiça do Trabalho tem de decidir sobre salários, condições de trabalho etc. há um impacto no sentido de jogar com a negociação coletiva. Com essa nova lei trabalhista há uma maior autonomia nas vontades de empregadores e empregados, tendo como principal pilar a possibilidade de que o negociado entre empregadores e empregado prevaleça sobre a lei - resguardados os direitos constitucionais, como salário mínimo, férias e direito de greve. Essa negociação entre empregadores e empregados vai prevalecer sobre a legislação em pontos como: o parcelamento das férias em até três vezes; participação nos lucros e resultados; jornada em deslocamento; intervalo entre jornadas (limite mínimo de 30 minutos); extensão de acordo coletivo após a expiração; entrada no Programa de Seguro-Emprego; plano de cargos e salários; banco de horas, garantido o acréscimo de 50% na hora extra; remuneração por produtividade; trabalho remoto; e registro de ponto. Por outro lado, as negociações entre empregadores e empregados não podem tratar de FGTS, 13º salário, seguro-desemprego e salário-família (benefícios previdenciários), remuneração da hora de 50% acima da hora normal, licença-maternidade de 120 dias, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e normas relativas à segurança e saúde do trabalhador. Com a nova lei trabalhista o negociado vai estar acima do legislado (em pontos específicos) fazendo com que a Justiça do Trabalho tenha um papel basicamente homologatório (nesses casos). Ela vai homologar contratos que são feitos privadamente entre empregadores e empregados. A justiça do Trabalho passa a ter uma interferência cada vez menor nos direitos coletivos. Isso significa que com o aumento da autonomia de vontade entre empregadores e empregados a Justiça do Trabalho não vai poder interferir, como ela interfere hoje (mitigando assim sua proteção sobre o empregado) – em contratos que lesem direitos garantidos na lei, direitos constitucionais, direitos previstos na CLT. Isso é importante, porque o que nós temos visto são contratos que ou equivalem a certos direitos que estão na CLT ou estão abaixo dela. Então, o caminho vai ser esse, com o aumento da autonomia de vontades entre as partes da relação trabalhista, de uma interferência (proteção) cada vez menor na garantia de direitos dos trabalhadores em relação à jornada de trabalho, diferentes formas de vínculo de trabalho etc. ALUNA: Francineide Pereira de Lima Felix Matrícula: 201303004712 Direito Do Trabalho ALUNA: FRANCINEIDE PEREIRA DE LIMA FELIX MATRÍCULA: 201303004712 PROFESSORA: ADRIANA
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