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Ginastica Geral

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Autoras: Profa. Angélica Segóvia de Araujo
 Profa. Cristiane Vianna Guzzoni
Colaboradores: Profa. Vanessa Santhiago
 Prof. Mário André Sigoli
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Professoras conteudistas: Angélica Segóvia de Araujo/ 
Cristiane Vianna Guzzoni
Angélica Segóvia de Araujo
Graduada em Educação Física pela Fefisa em 1984; especialista em Ginástica Artística pela USP em 1985; 
pós‑graduada em Treinamento Desportivo pela FMU em 1999; Docente da Universidade Paulista (UNIP) desde 2011; 
professora de Ginástica Artística do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo desde 1989; árbitra Estadual de 
Ginástica Artística; Coordenadora da Liga Escolar de Ginástica Artística de São Paulo desde 2010.
Cristiane Vianna Guzzoni
Mestre em Estudos do Lazer pela Unicamp em 1998; especialista em Recreação e Lazer pela Unioeste em 1993; 
licenciada em Educação Física pela Unioeste em 1991; docente da Universidade Paulista (UNIP). Possui experiência 
como professora em escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental; ministra aulas no Ensino Superior desde 1994.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A663g Araújo, Angélica Segóvia de.
Ginástica geral. / Angélica Segóvia de Araújo, Cristiane Vianna 
Guzzoni. – São Paulo: Editora Sol, 2016.
124 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXII, n. 2‑088/16, ISSN 1517‑9230.
1. Ginástica. 2. Capacidades físicas. 3. Estrutura e funcionamento. I. 
Guzzoni, Cristiane Vianna. II.Título.
CDU 796.41
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona‑Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Kleber Nascimento de Souza
 Juliana Mendes
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Sumário
Ginástica Geral
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 O UNIVERSO GINÁSTICO .................................................................................................................................9
2 HISTÓRIA DO SURGIMENTO DA GINÁSTICA NA EUROPA ............................................................... 10
2.1 As escolas europeias ............................................................................................................................ 12
2.1.1 A escola francesa .................................................................................................................................... 12
2.1.2 A escola sueca .......................................................................................................................................... 14
2.1.3 A escola alemã ......................................................................................................................................... 18
3 A GINÁSTICA ..................................................................................................................................................... 19
3.1 Conceitos e definições........................................................................................................................ 20
3.1.1 Benefícios das ginásticas ..................................................................................................................... 21
4 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA GINÁSTICA ............................................................................... 23
4.1 Estrutura da ginástica ........................................................................................................................ 23
4.1.1 Ginástica aeróbica esportiva (GAE) ................................................................................................. 24
4.1.2 Características da modalidade .......................................................................................................... 26
4.1.3 Ginástica acrobática .............................................................................................................................. 32
4.1.4 Aspectos históricos ................................................................................................................................ 32
4.1.5 Segurança .................................................................................................................................................. 39
4.1.6 Aspectos didáticos .................................................................................................................................. 39
4.1.7 Ginástica de trampolim ........................................................................................................................ 39
4.1.8 Provas .......................................................................................................................................................... 41
4.1.9 Fases dos saltos no trampolim .......................................................................................................... 42
4.1.10 Formas de aterrissagem no trampolim........................................................................................ 42
4.1.11 As posições no trampolim ................................................................................................................. 42
4.1.12 Arbitragem .............................................................................................................................................. 44
4.1.13 Ginástica rítmica .................................................................................................................................. 44
4.1.14 Aspectos históricos .............................................................................................................................. 45
4.1.15 A ginástica rítmica no Brasil ............................................................................................................ 47
4.1.16 Provas da ginástica rítmica .............................................................................................................. 48
4.1.17 Aparelhos da ginástica rítmica feminina.................................................................................... 48
4.1.18 Elementos corporais da ginástica rítmica .................................................................................. 50
4.1.19 Composição das notas para individuais e conjuntos ............................................................51
4.1.20 Ginástica artística ................................................................................................................................ 52
4.1.21 Aspectos históricos .............................................................................................................................. 53
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4.1.22 Aparelhos da ginástica artística feminina ................................................................................. 55
4.1.23 Aparelhos da ginástica artística masculina ............................................................................... 55
Unidade II
5 FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA I .............................................................................................................. 60
5.1 Terminologia dos posicionamentos do corpo ........................................................................... 60
5.1.1 Posicionamentos corporais ................................................................................................................. 62
5.2 Terminologia referente aos movimentos articulares ............................................................. 66
5.3 Terminologia dos movimentos........................................................................................................ 69
5.4 Elementos corporais ............................................................................................................................ 69
5.5 Terminologia referente ao corpo no espaço físico ................................................................. 70
5.6 O que são sequência pedagógica e sequência ginástica? ................................................... 70
6 CAPACIDADES FÍSICAS .................................................................................................................................. 70
6.1 Força ................................................................................................................................................................... 71
6.2 Velocidade ............................................................................................................................................... 71
6.3 Resistência .............................................................................................................................................. 72
6.4 Potência .................................................................................................................................................... 72
6.5 Coordenação .......................................................................................................................................... 72
6.6 Flexibilidade ............................................................................................................................................ 73
6.7 Equilíbrio .................................................................................................................................................. 73
Unidade III
7 FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA II ............................................................................................................. 78
7.1 Habilidades de locomoção ................................................................................................................ 78
7.2 Habilidades de estabilização ............................................................................................................ 80
7.3 Habilidades de manipulação ............................................................................................................ 80
8 GINÁSTICA PARA TODOS .............................................................................................................................. 90
8.1 O que é ginástica geral ou ginástica para todos? ................................................................... 91
8.1.1 Objetivos ..................................................................................................................................................... 93
8.1.2 Fundamentos ............................................................................................................................................ 95
8.2 A Gymnaestrada mundial ...............................................................................................................102
8.2.1 A história ..................................................................................................................................................103
8.2.2 A Gymnaestrada na atualidade .......................................................................................................104
8.2.3 A participação do Brasil .....................................................................................................................105
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Seja bem‑vindo ao programa de estudo EaD!
Nesta disciplina você vai compreender o conteúdo da Ginástica Geral, abordando: o conceito de 
ginástica geral, seu desenvolvimento ao longo do tempo, a concepção de ginástica geral como prática 
para todos, os elementos corporais, a utilização de aparelhos, o uso de elementos de outras modalidades 
ginásticas, processos pedagógicos e Gymnaestrada.
Os objetivos deste livro‑texto são:
Introduzir vocês alunos ao universo cultural da ginástica geral, facilitar o acesso aos conhecimentos 
básicos necessários para que vocês sejam capazes de desenvolver e aplicar atividades de ginástica geral, 
proporcionando assim a conduzirem a atividade de forma segura e consciente, adaptando‑a de modo 
apropriado às diferentes situações e condições dos praticantes e despertando a consciência crítica aos 
benefícios que a atividade pode proporcionar aos diferentes praticantes.
Reconhecer a ginástica geral como um conteúdo da Educação Física e oferecer conhecimentos 
técnico‑científicos a respeito da ginástica geral e sua aplicabilidade no mercado de trabalho.
Conhecer e utilizar a terminologia relacionada à ginástica, bem como descobrir os benefícios da 
prática da ginástica geral para diferentes faixas etárias, apresentando os conceitos e as considerações 
gerais sobre os objetivos da utilização da ginástica geral.
É muito importante que você acompanhe o texto e as atividades propostas neste livro‑texto, 
consulte as referências bibliográficas indicadas, pois o material que será encontrado aqui é um pequeno 
desenvolvimento relativo a cada conteúdo. Eles não pretendem nem poderiam esgotar cada conceito 
ou tema. Bons estudos!
INTRODUÇÃO
A ginástica é a primeira manifestação sistematizada da Educação Física, e também a forma como os 
profissionais da área eram conhecidos no início de sua implantação nas escolas do Brasil.
A ideia deste livro‑texto é demonstrar qual foi o percurso e o desenvolvimento da ginástica desde a 
sua origem na Europa, a partir da proposta dos métodos de ginástica, também conhecidos como escolas 
ginásticas europeias, e situar os alunos historicamente no processo de construção das ginásticas modernas.
Como foi que surgiram as ginásticas reconhecidas atualmente pela Federação Internacional de 
Ginástica (FIG)? O que diferencia a ginástica geral e a ginástica para todos? Como trabalhar com a 
ginástica geral e a ginástica para todos nas diferentes possibilidades de atuação de um educador físico? 
Estas são algumas das questões que este livro‑texto visa elucidar.
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Na Unidade I é apresentada a história do surgimento da ginástica, bem como e as principais 
escolas de ginástica europeias que influenciaram o desenvolvimento e as mudanças das ginásticas queconhecemos atualmente. Também são desenvolvidos os conceitos, as definições e os benefícios que as 
ginásticas podem oferecer aos praticantes.
Na Unidade II são apresentados os fundamentos gerais da ginástica em relação à terminologia 
utilizada para a descrição e execução dos movimentos, os elementos corporais da ginástica e as 
capacidades físicas exigidas para a sua prática. São também abordadas as diferentes modalidades de 
ginástica reconhecidas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) e as habilidades de locomoção, 
estabilização e manipulação como fundamentos básicos das ginásticas. 
A Unidade III é dedicada à compreensão da ginástica geral e aos aspectos que levaram à proposta 
da ginástica para todos. São definidos e comentados os objetivos e fundamentos desta modalidade, 
e também se aborda a Gymnaestrada, que é o encontro mundial dos grupos de ginástica para todos 
que ocorre a cada quatro anos. Por fim, revelam‑se um quadro e uma discussão que visa analisar a 
participação do Brasil na Gymnaestrada, desde a sua criação até os dias atuais.
Espera‑se que, além de informar e discutir essa importante área da formação profissional em 
Educação Física, os alunos sintam‑se preparados e motivados para a utilização desta modalidade 
em suas intervenções.
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GINÁSTICA GERAL
Unidade I
1 O UNIVERSO GINÁSTICO
A prática de atividades físicas acompanha a história da humanidade desde os seus primórdios. Já 
no período dos primeiros homens sobre a terra, nota‑se a importância do movimento e das atividades 
corporais para a manutenção de suas necessidades básicas, uma vez que, ao homem daquele período, 
era fundamental a utilização de todos os seus recursos corporais para a sobrevivência. Caçar, pescar e 
manter sua tribo em segurança faziam parte de seus afazeres cotidianos.
Ao longo da história tais recursos foram, aos poucos, perdendo sua função, e o desenvolvimento 
tecnológico a que temos acompanhado na atualidade fez que, cada vez mais, essas necessidades fossem 
sendo substituídas pela automatização, ao ponto de, nos dias atuais, não sermos capazes de imaginar 
uma sociedade sem a presença de carros, escadas rolantes, elevadores, controles remotos e todos os 
outros recursos que, a cada dia, exigem menos de nossas destrezas motoras.
 Observação
O nome ginástica vem do grego gymnastiké, que quer dizer o ato ou a 
ação de exercitar‑se para fortalecer o corpo e torná‑lo ágil e harmonioso. 
Na sociedade grega a ginástica correspondia a uma série de exercícios, 
dentre os quais a corrida, os saltos, as lutas, os lançamentos etc.
Figura 1
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Unidade I
A atividade física, para os gregos, era parte de sua cultura; principalmente para os homens gregos, 
exercitar‑se fazia parte de sua formação. Além da concepção de corpo belo e harmônico, os gregos 
associavam a prática da atividade física e do treinamento à preservação da saúde. Também necessitavam 
de um bom treinamento para tornarem‑se soldados fortes e capazes de resistir às frequentes guerras, 
que eles enfrentavam para manutenção e ampliação de seus territórios.
Figura 2
 Saiba mais
Em seu início a ginástica se caracterizava por uma série de atividades, 
que envolviam desde os jogos populares até os exercícios de treinamento 
para a guerra e também as danças e o canto. 
SOARES, C. (Org.). Imagens da educação no corpo: estudo a partir da 
ginástica francesa. Campinas: Autores Associados, 1998.
2 HISTÓRIA DO SURGIMENTO DA GINÁSTICA NA EUROPA
A ginástica, conforme a entendemos na atualidade, surge na Europa, em meados do século XIX em 
um momento em que se torna extremamente necessário que o avanço demonstrado nas demais áreas 
da sociedade atingisse as práticas de atividades físicas, visando contribuir com a crescente disseminação 
do pensamento higienista, que visa colaborar na construção de um novo homem, para os novos tempos. 
Um homem que seja viril e atlético, que seja cívico e saudável, a fim de colaborar com a formação de 
uma nova sociedade.
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GINÁSTICA GERAL
Figura 3
Torna‑se importante, neste período, que as práticas corporais se distanciem, o máximo 
possível, das manifestações populares, das festas e dos divertimentos populares. Mas, mais do 
que isso, é importante estabelecer que essas “novas” atividades, criadas e sistematizadas a partir 
de elementos científicos, percam o caráter lúdico e descompromissado, que os caracterizava 
anteriormente, para assumirem uma forma séria, rígida e de absoluta demonstração de controle 
corporal, sem abrir mão, no entanto, do conceito de beleza do gesto que tanto era importante 
para os gregos.
Nesse sentido, surgem em diferentes partes da Europa sistematizações de atividades físicas 
que correspondem às necessidades de cada um de seus contextos. A tais sistematizações 
denomina‑se método. O método é uma proposição, pautada por elementos de caráter científico, 
que visa orientar a prática da atividade de modo mais controlado e efetivo, visando otimizar 
os resultados obtidos. Os métodos das diferentes escolas europeias caracterizam‑se como 
prescrições de atividades, com caráter de singularidade, uma vez que foram elaborados com 
objetivos específicos e direcionados a determinado público, por exemplo: mulheres, alunos, 
forças militares, trabalhadores etc.
Consequentemente, o pensamento higiênico se fundamenta na medicina, na fisiologia e nas 
taxonomias dos exercícios, e na utilidade destes para a aquisição e conservação da saúde física e mental 
dos cidadãos, uma vez que, para esses pensamentos, a prática de atividades físicas relaciona claramente 
as duas práticas (“corpo são, mente sã”).
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Unidade I
Surgem então alguns métodos de ginástica que passarão a orientar as práticas dessas 
atividades naquelas sociedades. Aqui, falaremos de três dos métodos, pela colaboração que eles 
proporcionaram nos primeiros momentos da ginástica do Brasil, bem como na formação do 
pensamento ginástico brasileiro.
Conforme relata Soares (2001) a ginástica desenvolveu‑se principalmente entre os séculos XIX e 
XX no interior de clubes, associações, federações e ligas de diferentes países europeus; isso explica o 
grande desenvolvimento desta modalidade no cotidiano destas sociedades, inclusive na atualidade. Em 
diversos países da Europa, tais como França, Alemanha, Dinamarca e Suécia, a ginástica fez parte da 
educação como um importante fator de desenvolvimento e de estudos sobre o movimento humano, 
dando origem a uma imensa diversidade de elementos corporais, combinações de exercícios, uso de 
aparelhos e composições de sequências de movimentos que eram apresentados ao público em festas 
cívicas e eventos populares. Este tipo de manifestação colaborou significativamente para a divulgação e 
a massificação da prática da modalidade nestas sociedades, bem como a disseminação da ideologia da 
relação entre corpo disciplinado e mente saudável. 
Veremos a seguir um pouco sobre a história da construção e do desenvolvimento dos principais 
métodos ginásticos que impulsionaram a prática desta modalidade na Europa e que também, de certa 
forma, foram os responsáveis pela introdução da ginástica no Brasil.
2.1 As escolas europeias
2.1.1 A escola francesa
O método francês foi criado com o objetivo de moldar a moral e a resistência física dos alunos. A 
ideia é tornar a ginástica uma prática séria e rigorosa que estimule a responsabilidade ea resiliência 
dos alunos. Amorós, um militar muito reconhecido, é o principal responsável pelo desenvolvimento do 
método e sua disseminação. As aulas consistiam de:
• sequências de exercícios de corridas;
• marchas;
• flexões;
• equilíbrios;
• destrezas motoras.
O objetivo principal era educar moralmente, mas para Amorós, o desenvolvimento das capacidades 
físicas também era fundamental.
A melhor maneira de divulgar tal método e conseguir novos praticantes era por meio de festivais 
e de demonstrações em eventos públicos. As apresentações contavam com exercícios de caráter 
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GINÁSTICA GERAL
muito rigoroso e com vários elementos acrobáticos em que era fundamental apresentar força, 
resistência e flexibilidade. A demonstração de habilidade e de destreza motora era fundamental 
para impressionar o público e motivar a participação de novos praticantes. A beleza e a precisão 
dos movimentos constituíam‑se em aspecto fundamental das apresentações gímnicas.
A grande intenção aqui é manter a população sadia e preparada fisicamente, além de 
promover um comportamento adequado para o melhor convívio social e o respeito às normas 
e às autoridades constituídas. A partir daqui, começam a aparecer propostas de ginásticas mais 
especializadas e individualizadas, como para mulheres, crianças e idosos. Surge a concepção de 
estender para todas as pessoas a prática da ginástica, com George Demeny como o principal 
defensor dessa ideia.
Para Demeny, o valor atribuído aos campeões e aos melhores, principalmente relacionado aos 
esportes, deveria ser questionado, uma vez que se tem muitas pessoas na sociedade que estão excluídas 
destas práticas, justamente porque elas são destinadas apenas aos habilidosos, bem‑dotados fisicamente 
e com as melhores qualidades físicas. Sua proposta então enfatiza a preocupação com a inclusão de 
todas as pessoas da sociedade nas práticas gímnicas.
Stanquevisch (2004) descreve assim o pensamento de Demeny:
A educação física dirige‑se a todos, aos fracos, sobretudo. Não é preciso 
restringir, como se faz muito frequentemente, a educação física a 
simples práticas atléticas. Estas servem antes para utilizar as forças que 
para adquiri‑las [...] sem pretender tais superioridades, todos podem se 
desenvolver e sair de um estado deplorável de inferioridade nesse aspecto. 
O fraco é tímido, bastante suscetível em questões de amor próprio; não 
se deve desencorajá‑lo, mas ao contrário, atraí‑lo para o exercício do qual 
ele necessita. Ele deve ser o objeto de atenção complacente do educador 
preocupado com a prosperidade e o futuro de seu país. Os fracos constituem 
a maioria [...].
Embora a proposta de Demeny seja inovadora e proponha a participação dos menos dotados 
fisicamente, o objetivo continua sendo o adestramento e a melhoria das capacidades físicas e da 
disciplina corporal. Isto, é claro, não permite que idosos e portadores de quaisquer necessidades sejam 
incluídos na proposta.
Uma das principais preocupações de Demeny para que sua proposta não se perdesse, principalmente 
em função da desistência da prática, era manter a motivação dos praticantes. Nesse sentido a música e 
a dança passam a ser incorporados como elementos importantes de seu método.
O contraponto desta proposta acontece com Georges Hébert, que elaborou um método baseado 
nas práticas dos homens primitivos. Os elementos corporais de sua proposta eram compostos 
basicamente de:
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Unidade I
• quadrupedia;
• corridas;
• saltos e equilíbrios.
Figura 4 – Corridas
Além de lançamentos, marchas e transportes de materiais diversos, a principal crítica de Hébert era 
em relação à artificialidade dos movimentos propostos pelos demais métodos e, portanto, sua pouca 
relação com o cotidiano dos praticantes. Faltava, no entanto, ao método natural de Demeny o elemento 
lúdico, e este aspecto foi crucial para o fato de ele não ser incluído no contexto escolar. Apesar disso a 
influência desse método é inegável para o desenvolvimento e a incorporação da ginástica como uma 
prática cotidiana na França no início do século XIX.
2.1.2 A escola sueca
A ginástica sueca surge com a proposta de ser um sistema ginástico a ser implantado nas escolas, 
então seu caráter pedagógico e educativo é bastante evidente. Seu precursor é Per Henrik Ling, para 
quem a relação entre corpo e alma deve ser considerada pela proposta, e tanto um quanto outro precisam 
participar da vivência; isso significa dizer que o praticante, diferentemente das demais propostas, precisa 
sentir prazer ao praticar a ginástica. Para que isso seja possível, Ling propõe que sejam consideradas 
as limitações dos praticantes e que a atividade seja adequada às suas possibilidades. Atualmente, 
considera‑se Ling um dos precursores da ginástica geral moderna, uma vez que, para ele, era essencial 
que a prática da ginástica não fosse acessível apenas às pessoas que possuíam as qualidades físicas 
exigidas pelas práticas tradicionais.
A ginástica sueca proposta por Ling preocupa‑se em ser educativa e social; é importante 
que os praticantes sintam alegria ao praticá‑la, ao mesmo tempo em que se reconhecem como 
portadores de possibilidades e limitações. Nesse sentido, a exclusão por falta de capacidades 
físicas correspondentes não é uma opção aceitável. O aluno da ginástica sueca proposta por 
Ling deve ser fundamentalmente uma pessoa feliz! Para ele, não se ensina nem se aprende 
nada com tristeza.
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GINÁSTICA GERAL
Apesar desses pressupostos, a rotina das aulas do método de Ling mantinha em sua rotina de práticas 
corporais a rigidez e a disciplina como elementos primordiais. Somente após a morte de Ling é que seu 
filho Hjalmar Ling desenvolveu uma metodologia mais livre e criou jogos que envolviam exercícios para 
serem desenvolvidos pelas crianças de maneira mais lúdica e livre.
O método é constituído de:
• exercícios livres masculinos e femininos;
Figura 5 – Exercícios livres masculinos
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Figura 6 – Exercícios livres femininos
• exercícios de equilíbrio e de suspensão;
Figura 7 – Exercícios de equilíbrio e de suspensão
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GINÁSTICA GERAL
Figura 8 – Exercícios de equilíbrio e de suspensão
• saltos em aparelhos e destreza com aparelhos;
Figura 9 – Saltos em aparelhos e destreza com aparelhos
• exercícios de disciplina;
• jogos motores: com características lúdicas.
Com o passar do tempo, o método sofreu grandes transformações que foram se realizando a partir 
das necessidades e dos desejos dos praticantes por uma ginástica menos sistematizada. Atualmente na 
Dinamarca a prática da ginástica é muito massificada.
Os dinamarqueses acreditavam que um instrutor de ginástica não deveria apenas instruir os 
alunos na prática dos exercícios de ginástica, mas também orientar um trabalho que conduzisse 
os alunos a uma prática consciente do objetivo da atividade. A prática da ginástica era, antes de 
tudo, uma prática educativa.
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Unidade I
2.1.3 A escola alemã
Johann Christoph Friedrich Guts Muths viveu entre 1759 e 1839 e foi um dos principais estimuladores 
da ginástica na Alemanha; suaprincipal preocupação foi com a criação de uma ginástica “pedagógica” 
que pudesse ser amplamente desenvolvida nas instituições de ensino e que ajudasse a formar homens e 
mulheres saudáveis e fortes e com um alto teor nacionalista. Portanto, a defesa do país estaria garantida 
e o respeito a seus valores e seus símbolos também. É de sua autoria o primeiro livro publicado sobre 
a sistematização da ginástica. Para Guts Muths o aprimoramento do corpo deveria vir acompanhado 
do aperfeiçoamento da mente. Nesse sentido, o melhor lugar para que essas atividades físicas fossem 
introduzidas seria o ambiente escolar, pois assim estariam reunidas as duas principais propostas 
(formação corporal/formação intelectual) em um único ambiente. Para ele, a ginástica era uma arte e 
como tal deveria ser tratada.
O principal objetivo de Guts Muths era criar possibilidades e propostas para que a ginástica primitiva 
fosse substituída por uma metodologia mais estruturada, elaborada cientificamente e voltada para o 
desenvolvimento corporal, social e patriótico dos participantes. 
No entanto, Joahnn Friedrich Ludwig Christoph Jahn é considerado o pai da ginástica alemã. Jahn criou 
um método de ginástica que incorporou o pensamento nacionalista e alterou vários termos utilizados 
originalmente trazidos do grego para palavras de origem alemã, fazendo com isso uma valorização da 
cultura e uma adequação de seus ideais nacionalistas. Suas propostas incluíram a adaptação e a criação 
de aparelhos, já utilizados pelos treinamentos militares, que foram aplicadas às práticas cotidianas de 
seus alunos. A disciplina e a exigência técnica para a execução dos exercícios eram marcas características 
dessa proposta. Jahn acreditava que a postura e a correção corporal se refletiriam da mesma forma no 
caráter de seus alunos.
O método proposto teve grande aceitação pelos jovens alemães, que gostavam de sua proposta mais 
livre, uma vez que era possível improvisar e descobrir novos movimentos e também ensinar esses “novos” 
movimentos para os demais. O termo Turkunst corresponde à expressão que caracteriza o método criado 
por Jahn e que deu início ao que atualmente denominamos ginástica artística.
Segundo Stanquevisch (2004, p. 129) o método constituía‑se basicamente de:
[...] caminhadas pelo campo; corridas em linha reta, de resistência, de fundo 
e marcha; saltar e pular (corda, altura, profundidade, distância, com vara); 
balançar como pêndulo (deste movimento nasceram os diversos exercícios 
de salto sobre cavalo, de balanço de pernas, apoios); exercícios na barra fixa 
(balanço e sustentação); exercícios nas barras paralelas (flexão e extensão); 
escalada; arremesso; puxar e empurrar (cabo de guerra); levantar cargas 
pesadas; carregar objetos pesados; alongamento; lutas e exercícios com 
arco e com cordas longas e curtas, para pular.
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GINÁSTICA GERAL
 Lembrete
Guts Muths foi o criador da ginástica pedagógica na Alemanha, tendo 
elaborado a proposta da ginástica educativa e introduzido seu método no 
sistema escolar, o que fez sua prática ser ampliada significativamente.
Mas Jahn foi o grande responsável pela criação e massificação de um método de ginástica com 
aparelhos que se difundiu mundialmente de maneira inimaginável! O método é considerado completo 
por estimular todos os segmentos corporais, além das capacidades força, flexibilidade, equilíbrio e 
coordenação. Seu método originalmente propõe “obstáculos artificiais” que devem ser ultrapassados 
pelos atletas a partir de técnicas de movimentos específicas. Com o passar do tempo e o desenvolvimento 
do método, tais obstáculos passaram a ser chamados de aparelhos de ginástica (por exemplo: cavalo 
com alças, barras paralelas, argolas, barras assimétricas etc.).
Temos ainda outro grande representante da escola alemã, Adolph Spiess, que também propunha 
um método de ginástica escolar que fosse praticado diariamente a fim de contribuir na melhoria 
das condições físicas e da saúde dos alunos. Além dos exercícios propostos por Guts Muths, Spiess 
incluiria a ordem unida, as marchas e a ginástica praticada coletivamente em formações e sequências 
determinadas, como parte integrante de sua proposta. O método proposto por Spiess foi amplamente 
utilizado pelo sistema educacional alemão.
3 A GINÁSTICA
A ginástica geral surge primeiro como uma manifestação popular que visa à participação de um 
grande número de adeptos, sem que antes tenha havido alguma organização ou sistematização de 
metodologia para a sua prática. Assim, surgem primeiramente os encontros e os festivais para as 
demonstrações de seus adeptos. Somente após esses eventos é que a FIG (Federação Internacional de 
Ginástica) inicia a organização formal dessa prática.
Segundo Stanquevisch:
uma das principais características que diferem a ginástica geral das demais 
modalidades gímnicas de competição, é a amplitude de possibilidades 
que ela tem e que não limita a participação, seja por idade, sexo ou 
condição física do praticante. A metodologia de trabalho é adequada ao 
grupo, de acordo com suas individualidades, possibilitando uma forma 
adaptada dos movimentos gímnicos, favorecendo, assim, uma maior 
participação. Além disso, outros elementos podem ser privilegiados na 
composição coreográfica, tais como a utilização de material alternativo 
e adaptado (2004, p. 51).
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Unidade I
3.1 Conceitos e definições
O conceito de ginástica geral ou da ginástica para todos, assim como a sua denominação, também 
não tem concordância unânime. Seguem alguns exemplos:
Segundo Ayoub (2003, p. 46‑7)
a Federação Internacional de Ginástica define a GG como a atividade que 
[...] compreende a esfera da ginástica orientada para o lazer e engloba 
programas de atividades no campo da ginástica (com ou sem aparelhos), 
dança e jogos, conforme as preferências nacionais e culturais [...] Ela é em 
primeiro lugar uma atividade dentro de um contexto de entusiasmo e de 
jogo, e a participação é, sobretudo, determinada pelo prazer de praticar [...].
Para Santos (2001, p. 23)
a ginástica geral [...] é um campo bastante abrangente da ginástica, 
valendo‑se de vários tipos de manifestações, tais como danças, expressões 
folclóricas e jogos, apresentados através de atividades livres e criativas, 
sempre fundamentadas em atividades ginásticas. Objetiva promover o lazer 
saudável, proporcionando bem‑estar físico, psíquico e social aos praticantes, 
favorecendo a construção coletiva, respeitando as individualidades, em 
busca da autossuperação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para 
sua prática, seja quanto às possibilidades de execução, sexo ou idade, ou 
ainda quanto à utilização de elementos materiais, musicais e coreográficos, 
havendo a preocupação de apresentar neste contexto aspectos da cultura 
nacional, sempre sem fins competitivos [...].
A primeira Gymnaestrada, que é o festival mundial no qual os grupos de ginástica geral se apresentam 
sem fins competitivos, somente com o intuito de demonstração e de congraçamento entre os adeptos 
dessa prática, organizada pela FIG, surge apenas em 1953 na cidade de Roterdã, na Holanda. Tal encontro, 
a princípio, contava apenas com representantes de países europeus e aos poucos passa a ser divulgado 
mundialmente e entra para o calendário oficial da federação. Falaremos mais especificamente sobre ela 
futuramente, na Unidade III.
Vale ressaltar que, ainda hoje, o desenvolvimento da ginástica geral no Brasil é bastante modesto, 
principalmente se comparado ao da Europa, que conta com uma grande participação popular nesses 
eventos. Os fatores que colaboram para esse fato são abordadospor Ayoub (2003) como, provavelmente, 
devidos à nossa história recente e também porque a modalidade ginástica não é uma manifestação da 
cultura corporal muito difundida em nosso país. Além disso, podem ser incluídos fatores tais como: a 
pouca estrutura para a prática das modalidades ginásticas em nosso país e também a dificuldade de 
formação profissional com competências para trabalhar nesta área.
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GINÁSTICA GERAL
Constata‑se, no entanto, que apesar de todas as dificuldades enfrentadas, houve avanços, e 
a participação do Brasil em eventos internacionais tem crescido significativamente. Nunomura e 
Tsukamoto (2009) apresentam alguns fatores que colaboraram para a ampliação do desenvolvimento 
da GG no Brasil:
• a adesão de professores universitários a esse campo de conhecimento em suas aulas de ginástica 
geral nos cursos de educação física;
• a organização de festivais por diferentes instituições;
• a participação do Brasil na Gymnaestrada;
• a implantação da GG em diversos clubes, escolas e associações;
• a criação de grupos de GG com diferentes públicos: ex‑atletas, crianças, idosos, portadores de 
deficiências diversas, alunos de escolas e universitários etc.
Tais fatores têm contribuído, ainda que de forma tímida, segundo os autores citados, para o 
desenvolvimento dessa modalidade no Brasil.
A partir de 2006, a FIG determinou que o nome ginástica geral fosse substituído por ginástica para 
todos, visando difundir e caracterizar de forma mais efetiva a compreensão de que sua prática deve ser 
absolutamente adaptada às características de seus praticantes e enfatizar a importância da compreensão 
dessa manifestação como uma vivência inclusiva e de demonstração, ou seja, não há caráter competitivo 
nos eventos que se organizam para as manifestações. A referida nomenclatura, no entanto, não foi 
assumida por todas as esferas que participam do universo ginástico; pode‑se observar essa referência nos 
currículos universitários, por exemplo, que não trocaram o nome da disciplina dos cursos de graduação.
O princípio da ginástica para todos deve ser a liberdade na utilização, tanto dos fundamentos quanto 
das possibilidades de manifestação dos elementos corporais, bem como dos materiais e equipamentos 
que fazem parte dessa vivência. Seguem ainda este princípio o número de participantes, as vestimentas 
e a idade dos participantes. Na Unidade III falaremos especificamente sobre o tema.
3.1.1 Benefícios das ginásticas
De acordo com a obra de Toledo (2001), apresentaremos a seguir os princípios e valores que devem 
ser desenvolvidos nas aulas, treinos e nos eventos de ginástica geral. São eles:
• Valorização cultural
Os elementos da cultura, assim como as vivências dos indivíduos, devem ser utilizados como 
fatores fundamentais para a criação das aulas e das coreografias. Nessas vivências, a integração 
dos diferentes elementos da cultura corporal deve ser explorada e estimulada como possibilidade 
de aprofundamento do conhecimento e da valorização da cultura regional.
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Unidade I
• Diversidade
A liberdade na utilização dos materiais, das vestimentas, dos elementos corporais e das 
manifestações da cultura, além da valorização das potencialidades individuais, sem desconsiderar 
a importância do grupo, permitem que a educação para o respeito à diversidade ocorra da melhor 
maneira possível, ou seja, através das vivências e das experiências do grupo. Nesse sentido, o 
conceito de diversidade extrapola todos os limites da teoria e passa a fazer parte das práticas 
cotidianas do grupo, colaborando para o crescimento e o fortalecimento deste. Portanto, ginástica 
geral é uma prática educativa.
• Regras simples
Os princípios da ginástica geral visam ampliar ao máximo a efetiva participação dos praticantes 
isso significa dizer que todos são responsáveis e que a colaboração de todos é fundamental para o 
grupo. Para tanto, é importante que os elementos fundamentais de sua prática sejam amplamente 
reconhecidos. A ausência de competição, a indefinição do número de participantes, bem como de 
faixa etária e também do sexo dos praticantes, deve servir de estímulo à criatividade. Apesar do 
reconhecimento de que ginástica geral é, antes de tudo, ginástica, a possibilidade de construção 
de diferentes propostas é ilimitada!
• Criatividade
A inexistência de elementos corporais obrigatórios amplia significativamente as possibilidades 
criativas da ginástica geral, pois não há “protocolos” a serem seguidos. Somem‑se a isso a 
oportunidade de utilização dos mais diversos materiais e a adaptação de aparelhos ou 
a utilização não usual dos aparelhos oficiais das diferentes modalidades das ginásticas e a 
liberdade na construção das coreografias, pode‑se esperar que as propostas e as apresentações 
de ginástica geral sejam muito criativas. Aliás, faz parte da expectativa dos participantes e do 
público frequentador de eventos de ginástica geral serem surpreendidos pelas performances 
inéditas e criativas dos grupos. Afinal, não podemos esquecer que o princípio básico da GG é a 
alegria e o prazer em sua prática e fruição.
• Interação social
Participar de grupos ou de eventos de ginástica geral é, primordialmente, relacionar‑se. O convívio e o 
encontro com os outros deve possibilitar a ampliação das percepções da diversidade de manifestações 
e de indivíduos que devem ser incluídos. Cooperar é uma condição fundamental na ginástica geral 
a prática é feita com o outro e não contra o outro. Assim, colaborar com a participação do outro, 
criar diferentes possibilidades de execução dos movimentos, adaptar materiais e equipamentos são 
parte do processo de construção das coreografias, que devem ser elaboradas sempre em função do 
grupo e das suas características, possibilidades e limitações.
Outra característica importante é a troca de conhecimentos e de experiências com os outros grupos 
participantes dos eventos. Oficinas, workshops e vivências são partes importantes destes eventos, 
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GINÁSTICA GERAL
pois são os momentos em que as experiências são compartilhadas e as diferentes manifestações 
culturais podem ser socializadas.
4 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA GINÁSTICA
4.1 Estrutura da ginástica
Para melhor entender a ginástica, é necessário analisar sua estrutura organizacional no mundo. Mas 
antes de entrarmos na estrutura da FIG (Federação Internacional de Ginástica), falaremos um pouco dos 
campos de atuação da ginástica.
Souza e Ayoub (2012) dizem que, devido à grande abrangência da ginástica, no decorrer dos tempos 
foram criadas várias modalidades com objetivos diversificados, ampliando cada vez mais as possibilidades 
da sua utilização, representadas em cinco grupos e seus respectivos campos de atuação:
• ginásticas de condicionamento físico: englobam todas as modalidades que têm por objetivo a 
aquisição ou a manutenção da condição física do indivíduo (normal ou atleta). Step, localizada, 
GAP, abdominais, musculação, Método Pilates, aulas do sistema body etc.;
• ginásticas de competição: reúnem todas as modalidades competitivas. Ginástica artística, 
ginástica rítmica, ginástica aeróbica esportiva, ginástica acrobática, trampolim acrobático e suas 
variações de provas;
• ginásticas fisioterápicas: responsáveis pela utilização do exercício físico na prevenção ou no 
tratamento de doenças;
• ginásticas de conscientização corporal: reúnem as novas propostas de abordagem do corpo, 
também conhecidas por técnicas alternativas ou ginásticas suaves. Têm comopioneira na década 
de 1970 a antiginástica;
• ginásticas de demonstração: não têm caráter competitivo; a sua função principal é a interação 
social, isto é, a formação integral do indivíduo em seus aspectos motor, cognitivo, afetivo e social. 
É representante desse grupo a ginástica geral.
Agora trataremos da questão organizacional no mundo. Abordaremos a Federação Internacional 
de Ginástica (FIG), que é a organização mais antiga e com maior abrangência internacional na área 
da ginástica. Está subordinada ao Comitê Olímpico Internacional (COI), sendo responsável pelas 
modalidades gímnicas que são competitivas nos jogos olímpicos. É a federação com maior influência 
na ginástica mundial.
A convivência de modalidades competitivas e demonstrativas em uma mesma federação é uma 
característica da FIG reafirmada nas palavras de Yuri Titov, presidente dessa instituição de 1976 a 1996, 
no documento de propaganda da ginástica geral (FIG [199‑]:04): “Nós somos a primeira federação 
internacional que se dedica tanto ao esporte competitivo como ao esporte recreativo [...]”. Esse é o 
grande diferencial da FIG em relação às outras federações desportivas.
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Sobre os jogos olímpicos a ginástica é oficialmente representada nas modalidades:
• ginástica artística masculina desde 1908 em Londres;
• ginástica artística feminina desde 1928 em Amsterdã;
• ginástica rítmica desde 1984 em Los Angeles;
• ginástica de trampolim desde 2000 em Sydney.
 Lembrete
A ginástica geral esteve sempre presente abrilhantando as cerimônias 
de abertura dos jogos olímpicos, quando a plástica, a beleza, a criatividade, 
a expressividade e um número grande de participantes fazem desse evento 
um dos pontos altos dos jogos.
A FIG atualmente é composta de sete comitês, sendo seis relativos a modalidades competitivas e um 
relativo à ginástica geral que tem caráter demonstrativo.
Segue a lista com os comitês:
• ginástica artística masculina: GM (mens artistic: MAG);
• ginástica artística feminina: GF (womens artistic: WAG);
• ginástica rítmica: GR (rhytmic: RG);
• ginástica aeróbica esportiva: GAE (aerobic: AER);
• ginástica acrobática: GAC (acrobatic: Acro);
• ginástica de trampolim: GTR (trampoline: TRA);
• ginástica geral/ginástica para todos.
Veremos cada uma das modalidades de forma mais específica, mas ainda resumidamente diante de todo 
o contexto, para conhecer cada modalidade esportiva e suas características básicas.
4.1.1 Ginástica aeróbica esportiva (GAE)
A ginástica aeróbica é uma modalidade esportiva que integra ritmo, movimento e cooperação, 
contribuindo para o desenvolvimento motor, afetivossocial e cognitivo, sendo assim considerada uma 
nova possibilidade de atividade para a educação física escolar.
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GINÁSTICA GERAL
Daremos um breve histórico sobre a modalidade e seus principais acontecimentos.
A ginástica aeróbica alcançou seu auge nos anos 1980, quando vários atletas de elite conquistaram 
títulos internacionais.
Cooper (1970) realizou diversos estudos sobre a importância dos exercícios aeróbios para o 
emagrecimento e a redução do surgimento das doenças cardíacas e respiratórias. O objetivo do seu 
trabalho era minimizar o sedentarismo e o estresse da vida moderna da população urbana dos EUA e 
do mundo. Em 1968, ele publicou sua primeira obra Aerobics e, em 1970, The New Aerobics e Aerobics 
for Women nas quais buscou levar as pessoas a conscientizar‑se dos benefícios dos exercícios regulares, 
predominantemente os aeróbios, e propôs um novo conceito de aptidão física.
Cooper (1970) definiu e conceituou o termo aeróbica como as “atividades do coração e dos pulmões 
por um período de tempo suficientemente longo para produzir alterações benéficas no organismo”, por 
exemplo, nadar, correr, andar e pedalar. Finalmente, em 1977, ele publica The New Way, realizando uma 
síntese de todos os seus estudos.
Dessa forma, a aeróbica ganhou força e adeptos. Um de seus adeptos, Jacki Sorensen, em 1971, 
elaborou o programa aerobic dancing, subdividindo as sessões da aula em quatro partes: aquecimento, 
flexibilidade, rotinas de dança aeróbica e esfriamento. Foi uma das atividades pioneiras em combinar 
passos de dança e música.
No final da década de 1970, a Dra. Phillys C. Jacobson elaborou a obra denominada Hooked on 
Aerobics, em que fundamenta melhor os aspectos fisiológicos e pedagógicos do trabalho individualizado 
de condicionamento físico com o objetivo de aprimorar a condição física total dos participantes de 
todas as idades (GUISELINI; BARBANTI, 1985).
Dessa forma se estabeleceram as bases do método aeróbico dos EUA. Logo depois foram difundidas 
para a Europa e diversos países.
No Brasil, entre os anos de 1981 e 1982, os profissionais de Educação Física começaram a se 
interessar pela ginástica aeróbica, e a partir daí um grande número de academias se interessou pela 
atividade.
A ginástica aeróbica surgiu como uma forma de praticar exercícios físicos para o público em geral 
no fim da década de 1980, mas logo se transformou, também, em uma modalidade competitiva de alto 
nível (AYOUB, 2003).
O primeiro campeonato de ginástica aeróbica data de 1984, nos EUA, e obteve muitos adeptos desde 
o início e se fortaleceu com participantes nos anos subsequentes (DUARTE, 2000).
Em 1994 a Federação Internacional de Ginástica (FIG) organizou e estruturou os regulamentos gerais 
e específicos do Campeonato Mundial de Ginástica Aeróbica em Paris em 1995.
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Atualmente o número de atletas que praticam a ginástica aeróbica é baixo no Brasil, de acordo com a 
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), mas ainda ocorrem campeonatos nacionais e internacionais. 
A CBG é responsável por competições, cursos de arbitragem e cursos técnicos.
O nível dos atletas brasileiros ainda é muito alto, pois muitos pertencem à elite da modalidade, 
mas a base infelizmente está muito fraca, precisando de trabalho de massificação para que continue 
a progredir.
4.1.2 Características da modalidade
Como em todas as formas de ginástica, a ginástica aeróbica tem mudanças em seu regulamento a 
cada quatro anos, sendo a FIG responsável por tal regulamentação, sempre após o ciclo olímpico.
A GAE é uma modalidade esportiva na qual os atletas apresentam uma rotina coreográfica, com o 
tempo de 1’45”, com tolerância máxima de cinco segundos para mais ou para menos. As rotinas são 
compostas de combinações complexas e de alta intensidade de passos básicos, que vêm da tradicional 
dança aeróbica, e elementos específicos de dificuldade da modalidade, que cumprem as famílias 
obrigatórias de movimento.
O atleta deve demonstrar os componentes de fitness, incluindo resistência cardiovascular, 
força, resistência muscular, flexibilidade, coordenação, agilidade e força explosiva, através de 
padrões de movimentos contínuos. É necessário combinar os sete passos básicos da dança 
aeróbica com padrões de movimentos de braços, executados de acordo com a música, a fim de 
elaborar sequências rítmicas, dinâmicas e contínuas de movimentos de alto e baixo impacto 
(CBG, 2005).
A apresentação é executada em um palco delimitado com fitas demarcatórias, em uma área de 7 m², 
acompanhada por música adequada. Em competições para nível iniciante, a apresentação pode ocorrer 
em uma quadra esportiva ou um piso de dança.
Na categoria adulta a competição é feita da seguinte forma:
• doze elementos de dificuldades que variam entre letra A (0,10) e letra F (0,60); o A tem menor graude dificuldade e vai subindo até o F, que tem o valor maior de dificuldade;
• o participante deve apresentar pelo menos um elemento de cada família. São quatro famílias, que 
correspondem ao que segue.
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— força dinâmica: família das flexões de braços, quedas livres, círculo de pernas e cortadas;
— flexões de braços;
a) b) c)
d) e) f)
Figura 10 – a) Triceps push‑up (fase 1), b) Triceps push‑up (fase 2), c) Triceps push‑up (fase 3), 
d) Hinge push‑up (fase 1), e) Hinge push‑up (fase 2) e f) Hinge push‑up (fase 3)
— quedas livres;
a) b)
Figura 11 – a) Free fall legs together (fase 1) e b) Free fall legs together (fase 2)
— flexão Wenson;
Figura 12 – Wenson push‑up
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— força estática: família dos esquadros;
a) b)
Figura 13 – a) Straddle support (afastado) e b) L‑straddle support (fechado)
— pranchas;
Figura 14 – Support‑lever legs apart (pranchinha com pernas afastadas)
— força explosiva: família dos saltos;
a) b)
Figura 15 – a) Tuck jump (salto grupado) e b) Cossack jump (salto gato)
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— flexibilidade: família da flexibilidade e variações;
a)
b) c)
Figura 16 – a) Sagital split (espacato sagital), b) Vertical split (pounché) e c) Sagital balance (Y ou pegada)
A GAE é composta de sete passos básicos e quatro grupos de elementos de dificuldade como descritos 
anteriormente, além de elevações, transições e ligações entre os movimentos.
Os setes passos básicos da GAE são:
• marcha: o movimento tradicional de baixo impacto;
• corrida ou jog: uma marcha de alto impacto;
• elevação de joelho: pode ser utilizado o alto ou baixo impacto, e a flexão do joelho deve ser no 
mínimo de 90 graus;
• chute alto: em qualquer altura, deve ser executado pelo quadril (articulação coxofemoral) com 
joelhos estendidos, podendo ser de alto ou baixo impacto;
• polichinelo: passo básico de alto impacto;
• afundo ou lunge: movimento de alto ou baixo impacto em que as pernas são afastadas, por meio 
do toque atrás, ao lado ou à frente, com a ponta de um dos pés;
• chutinho ou skip: movimento de alto ou baixo impacto, em qualquer direção, que ocorre com a 
flexão da articulação do quadril, com joelhos estendidos, e o pé da perna elevada fica abaixo da 
linha do quadril.
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Figura 17 –Corrida ou jog Figura 18 – Elevação de joelho Figura 19 – Chute alto
Figura 20 – Polichinelo Figura 21 – Afundo ou lunge Figura 22 – Chutinho ou skip
Tudo o que vimos previamente é avaliado por meio de três méritos (bancas): dificuldade, técnico 
e artístico. O árbitro‑chefe analisa a nota dos demais árbitros de todos os méritos e faz deduções ou 
despontuações para as rotinas que demonstraram alguma irregularidade. Assim, faz‑se a soma de todas 
as médias das três bancas e das deduções do árbitro‑chefe para se obter a nota final do ginasta.
Os critérios de arbitragem da GAE são divididos nas seguintes bancas:
• artística: avalia a composição da coreografia, o equilíbrio, a variedade, a colocação no espaço e a 
integração dos movimentos com a música, assim como a adequação da coreografia ao competidor, 
e a sua capacidade de apresentá‑la de forma original, cativante e com energia natural. A nota 
máxima para esse critério é 10,0 pontos;
• execução: avalia a perfeição de todos os movimentos da coreografia, havendo deduções quando 
desvios ou erros são cometidos. A nota máxima para esse critério é 10,0 pontos;
• dificuldade: avalia a validade dos elementos de força dinâmica, força estática, saltos, flexibilidade 
e equilíbrios, apresentados pelo ginasta, conforme os valores e requerimentos mínimos citados no 
código de pontuação. A soma total dos valores dos elementos validados será dividida por dois e 
assim se dará a pontuação de dificuldade.
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O árbitro‑chefe da competição controla o trabalho dos demais árbitros e dá deduções por vestuário 
incorreto do ginasta, movimentos proibidos, entre outros, além de dar advertências e desqualificações. 
Os dois árbitros de linha observam as faltas de linha (quando o ginasta pisa fora da área de competição), 
e o árbitro de tempo controla a duração das músicas e dá dedução quando são muitos longas ou muito 
curtas. A pontuação final é a soma das notas das bancas artística, execução e dificuldade menos as 
deduções eventualmente ocorridas.
Dentro desse curto espaço de tempo os atletas precisam apresentar exercícios executados com a 
melhor postura e técnica possível. E os atletas podem se apresentar dentro das seguintes categorias:
• individual masculino ou feminino;
• dupla mista;
• trios;
• equipes compostas de seis a oito atletas.
 Observação
“O grupo de pares ajuda as crianças a aprender a se relacionar em 
sociedade – a ajustar suas necessidades e desejos dos outros, quando ceder, 
e quando ficar firme” (PAPALIA; OLDS, 1981, p. 215).
Quando analisamos a ginástica aeróbica podemos relacioná‑la com características motoras, cognitivas 
e afetivossociais das crianças. Nesta faixa etária estas aptidões físicas precisam ser desenvolvidas, tanto 
aquelas relacionadas à saúde quanto as habilidades motoras; sendo assim, a GAE também é uma forma 
adequada para desenvolvê‑las principalmente com relação à coordenação motora.
O estímulo de habilidades motoras, que envolve o controle perceptivo‑motor, às vezes com idade 
entre 7 e 10 anos, é imprescindível, pois as crianças necessitam de ter noções corporal, espacial, temporal 
e direcional. Elas são importantes para o desempenho de habilidades motoras esportivas (NUNOMURA; 
TSUKAMOTO, 2009).
 Saiba mais
Para mais informações sobre códigos e regulamentos consulte o site da 
Confederação Brasileira de Ginástica: Código de pontuação da Federação 
Internacional de Ginástica. Tradução em português, [s. I.], 2005.
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4.1.3 Ginástica acrobática
É a mais nova modalidade da FIG. Surgiu nos últimos 30 anos como uma nova forma competitiva e 
é caracterizada pela execução de exercícios de força, equilíbrio, flexibilidade e agilidade. É um esporte 
bonito, dinâmico e espetacular para homens e mulheres. Engloba muitos movimentos de solo da 
ginástica artística em suas séries, movimentos rítmicos que ligam os exercícios dinâmicos e estáticos. 
Além da aquisição da noção espaçotemporal, da esquematização corporal, da coordenação estática, da 
coordenação coletiva, da cooperação, da autonomia e da autoconfiança.
Essa modalidade não exige altos investimentos para a aquisição de materiais se comparada a outras 
modalidades ginásticas. Pode ser praticada simultaneamente por um grande número de ginastas de 
estruturas físicas diferentes e permite longevidade esportiva, por isso se mostra uma modalidade 
relevante na composição do universo ginástico.
4.1.4 Aspectos históricos
De acordo com Astor [s.d.], nos mais antigos monumentos do Egito foram gravadas cenas da 
vida da antiguidade, as quais representavam exercícios acrobáticos, atividades precursoras dos 
esportes acrobáticos.
Na Grécia antiga, a acrobacia desenvolveu‑se simultaneamente com as demais artes e foram 
representadas em diversosvasos pintados, estátuas, cerâmicas e murais da época.
A acrobacia foi desenvolvida em grande parte do século VII, devido à criação do circo.
A China, o Japão e a Índia tiveram acrobatas de destaque e conservam, até hoje, a tradição acrobática, 
que tem raízes mais profundas.
Durante a Idade Média, os exercícios acrobáticos continuaram a se expandir, graças a pequenas 
troupes ambulantes que viajavam de cidade em cidade, de castelo em castelo, executando números 
acrobáticos e recitando poesias e canções.
Durante o século XVI foram publicadas, na Europa, as primeiras obras técnicas sobre acrobacia. Dessa 
data até 1920, alguns trabalhos técnicos foram publicados, em diversas línguas, mas foi somente depois 
de 1920 que se desenvolveu a bibliografia da acrobacia (ASTOR, [s.d.])
As primeiras competições mundiais datam de 1973 – quando foi fundada a Federação Internacional 
de Esportes Acrobáticos (IFSA) – faz parte do programa dos jogos mundiais (competições organizadas 
pelo Comitê Olímpico Internacional um ano após as Olimpíadas).
Em 1988, a IFSA se fundiu à Federação Internacional de Ginástica (FIG) e, no Brasil, à Confederação 
Brasileira de Ginástica (CBG) e à Liga Nacional de Desportos Acrobáticos e Ginástica Geral que são as 
duas principais entidades responsáveis pela organização da GAC.
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Provas ou especialidades
As provas ou especialidades da GAC são praticadas em cinco provas oficiais, a saber:
• pares femininos;
• pares masculinos;
• pares mistos;
• trios (somente ginastas do sexo feminino);
• quartetos (somente ginastas do sexo masculino).
É importante ressaltar que as pirâmides humanas, quando forem executadas fora do contexto 
competitivo, ou seja, em apresentações, poderão ser feitas com qualquer número de pessoas, 
independentemente de sexo, idade e estatura.
Funções específicas
De acordo com sua estrutura física e capacidade física, os ginastas desempenham funções específicas 
durante sua série, que podem ser as seguintes:
• base: ginastas que suportam outros ginastas ou projetam;
• intermediário: ginastas que ajudam a suportar ou projetar outros ginastas ou executam 
posições intermediárias;
• volante ou top: ginasta que é projetado ou suportado pelos outros ginastas e, frequentemente 
está no topo das pirâmides.
Sugere‑se que a diferença de peso corporal entre a base e os demais ginastas seja de no mínimo 15 kg, 
o que evitaria possíveis lesões ou malformações nos praticantes (ALMEIDA, 1994).
Nas competições oficiais, os atletas são divididos por categorias de acordo com o ano do nascimento. 
Além disso, existe uma regra que relaciona a estatura dos ginastas para definir as funções específicas de 
cada um. De acordo com o código de pontuação de desportos acrobáticos, [...] a pessoa mais baixa do 
par/grupo não pode ser mais baixa que o ponto supraesternal do seu parceiro (par) e do parceiro mais 
próximo do seu tamanho (grupos) [...] (AYOUB, 2003).
Formam a composição dos pares e grupos:
• nas duplas temos o volante e a base. O volante executa os equilíbrios e os mortais e a base 
sustenta os equilíbrios e lançamentos do volante partindo de posições diferentes;
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Unidade I
• nos trios temos o volante, o intermediário e a base. O volante executa os equilíbrios e os mortais, 
o intermediário sustenta o volante junto com a base nos equilíbrios e ajuda a base a lançar o 
volante nos mortais. Os intermédios também podem atuar junto com a base auxiliando‑o; passam 
assim a ser “base” também;
• no quarteto temos um volante, dois intermediários e a base. O volante executa os equilíbrios e os 
mortais, os intermediários sustentam o volante junto com a base nos equilíbrios e ajudam a base 
a lançar o volante nos mortais. O intermediário também pode ser lançado para um mortal junto 
com o volante;
• nos pares mistos, a base é o ginasta masculino e o volante é a ginasta feminina;
• nos trios todas as ginastas são femininas;
• nos quartetos todos os ginastas são masculinos.
Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica
 Observação
Rotina é a sequência de movimentos e exercícios apresentados em um 
determinado espaço de tempo.
Grupo de exercícios obrigatórios
O grupo de exercícios obrigatórios forma as séries da ginástica acrobática que são apresentadas em 
um tablado de 12 x 12 m e acompanhadas por música e coreografia. As séries são executadas dentro de 
no máximo dois minutos e trinta segundos (não está estipulado o limite mínimo) para as séries estáticas 
e dinâmicas, e três minutos para as séries combinadas, sendo realizadas com música, sem letra, mas a 
voz é permitida como instrumento.
A classificação dos exercícios da ginástica acrobática é (MERIDA, 2009):
• elementos individuais: são os elementos que cada ginasta deve executar durante a série.
— tumbling (exercícios acrobáticos);
— flexibilidade;
— equilíbrio (manutenção de dois segundos);
— coreográficos.
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GINÁSTICA GERAL
• Exercícios estáticos: são compostos de pirâmides estáticas, em que os ginastas permanecem 
em contato durante todo o tempo de duração da figura. O tempo de permanência nas 
figuras é de três segundos.
• Exercícios dinâmicos: são compostos de pirâmides dinâmicas. Os exercícios dinâmicos têm de 
demonstrar fases de voo, lançamentos e recepções. Os ginastas devem utilizar a maior variedade 
de rotações (frente, trás, piruetas) e diferentes posições corporais (grupado, carpado e estendido). 
São definidas cinco categorias de elementos (AYOUB, 2003):
— de parceiro para parceiro;
— do chão para o parceiro;
— do parceiro para o chão;
— do parceiro para o chão, após um breve contato com o parceiro;
— do chão, com uma breve assistência do parceiro, para o chão outra vez.
• Exercícios combinados: são compostos de elementos individuais e exercícios estáticos e dinâmicos 
combinados.
— Monte: é um elemento técnico no qual os ginastas sobem sobre os parceiros, podendo descrever 
uma fase de voo ou aproveitando os segmentos dos parceiros com apoios para a subida, sem 
perder o seu contato.
— Desmonte: é um elemento técnico no qual os ginastas perdem o contato com os parceiros, 
existindo uma fase de voo prévia entre a projeção e a recepção. Um desmonte deverá ser 
sempre seguro e reduzir ao máximo os riscos de queda (ALMEIDA, 1994).
• Pirâmides: possuem a seguinte classificação por altura (MERIDA, 2009):
— pirâmides de solo: são figuras em que o ponto de apoio do volante está abaixo da linha da 
cintura do base;
— pirâmides de meia‑altura: são figuras em que o ponto de apoio do volante está na cintura do base;
— pirâmides de primeira altura: são figuras em que o ponto de apoio do volante está na linha dos 
ombros do base;
— pirâmides de uma altura e meia (somente trios e quartetos): são figuras em que um atleta está 
com seu ponto de apoio na linha da cintura, e o outro, na linha dos ombros;
— pirâmides de segunda altura (somente trios e quartetos): são figuras em que o volante está 
com o ponto de apoio na linha dos ombros do base;
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— pirâmides de duas alturas e meia (somente trios e quartetos): são figuras em que um atleta está 
com o apoio na linha da cintura e os outros, na linha dos ombros;
— pirâmides de terceira altura (somente quartetos): são figuras em que os intermediários e o 
volante estão com os pontos de apoio na linha dos ombros.Colocaremos alguns desenhos como exemplos para que o aluno tenha uma base das possibilidades:
• duplas:
Figura 23 – Avião de costas Figura 24 – Volante sentado com apoio dos pés
Figura 25 – Beliche
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a) b) 
Figura 26 – a) Bandeira de frente (fase 1) e b) Bandeira de frente (fase 2)
Figura 27 – Parada de ombros Figura 28 – Subida nos ombros
• trios:
Figura 29 – Pirâmide de meia‑altura
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• quartetos:
Figura 30 – Primeira altura em quarteto
Figura 31 – Pirâmide em seis apoios em quarteto
Figura 32 – Sugestões em quartetos
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4.1.5 Segurança
A segurança é um fator primordial para evitar riscos de lesões e minimizar quedas maiores; assim, 
devemos observar cinco tópicos básicos a que o professor e os praticantes devem estar atentos:
• verificar se pegadas, lançamentos e suportes estão de acordo com o nível técnico do ginasta;
• conhecimento, conscientização e execução das técnicas corretas de cada figura;
• auxílio do base durante as aterrissagens ou eventuais quedas;
• quando necessário, o professor deve usar a ajuda manual, geralmente na cintura do volante;
• quando necessário, deve utilizar materiais de auxílio (colchão gordo, cinto, colchões de proteção).
4.1.6 Aspectos didáticos
O método global é o mais simples e que se adapta às figuras de menor dificuldade. Consiste na 
execução completa e global da figura. O sucesso desse método depende da explicação teórica das 
técnicas de execução que cada praticante deve realizar. Caso seja necessário, o professor deve auxiliar o 
grupo durante as primeiras execuções (ALMEIDA, 1994).
O método das etapas consiste na execução de educativos preparatórios, com níveis de complexidade 
crescente, que representam etapas do processo de ensino da figura em questão (ALMEIDA, 1994).
Para finalizarmos sobre a ginástica acrobática, vale ressaltar que na fase de aprendizagem, ou seja, 
na iniciação, é importante que a criança passe por todas as funções (volante, intermediário e base), para 
que possa vivenciar melhor o seu corpo, enriquecendo assim mais o seu repertório motor. Os grupos 
devem ser trocados frequentemente, duplas, trios, quartetos, para que tenham convivência com diversas 
pessoas, aumentando a sociabilidade e, por consequência, o afetivo e o cognitivo.
A questão da ajuda recíproca dos grupos deve ser enfatizada, tanto pelos princípios da cooperação 
quanto pela segurança, o que proporciona à criança responsabilidade através da educação.
Propiciar momentos de criatividade, como criação de figuras, ampliar o repertório motor, autonomia como 
indivíduo e satisfação pessoal são alguns dos aspectos que a ginástica acrobática pode proporcionar pela sua prática.
4.1.7 Ginástica de trampolim
A ginástica de trampolim é, dentre as ginásticas, a menos conhecida como esporte. Entretanto, é 
bastante conhecida como um elemento do circo. O trampolim é muito utilizado como um aparelho 
auxiliar, para o aprendizado de exercícios que tenham uma fase aérea (mortais), como na ginástica 
artística, saltos ornamentais, esqui, alguns esportes radicais, entre outros. Além de ser encontrado em 
áreas de lazer infantis, shoppings e buffets, pois é popularmente chamado de cama elástica.
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Unidade I
O seu maior benefício está no desenvolvimento da coordenação motora e da consciência cinestésica, 
bem como da autoconfiança e da autoestima. Por causa dos benefícios proporcionados aos seus 
praticantes, a GTR tem sido estudada por pesquisadores e terapeutas que começaram a utilizá‑la com 
crianças portadoras de diversas síndromes e deficiências. As atividades realizadas sobre o trampolim são 
muito interessantes e prazerosas para pessoas de todas as idades.
Aspectos históricos
O trampolim surgiu há centenas de anos. Embora não seja possível precisar exatamente 
a sua origem, sabe‑se que durante a idade média havia alguns precursores: os acrobatas de 
circo, que utilizavam tábuas flexíveis nas suas apresentações; e os trapezistas, que realizavam 
novos saltos a partir do impulso da rede de segurança.
Essas podem ou não ser as verdadeiras origens do trampolim, mas é certo que no início 
desse século havia apresentações que usavam uma “cama de pular” para entreter as plateias. 
A cama de pular era, na realidade, um pequeno trampolim coberto com roupas de cama 
sobre o qual os artistas desempenhavam a maior parte de seus atos.
Por outro lado, o trampolim em si, na história circense, foi desenvolvido primeiramente 
por um artista chamado Du Trampolin, que viu a possibilidade de usar a rede de segurança 
do trapézio como uma forma de propulsão e aparelho de decolagem e a experimentou com 
diferentes sistemas de suspensão, finalmente reduzindo a rede a um tamanho prático para 
performances em separado.
No entanto, o trampolim como esporte foi criado apenas em 1936 por George Nissen. 
Em pouco tempo, foi introduzido como modalidade esportiva nos programas de educação 
física em escolas, universidades e treinamentos militares. Recentemente o trampolim virou 
moda nas academias de ginástica de todo o mundo.
Na Segunda Guerra Mundial, também se utilizou o trampolim. A escola da marinha e 
aeronáutica dos EUA aplicou o uso do trampolim no treinamento de seus pilotos e navegadores. 
Oportunizando‑lhes a prática concentrada em orientação, de uma forma que nunca fora possível 
de ser trabalhada antes. Depois da guerra, o desenvolvimento do programa espacial trouxe 
novamente o trampolim, para contribuir no treinamento tanto de astronautas americanos 
quanto de soviéticos, dando a eles a experiência de posições corporais variadas em voo.
Londres sediou em 1964 e 1965 as primeiras competições internacionais da modalidade. 
A partir dessa época, mais de 54 países já disputaram os campeonatos mundiais, realizados 
a cada dois anos. O trampolim e o trampolim acrobático chegaram ao Brasil em 1975, 
trazidos pelo professor José Martins de Oliveira Filho. Os campeonatos regionais e nacionais 
logo se popularizaram. Em 1990, na Alemanha, o Brasil participou pela primeira vez de um 
campeonato mundial. Desde então, o país vem, a cada campeonato mundial, aumentando 
a sua participação e conquistando destacadas posições, no trampolim acrobático, por 
exemplo, o país já possui seis participações.
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Nos EUA, foi percebido pelos professores de educação física, que o trampolim tinha 
algo a oferecer as pessoas que o praticavam. Essa percepção se deu a partir da observação 
dos benefícios físicos nos quais essa atividade havia produzido durante os anos de guerra 
e também do entusiasmo daqueles que praticavam, e o trampolim foi introduzido nos 
programas de educação física escolares.
Em 1997, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou a inclusão do trampolim 
como modalidade olímpica. Porém seu reconhecimento como uma modalidade esportiva 
ocorreu em 1998 e a Federação Internacional de Ginástica oportunizou sua estreia nos 
jogos olímpicos de Sydney, dois anos mais tarde. Assim, o esporte participou pela primeira 
vez de jogos olímpicos em Sidney, Austrália (2000).
No Brasil, o esporte obteve repercussão quando o atleta carioca Rodolfo Rangel 
conquistou o 1o lugar na prova de duplo mini trampolim do campeonato

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