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Apelação semana 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DO PARANÁ
Autos n°....
LEONARDO, pelo advogado devidamente constituído nos autos, que a esta subscreve, nos autos da AÇÃO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, movida por GUSTAVO, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, após o devido preparo, conforme artigo 1.007 do Código de Processo Civil, interpor a presente
APELAÇÃO
cuja juntada requer, com o seu regular processamento e posterior remessa ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, apresentando as razões consistentes nas laudas anexadas.
Nestes termos,
	pede deferimento.
Curitiba, 23 de outubro de 2017
________________________________________
Advogado
OAB/UF 
RAZÕES DE APELAÇÃO
Apelante: Leonardo
Apelado: Gustavo
Ação: Pedido de indenização por dano material
Processo nº....
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Eminentes Julgadores.
I - EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
O apelado ajuizou ação com pedido de indenização por dano material em face do apelante, em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão, de propriedade do apelante, seu vizinho, provocando-lhe corte profundo na face.
Em consequência do ocorrido, o apelado alegou ter gasto R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar comprovados pelo apelado através de notas fiscais emitidas pelo hospital em que o mesmo fora atendido e ainda R$ 2.000,00 em medicamentos, este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia.
O apelante, citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação do apelado que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado, na indenização, o valor gasto com medicamentos.
Contudo, o magistrado proferiu sentença condenando o apelante a indenizar o apelado pelos danos materiais, no valor de R$ 5.000,00, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o apelado alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, o apelante foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6.000,00.
A R.Sentença recorrida deve ser ANULADA eis que extra petita. Entendendo diversamente seja a mesma reformada no sentido explicitado nos “pedidos”.
II – PRELIMINARMENTE, DA NULIDADE/REFORMA DA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
	Tendo em vista o disposto no artigo 1.009, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil, não são atingidas pela preclusão as decisões interlocutórias que possam ser impugnadas por Agravo de Instrumento. E, no caso concreto, verifica-se que a decisão de fls. ..., que deferiu o pleito do apelado deve ser invalidada e reformada, pelos seguintes motivos:
Da falta de comprovação dos gastos com medicamentos no valor de R$ 2.000,00, alegado pelo apelado;
Da indenização por danos morais no valor de R$ 6.000,00, não pleiteado pelo apelado, parte da sentença é extra petita.
III - RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
Cabe esclarecer que o animal do apelante apenas avançou no apelado, causando as lesões que este alega ter sofrido, uma vez que o mesmo jogava pedra no animal, tratando-se assim de culpa exclusiva da vítima conforme preceitua o artigo 936, do CC/02, que dispõe que “o dono, ou o detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”.
Alega ainda o apelado que, em face do ocorrido, gastou R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos, porém, os gastos com medicamentos não foram comprovados através de notas fiscais, alegando tê-los esquecido de pegá-los na farmácia, sendo assim não há a sua comprovação desses gastos, não há que se falar em indenização dos mesmos.
IV - RAZÕES DE DECRETAÇÃO DE NULIDADE
O magistrado, ao proferir a sua sentença, além de condenar o apelante ao pagamento de indenização por danos materiais ao apelado, no valor total de R$ 5.000,00, também o condenou ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, no valor de R$ 6.000,00, ocorre que em nenhum momento o apelado pleiteou dano moral ao apelante, sendo assim, essa parte da sentença extra petita, uma vez que o juiz concedeu algo distinto do pedido formulado na inicial pelo apelado, isto é, o dano moral em momento algum foi pleiteado pelo apelado em sua exordial.
V - PEDIDO DE NOVA DECISÃO
Requer que o recurso seja conhecido e, ao final, dê provimento para reformar parcialmente a sentença proferida pelo magistrado para julgar improcedente o pedido de indenização por danos materiais no valor de R$ 5.000,00, e anular a outra parte da sentença que condenou o apelante em indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00, uma vez que estes jamais foram pleiteados pelo apelante.
Nestes termos,
pede deferimento. 
Curitiba, 23 de outubro de 2017
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 Advogado
 OAB/UF

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