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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) MINISTRO (A) PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLITICO UNIDOS DA ODEBRECHT-UÓ, partido político com inscrição no CNPJ sob o nº..., com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade de ..., vem, por intermédio do seu advogado legalmente constituído (procuração em anexo), com fundamento legal nos artigos 102, I, "a" e 103, VIII, da Constituição Federal, arguir a INCONSTITUCIONALIDADE da Lei nº ..., de 01/03/2016, sancionada pala Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, pelos fundamentos legai expressos a seguir:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
	
Em face de dispositivos a seguir dispostos, da Lei º nº ... de 01/03/2016, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos
DOS FATOS
Em 01 de Março de 2016 a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas editou a Lei nº 8888, qual estabelece que a concessionária exploradora de serviço de fornecimento de energia elétrica no território do Estado (CEAL) fica obrigada a remover, sem qualquer ônus para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos. 
Não há Lei complementar que autorize excepcionalmente ao Estado de Alagoas dispor sobre a questão, sendo certo que, ao contrário, no âmbito federal existe norma expedida pela agência reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos usuários interessados.
Existe notícia que de o Governador do Estado vetou integralmente o projeto de Lei Estadual, mas restou superado pela vontade da Assembleia legislativa, que, ao final, promulgou a referida Lei. É o que importa relatar.
DA FUNDAMENTAÇÃO
DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 8888/2016.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 21, XII, “b’’, trata das competências da União, destacando que se insere em seu campo a exploração, mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica. Senão, vejamos:
Art. 21. Compete à União legislar:
(...)
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
(...)
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
Ademais, em seu art. 22, a Constituição atribui à União a competência para legislar sobre energia. Vejamos:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...)
IV - águas, energia, informática, telecomunicações E radiodifusão;
Neste curso, percebe-se que o Estado invadiu competência atribuída à União quando editou a Lei ora atacada.
Analisando mais a fundo o caso em deslinde, nota-se que a Lei continua a invadir competência de outro ente federativo, na medida em que deixa à cargo da Concessionária de Serviços Públicos a remoção dos postes. Ora, Excelência, ao dispor nesse sentido, a referida Lei corrompe a política na exploração de energia elétrica, violando mais um ditame constitucional, aquele preconizado no art. 175, o qual transcrevo a título de elucidação:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
 
Os estados, os municípios e o Distrito Federal, nesta verga, não podem, pela via reflexa de suas leis, legislar sobre atividades cuja competência, nos termos da Carta Magna, é privativa da União. O que se verifica, pois, é a ausência de limitação prévia para essa atuação, o que ocasiona transtornos operacionais às concessionárias de energia elétrica.
Como se sabe, o Sistema de Controle de Constitucionalidade no Brasil é misto, podendo ser exercido na forma concentrada ou difusa. Neste viés, afirma o jurista Calil Simão:
O sistema destina-se a analisar a lesão dos direitos e garantias previstos na Constituição de um país, objetivando assegurar a observância das normas constitucionais e, consequentemente, a sua estabilidade e preservação”.
Vale consignar a existência de precedentes já consolidados pelo Judiciário brasileiro, seja no âmbito do controle de constitucionalidade concentrado, seja no difuso, bem como em discussões em trâmite no Poder Judiciário a respeito de leis invasoras de competência federal, que criam obrigações para as concessionárias de distribuição e de geração de energia elétrica, os quais passo a colacionar, a título de elucidação:
ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL No 1.803/2012, do MUNICÍPIO DE PATY DO ALFERES. OBRIGAÇÃO DA CONCESSIONÁRIA A INSTALAR MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA NOS IMÓVEIS DO MUNICÍPIO E SANÇÃO PARA O DESCUMPRIMENTO. INVASÃO DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO. INCONSTITUCIONALIDADE.
Ingerência inconstitucional na competência legislativa privativa da União Federal, pois está regulando condições para a prestação do serviço de energia elétrica. Vício de inconstitucionalidade formal.Precedentes do Supremo Tribunal Federal. A permissão do regramento atinente à energia elétrica pelos municípios iria de encontro ao pacto federativo constitucional, que rege o relacionamento de independência e concorrência harmônica entre os diversos entes federativos, nos três níveis existentes no ordenamento nacional definido pelo constituinte originário. Cabe à União a regulação de matérias de interesse geral do Estado e da população, e aos municípios, por sua vez, as matérias de interesse preponderantemente local, o que não se pode dizer do regramento quanto ao fornecimento de energia elétrica. Inexistência de interesse local, faltando qualquer indicativo de particularidade que se relacione com o Município de Paty do Alferes. É de se reconhecer, assim, que a norma debatida viola os artigos 2o e 22, IV, da CRFB, e 7o, da Constituição Estadual. Acolhimento da arguição com declaração da inconstitucionalidade dos artigos apontados. [grifo nosso]
(ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE No 0044702-12.2012.8.19.0000 – RELATORA: MARIA AUGUSTA VAZ M. DE FIGUEIREDO).
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a expressão “energia elétrica”, contida no caput do art. 1oda Lei no 11.260/2002 do Estado de São Paulo, que proíbe o corte de energia elétrica, água e gás canalizado por falta de pagamento, sem prévia comunicação ao usuário. 2. Este Supremo Tribunal Federal possui firme entendimento no sentido da impossibilidade de interferência do Estado-membro nas relações jurídico-contratuais entre Poder concedente federal e as empresas concessionárias, especificamente no que tange a alterações das condições estipuladas em contrato de concessão de serviços públicos, sob regime federal, mediante a edição de leis estaduais. Precedentes. 3. Violação aos arts. 21, XII, b, 22, IV, e 175, caput e parágrafo único, incisos I, II e III da Constituição Federal. Inconstitucionalidade. 4. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente.
STF – ADI 3729/SP – Relator: Min Gilmar Mendes – Julgamento: 17/09/2007 – Tribunal Pleno – Publicação: DJe-139 DIVULG 08-11-2007 PUBLIC 09-11-2007
Dessa forma, resta claro que a norma estadual, em sua circunscrição regional, indubitavelmente, estabelece comandos que, na realidade, são de competência privativa da União, haja vista tratar de questões afetas à energia, não restando outra saída, senão a declaração da sua inconstitucionalidade.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
No novo código não há mais um processo cautelar destinado a prestar apenas a tutela cautelar, unificou-se o procedimento e dentro do mesmo processo as partes podem pedir tanto a tutela de urgência ou de evidência, quanto a tutela final, seja de caráter antecedente ou incidental.
Em seu Art. 300, o novo Código de Processo Civil artigo 300 estabelece que a tutela de urgência poderá ser concedida quando houver elementos que demonstrem a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo do dano (periculum in mora).
No caso em tela,o fumus boni iuris se constata diante da violação à norma do artigo 21, XII, b da CF/88. O periculum in mora, por sua vez, encontra respaldo na obrigação de custo elevado para a concessionária do serviço público em benefício de interesses individuais com a incerta argumentação que a sustenta, concedendo poder a titulares de direitos reais sobre terrenos de impor encargos extraordinários não previstos nos contratos de concessão estatal.
DOS PEDIDOS
Por tudo que fora aqui demonstrado, requer:
A concessão da medida cautelar para suspender os efeitos da Lei nº 8888/16;
A intimação do Governador do Estado Alagoas, do Advogado-Geral da União e do Procurador Geral da República para que se manifestem sobre o mérito da presente Ação, no prazo legal;
Por fim, a procedência do pedido, sendo declarada inconstitucional a referida Lei.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
_______________________________
Advogado/OAB

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