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Caso Concreto 1 de Filosofia

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FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA - CCJ0109
Título
CASO CONCRETO 1
Descrição
Caso 1 - Os pilares do pensamento
 
Sem perceber, perseguimos o que Platão disse há 25 séculos
Por Eugênio Mussak
É muito provável que você nunca tenha parado para pensar sobre a origem de seu próprio 
pensamento - a isso se dedicam os filósofos. O que justifica a filosofia é que 
compreendendo por que e como raciocinamos passamos a pensar melhor, com mais 
controle, lucidez e eficiência. Quer um exemplo? Repare que todos os seus pensamentos 
estão relacionados a quatro grandes áreas , constituídas por extremos: o belo e o feio; o 
verdadeiro e o falso; o bom e o mau; o útil e o inútil. Sem perceber, você está empenhado 
em perseguir o belo, o verdadeiro, o bom e o útil, ao mesmo tempo que procura afastar-se 
de seus opostos. Essa maneira abrangente de comandar o pensamento, de controlar o 
comportamento e de construir a vida não tem nada de novo. É a filosofia de um homem 
que viveu em Atenas entre 429 e 347 a.C. e que criou a Academia, considerada a 
primeira universidade do mundo, que funcionou durante 800 anos e foi a mais perfeita 
que já existiu. Esse homem chamava-se Platão.
Seguindo essa linha de raciocínio, o belo é o representado pela arte, pela música, pela 
moda, pelos cuidados com o corpo. A estética torna a vida mais agradável, mais calma e 
mais feliz. ´tão forte em nossas vidas que está relacionada até com a perpetuação da 
espécie, pois a atração física começa pela percepção da beleza. O verdadeiro sinifica a 
busca da verdade em todas áreas. Por isso estudamos, adquirimos conhecimento e até 
estabelecemos regras que garantam a manutenção e a soberania da erdade. O bom está 
relacionado à construção da moral e da compaixão. A busca desses valores é uma das 
marcas registradas da espécie humana e uma das mais controversas, pois a história mostra 
que o homem às vezes é mau ao tentar impor o valor do bom. Basta lembrar da 
Inquisição ou de qualquer outro tipo de fundamento religioso. E, finalmente, o útil, um 
valor mais moderno e cada vez mais procurado na atualidade. Hoje, tudo que tem um 
propósito prático e imediato tende a ser valorizado.
A vida ideal seria aquela que contempla essas quatro áreas. A busca de uma delas não 
deveria ofender as demais, ou pelo menos deveria atingi-las o mínimo possível. O 
homem costuma mudar a relação entre esses valores. Na Grécia antiga, por exemplo, a 
sequência ideal era: o belo, o verdadeiro, o bom e o útil. A Revolução Francesa porpôs 
uma inversão, priorizando o bom e colocando o verdadeiro, o belo e o útil na sequência. 
Outras épocas tiveram seus próprios modelos. Hoje, vivemos o império do útil, seguido 
do belo e do bom. Deixamos o verdadeiro para o final (que o digam os balanços de certas 
companhias). Parece que a regra vigente é esta: se for útil não precisa ser verdadeiro e se 
for belo não precisa ser bom. É claro que não tem como dar certo desse jeito. A história 
mostra que o desequilíbrio entre essas quatro partes é o que provoca a decadência. Roma 
que o diga e a América que se cuide! (Fonte: Revista VOCÊ S/A, setembro 2002, nº 51)
Pergunta-se:
1. Qual a importância da Filosofia? 
2. Como o autor fundamenta a utilidade da filosofia nos tempos atuais?
Caso 2 - Sobre os fundamentos da Justiça
O que funda a justiça? Seus fundamentos estariam na razão, na linguagem, na 
transcendência divina, ou na consciência? Eis algumas das linhas de discussão que 
envolvem a questão dos fundamentos da justiça da qual nos ocuparemos agora. Antes de 
tudo, chamemos a atenção para o fato de que o senso comum tende sempre a confundir 
justiça com o Poder Judiciário. O termo "acesso à justiça", tão propalado nos nossos dias, 
não diz nada além da possibilidade de acesso ao Poder Judiciário, no sentido do 
rompimento das barreiras que separam o cidadão da instituição destinada a proteger os 
seus interesses. Não diz do acesso á justiça mas do alcance do órgão estatal que, por 
definição, é o lugar das lamentações em torno dos conflitos humanos gerados a partir da 
obrigatoriedade da coexistência a que todos estamos condenados por sentença dos deuses, 
desde as nossas obscuras origens. Portanto, deixamos claro que os fundamentos da justiça 
que buscamos jamais se comprometeram com as instituições destinadas à efetivação da 
sua eficácia, ressalvada a configuração aproximativa do ideal de justiça. A pergunta pelos 
fundamentos da justiça vai muito além da crença na sua realizabilidade institucional, uma 
vez que esta se mostra apenas na órbita dos possíveis e não na esfera fundante disso que 
nominamos justiça na milenar trajetória da vida do espírito. (...) Começar a entender os 
fundamentos da justiça implica entender esse fluir da vivência na sua mais primitiva 
manifestação, pois é nesse campo primitivo, do a-temático, da ausência de quaisquer 
categorias que se instaura o apelo à justiça. Mas o que é a justiça? De onde vem e quais 
são os seus indicadores? Eis a questão! (GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. Pequena 
introdução à filosofia política. A questão dos fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Lumen Juris, 2007. p. 87-90.)
Diante do texto apresentado, responda as perguntas abaixo:
1 - É possível dizer que o texto apresenta uma reflexão filosófica sobre o Direito?
2 - Destaque uma parte do texto que justifica sua resposta anterior.
 
Desenvolvimento

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