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Contabilidades Avançadas I Autor: Juliana Leite Kirchner Tema 01 Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros Tema 02 Equivalência Patrimonial Índice Índice Tema 01: Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros 4 Tema 02: Equivalência Patrimonial 28 seç ões Tema 01 Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Contabilidade Avançada I: Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 01 Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros 7 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Classificação das contas no Balanço Patrimonial. • Investimentos permanentes. • Espécies de investimentos permanentes. • Ativos financeiros. • Formas de avaliação dos investimentos permanentes. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade Avançada, dos autores José Hernandez Perez Junior e Luís Martins de Oliveira, editora Atlas, 2012. Roteiro de Estudo: Juliana Leite Kirchner Contabilidade Avançada 8 Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Como é a classificação das contas no Balanço Patrimonial? • Como se caracterizam os investimentos permanentes? • Quais são os tipos de investimentos permanentes? • O que são ativos financeiros? Como se caracterizam? • Quais são as formas de avaliação dos investimentos permanentes? CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Aspectos Contábeis Avançados Relacionados a Operações Complexas Envolvendo Ativos Financeiros A finalidade do Balanço Patrimonial é demonstrar a posição financeira e patrimonial de determinada empresa, em determinado período de tempo. A Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976, com alterações da Lei n. 11.941/2009 – dispõe, no artigo 178, como devem ser classificadas contabilmente as contas no Balanço Patrimonial, dispondo que devem ser classificadas de modo a permitir o fácil conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. Deste modo, as contas devem ser classificadas em conformidade aos elementos do patrimônio que se visa registrar. Elas podem ser agrupadas em três grupos: • Ativo: devem ser compreendidos os recursos, tanto bens quanto direitos, que uma entidade possui e que podem ser expressos em moeda e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros. • Passivo: devem ser compreendidas as obrigações e exigibilidades que determinada empresa assume, demonstrando quantias que ela deve a terceiros. 9 LEITURAOBRIGATÓRIA • Patrimônio Líquido: contém a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo de uma entidade, em determinado momento, representando o valor líquido de uma empresa. No entanto, para que o Balanço Patrimonial permita aos usuários uma análise e interpretação adequada acerca da situação patrimonial e financeira de uma entidade, as contas devem ser classificadas de forma ordenada dentro dos grupos, mediante subgrupos. Ressalta-se que o Pronunciamento Técnico n. 26, denominado “Apresentação das Demonstrações Contábeis”, que segue os Padrões Internacionais, dispõe que a ordem para a apresentação das contas no Balanço Patrimonial deve seguir o determinado pela legislação brasileira. Deste modo, as contas devem ser agrupadas da seguinte forma no Ativo: a classificação das contas deve ocorrer em ordem decrescente de grau de liquidez, e devem ser apresentadas, primeiramente, as contas passíveis de serem convertidas em disponibilidades. O Ativo deve ser segregado nos seguintes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante (que se desmembra em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível). Investimentos: o Grupo Ativo Não Circulante é formado pelos seguintes subgrupos: Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado e Intangível. O subgrupo Investimentos refere-se aos investimentos de caráter permanente, ou seja, devem ser compreendidos nesse subgrupo todos aqueles investimentos efetuados por uma empresa que se destinam a produzir benefícios futuros mediante sua permanência na empresa. Iudícibus et al. (2010, p. 151), ao tratar de Investimentos, discorre: “investimentos de caráter permanente, ou seja, destinados a produzir benefícios pela sua permanência na empresa, são classificados à parte no balanço patrimonial como INVESTIMENTOS. Esse subgrupo de Investimentos faz parte do Grupo ATIVO NÃO-CIRCULANTE (...)”. O artigo 179 da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976 – estabelece, no inciso III, o que deve ser compreendido no subgrupo de Investimentos: Artigo 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: [...] III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 10 Conforme disposição expressa do dispositivo legal citado, devem ser inseridas na subconta Investimento: • As participações permanentes em outras sociedades: destaca-se que as participações em outras sociedades devem ser de modo permanente, e não temporárias, e assim não devem destinar-se à venda nem devem fazer parte de operações descontinuadas. • Outros investimentos permanentes: os direitos de qualquer natureza que não são classificáveis na conta Ativo Circulante e na conta Realizável a Longo Prazo e que não se destinam à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Segundo Iudícibus et al. (2010, p. 152), também podem fazer parte da conta Investimento aqueles ativos que não apresentam, ainda, uma efetiva utilização na manutenção da atividade da empresa, mas que são mantidos para que futuramente venham a tê-la. Caráter Permanente dos Investimentos: somente devem fazer parte do subgrupo Investimento do Grupo Ativo Não Circulante aqueles investimentos de caráter permanente, e não de caráter especulativo ou temporário. Devem ser considerados como permanentes todos àqueles investimentos que, pela permanência na empresa, destinam-se a produzir benefícios e ganhos futuros. As participações permanentes em outras sociedades, como as participações societárias, devem ser consideradas Investimentos Permanentes, e não temporários, pois representam a intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação das atividades da empresa, e não devem destinar-se à venda nem devem fazer parte de operações descontinuadas. Elas são adquiridas pela empresa como ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, e são vistas como Investimentos, pois objetivam obter ganhos futuros. Espécies de Investimentos Permanentes Há três espécies de investimentos permanentes: a) Participações Permanentes em outras Sociedades As participações permanentes em outras empresas, como as participações societárias, caracterizam-se pelos investimentos realizados em outras sociedades, mediante a participação no capital social por intermédio de ações ou de quotas. Neste tipo de Investimento, as participações societárias são adquiridas pela empresa com o objetivo de LEITURAOBRIGATÓRIA 11 obter ganhos futuros, mediante a intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação de suas atividades. Como exemplo de participações societárias há:• Ações de outras companhias. • Quotas de outras empresas. As participações no capital de outras empresas poderão ocorrer em empresas coligadas, empresas controladas, empresas equiparadas a coligadas, bem como em outras empresas. Além disso, os investimentos em outras sociedades devem possuir a característica de permanência, e não temporários ou especulativos, o que implica dizer que as participações permanentes no capital de outras empresas devem possuir a característica de aplicação de capital. Segundo Osni Moura Ribeiro (2009, p. 47), os investimentos que figuram no Ativo Não-Circulante, subgrupo Investimentos, correspondem àqueles efetuados pela empresa com intenção de fazer da aplicação uma extensão de sua atividade econômica, seja na mesma área em que atua, seja com o fim de diversificar suas atividades, ou simplesmente com a intenção de obter rendimentos, porém, sem o desejo de negociá-los a curto ou a longo prazo. As participações permanentes em outras sociedades podem ocorrer sob duas formas: investimentos voluntários e participações em fundos de investimentos com incentivos fiscais. Investimentos Voluntários Normalmente, a aplicação de investimentos em outras sociedades, mais conhecida como participação societária, ocorre de forma voluntária, de modo a representar uma ampliação voluntária da atividade econômica da empresa mediante a participação societária. Esta extensão voluntária visa, na maioria das vezes, ao adquirir ações ou quotas como investimento, evitar que seja realizada a ampliação da atividade econômica na própria empresa investidora. Ela visa que seja realizada a constituição ou aquisição de outra empresa com o fim de diversificar e ampliar economicamente a atividade e dar continuidade na vida da empresa. Deste modo, tais investimentos voluntários detêm a característica de serem permanentes, em decorrência de valores significativos que demonstram, pois se espera que apresentem rentabilidade futura e benefícios operacionais. LEITURAOBRIGATÓRIA 12 Portanto, os investimentos voluntários, por possuírem a característica de serem permanentes, devem ser classificados na Conta Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. Esses investimentos voluntários em participações societárias, mediante a participação no capital social por intermédio de ações ou de quotas de capital, caracterizam as controladas, coligadas e equiparadas. Investimentos com Incentivos Fiscais Outra forma de investimento permanente são os investimentos em aplicações por meio de incentivos fiscais. Ocorre, normalmente, com as empresas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente ou anualmente, que efetivam aplicações por meio da destinação de parte do Imposto de Renda. Esses investimentos podem ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial, pelo Valor Justo ou pelo Método do Custo. Este item será estudado no Tema 2. b) Propriedades para Investimentos Muitas vezes, uma sociedade mantém terrenos ou imóveis visando alugá-los, realizar arrendamento operacional ou apenas para especulação, com o intuito de, futuramente, realizar uma venda a terceiros. Trata-se de investimentos em imóveis com a intenção de obter deles algum rendimento, mas que não têm qualquer relação com os rendimentos das atividades operacionais da empresa. Essas propriedades podem ser avaliadas pelo Valor Justo ou pelo Método de Custo. b) Outros Investimentos Permanentes Além dos investimentos já citados, há outros que não se caracterizam como participações em outras empresas nem como propriedades para investimentos, conforme dispõe o inciso III, do artigo 179, da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976. Esses investimentos caracterizam-se como os direitos de qualquer natureza que são desnecessários à manutenção das atividades da companhia. A separação em contas ocorre devido à natureza dos ativos, e deve incluir, nas contas, as respectivas estimativas para perdas. Ativos Financeiros: quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante a compra de ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, há a caracterização da participação societária. A participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, denomina-se Ativo Financeiro. LEITURAOBRIGATÓRIA 13 Neste caso, há a caracterização de duas pessoas, quais sejam: a empresa investidora, que é a empresa que aplica os investimentos, e a empresa investida, que é a empresa na qual são inseridos os recursos. Entre outras modificações, a Lei n. 11.638/2007 modificou os artigos 183 e 184 da Lei n. 6.404/1976 e introduziu novos critérios contábeis, quais sejam: • Avaliação a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos e de certos instrumentos financeiros ativos. • Ajustes a valor presente de direitos e obrigações. • Análise sobre a recuperação de ativos permanentes. Para tanto, o artigo 183 da Lei n. 6.404/1976, inciso I, dispõe: Artigo 183 Inciso I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) Pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. A partir do disposto na referida Lei, pode-se verificar que os instrumentos financeiros comportam dois tipos: a) Ativos financeiros ou também denominados aplicações financeiras ou, ainda, instrumentos financeiros ativos. b) Derivativos. Os ativos financeiros compreendem tanto as aplicações em renda fixa quanto as aplicações em renda variável e encontram-se divididos em três grupos de contas, dependendo se sua utilidade é para negociação, se estão disponíveis para venda ou se serão mantidos até o vencimento: LEITURAOBRIGATÓRIA 14 1. Aplicações a serem mantidas até a data de seus vencimentos, geralmente representadas por títulos de renda fixa. 2. Aplicações financeiras mantidas para negociação. 3. Aplicações financeiras disponíveis para venda. As aplicações a serem mantidas até a data de seus vencimentos geralmente são representadas por títulos de renda fixa. Em conformidade a Hugo Rocha Braga e Marcelo Cavalcanti Almeida (2009, p. 113), “nesse caso, a companhia tem a intenção e os recursos financeiros necessários para manter esses ativos até a data de seus vencimentos”. Deste modo, tais ativos devem ser avaliados pelo valor do custo, acrescido dos respectivos rendimentos até a data do balanço, sendo deduzidos das perdas do valor recuperável, quando aplicável. Além disso, os rendimentos e as perdas do valor recuperável devem ser computados na demonstração do resultado. Por sua vez, as aplicações financeiras mantidas para negociação apresentam fácil liquidez. Neste contexto, Hugo Rocha Braga e Marcelo Cavalcanti Almeida (2009, p. 113) afirmam que “o propósito da companhia é obter benefícios a curto prazo”. Deste modo, tais ativos devem ser avaliados pelo valor de custo acrescido dos respectivos rendimentos obtidos até a data do balanço e ajustados a valor de mercado, sendo que os rendimentos e o ajuste a valor de mercado devem ser computados no resultado do exercício. E, por fim, as aplicações financeiras disponíveis para venda correspondem às aplicações financeiras que não foram classificadas nas duas categorias anteriores. Para tanto, tais aplicações financeiras devem ser avaliadas peloseu valor de custo, sendo acrescido dos rendimentos até a data do balanço e ajustados a valor de mercado. Neste contexto, observa- se que os rendimentos devem ser tratados como receita financeira na Demonstração do Resultado, enquanto o ajuste a valor de mercado deve ser registrado diretamente no Patrimônio Líquido, líquido dos efeitos tributários (Imposto de Renda e Contribuição Social). LEITURAOBRIGATÓRIA 15 Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade. com.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014. Trata-se de um portal contábil e jurídico, de conteúdo didático acerca de diferentes assuntos que poderão ser úteis para complementar seu aprendizado. Acesse o texto da Lei n. 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Mediante leitura fácil e didática, você terá acesso às principais disposições acerca da regulação da Sociedade por Ações, bem como acerca dos principais procedimentos da escrituração contábil. Acesse o artigo Administração Financeira, de Flavia Marta. Disponível em: <http://www. artigos.etc.br/administracao-financeira.html>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo aborda e descreve, de forma didática, os principais conceitos acerca da Administração Financeira, bem como explica a caracterização dos Ativos Financeiros no contexto dos investimentos. Acesse o artigo do site Portal de Contabilidade Dicas para Elaboração do Balanço Patrimonial. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo ampliará seus conhecimentos sobre a estruturação e a elaboração do Balanço Patrimonial. LINKSIMPORTANTES 16 Vídeos Assista ao vídeo Balanço (Ativo Circulante) – o que é importante, de Thiago Martins Avila. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=wQ3ZJWuG4QQ>. Acesso em: 02 jan. 2014. O vídeo trata de uma explicação didática acerca do Balanço Patrimonial, e, de forma mais específica, do Ativo Circulante, no qual o autor explica importantes indagações acerca do assunto. LINKSIMPORTANTES Instruções: Este é o momento de você finalmente exercitar seu aprendizado por meio da resolução das questões deste Caderno de Atividades. Lembre-se de que, para responder às questões, você precisará assistir às teleaulas, ler o Livro-Texto, refletir e pesquisar mais sobre os temas relativos a esta disciplina. É de fundamental importância a realização dessas atividades, tendo em vista que elas permitem que você reflita e aprimore seus conhecimentos, bem como permitem a organização de seu aprendizado. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. AGORAÉASUAVEZ 17 AGORAÉASUAVEZ Questão 1: A finalidade do Balanço Patrimonial é de- monstrar a posição financeira e patrimonial de determinada empresa, em determinado período de tempo. A Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976, com alte- rações da Lei n. 11.941/2009 – dispõe, no artigo 178, como devem ser classificadas contabilmente as contas no Balanço Patri- monial, dispondo que devem ser classifi- cadas de modo a permitir o fácil conheci- mento e a análise da situação financeira da companhia. Deste modo, as contas devem ser classificadas em conformidade aos ele- mentos do patrimônio que se visa registrar. Quais são os três grupos que compõem o Balanço Patrimonial? Apresente a caracte- rização de cada grupo. Questão 2: O Balanço Patrimonial caracteriza-se como uma das mais importantes Demonstrações Contábeis, tendo em vista que é por meio dele que se pode apurar e atestar a situa- ção patrimonial e financeira, em determina- do período, de uma entidade. O Balanço Patrimonial é composto pelos seguintes grupos: Ativo, Passivo e Patrimô- nio Líquido, sendo que na Conta do Ativo Circulante é possível encontrar o subgrupo Investimentos. Neste contexto, considere as afirmativas a seguir: I – O subgrupo Investimentos compreende os investimentos de caráter permanente que, devido à sua permanência na empre- sa, destinam-se a produzir benefícios. II – O subgrupo Investimentos compreen- de tanto as participações permanentes em outras sociedades (como as participações societárias, que representam a intenção de permanência com intuito de extensão ou de diversificação das atividades empresariais) quanto outros investimentos permanentes. III – Anteriormente, a Lei n. 6.404/1976 exibia, em seu artigo 179, as contas per- tencentes ao Ativo no Balanço Patrimonial, expondo que o Investimento pertencia ao subgrupo Ativo Permanente, conforme re- dação dada pela Lei n. 11.638/2007, e, após, ao subgrupo Ativo Não Circulante, conforme redação incluída pela Medida Provisória n. 449/2008. No entanto, com as recentes alterações proporcionadas pela Lei n. 11.941/2009, o subgrupo Investimen- to passou a fazer parte do Grupo Ativo Não Circulante. IV - No Ativo, a classificação das contas deve ocorrer em ordem decrescente de grau de liquidez, devendo ser apresenta- das, primeiramente, as contas passíveis de serem convertidas em disponibilidades. O Ativo deve ser segregado nos seguintes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circu- lante (que se desmembra em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível). 18 V - O subgrupo Investimentos refere-se aos investimentos de caráter permanente, ou seja, devem ser compreendidos nesse subgrupo todos aqueles investimentos efe- tuados por uma empresa e que se desti- nam a produzir benefícios futuros mediante sua permanência na empresa. Acerca da validade ou falsidade das afir- mativas apresentadas, assinale a alterna- tiva correta: a) V,F,F,V,V. b) F,F,V,V,F. c) V,V,V,V,V. d) F,F,F,F,F. e) V,V,V,F,F. Questão 3: Em conformidade ao artigo 179 da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/76, o inciso III dispõe que devem ser compre- endidos no subgrupo de Investimentos do Grupo Ativo Não Circulante aqueles inves- timentos que: a) Sejam de caráter especulativo. b) Sejam de caráter temporário. c) Sejam de caráter permanente. d) Sejam sem intenção de permanência. e) Não objetivam obter ganhos futuros. Questão 4: A participação societária ocorre quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras empresas. Essa participação per- manente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, constitui-se como um: a) Ativo Financeiro. b) Ativo Circulante. c) Ativo Fictício. d) Ativo Imobilizado. e) Ativo Intangível. Questão 5: As participações societárias em empresas controladas ou coligadas, com intenção de permanência, tais como as ações ou quo- tas de outras empresas, devem ser classi- ficadas em qual grupo do Balanço Patrimo- nial? a) Ativo Não Circulante – Investimentos. b) Ativo Circulante – Investimentos Tem- porários. AGORAÉASUAVEZ 19 c) Ativo Circulante – Equivalentes de Caixa. d) Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo – Investimentos Temporá- rios. e) Passivo Circulante. Questão 6: Os ativos financeiros, também denomi- nados aplicações financeiras ou, ainda, instrumentos financeiros ativos, compre- endem tanto as aplicações em renda fixa quanto as aplicações em renda variável e encontram-se divididos em três grupos de contas. Cite quais são esse três tipos de contas. Questão 7: Atualmente, é comum a aplicação de re- cursos por uma empresaem outra, sendo denominada participação societária essa prática. O que é Ativo Financeiro? Questão 8: Os investimentos em outras sociedades devem apresentar o caráter de permanên- cia, e não de temporariedade ou especu- lação, o que implica dizer que as partici- pações permanentes no capital de outras empresas devem possuir a característica de aplicação de capital. Neste contexto, qual a intenção das em- presas ao realizar investimentos em outras sociedades? Questão 9: Normalmente, a aplicação de investimen- tos em outras sociedades, mais conhecida como participação societária, ocorre de for- ma voluntária, de modo a representar uma ampliação voluntária da atividade econô- mica da empresa mediante a participação societária. Esta extensão voluntária visa, na maioria das vezes, ao adquirir ações ou quotas como investimento, evitar que seja realizada a ampliação da atividade econô- mica na própria empresa investidora. Ela visa que seja realizada uma constituição ou aquisição de outra empresa com o fim de diversificar e ampliar economicamente a atividade e dar continuidade na vida da em- presa. Cite dois exemplos de investimentos voluntários. Questão 10: A participação societária caracteriza-se quando uma empresa adquire a participa- ção no capital social de outra empresa, me- diante ações de outras companhias ou quo- tas de outras empresas. Os investimentos em participações no capital de outras so- ciedades podem ser avaliados sob dois cri- térios. Quais os critérios para a avaliação de participações societárias permanentes? AGORAÉASUAVEZ 20 Neste tema, você aprendeu que o Balanço Patrimonial caracteriza-se como uma das mais importantes Demonstrações Contábeis, tendo em vista que é por meio dele que se pode apurar e atestar a situação patrimonial e financeira, em determinado período, de uma entidade. O Balanço Patrimonial é composto pelos seguintes grupos: Ativo, Passivo e Patrimônio Liquido. Na Conta do Ativo Não Circulante, é possível encontrar o subgrupo Investimentos, que compreende os investimentos de caráter permanente que, devido à sua permanência na empresa, destinam-se a produzir benefícios. Compreende tanto as participações permanentes em outras sociedades, como as participações societárias, que representam a intenção de permanência com intuito de extensão ou de diversificação das atividades empresariais, quanto outros investimentos permanentes. Para tanto, somente devem fazer parte do subgrupo Investimento do Grupo Ativo Não Circulante aqueles investimentos de caráter permanente, e não de caráter especulativo ou temporário. Devem ser considerados permanentes todos aqueles investimentos que, pela permanência na empresa, destinam-se a produzir benefícios e ganhos futuros. As participações permanentes em outras sociedades, como as participações societárias, devem ser consideradas Investimentos Permanentes, e não temporários, pois representam a intenção de permanência com caráter de extensão ou diversificação das atividades da empresa, e não devem destinar-se à venda nem devem fazer parte de operações descontinuadas. Elas são adquiridas pela empresa, como ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, e são vistas como Investimentos, pois objetivam obter ganhos futuros. Atualmente, é comum a aplicação de recursos por uma empresa em outra, sendo denominada participação societária essa prática. A participação societária ocorre quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras empresas. A empresa que aplica os investimentos é denominada investidora, enquanto a empresa na qual são inseridos os recursos é FINALIZANDO 21 denominada investida. Para tanto, essa participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, constitui-se como um Ativo Financeiro. No entanto, para que os investimentos em outras sociedades sejam considerados Ativo Financeiro e classificados no subgrupo Investimentos, devem ser caracterizados como aplicações de capital permanentes, e não de forma temporária ou especulativa, devendo a empresa detentora da participação em fundos de investimentos demonstrar a intenção de manter essa participação como permanente, e não de vendê-los. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. Lei n. 6.404/1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 10.406/2002 (Novo Código Civil). Disponível em: <http://www.planalto. gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.638/2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.491/2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999. <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções Normativas da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita. fazenda.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Disponíveis em: <http:// www.cvm.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. 22 _______. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/pronunciamentos>. Acesso em: 02 jan. de 2014. DELFINO, Angelita. Avaliação de Investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial: um estudo comparativo da aplicação das normas brasileiras, norte-americanas e interna- cionais. Disponível em: <http://www.unifin.com.br/Content/arquivos/20111006155419.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. FIPECAFI – FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUÁRIAS E FI- NANCEIRAS. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. _______. Suplemento do Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. KIRCHNER, Juliana Leite et. al. Educação sem fronteiras, 7: Ciências Contábeis. Vali- nhos: Anhanguera Publicações, 2012. MARION, J. C.; REIS, A. C. de R. (Coords.). Mudanças nas demonstrações contábeis. São Paulo: Saraiva, 2003. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTIS, Eliseu; IUDICIBUS, Sérgio et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades - Fipecafi. São Paulo: Atlas, 2011. NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 13. ed. São Paulo: Frase, 2004. OLIVEIRA, Luis Martins; PEREZ Junior, José Hernadez. Contabilidade Avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. _______. Conversão de Demonstrações Contábeis. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009. OLIVEIRA, Alexandre M. S. et al. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Avançada. 2. ed. São Paula: Saraiva, 2009. SCHIMDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade Avançada: Aspectos Societários e Tributários. São Paulo: Atlas, 2008. REFERÊNCIAS 23 _______. Contabilidade Internacional: Equivalência Patrimonial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. ZANETTE, M. et al. Educação sem fronteiras: Ciências Contábeis. Campo Grande: Uni- derp Interativa, 2011. REFERÊNCIAS Ações: é a representação da menor parcela em que se divide o capital de uma SociedadeAnônima (SA). Os títulos são emitidos com a finalidade de captar recursos. Quem adquire uma ação torna-se sócio da empresa. São instrumentos patrimoniais (de capital), como ações ou quotas, da própria entidade, possuídos pela entidade ou outros membros do grupo consolidado. Ativo: são todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. As contas do ativo têm saldos devedores, à exceção das contas retificadoras (como depreciação acumulada e provisões para ajuste ao valor de mercado). Ativo Circulante: dinheiro em caixa ou em bancos; bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja, realizável a curto prazo, (duplicatas, estoques de mercadorias produzidas, entre outros); aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Ativo Financeiro: qualquer ativo que seja dinheiro, instrumento patrimonial de outra entidade, direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou contrato que será ou que poderá vir a ser liquidado pelos instrumentos patrimoniais (como ações) da própria entidade. Ativo Não Circulante: estão incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e de seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos: Ativo Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado; Intangível. GLOSSÁRIO 24 GABARITO Questão 1 Resposta: Ativo: devem ser compreendidos os recursos, tanto bens quanto direitos, que uma entidade possui e que podem ser expressos em moeda e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros. Passivo: devem ser compreendidas as obrigações e exigibilidades que determinada empresa assume, demonstrando quantias que ela deve a terceiros. Patrimônio Líquido: contém a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo de uma entidade, em determinado momento, representando o valor líquido de uma empresa. Questão 2 Resposta: C GLOSSÁRIO Balanço Patrimonial: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, em determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. Demonstração que apresenta a relação de ativos, passivos e Patrimônio Líquido de uma entidade em data específica. Contas Patrimoniais: representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação líquida). Participações societárias: é todo investimento permanente em outras sociedades; por isso, é classificado contabilmente em contas do grupo investimento do Ativo Permanente. 25 GLOSSÁRIO Questão 3 Resposta: C. Justificativa: Somente devem fazer parte do subgrupo Investimento, do Grupo Ativo Não Circulante, aqueles investimentos de caráter permanente, e não de caráter especulativo ou temporário, e que objetivam obter ganhos futuros. Questão 4 Resposta: A. Justificativa: Quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra em- presa, mediante a compra de ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, há a caracterização da participação societária. A participação permanente em outra socie- dade, na forma de ações ou quotas de capital, denomina-se Ativo Financeiro. Tais inves- timentos detêm a característica de serem permanentes, em decorrência de valores signifi- cativos que demonstram, pois se espera que apresentem rentabilidade futura e benefícios operacionais. Portanto, por possuírem a característica de serem permanentes, devem ser classificados na Conta Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. Questão 5 Resposta: A Questão 6 Resposta: Dependendo se sua utilidade é para negociação, se estão disponíveis para venda ou se serão mantidos até o vencimento: a) Aplicações a serem mantidas até a data de seus vencimentos, geralmente representadas por títulos de renda fixa. b) Aplicações financeiras mantidas para negociação. c) Aplicações financeiras disponíveis para venda. Questão 7 Resposta: A participação societária ocorre quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras 26 empresas. A empresa que aplica os investimentos é denominada investidora, enquanto a empresa na qual são inseridos os recursos é denominada investida. A empresa investidora é quem decidirá pela classificação dos investimentos em outras empresas, Ativo Circulante ou Não Circulante, subgrupos Realizável a Longo Prazo ou Investimentos. Essa participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, constitui-se como Ativo Financeiro. No entanto, para que os investimentos em outras sociedades sejam considerados Ativo Financeiro e classificados no subgrupo Investimentos, devem caracterizar-se como aplicações de capital permanentes, e não de forma temporária ou especulativa, devendo a empresa detentora da participação em fundos de investimentos demonstrar a intenção de manter essa participação como permanente, e não de vendê-los. Questão 8 Resposta: Os investimentos que figuram no Ativo Não Circulante, subgrupo Investimentos, correspondem àqueles efetuados pela empresa com intenção de fazer da aplicação uma extensão de sua atividade econômica, seja na mesma área em que atua, seja com o fim de diversificar suas atividades ou, simplesmente, com a intenção de obter rendimentos, porém, sem o desejo de negociá-los a curto ou a longo prazo. Questão 9 Resposta: Empresas coligadas ou controladas nas quais são realizados investimentos voluntários, pois possuem a atividade de produção de matérias-primas que são fornecidas às sociedades investidoras. Participações em coligadas, controlada ou em empresas controladas em conjunto que atuam em ramo econômico diferente da sociedade investidora, com o intuito de diversificar as atividades do grupo de empresas. Questão 10 Resposta: Os critérios são: - Método de Custo. - Método de Equivalência Patrimonial. GABARITO seç ões Tema 02 Equivalência Patrimonial Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Contabilidade Avançada I: Equivalência Patrimonial. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 02 Equivalência Patrimonial 31 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Tipos de avaliação de investimentos em participações societárias. • Critérios de Avaliação. • Método de Custo. • Método de Equivalência Patrimonial. • Conceito e vantagens do Método de Equivalência Patrimonial. • Investimentos avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade Avançada, dos autores José Hernandez Perez Junior e Luís Martins de Oliveira, editora Atlas, 2012. Roteiro de Estudo: Juliana Leite Kirchner Contabilidade Avançada 32 CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA • Classificação das participações societárias. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais são os Métodos de Avaliação de Investimentos Permanentes em Participações Societárias? • Quais são as principais características do Método de Custo e do Método de Equivalência Patrimonial? • Como ocorre, de forma específica, a dinâmica de avaliação dos investimentos permanentes pelo Método da Equivalência Patrimonial? • Qual é o conceito, as vantagens e os tipos de investimentos que podem ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial? • Quais são as formas de classificação das participações societáriase suas características? Equivalência Patrimonial Quando uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante a compra de ações de outras companhias ou quotas de outras empresas, há a caracterização da participação societária. A participação permanente em outra sociedade, na forma de ações ou quotas de capital, denomina-se Ativo Financeiro. Os ativos financeiros, enquanto participações permanentes em outras sociedades, para que sejam classificados no subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante, caracterizam- se como aplicações de capital permanente, e não de forma temporária ou especulativa. Para 33 LEITURAOBRIGATÓRIA tanto, a empresa detentora da participação em fundos de investimentos deve demonstrar a intenção de manter essa participação como permanente, sem a intenção de vendê-los. Os investimentos de uma companhia em participações no capital de outras sociedades podem ser avaliados sob dois métodos, quais sejam: a) Método de Custo. b) Método de Equivalência Patrimonial. Neste sentido, o disposto no artigo 183 da Lei de Sociedade por Ações – Lei n. 6.404/1976 – trata da adoção do Método de Custo de Aquisição para a avaliação dos ativos das empresas: Artigo 183. No balanço, os elementos do Ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: [...] III – Os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão de recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas [...]. Por sua vez, o artigo 248 da Lei de Sociedade por Ações – Lei n. 6.404/1976 –, conforme nova redação disposta pela Lei n. 11.941/2009, trata do Método da Equivalência Patrimonial para a avaliação dos investimentos em participações no capital de outras sociedades, dispondo: Artigo 248. No balanço patrimonial da Companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial [...]. Neste contexto, o Método de Custo é utilizado para avaliar os investimentos em outras sociedades que não sejam coligadas nem controladas, bem como que não façam parte de um mesmo grupo ou que não estejam sob controle comum. Tal método é a base para a avaliação de demais investimentos, em conformidade ao disposto no artigo 183 da Lei n. 6.404/1976. Para tanto, deve ser calculado mediante a consideração do custo de aquisição (o valor que a empresa efetivamente gastou para adquiri-lo, ou seja, por meio de seu valor histórico), deduzido da provisão para perdas estimadas permanentes. 34 Neste método, os resultados auferidos pelas empresas investidas somente devem ser reconhecidos pela empresa investidora após a distribuição ou o recebimento dos dividendos, de modo que isso somente ocorre após a apuração dos resultados e a elaboração das demonstrações contábeis da investidora. Por isso os investimentos somente devem ser reconhecidos mediante a formalidade da distribuição do resultado. Osni Moura Ribeiro (2009, p. 30-31) conceitua Método de Custo de Aquisição da seguinte forma: A avaliação de investimentos pelo Método de Custo de Aquisição consiste em atribuir ao investimento o valor originalmente pago por ele, devidamente ajustado, quando for o caso: pela variação positiva ou negativa em função do valor justo (mercado), pelo acréscimo de correção monetária, pela variação cambial, pelos juros, etc., deduzido de provisão para redução ao valor de mercado ou de provisão para perdas. Deste modo, são passíveis de avaliação pelo Método de Custo de Aquisição todos os investimentos em títulos patrimoniais de outras sociedades, classificados no grupo Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos, ou seja, os investimentos que decorrem de participações societárias permanentes em outras empresas quando representam intenção de permanência. No entanto, não são passíveis de avaliação pelo Método de Custo os investimentos em títulos patrimoniais de sociedades consideradas coligadas ou controladas, mesmo que em conjunto, ainda que as sociedades não sejam do mesmo grupo ou não estejam sob controle comum, caracterizando investimentos sujeitos ao Método de Equivalência Patrimonial. O Método de Equivalência Patrimonial é utilizado para a avaliação de investimentos em coligadas ou controladas, bem como para investimentos em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que se encontrem sob controle comum. Esse método é a base para a realização de investimentos, conforme disposição do artigo 248 da Lei n. 6.404/1976. Acerca do Método de Equivalência Patrimonial, Luis Martins de Oliveira e José Hernandez Perez Junior (2010, p. 36-37) afirmam: O método da equivalência patrimonial tem por objetivo avaliar determinadas participações pelo valor correspondente à aplicação do percentual de participação no capital social sobre o valor do patrimônio líquido da investida em determinada data. Esse método se fundamenta no fato de que o Patrimônio Líquido Contábil representa a riqueza real de uma entidade avaliada de acordo com os princípios LEITURAOBRIGATÓRIA 35 LEITURAOBRIGATÓRIA contábeis. Logo, se uma entidade possui 30% do capital de outra entidade, caberá à ela, por direito, 30% do patrimônio Líquido dessa entidade. O objetivo do método de equivalência é manter o valor contábil do investimento proporcional à participação da investidora no patrimônio líquido da investida. Exemplo: a investidora possui 30% das ações da investida. Independentemente do valor nominal e do custo de aquisição dessas ações, contabilmente, o investimento será avaliado pela aplicação do percentual de 15% sobre o valor do patrimônio líquido da investida [...]. A avaliação dos investimentos permanentes deve ocorrer pela equivalência de participação e pela variação no valor de Patrimônio Líquido das empresas investidas, de modo a manter o valor dos investimentos equivalente ao porcentual de participação da empresa investidora sobre as sociedades investidas. Por esse método, as empresas investidoras devem reconhecer os resultados em suas empresas investidas no momento da geração desses resultados, e não no momento da distribuição dos dividendos ou de sua alienação, tal como ocorre no Método de Custo. No Método da Equivalência Patrimonial, as sociedades devem reconhecer os investimentos permanentes em sociedades controladas e coligadas no momento em que esses resultados são gerados nas empresas investidas. Por isso, o investimento deve ser avaliado mediante o fato econômico, ou seja, com a geração dos resultados. O Método da Equivalência Patrimonial reconhece, na sociedade investidora, as alterações ocorridas nas empresas investidas quando elas afetarem o Patrimônio Líquido das empresas investidas. Por intermédio do referido método, tanto os lucros quanto os prejuízos devem ser reconhecidos na sociedade investidora no momento em que forem gerados na sociedade investida. Para tanto, são passíveis de avaliação pelo Método de Equivalência Patrimonial os investimentos em títulos patrimoniais de outras sociedades classificados no grupo Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. Porém, ressalta-se que somente devem ser avaliados sob esse método os investimentos decorrentes de participações societárias permanentes em outras empresas, quando representam intenção de permanência, e não temporários ou especulativos. Além disso, não basta apenas a caracterização deInvestimentos Permanentes, pois também devem ser avaliados por esse método os investimentos em títulos patrimoniais de sociedades consideradas coligadas ou controladas, até mesmo controladas em conjunto. 36 E, por fim, o Método de Equivalência Patrimonial deve ser utilizado para investimentos mais expressivos em termos de valores. A adoção desse método é prerrogativa e obrigação das sociedades que se enquadram nos critérios estabelecidos pelos dispositivos legais, conforme ressaltam Oliveira e Perez Junior (2010, p. 36). A escolha do método de avaliação de investimentos é determinada pela Lei n. 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), não sendo uma decisão cabível à administração da empresa. Assim, a adoção do Método de Equivalência Patrimonial é de uso obrigatório pelas empresas investidoras que se enquadrarem nas condições definidas na lei. Não deixe de observar que no Método de Equivalência Patrimonial é aplicável o regime de competência, enquanto no Método de Custo é aplicável o regime de caixa. LEITURAOBRIGATÓRIA LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o texto da Lei n. 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Mediante leitura fácil e didática, você terá acesso às principais disposições acerca da regulação da Sociedade por Ações, bem como acerca dos principais procedimentos da escrituração contábil. Acesse o site Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade. com.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014. Trata-se de um portal contábil e jurídico de conteúdo essencial e eficaz para o estudo e o entendimento da Ciência Contábil, em todas as suas dimensões, pois aborda diferentes temáticas por diversos ângulos. 37 Acesse o artigo Equivalência Patrimonial no Portal de Contabilidade. Disponível em: <http:// www.portaldecontabilidade.com.br/guia/equivalenciapatrimonial.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo ampliará seus conhecimentos sobre o Método da Equivalência Patrimonial, de modo que enfatiza suas principais características e regras, em conformidade à legislação pertinente. Acesse o artigo Avaliação de Investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial: um estudo comparativo da aplicação das normas brasileiras, norte-americanas e internacionais, de Angelita Delfino. Disponível em: <http://www.unifin.com.br/Content/ arquivos/20111006155419.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo aborda e descreve, de forma didática, as semelhanças e diferenças observadas no processo de mensuração e tratamento contábil dos investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial, mediante a aplicação das normas brasileiras, internacionais (IASB) e norte-americanas (FASB). Vídeos Assista ao vídeo IFRS Alteração no Método de Equivalência Patrimonial. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=4jT94Bgh0KE>. Acesso em: 02 jan. 2014. O vídeo traz uma explicação didática acerca do Método da Equivalência Patrimonial, realizando uma abordagem sob a ótica do IFRS (International Financial Reporting Standards), que trouxe novas definições sobre em quais situações se aplicam os métodos de avaliação por equivalência patrimonial, notadamente realizando uma abordagem sobre as inovações introduzidas pela Lei n. 11.638/2007 e Lei n. 11.941/2009, que implantaram no Brasil os padrões internacionais de contabilidade. LINKSIMPORTANTES 38 Instruções: Este é o momento de você finalmente exercitar seu aprendizado por meio da resolução das questões deste Caderno de Atividades. Lembre-se de que, para responder às questões, você precisará assistir às teleaulas, ler o Livro-Texto, refletir e pesquisar mais sobre os temas relativos a esta disciplina. É de fundamental importância a realização dessas atividades, tendo em vista que permitem que você reflita e aprimore seus conhecimentos, bem como permitem a organização de seu aprendizado. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Questão 1: Os investimentos em participações no ca- pital de outras sociedades podem ser ava- liados sob dois critérios, ou seja, sob o Mé- todo de Custo e o Método de Equivalência Patrimonial. Para tanto, as participações societárias caracterizam-se como investi- mentos de caráter permanente. Neste contexto, considere as afirmativas a seguir: I – Os investimentos de caráter permanen- te devem ser classificados na conta Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimen- tos. Incluem-se, nessa classificação, as participações societárias permanentes em outras empresas. II – Atualmente, é comum a aplicação de recursos de uma empresa em outra, sendo denominada participação societária esta prática. AGORAÉASUAVEZ 39 III – Os investimentos em participações societárias, considerados permanentes, podem ser avaliados sob duas formas, conforme disposição expressa da Lei das Sociedades por Ações, a Lei n. 6.404/1976: pelo Método de Custo e mediante o Méto- do de Equivalência Patrimonial. IV – As participações societárias permanen- tes em outras empresas, como representam intenção de permanência com caráter de ex- tensão ou diversificação de suas atividades, e não meramente temporárias ou especulati- vas, devem ser classificadas no Grupo Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos. V – A participação societária ocorre quan- do uma empresa adquire a participação no capital social de outra empresa, mediante ações de outras companhias ou quotas de outras empresas. Acerca da validade ou falsidade dessas afirmativas, assinale a alternativa correta: a) V,F,F,V,V. b) F,F,V,V,F. c) V,V,V,V,V. d) F,F,F,F,F. e) V,V,V,F,F. Questão 2: Os investimentos em participações no ca- pital de outras sociedades podem ser ava- liados sob dois critérios: Método de Custo e Método de Equivalência Patrimonial. Acer- ca do Método de Custo, considere as afir- mativas a seguir: I – O Método de Custo é usado para ava- liar investimentos em capital de sociedades que não sejam coligadas nem controladas, e que não estejam sob controle comum e que não façam parte de um mesmo grupo. II – O Método de Custo para a avaliação dos ativos da empresa é previsto pelo ar- tigo 183, inciso III, da Lei das Sociedades por Ações – Lei n. 6.404/1976. III – Não devem ser avaliados pelo Méto- do de Custo os investimentos orçados pelo Valor Justo. IV – São passíveis de avaliação pelo Méto- do de Custo de Aquisição todos os inves- timentos em títulos patrimoniais de outras sociedades, classificados no grupo Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimentos, ou seja, os investimentos que decorrem de participações societárias permanentes em outras empresas, quando representam in- tenção de permanência. V – Não são passíveis de avaliação pelo Método de Custo os investimentos em títu- los patrimoniais de sociedades considera- das coligadas ou controladas, mesmo que AGORAÉASUAVEZ 40 em conjunto, ainda que as sociedades não sejam do mesmo grupo ou não estejam sob controle comum, caracterizando inves- timentos sujeitos ao Método de Equivalên- cia Patrimonial. Acerca da validade ou falsidade dessas afirmativas, assinale a alternativa correta: a) V,V,V,V,V. b) F,F,V,V,F. c) V,F,F,V,V. d) F,F,F,F,F. e) V,V,V,F,F. Questão 3: Os investimentos em participações no ca- pital de outras sociedades podem ser ava- liados sob dois critérios: Método de Custo e Método de Equivalência Patrimonial. Acer- ca do Método de Equivalência Patrimonial, considere as afirmativas a seguir:I – Os investimentos de caráter permanen- te devem ser classificados na conta Ativo Não Circulante, no subgrupo Investimen- tos. Incluem-se, nessa classificação, as participações societárias permanentes em outras empresas. II – Nesse método, as sociedades devem reconhecer os investimentos permanen- tes em sociedades controladas e coliga- das no momento em que esses resultados são gerados nas empresas investidas, e não quando esses resultados forem distri- buídos em forma de dividendos, tal como ocorre no Método de Custo. III – Esse método é utilizado para avaliar os investimentos permanentes em socie- dades coligadas e sociedades controladas, incluindo, nesse grupo, investimentos em outras sociedades que estejam sob contro- le comum ou que pertençam a um mesmo grupo. O investimento deve ser avaliado mediante o fato econômico, ou seja, com a geração de resultados. IV – Nesse método, os resultados auferi- dos pelas empresas investidas devem ser reconhecidos no momento em que eles são apurados, e assim passam a integrar os resultados da investidora, independen- temente de ocorrência de distribuição de dividendos pelas empresas investidas, em conformidade ao regime de competência. V – A adoção do Método de Equivalência Patrimonial é de uso obrigatório pelas em- presas investidoras que se enquadrarem nas condições definidas na lei. Acerca da validade ou falsidade dessas afirmativas, assinale a alternativa correta: a) V,V,V,F,F. b) F,F,V,V,F. c) V,F,F,V,V. d) F,F,F,F,F. e) V,V,V,V,V. AGORAÉASUAVEZ 41 Questão 4: No Método da Equivalência Patrimonial, as sociedades investidoras devem ava- liar, determinar e contabilizar os resulta- dos de seus investimentos em sociedades controladas e coligadas no momento de ocorrência das variações patrimoniais na contabilização da sociedade investida, em decorrência dos resultados gerados, em conformidade ao: a) Regime de Competência. b) Regime de Caixa. c) Momento da distribuição. d) Método de Custo. e) Nenhuma das alternativas anteriores. AGORAÉASUAVEZ Questão 5: A avaliação do investimento realizado pela sociedade investida e a determinação de seu va- lor devem ser feitas em conformidade com a aplicação da sua porcentagem de participação no capital da sociedade coligada ou controlada (% do capital social) sobre o valor de cada mutação ocorrida no Patrimônio Líquido da sociedade investida. Observe o quadro a seguir: Lucro Líquido Apurado % de Participação no Capital Equivalência Patrimonial Empresa B R$ 958.773,00 15% ? Empresa C R$ 1.402.928,00 25% ? Empresa D (R$ 172.150,00) 40% ? Empresa E R$ 138.698,00 90% ? Supondo uma investidora A e assumindo as informações do quadro apresentado, consi- dere: que o lucro líquido tenha sido a única variação do Patrimônio Líquido das Empresas B, C, D e E nas quais A investe; que sobre esses valores aplicam-se as porcentagens de participação no capital de tais empresas. Quais os valores de Equivalência Patrimonial cor- respondentes às Empresas B, C, D e E? 42 Questão 6: Considere os seguintes casos hipotéticos e complete o restante do quadro, a seguir, quanto à determinação da avaliação ou não pela equivalência patrimonial: Casos hipotéticos: Resposta Método de Avaliação Por quê? A investida é contro- lada (50% ou mais do capital votante) A investida é contro- lada (50% ou mais do capital votante) A investida é coliga- da (20% do capital votante ou influência na administração) A investida é coliga- da (20% do capital votante ou influência na administração) AGORAÉASUAVEZ Questão 7: No Método da Equivalência Patrimonial, a avaliação dos investimentos efetuados pela sociedade investidora em uma sociedade investida coligada ou controlada deve ser feita com base no porcentual de participa- ção da sociedade investida na sociedade investidora aplicado ao valor do Patrimônio Líquido da sociedade investida. Deste modo, o ajuste, tanto acréscimo quanto diminuição do investimento, da con- ta Ativo Permanente, pertencente ao Ativo Não Circulante da sociedade investidora, em função da equivalência patrimonial, deve possuir como contrapartida a conta denominada “Resultados da Equivalência Patrimonial”, no resultado do exercício. De que forma deve ser o lançamento con- tábil pelo Método da Equivalência Patrimo- nial? Questão 8: No Método da Equivalência Patrimonial, o intuito da contabilização é efetuar um lan- çamento para que seja mantida a igualdade entre o investimento da sociedade investi- dora e o Patrimônio Líquido da sociedade investida. 43 AGORAÉASUAVEZ a) Se a sociedade coligada ou controlada apurar lucro, como deve ser o lançamento contábil? b) Se a sociedade coligada ou controlada apurar prejuízo, de que forma deve ser a contabilização? Questão 9: Em 05-01-XA, a investidora A adquire, à vis- ta, 90% de participação da investida B, cujo Patrimônio Líquido era de R$ 800.000,00. Em 31-12-XA, ao encerrar suas Demons- trações Contábeis, a investida apresentou um prejuízo de R$ 900.000,00, tendo seu Patrimônio Líquido apresentado um passi- vo a descoberto de R$ 100.000,00. Consi- derando que a investidora tinha a obrigação legal de cobrir esse passivo a descoberto, qual deveria ter sido o lançamento correto efetuado? Questão 10: O Método da Equivalência Patrimonial deve ser aplicado pelas Sociedades por Ações que, na data do Balanço Patrimonial, pos- suam investimentos permanentes em con- troladas, coligadas e suas equiparadas e sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. Apresente a distinção entre Sociedade Controlada e Sociedade Coligada. 44 Neste tema, você aprendeu que o Método da Equivalência Patrimonial, também denominado Valor de Patrimônio Líquido, é instituído pela Lei n. 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), que sofreu atualizações por intermédio da Lei n. 11.941/2009, com o objetivo de adaptá-la às normas internacionais de contabilidade. Esse entendimento legal é aplicável a todas as sociedades, exceto às sociedades anônimas de capital aberto, que devem ser regidas pela Instrução n. 247/1996, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Você aprendeu, também, que o Método da Equivalência Patrimonial é um método contábil de avaliação de investimentos em participações societárias, ou seja, quando uma empresa, denominada investidora, efetua investimentos em outra empresa, denominada investida, por intermédio de ações ou quotas. Esse método é utilizado para a avaliação de investimentos em coligadas ou controladas, bem como para investimentos em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que se encontrem sob controle comum. No referido método, diferentemente do Método de Custo, deve-se considerar à sociedade investidora o que é equivalente, mediante porcentagem à parte do Patrimônio Líquido da sociedade investida, de modo que esse método contábil visa avaliar os investimentos realizados pela sociedade investidora na sociedade investida, mediante ajuste contábil, com o fim de se determinar o valor dos investimentos de uma sociedade em outras empresas. E, por fim, foi possível verificar, também, que o objetivo desse método é evidenciar que o Patrimônio Líquido contábil demonstra a riqueza real de uma entidade avaliada, em conformidade com os princípios contábeis; deste modo, se uma entidade possui determinada porcentagem do capital de outra entidade, nada mais justo que a ela seja cabível, por direito, a porcentagem em relação ao Patrimônio Líquido da sociedade investida. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificara etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO 45 REFERÊNCIAS ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. Lei n. 6.404/1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 10.406/2002 (Novo Código Civil). Disponível em: <http://www.planalto. gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.638/2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Lei n. 11.491/2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999. <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções Normativas da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita. fazenda.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014. _______. Instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 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C.; REIS, A. C. de R. (Coords.). Mudanças nas demonstrações contábeis. São Paulo: Saraiva, 2003. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MARTIS, Eliseu; IUDICIBUS, Sérgio et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas as sociedades - Fipecafi. São Paulo: Atlas, 2011. NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 13. ed. São Paulo: Frase, 2004. OLIVEIRA, Luis Martins; PEREZ Junior, José Hernadez. Contabilidade Avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. _______. Conversão de Demonstrações Contábeis. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009. OLIVEIRA, Alexandre M. S. et al. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Avançada. 2. ed. São Paula: Saraiva, 2009. SCHIMDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade Avançada: Aspectos Societários e Tributários. São Paulo: Atlas, 2008. _______. Contabilidade Internacional: Equivalência Patrimonial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. ZANETTE, M. et al. Educação sem fronteiras: Ciências Contábeis. Campo Grande: Uni- derp Interativa, 2011. REFERÊNCIAS 47 Ações: representam a menor fração do capital social de uma empresa, ou seja, é o resultado da divisão do capital social em partes iguais, sendo o capital social o investimento dos donos na empresa, ou seja, o patrimônio da empresa. Quando as ações são emitidas por companhias abertas ou assemelhadas, são negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão. Ativos Financeiros: são participações permanentes em outras sociedades e caracterizam- se como aplicações de capital permanente, e não de forma temporária ou especulativa. A empresa detentora da participação em fundos de investimentos deve demonstrar a intenção de manter essa participação como permanente, sem a intenção de vendê-los. Capital Social: parcela do Patrimônio Líquido de uma empresa ou entidade oriunda de investimento na forma de ações (se for sociedade anônima) ou quotas (se for uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada), efetuado na companhia pelos proprietários ou acionistas, o qual abrange não somente as parcelas entregues pelos acionistas, mas também os valores obtidos pela empresa, que, por decisão dos acionistas ou proprietários, são incorporados ao capital social. Investimentos: de caráter permanente, destinam-se a produzir benefícios pela sua permanência na empresa. São classificados à parte no Balanço Patrimonial como Investimentos. O subgrupo Investimentos faz parte do grupo Ativo Não Circulante. Sociedades coligada: é a entidade sobre a qual a sociedade investidora mantém influência significativa, sem chegar a controlá-la, de modo que a influência significativa demonstra que a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões financeiras e operacionais da sociedade investida. Sociedade controlada: sociedade na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. GLOSSÁRIO 48 Questão 1 Resposta: C Questão 2 Resposta: A Questão 3 Resposta: E Questão 4 Resposta: A. Justificativa: em conformidade ao Regime de Competência, tendo em vista que tanto os lucros quanto os prejuízos devem ser reconhecidos na sociedade investidora no momento em que forem gerados na sociedade investida, em decorrência de resultados gerados, e não somente no momento da distribuição, tal como ocorre no método de custo, por meio do regime de caixa. Questão 5 Resposta: Empresa B: 15% de R$ 958.773,00 = R$ 143.816,00 Empresa C: 25% de R$ 1.402.928,00 = R$ 350.732,00 Empresa D: 40% de R$ (R$ 172.150,00) = (R$ 68.860,00) Empresa E: 90% de R$ 138.698,00 = R$ 124.828,00 GABARITO 49 GABARITO Questão 6 Casos hipotéticos: Resposta Método de Avaliação Por quê? A investida é contro- lada (50% ou mais do capital votante) Sim Equivalência Patrimonial Sendo controlada, não precisa verificar outros critérios. A investida é contro- lada (50% ou mais do capital votante) Não Indeterminado Precisa verificar se é coligada. A investida é coliga- da (20% do capital votante ou influência na administração) Sim Equivalência Patrimonial Sendo coligada, não precisa verificar outros critérios. A investida é coliga- da (20% do capital votante ou influência na administração) Não Custo Histórico de Aquisição Não sendo controlada nem coligada, a ava- liação será pelo Méto- do de Custo. Questão 7 Resposta: O lançamento contábil deve ocorrer da seguinte forma: D – Investimentos a C – Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial Questão 8 Resposta: a) D – Investimentos em Coligadas a C – Receita de Equivalência Patrimonial (participação na coligada ou controlada) b) D – Despesa de Equivalência Patrimonial (participação na coligada ou controlada) – Prejuízo Operacional a C – Investimentos em Coligadas ou Controladas 50 Questão 9 Resposta: Débito Resultados Operacionais (despesas) Resultado da Equivalência Patrimonial – investida B: R$ 720.000,00 Crédito Ativo Não Circulante – investimentos Participações em outras empresas – avaliadas pela equivalência patrimonial – investida B: R$ 720.000,00 Questão 10 Resposta: Sociedade Controlada é a entidade na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Esse controle exercido pela sociedade investidorapode ser por intermédio do controle direto ou do controle indireto, por meio de outra controlada. Sociedade Coligada é a entidade sobre a qual a sociedade investidora mantém influência significativa, sem chegar, no entanto, a controlá-la. GABARITO
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