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Aula 11.1

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DIREITO EMPRESARIAL III
Protesto do Título e Ação Cambial
Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida (art. 1.0 da Lei 9.492/1997).
DIREITO EMPRESARIAL III
O protesto realiza-se no Cartório de Protesto de Títulos. 
Sua função é constituir em mora o devedor, fazendo prova sobre a impontualidade do devedor.
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Cobrança contra o devedor principal e seu avalista: desnecessário o protesto. 
Diz-se que o protesto é facultativo. 
Cobrança contra os demais coobrigados: necessário o protesto.
DIREITO EMPRESARIAL III
A ação cambial é destinada à cobrança de títulos executivos extrajudiciais (art. 784 I e XII do NCPC).
Ela pode ser direta – contra o devedor principal
Indireta – chamada ação de regresso (neste caso é necessário o protesto).
DIREITO EMPRESARIAL III
Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
DIREITO EMPRESARIAL III
Defesa:Embargos do devedor ou à execução – (art. 914. NCPC)
Exceções  – exceções pessoais e por isso inoponíveis contra terceiros de boa-fé, o erro, a simulação, a fraude, a ilicitude ou falta de causa debendi, o pagamento sem resgate do título, a novação.
Exceções reais e por isso oponíveis em qualquer circunstância – falsidade do título, incapacidade do devedor, o defeito de forma (ausência de requisito essencial do título).
DIREITO EMPRESARIAL III
Prescrição Cambiária – Execução da letra de câmbio – contra o devedor principal e seu avalista – 3 anos a contar do vencimento; contra os co-devedores em 1 ano contado do protesto.
DIREITO EMPRESARIAL III
Para exercício de regresso contra o co-devedor em 6 meses, a partir do pagamento ou do ajuizamento da execução. 
Prescrita a execução, o título de crédito poderá ser elemento de prova da obrigação, que ele representava em ação de conhecimento ou monitória.
DIREITO EMPRESARIAL III
Nota Promissória – idêntica a da letra de câmbio.
Execução de cheque – prescreve em 6 meses a contar do término do prazo de apresentação.
DIREITO EMPRESARIAL III
Enriquecimento indevido – através ação monitória, proposta nos cinco anos seguintes a prescrição do cheque ou nota promissória, como títulos de crédito. (ação de conhecimento portanto é lícito ao réu contestar, discutindo a relação jurídica originária do título). 
Prazo de acordo com o parágrafo 5º, inciso I, do art. 206 do CC, conforme jurisprudência do STJ.
DIREITO EMPRESARIAL III
Duplicata – em 3 anos a contar do vencimento, contra o sacado e seu avalista. Em 1 ano contado do protesto contra os endossantes e seus avalistas e 1 ano a partir do pagamento para o exercício de direito de regresso contra co-devedor.
DIREITO EMPRESARIAL III
CASO CONCRETO:
Augusto, portador de Letra de Câmbio, apresentou o título para aceite do sacado Bernardo, que não aceitou, sob alegação de não possuir relação alguma com o sacador. Protestado o título por falta de aceite, Augusto promoveu ação de execução em face de Bernardo que, devidamente citado, alegou ilegitimidade passiva,uma vez que sua assinatura não consta do título, bem como falta a Augusto a qualidade de credor, por falta do aceite.
Indaga-se:
1. Procedentes as alegações de Bernardo?
2. Possível o protesto por falta de aceite na letra de Câmbio? 
DIREITO EMPRESARIAL III
1. Sim, procedem, em virtude de que o aceite não é ato obrigatório e o sacado se obriga na letra apenas pelo aceite (art. 28, LUG). O Sacado não precisa apresentar qualquer justificativa legal para a falta de aceite.
2. A lei admite o protesto por falta de aceite para que seja possível ao portador exercer seu direito de ação em face dos demais coobrigados (art. 44, LUG)
DIREITO EMPRESARIAL III
QUESTÃO OBJETIVA
O protesto de uma letra de câmbio pode ocorrer devido:
A) ao seu não pagamento 
B) à declaração de falência do credor 
C) ao seu extravio, de forma a viabilizar a emissão da segunda via 
D) à morte do devedor, de forma a torná-lo exigível junto ao espólio
DIREITO EMPRESARIAL III
QUESTÃO OBJETIVA: Letra A (art. 44, LUG)

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