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Aula 12

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DIREITO EMPRESARIAL III
O cheque é uma ordem de pagamento à vista. O cheque é regido pela Lei 7.357/85 (Lei do Cheque), e emitido pelo sacador (emitente) contra o sacado (instituição bancária), em favor próprio ou de terceiro, e que incide sobre fundos que o sacador dispõe em poder do sacado.
DIREITO EMPRESARIAL III
Art. 3º O cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja equiparada, sob pena de não valer como cheque.
Art. 4º. O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado a sobre eles emitir cheque, em virtude de contrato expresso ou tácito. 
A infração desses preceitos não prejudica a validade do título como cheque.
§ 1 o - A existência de fundos disponíveis é verificada no momento da apresentação do cheque para pagamento.
DIREITO EMPRESARIAL III
Ainda, segundo a Lei do Cheque:
Art. 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não-escrita qualquer menção em contrário.
Os títulos de créditos podem ser classificados em dois aspectos quanto ao modelo, modelo vinculado (cheque e duplicata) e modelo livre (nota promissória e letra de câmbio).
DIREITO EMPRESARIAL III
Art. 1º. O cheque contêm:
I - a denominação "cheque" inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido;
II -a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV- a indicação do lugar de pagamento;
V- a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
DIREITO EMPRESARIAL III
O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido (LC, art. 60).
DIREITO EMPRESARIAL III
O sacado (banco) não se obriga ao pagamento do cheque, sendo a responsabilidade do emitente.
Art. 1. O emitente garante o pagamento, considerando-se não escrita a declaração pela qual se exima dessa garantia.
Art. 6º O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido.
DIREITO EMPRESARIAL III
o banco sacado não responde pela inexistência ou insuficiência de fundos.
A responsabilidade do banco se dá somente quando do processamento de pagamento indevido, como creditamento a cliente errado, que não seja beneficiário do título, ou ainda no caso de pagamento de cheque falso, falsificado ou alterado, exceto se houver dolo ou culpa do correntista, endossante ou beneficiário (LC, art. 39).
DIREITO EMPRESARIAL III
Dissemos que o cheque é uma ordem de pagamento à vista (LC, art. 32). Nos dizeres do STJ "A emissão de cheque pós-datado, popularmente conhecido como cheque pré-datado, não o desnatura como título de crédito, e traz como única consequência a ampliação do prazo de apresentação".
Desta forma, está incorreto o seguinte item apresentado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil/2004: O cheque é uma ordem de pagamento à vista, sendo que qualquer menção em contrário o inutiliza como título de crédito.
DIREITO EMPRESARIAL III
Como bem salientou o E. STJ, a única consequência é a ampliação do prazo de apresentação do título. Não será o cheque desnaturado como título de crédito!
A emissão do cheque pré-datado é aceita como praxe, não havendo alicerce jurídico para tanto.
Então, o que temos de saber é o seguinte: o cheque é ordem de pagamento à vista. Contudo, a emissão de cheque pré-datado é aceita no Brasil, por ser praxe, trazendo como única conseqüência a ampliação do prazo de apresentação, não o desnaturando como título de crédito!
DIREITO EMPRESARIAL III
A Súmula 370 do STJ propõe que "caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado.
Assim, encontra-se plenamente aceita em nossos tribunais pátrios a possibilidade de emissão de cheque pré-datado, embora constitua verdadeiro costume contra legem.
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Outro assunto interessante, diz respeito ao endosso dos cheques.
Art. 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja subordinado.
Importantíssimo agora: Art. 18, § 1 o São nulos o endosso parcial e o do sacado.
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Art. 23 O endosso num cheque passado ao portador torna o endossante responsável, nos termos das disposições que regulam o direito de ação, mas nem por isso converte o título num cheque "à ordem".
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CASO PRÁTICO: Augusto é titular de conta corrente conjunta com sua esposa, Bruna, e emitiu um cheque no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) em favor de uma clínica médica.  Posteriormente, a beneficiária verificou que não constava da cártula o local de emissão, porém, mesmo com tal omissão, foi promovida execução em face de Bruna, já que esta havia se utilizado do serviço prestado.
 
1. Há alguma implicação legal na omissão apontada?
2. Será procedente a execução do cheque realizada contra Bruna, por se tratar de conta corrente conjunta?
DIREITO EMPRESARIAL III
CASO PRÁTICO: 
1. Não haverá implicação alguma, por força do art. 2, II, da Lei n. 7.357/85, e ainda, a Súmula STF n. 387.
2. Impossível a cobrança em face de Bruna, uma vez que fere o Princípio da Literalidade, o que acarretará ilegitimidade passiva.
DIREITO EMPRESARIAL III
QUESTÃO OBJETIVA:
 
O cheque pré-datado 
(A) não pode ser avalizado ou endossado.
(B) pode ser apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão, e pagável no dia da apresentação.
(C) não é considerado cheque, em razão da pré-datação.
(D) para ser pago é necessário o seu depósito em conta corrente.
 
DIREITO EMPRESARIAL III
QUESTÃO OBJETIVA:
Letra B, art. 32, parágrafo único, da Lei n. 7.357/85

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