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ECÔNOMIA POLITICA – AULA 4 Conceito de dívida pública interna A dívida pública interna consiste na dívida realizada pelo governo com pessoas da sociedade para financiar seus gastos que não são cobertos pela arrecadação de tributos ou quando o governo tem como objetivo exercer sua função estabilizadora na economia. Os bancos que desenvolvem atividades no mercado finando, mantêm, em carteiras, uma parte significativa dessa dívida. O Orçamento da União, dos estados e dos municípios é formado por: O Superávit primário surge quando o montante de arrecadação de tributos excede o montante de gastos do governo. O inverso corresponde ao déficit primário. Em relação ao déficit, podem ser classificados como: - NORMAL/TOTAL: corresponde a necessidade de financiamento do setor público em seus diversos níveis: União, estado, município, empresase estatais e previdência Social. - OPERACIONAL: corresponde ao resultado primário acrescido dos juros (dividas passadas). Se o resultado primário focaliza as receitas e despesas em um determinado período, no entretanto, o resultado operacional leva em consideração também os débitos passados que precisam ser financiados através de juros. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS - DIRETOS: são aqueles que incidem sobre uma renda e a riqueza. ( Ex.: Imposto sobre a propriedade – IPTU, ITR- que incide sobre a riqueza.) - INDIRETOS: são aqueles que incidem sobre a circulão de mercadorias ou prestação de serviços. (EX.: O imposto sobre serviços – ISS – de competência municipal.) - PROGRESSIVOS: são aqueles em que a alíquota se torna progressiva à medida que aumenta a renda. O imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) caracteriza-se pela progressividade, apresentando alíquotas maiores à medida que rendas maiores são tributadas. Para que o tributo seja justo, é importante que o sistema de tributação seja progressivo, permitindo que os indivíduos de maiores rendas contribuam com maior parcelo para os programas governamentais. - FIXOS: são aqueles em que a alíquota se mantém fixa, independentemente da variação da renda. Para evitar sonegação, em razão da aplicação de alíquotas elevadas, alguns países desenvolvidos vêm optando por alíquota fixas, estimulando a contribuição regular pelos indivíduos de renda elevada. - REGRESSIVOS: são aqueles em que o peso do tributo na renda dos indivíduos se torna menor à medida que a renda aumenta. O peso de uma cesta básica de alimentos na renda de um individuo se torna menor à medida que ocorre o crescimento de sua renda. PRINCIPIOS GERAS DE TRIBUTAÇÃO Princípio da Equidade: o tributo deve ser justo, ou seja, os indivíduos devem contribuir com uma parcela justa para arcar com o custo do governo. Princípio do Benefício: Cada indivíduo deve contribuir na proporção dos serviços públicos recebidos do governo. No caso do sistema tributário brasileiro, as taxas poderiam ser aplicadas a este princípio. Como exemplo, o indivíduo contribuiria com a taxa de lixo no montante despendido pelo governo para realizar a coleta de seu lixo. Princípio da Capacidade de Pagamento: Cada indivíduo deve contribuir segundo sua capacidade contributiva. Neste conceito, seria aplicada a progressividade dos tributos, ou seja, aqueles com maiores rendas seriam tributados com alíquotas maiores do que aqueles com menores rendas. Princípio da Neutralidade: O tributo, para ser ideal, não deve afetar os preços relativos praticados no mercado. A decisão de um investidor em alocar seu investimento em determinada região não deve ser baseada em vantagens tributárias e sim por fatores competitivos que venham atrair o capital. Os incentivos fiscais concedidos nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, visando promover o desenvolvimento industrial da região e reduzir a desigualdade de renda, pode resultar no esvaziamento econômico em outras áreas, gerando os problemas sociais e econômicos advindos desse processo. Os tributos admitidos em lei na Constituição Federal Brasileira são cinco: Impostos: são tributos não vinculados à atuação do Estado. O art. 16 do Código Tributário Nacional define “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Taxas: são tributos instituídos em razão do exercício do poder de polícia pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. (EX.: A taxa de lixo, que é cobrada mediante a prestação do serviço público de coleta de lixo; A taxa de incêndio, que deve estar vinculada ao serviço de combate ao incêndio pelo corpo de bombeiro.) Contribuições de melhoria: são tributos arrecadados dos proprietários de imóveis beneficiados por obras públicas. Uma vez concluída a obra pública, é fundamental que esta venha a causar uma valorização dos imóveis beneficiados. O valor a ser cobrado de cada beneficiário não poderá exceder à vantagem que sobreveio para o contribuinte com a obra pública. Contribuições sociais: são tributos de competência da União, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Empréstimos compulsórios: estão incluídos no sistema tributário nacional, de competência da União e se destinam a atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
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