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Psicologia da Personalidade 2

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Psicologia da Personalidade ( 2°Material)
Teorias da Personalidade: Psicologia Analítica 
 
A Teoria Junguiana da Personalidade
1) Introdução
Freud designou Carl Jung como seu herdeiro espiritual, porém desenvolveu uma teoria da personalidade que diferia drasticamente da psicanálise ortodoxa.
Jung criou uma nova e elaborada explicação da natureza humana diferente de qualquer outra, que ele chamou de psicologia analítica.
O primeiro ponto no qual Jung discordou de Freud foi quanto ao papel da sexualidade.
Jung ampliou a definição freudiana de libido redefinindo-a como uma energia psíquica mais generalizada que inclui sexo, mas não se restringe a ele.
A segunda grande discordância, diz respeito à direção das forças que influenciam a personalidade.
Freud via os seres humanos como prisioneiros ou vítimas de eventos passados, Jung argumentou que somos moldados pelo nosso futuro e passado.
Nós somos afetados não só pelo que nos aconteceu quando crianças, mas também pelo que aspiramos fazer no futuro.
O terceiro ponto de divergência gira em torno do inconsciente. Jung o enfatizou mais que Freud e acrescentou uma nova dimensão: as experiências herdadas das espécies humanas e pré-humanas. Jung o tornou o centro do seu sistema de personalidade: combinou idéias de história, mitologia, antropologia e religião para formar a sua imagem da natureza humana.
2) Carl Jung e a Psicologia Analítica
A análise de Jung sobre a natureza humana inclui investigações acerca de religiões orientais, Alquimia, Parapsicologia e Mitologia.
Seus maiores esforços foram direcionados à investigação das metas mais distantes da aspiração e da realização humanas.
A psicologia junguiana está basicamente interessada no equilíbrio entre os processos conscientes e inconscientes e no aperfeiçoamento do intercâmbio dinâmico entre eles. 
Carl Gustav Jung nasceu na Suiça a 26 de julho de 1875. (Morreu em 06/06/1961).
Seu pai e parentes próximos eram pastores luteranos e, já na infância, foi afetado por questões religiosas e espirituais.De 1906 à 1914 acolheu a obra psicanalítica de Freud e a defendeu em seus próprios escritos, porém, discordavam em pontos fundamentais.
Jung não foi capaz de aceitar a insistência de Freud de que as causas da repressão eram sempre traumas sexuais.
Freud ficava apreensivo com o interesse de Jung pelos fenômenos mitológicos, espirituais e ocultos
3) Psicologia Analítica
Jung propôs uma teoria que enfatiza o inconsciente.
Para Jung a libido não é primariamente sexual, mas constitui uma ampla energia psíquica com dimensões espirituais.
Jung acreditava que os desenvolvimentos mais interessantes da personalidade ocorrem na idade adulta, e não na infância.
Essa ênfase reflete sua preocupação com as futuras direções para as quais a personalidade se dirige, em contraste com a ênfase de Freud no passado.
Jung - o comportamento humano é condicionado pela história individual e racial (causalidade), mas também pelas metas e aspirações (teleologia).
“a pessoa vive por metas, assim como por causas”.
A ênfase no papel do destino ou do propósito no desenvolvimento humano, separa Jung de Freud.
Para Freud = existe apenas a interminável repetição de temas instintuais até a morte.
Para Jung = existe um desenvolvimento constante e criativo, a busca da totalidade e completude e o anseio de renascimento.
Jung = os seres humanos modernos foram moldados em sua forma presente pelas experiências cumulativas de gerações passadas, estendendo-se às origens obscuras e desconhecidas do ser humano.
As fundações da personalidade são arcaicas, primitivas, inatas, inconscientes e provavelmente universais.
Freud enfatiza as origens infantis da personalidade.
Jung enfatiza as origens raciais da personalidade. 
Os seres humanos nascem com muitas predisposições legadas por seus ancestrais;
Essas predisposições orientam sua conduta e determinam em parte aquilo de que se tornarão conscientes e à que responderão em seu mundo experiencial.
A personalidade de um indivíduo resulta de forças internas agindo sobre e sendo influenciadas por forças externas.
Jung mais que qualquer outro psicólogo, sondou a história para descobrir o máximo sobre as origens e a evolução racial da personalidade.
Estudou mitologia, religião, símbolos, rituais antigos, costumes e crenças de povos primitivos, sonhos, visões, sintomas dos neuróticos, alucinações e delírios de psicóticos na busca das raízes e desenvolvimento da personalidade.
Influências intelectuais de Jung no século XIX: Schopenhauer, Hartmann e Nietzche.
4) Estrutura da Personalidade de Jung: 
E GO = a mente consciente. Constituído por percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes;
É o responsável pelos nossos sentimentos de identidade e de continuidade – é o centro da consciência e um dos maiores arquétipos da personalidade.
Inconsciente Pessoal
Região adjacente ao ego
Consiste em experiências que no passado foram conscientes, mas que agora estão reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas. Os conteúdos do inconsciente pessoal são acessíveis à consciência, e há grande trânsito entre inconsciente pessoal e o ego.
Complexos 
Um complexo é um grupo organizado de sentimentos, pensamentos, percepções e memórias que existe no inconsciente pessoal.
Ex: complexo materno
Uma pessoa cuja personalidade é dominada pela mãe , tem um forte complexo materno. Seus pensamentos e ações serão orientados pela concepção da mãe, o que a mãe faz terá um grande valor para ela e a imagem da mãe será predominante em sua mente.
Um complexo pode se comportar como uma personalidade autônoma, com uma vida mental e um motor próprios.
Um complexo pode assumir o controle da personalidade e utilizar a psique para seus próprios fins. Ex: Napoleão, pela sede de poder.
Inconsciente Coletivo ou Transpessoal 
Um dos aspectos mais originais e controversos da teoria de Jung.
É o sistema mais poderoso e influente da psique, e em casos patológicos, domina o ego e o inconsciente.
É o reservatório de traços de memória herdados do nosso passado ancestral, que inclui não só a história racial dos seres humanos, mas também seus ancestrais pré-humanos ou animais.
É o resíduo psíquico do desenvolvimento evolutivo humano; um resíduo que se acumula em consequência de repetidas experiências ao longo de muitas gerações.
Jung atribui a universalidade do inconsciente coletivo à semelhança da estrutura do cérebro em todas as raças humanas e essa semelhança deve-se a uma evolução em comum.
Sobre o inconsciente coletivo, Jung escreve que nascemos com uma herança psicológica que se soma a herança biológica.
“exatamente como o corpo humano representa um verdadeiro museu de órgãos, cada qual com sua longa evolução histórica, da mesma forma deveríamos esperar encontrar também na mente, uma organização análoga. Nossa mente jamais poderia ser um produto sem história, em situação oposta ao corpo, no qual a história existe” (Jung, 1964, p.67, ed.bras.) 
Arquétipo 
São os componentes estruturais do inconsciente coletivo.
Dentro do inconsciente coletivo há “estruturas” psíquicas ou arquétipos.
Tais arquétipos são formas sem conteúdo próprio que servem para organizar ou canalizar o material psicológico.
Eles se parecem com leitos de rios secos, cuja forma determina as características do rio desde que a água começa a fluir por eles.
Para Jung arquétipos = imagens primordiais, imagens mitológicas e padrões de comportamento.
Um arquétipo é uma forma universal de pensamento (idéia) que contém uma grande emoção.
Ex. o arquétipo da mãe produz imagem da uma figura de mãe que é identificada com a mãe real.
Como se origina um arquétipo ?
É um depósito mental permanente de uma experiência que foi repetida por muitas gerações.
Ex. várias gerações viram o sol fazer seu percurso diário de um horizonte a outro
A repetição dessa experiência fixou-se no inconsciente coletivo como um arquétipo do deus-sol.
A Persona 
É o papel atribuído a alguém pela sociedade.
É o papelque a sociedade espera que a pessoa desempenhe na vida.
A persona é a personalidade pública, aqueles aspectos que apresentamos ao mundo ou que a opinião pública impõe ao indivíduo, em contraste com a personalidade privada existente atrás da fachada social.
É a forma pela qual nos apresentamos ao mundo.
À medida que começamos a agir de determinada maneira, a desempenhar um papel, nosso ego se altera gradualmente nessa direção.
A persona é parecida com o superego de Freud em alguns aspectos.
A Anima e o Animus 
Fisiologicamente, o macho secreta tanto hormônios masculinos quanto femininos, assim como a fêmea.
No nível psicológico, as características masculinas e as femininas são encontradas em ambos os sexos.
Jung atribuiu o lado feminino da personalidade do homem e o lado masculino da personalidade da mulher a arquétipos.
O arquétipo feminino no homem chamado de ANIMA
O arquétipo masculino na mulher chamado de ANIMUS
Ao viver com a mulher ao longo das épocas o homem se feminilizou; ao viver com o homem ao longo das épocas, a mulher se masculinizou.
O homem apreende a natureza da mulher através de sua anima;
A mulher apreende a natureza do homem através de seu animus.
 
5) A Sombra
A sombra representa o que consideramos inferior em nossa personalidade e também, o que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós mesmos.
O arquétipo da sombra, consiste nos instintos animais que os homens herdaram em sua evolução a partir de formas inferiores de vida.
A sombra representa o lado animal da natureza humana.
Em sonhos, a sombra frequentemente aparece como um animal, inimigo ou vagabundo.
A sombra não é apenas uma força negativa na psique; é um depósito de energia instintiva, espontaneidade e vitalidade e é a fonte principal de criatividade
Lidar com a sombra é um processo que dura a vida toda, e que consiste em olhar para dentro e refletir honestamente sobre aquilo que vemos lá.
6) O SELF 
Jung chamou o self de arquétipo central, arquétipo da ordem e da totalidade da personalidade;
Para Jung “consciente e inconsciente” não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self.
O arquétipo do self foi descoberto por Jung depois de concluir suas investigações sobre as outras estruturas da psique.
O self aparece em sonhos ou imagens de forma impessoal como um círculo, mandala, cristal ou pedra;
Ou de forma pessoal como um casal real, uma criança divina ou na forma de outro símbolo de divindade.
Todos estes são símbolos da totalidade, unificação, reconciliação de polaridades ou equilíbrio dinâmico objetivos do processo de individuação;
Individuação ou autodesenvolvimento = significa tornar-se único, homogêneo, tornar-se o nosso próprio si-mesmo, ou realização do si-mesmo;
Jung – individuação é um processo de desenvolvimento da totalidade e portanto,de movimento em direção a uma maior liberdade. Isso inclui o desenvolvimento do eixo ego-self, além da integração de várias partes como ego, persona, sombra, anima-animus e outros arquétipos inconscientes. 
 O self não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca o consciente e o inconsciente; é o centro dessa totalidade.
O self pode, de início, aparecer em sonhos como uma imagem significante, um ponto ou uma sujeira de mosca, pelo fato do self ser bem pouco familiar e pouco desenvolvido na maioria das pessoas.
O desenvolvimento do self não significa que o ego seja dissolvido;
Continua sendo o centro da consciência, mas agora ele é vinculado ao self como consequência de um longo e árduo processo de compreensão e aceitação de nossos processos inconscientes.
O self motiva o comportamento humano e provoca uma busca da integralidade, especialmente através da religião.
As experiências religiosas verdadeiras são o mais próximo da qualidade de ser si mesmo que a maioria dos seres humanos pode atingir, e as figuras de Cristo e Buda são as expressões diferenciadas do arquétipo de self encontrados no mundo moderno.
Antes que um self possa emergir, é necessário que vários componentes da personalidade se tornem totalmente desenvolvidos. Por isso, o arquétipo do self não se torna evidente antes da meia-idade da pessoa, época onde há um esforço para mudar o centro da personalidade do ego consciente, para um que esteja a meio caminho entre a consciência e a inconsciência. 
O conceito de self, provavelmente é a descoberta psicológica mais importante de Jung e representa a culminação dos seus estudos dos arquétipos.
7) As Atitudes 
Jung distinguiu duas atitudes ou orientações da personalidade: atitude de extroversão e atitude de introversão.
Se referem a uma orientação para dentro ou para fora e não para níveis baixos ou altos de sociabilidade.
A atitude extrovertida orienta a pessoa para o mundo externo, objetivo;
A atitude introvertida orienta a pessoa para o mundo interior, subjetivo.
As duas atitudes opostas estão, ambas, presentes na personalidade.
Ninguém é puramente introvertido ou extrovertido.
Uma delas é dominante e consciente; enquanto a outra é subordinada e insconsciente.
Se o ego é predominantemente extrovertido em sua relação com o mundo, o inconsciente pessoal será introvertido.
Jung comparou os dois processos aos batimentos cardíacos;
Há alternância rítmica entre o ciclo de contração (introversão) e o ciclo de expansão (extroversão) 
Cada indivíduo tende a favorecer uma ou outra atitude; o ideal é ser flexível e operar em termos de equilíbrio entre as duas e não uma maneira fixa de responder ao mundo.
8) As Funções: Pensamento, Sentimento, Sensação, Intuição
Jung via o pensamento e o sentimento como formas alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões.
O pensamento está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. 
Sentir é tomar decisões de acordo com valores próprios, como bom ou mau, certo ou errado; tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência.
Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender informações, ao contrário das formas de tomar decisões.
Os tipos sensitivos tendem a responder à situação imediata, e lidam eficientemente com todos os tipos de crises e emergências.
A intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes.
As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do a experiência real por si mesma. 
Jung escreve: “a fim de nos orientarmos, temos que ter uma função que assegure que algo está aqui (sensação); uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função que declare se isto é ou não apropriado, se queremos aceitá-lo ou não (sentimento); e uma quarta função que indique de onde isto veio e para onde vai (intuição)”.
9) As etapas de Desenvolvimento de Jung
Infância O desenvolvimento do ego começa quando a criança consegue diferenciar-se dos outros.
Da Puberdade a Idade Adulta Os adolescentes têm de se adaptar às demandas cada vez maiores da realidade. O foco é externo, na educação, carreira e família. O consciente predomina.
Meia-idade Um período de transição quando o foco da personalidade muda de externo para interno numa tentativa de equilibrar o inconsciente com o consciente.
10) O Desenvolvimento da Personalidade 
Para Jung a personalidade é determinada pelo que esperamos ser e pelo que fomos.
Ele criticou Freud por enfatizar somente eventos passados como moldadores da personalidade, excluindo o futuro.
Jung acreditava que nos desenvolvemos e crescemos independentemente da idade e estamos sempre indo para um grau mais completo de realização do self.
11) Meia – Idade 
Dos 35 aos 40 anos ocorrem grandes mudanças de personalidade.
Nessa época, os problemas de adaptação do início da idade adulta já foram resolvidos; a pessoa está estabelecida numa carreira, num casamento e numacomunidade;
A meia-idade é um período natural de transição, no qual a personalidade supostamente passa por mudanças necessárias e benéficas; 
Jung observou que na primeira metade da vida temos de nos concentrar no mundo objetivo da realidade – educação, carreira e família ;
Aos 40 anos essa preparação já terminou e os desafios foram vencidos.
A segunda metade da vida tem de ser dedicada ao mundo interior, subjetivo, que até agora tinha sido negligenciado.
A atitude da personalidade deve mudar da extroversão para introversão.
Os nossos interesses devem mudar do físico e material para o espiritual, filosófico e intuitivo.
Na meia-idade, naturalmente, começamos o processo de realização ou atualização do self; se formos bem-sucedidos na tarefa de integrar o inconsciente com o consciente, estamos em condições de atingir um nível de saúde psicológica positiva que Jung chamava de individuação. 
12) Questões sobre a natureza humana
A imagem da natureza humana de Jung é bem diferente da de Freud.
Jung não tinha uma visão tão determinista, mas concordava que a personalidade poderia ser parcialmente determinada por experiências da infância e pelos arquétipos.
No seu sistema há espaço para o livre-arbítrio e a espontaneidade, esta última surge do arquétipo da sombra.
Jung assumiu uma posição mista em relação à questão da natureza-criação.
O impulso para a individuação e a transcendência é inato, mas pode ser auxiliado ou contrariado pela aprendizagem e experiência.
A meta fundamental e necessária da nossa vida é a realização do self.
Embora ela raramente seja atingida estamos sempre motivados e empenhados em atingi-la.
Jung discordava de Freud quanto à importância das experiências da infância. Elas eram influentes mas não moldavam nossa personalidade até os cinco anos.
Nós somos mais afetados pelas nossas experiências na meia-idade e pelas nossas esperanças e expectativas para o futuro. Somos motivados a crescer e nos desenvolver , a melhorar e ampliar o nosso self. 
13) A Avaliação na Teoria de Jung
Para avaliar o funcionamento da psique, as técnicas de Jung baseavam-se na ciência e no sobrenatural, resultando numa abordagem objetiva e mística.
Elaborou a sua teoria da personalidade com base nas fantasias e nos sonhos de seus pacientes (bem como nos seus próprios) e nas explorações de línguas antigas, alquimia e astrologia.
Jung dizia que as fantasias de seus clientes eram reais para ele e não investigava o que havia por trás delas.
As três técnicas utilizadas por Jung para avaliar a personalidade eram:
Teste de associação de palavras – técnica projetiva na qual a pessoa responde a uma palavra de estímulo com uma outra que lhe vier imediatamente à mente. Utilizou esse método para descobrir complexos em seus pacientes.
No início de 1900, utilizou a técnica com uma lista de 100 palavras, que para ele eram capazes de evocar emoções.
Análise dos sintomas – concentra-se nos sintomas relatados pelo paciente e tenta interpretar as livres associações do paciente para estes sintomas. É semelhante ao método catártico de Freud .
Análise dos sonhos – Técnica que envolve a interpretação dos sonhos para descobrir conflitos inconscientes.
14) Bibliografia
Teorias da Personalidade – Fadiman, J; Frager, R. Harbra, Editora, 1980.
 Teorias da Personalidade – Schultz & Schultz,Duane e Sydney- ABDR, editora, 2002.

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