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SUMÁRIO 1.0 Introdução 4 2.0 NASCIMENTO DA CONSTITUIÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA 5/6 3.0 CONTEXTO HISTÓRICO 6 4.0 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 7 5.0 DOS DIREITOS 7/8 6.0 DO FEDERALISMO NORTE-AMERICANO 8/9 7.0 NASCIMENTO DO PODER LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO........................................................................................................9 8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................10 9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................11 1.0- Introdução Este trabalho, visa a compreensão da História da segunda Constituição do Brasil de 1891, a qual foi chamada de Constituição dos Estados Unidos do Brasil. No dia 24 de fevereiro de 1891 a mesma foi promulgada, passando a ser a primeira Constituição Republicana. Nessa época o Presidente da República era Marechal Deodoro da Fonseca. O mesmo convidou Rui Barbosa para fazer parte da elaboração desta Constituição, Rui Barbosa por sua vez era apaixonado pelo direito norte-americano, deste modo a Constituição de 1891 foi baseada nas ideias do Direito norte-americano. No entanto a República passou a se tornar, forma de Governo, forma de Estado Federativa e o Sistema de Governo o Presidencialista. Estas são algumas das reformas da Segunda Constituição das demais que veremos na sequência. Palavras-Chave: Constituição Republicana do Brasil, Estados Unidos do Brasil, 24 de fevereiro de 1891, Constituição do Brasil de 1891. 2.0 – NASCIMENTO DA CONSTITUIÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA A constituinte e a Constituição da primeira República, nasceram como consequência da crise do Segundo Reinado e da necessidade de se instruir no Brasil um novo Regime. Segundo Paulo Bonavides e Paes de Andrades ressaltam que no dia 15 de novembro de 1889, foi um movimento de golpe de Estado, onde por trás deste a revolução já se encontrava. Nesta época vários grupos políticos, disputavam o poder e os interesses eram os mais diversos, inclusive no que concernia à organização da República. Existiam os membros das oligarquias, que tinham o interesse de obter, maior flexibilidade nos negócios, envolvendo as importações e queriam menos intervenção da União e os militares recém chegados da guerra do Paraguai, que queriam com o fim da monarquia, maior desempenho e espaço do que o exercido no Império. Interessante apontar que os Republicanos não constituíam maioria na opinião pública. Segundo Aliomar Baleeiro (2001), explica que eles eram formados por pequenos grupos, no qual alguns participantes reivindicavam, os títulos de históricos, advindo do manifesto de 1870, ou posteriormente do Clubes Republicanos. O grupo cresceu em virtude de adesão, de toda a parte inclusive dos que na véspera do dia 15 de novembro, que militavam nos partidos monárquicos. Sem essa adesão a sobrevivência da República não seria possível, visto que um mês após a sua proclamação, já se esboçavam reações saudosistas. Desta forma a Proclamação da República não fora recebida com bons olhos pela Inglaterra, porém foi comemorada pela Argentina e acabou por aproximar o Brasil dos Estados Unidos, uma vez que a mudança do regime se deu quando estava em curso em Washington, a I Conferência Internacional Americana, convocada por iniciativa do Estados Unidos. O representante brasileiro à conferência foi substituído por Salvador de Mendonça, republicano histórico que se aproximou dos pontos de vista norte-americano. Nesse clima de novo Estado, Estado republicano e federal, é que se instala o Governo Provisório, por meio do decreto nº 1. de 15 de novembro de 1890, chefiado pelo Marechal de Campo Manoel Deodoro da Fonseca, e teve como subchefe inicialmente, Rui Barbosa, também Ministro da fazenda, que fora substituído alguns meses depois na vice-chefia pelo General Floriano Peixoto. O Governo também era formado por outros membros como: Arístide de Silveira Lobo, no Ministério do Interior, Manoel Ferraz Campos Sales, na Pasta da Justiça, Quintino de Souza Bocaiúva, no Ministério de Negócios Estrangeiros, Demétrio Ribeiro, na Pasta da Agricultura, Beijamin Constant Botelho de Magalhães, no Ministério Guerra e Eduardo Wandenkolk, no da Marinha. Em sequência, o Governo Provisório nomeou uma comissão para elaborar o projeto da Constituição Republicana, ela foi formada por cinco membros por isso, ficou conhecida como “ comissão dos cinco” cuja a presidência coube a Saldanha Marinho a Vice-presidência, a Américo Brasiliense de Almeida Melo. Os outros membros eram Antônio Luís dos Santos Wernek, Francisco Rangel Pestana e José Pedreira de Magalhães Castro. Assim o trabalho minucioso de Rui Barbosa, que revira e acrescentara o projeto da Comissão dos Cinco, este foi apresentado no Congresso Constituinte, instalado no dia 15 de novembro de 1890, funcionando de forma ininterrupta no antigo Palácio Imperial, na quinta da Boa Vista na cidade do Rio de Janeiro, até o dia 24 de fevereiro de 1891, quando foi promulgada a primeira constituição republicana do Brasil. 3.0 CONTEXTO HISTÓRICO A Constituição de 1891 foi a primeira da História do Brasil após a Proclamação da República. Sua elaboração começou em novembro de 1890, com a instalação da Constituinte na cidade do Rio de Janeiro. Ela foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891. No ano de 1890, o presidente provisório, marechal Deodoro da Fonseca, como estudado anteriormente convocou eleições para que uma Assembleia Constituinte votasse a primeira carta constitucional republicana do Brasil. Nesse instante, os representantes das oligarquias das várias províncias brasileiras se organizavam para perfilar as leis que organizariam a nação. O que podemos notar é que os integrantes desta assembleia eram influenciados pelas diretrizes liberais norte-americanas, provando assim desde seu nome oficial “Estados Unidos do Brasil”, além das demais previsões onde cita que a nova Constituição, deveria ser transformada em uma República Federativa formada por Estados. Deste modo cada uma desses Estados de Confederação poderiam organizar seus contingentes militares, arrecadar impostos, criar leis próprias e contrair empréstimos no exterior. A intervenção militar federal só aconteceria nos levantes de natureza separatista e invasões estrangeiras. Nesse aspecto, podemos ver que a nova organização política concedia maior autonomia aos governantes locais e, consequentemente, restringia a ação do poder federal. Do ponto de vista prático, todas essas concessões abriam caminho para que as oligarquias de cada Estado tivessem maior espaço para garantir os seus interesses. Estranhamente, a ampliação das liberdades não quis dizer que um número maior de cidadãos pudesse agir ativamente no cenário político nacional. 4.0- PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS - Implantação da república federativa, com governo central de vinte estados membros. - Estabelecimento de uma relativa e limitada autonomia para os estados. - Grande parte do poder concentrado no governo federal (poder executivo). - Divisão dos poderes em três: executivo (presidente da república, governadores, prefeitos), legislativo (deputados federais e estaduais, senadores e vereadores) e judiciário (juízes, promotores, etc). - Estabelecimento do voto universal masculino. Ou seja, somente os homens poderiam votar. Além das mulheres, não podiam votar: menores de 21 anos, mendigos, padres, soldados e analfabetos. 5.0 – DOS DIREITOS No tocante aos direitos dos cidadãos, a Constituição determinava que: - Todos eram iguais perante a lei. - Ninguém poderia ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei. - Liberdade de culto religioso. - Estabelecimento do ensino leigo em estabelecimentos públicos. - Extinção de privilégios relacionados ao nascimento ou títulos de nobreza adquiridos na época da monarquia. - Liberdade de reunião e associação, porém sem uso de armas. - Garantia de liberdade de imprensa e expressão de opiniões. Nãoestabelece censura, porém cada pessoa fica responsável por abusos cometidos. - Liberdade de exercício de qualquer profissão industrial, moral e intelectual. - Liberdade para entrar e sair do país com seus bens, exceto em tempos de guerras. 6.0- DO FEDERALISMO NORTE-AMERICANO O Federalismo oriunda da cultura política norte-americana, seus responsáveis pela criação e estruturação do sistema federalista foram os americanos: Alexander Hamilton, James Madison e John Jay. O documento intitulado “ O Federalista”, era a compilação dos 85 artigos, dos quais 29 escritos por Madison, 05 por John Jay e 51 por Hamilton. O Federalismo como expressão do Direito Constitucional, nasceu com a Constituição norte-americana de 1787 que se baseia na união de coletividades políticas autônomas. Mesmo após a ratificação da Constituição, os autores permaneceram no foco da política norte-americana. Hamilton primeiro secretário do tesouro norte-americano e John Jay primeiro Presidente da Suprema Corte, estiveram ligados ao presidente George Washington, enquanto Madison juntamente com Thomas Jefferson, futuro quarto Presidente norte-americano, fundaram o Partido Republicano. O Governo norte-americano que se vinculou ao Governo Presidencialista, apresentou uma organização constitucional do Governo Central e dos Governos Estaduais, estabelecendo o convívio entre ambos, com a atribuição dos poderes enumerados e dos reservados, tal sistema caracterizou-se pela repartição espacial de poder, o que possibilitou a formação de múltiplas organizações governamentais, distribuídas regionalmente, dotadas de autonomia políticas, administrativa e financeira. Portanto o Estado Federal é concebido pela reunião de dois tipos de entidades: a União e as coletividades regionais autônomas (estados federados). 7.0- NASCIMENTO DO PODER LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO Madison era chamado de “ Pai da Constituição” isto por conta de sua valorosa contribuição individual, o mesmo dedicou em seus artigos à defesa da separação de poderes entre: LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO (artigos, 47,48 e 78), nos quais defende a ideia de o poder ser naturalmente usurpador e desta forma ter a necessidade de ser contido para que não venha a ultrapassar os limites que lhe foram autorizados. Essa limitação de poder deveria ser realizada pelo controle de outro órgão, também detentor de poder, por isso houve a necessidade de separação de poderes. Para Madison o Legislativo se constituía na maior ameaça a liberdade da República Federal, pois este é a origem de todos os demais poderes, podendo mudar as leis que regem os outros ramos do poder, o judiciário era o mais fraco, uma vez que é destituído de poder de iniciativa. O sistema federalista adotado nos Estados Unidos da América tem enfoque voltado para a modernidade, pois a teoria de separação de poderes formulada por Montesquieu estava incompleta ou mal formulada, precisando se desvincular do conceito de um governo misto, passando para a existência de uma separação vertical (União, Estados e Municípios) e outra horizontal (Legislativo, Executivo e Judiciário). 8.0- CONSIDERAÇÕES FINAIS A constituição de 24 de fevereiro de 1891, trazia consigo noventa e um artigos, na Parte Geral e mais oito nas Disposições Transitórias, caracterizando-se como a mais concisa das constituições republicanas brasileiras. Dividia-se em cinco títulos, os quais se subdividiam em Seções e estas em Capítulos, a forma de governo baseada no regime representativo e presidencialista e a de estado, integradas pelas antigas Províncias, erigidas a do Estado e pelo Distrito Federal, antigo Município Neutro, está disposta no título I, da Organização Federal. Quanto à divisão das funções de poder, a Constituição de 1891 trouxe um poder Legislativo, exercido pelo Congresso Nacional, formada pela Câmara dos Deputados, com representantes do povo e pelo Senado, com representantes paritários dos Estados, com a sanção do Presidente da República, já o Poder Executivo era encarnado pelo regime Presidencialista de tipo norte-americano, com mandado de quatro anos, sem direito a reeleição, para período imediato, sem a possibilidade de dissolver a Câmara dos Deputados, como pretendera inicialmente o Marechal Deodoro da Fonseca. Sobre o Poder Judiciário, o texto Constitucional de 1891, consagrou os dois decretos de Campos Sales no Governo Provisório, instituindo a Justiça Federal, ao lado da Estadual e também o Supremo Tribunal Federal, o controle de Constitucionalidade das leis e decretos ficou a cargo dos juízes e Tribunais. 9.0- Referências bibliográficas: https://www.google.com.br/search?q=artigo+sobre+constitui%C3%A7%C3%A3o+de+1891+estados+unidos+do+brasil&ie=utf-8&oe=utf-8&gws_rd=cr&ei=MZHJWI2HMMaIwgS_6rXIDw#q=constitui%C3%A7%C3%A3o+de+1891+resumo&* https://www.google.com.br/search?q=CONSTITUI%C3%87%C3%83O+DE+1891&ie=utf-8&oe=utf-8&gws_rd=cr&ei=N8PKWKmyCYK6wATp67TYAg https://www.google.com.br/search?q=HISTORIA+DA+CONSTITUI%C3%87%C3%83O+DE+1891&ie=utf-8&oe=utf-8&gws_rd=cr&ei=VcPKWILZN4HFwASPkK2IAg http://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1891/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1891 IJUÍ-RS 2017
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