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Linguagens da Arte e Regionalidades Alessandra Favero Aula 4 Processo de intelectualização e racionalização da arte Esse período extensamente significativo que vai de 5000 a.C até 500 d.C que predomina a concepção uniforme da arte de estilo geométrico, que corresponde a características sociológicas de estruturas hierárquicas de sociedade e do culta e da religião. De fenômeno desinteressado para uma representação determinada e simbólica do objeto artístico. 2 diferenciação social: casa real X classe sacerdotal produção específica da arte a ideologia induzia o artista ao uma produção destinada a uma elite uma realização cultural mais genuína e desinteressada era praticamente inexistente. 3 Hauser (2003) vai lembrar que ao analisarmos a produção artística deste período, poderemos perceber que não existe relação direta entre liberdade pessoal do artista e a qualidade estética de suas obras. 4 5 Os sacerdotes e reis se beneficiavam do prestígio um dos outros. Os sacerdotes determinavam os reis como deuses de modo a conduzi-los a um patamar de autoridade; Os reis edificavam templos para os sacerdotes para aumentar sua glória. Os artistas representavam os interesses destas classes. 6 Essa relação entre poder, religião e ostentação pode ser verificada na arquitetura imponente das pirâmides egípcias. 7 © Frantisek Jarabica | Dreamstime.com a arte está ligada a religião veículo de difusão das crenças e preceitos determinados pelos reis e sacerdotes a arte obedecia a regras e padrões, limitando a produção intelectual artística a estas convenções. 8 Em Creta... arte livre, colorida e exuberante mas uma arte de corte e aristocrática. Rococó: o divertido e o prazer, o requintamento ,além dos aspectos de delicadeza e elegantes acentuados. 9 Todos os objetos e construções que resistiram até os dias de hoje representam a vida luxuosa. © Leonello Calvetti | Dreamstime.com 10 Já na Grécia... desfrutaram de um estilo mais livre da arte. desenvolveram uma arquitetura, pintura e escultura de estilo próprio, pelo fato do ser humano agora ocupar um lugar especial no Universo. 11 Já na Grécia... A produção artística do fim do século VII a.C, se concentra lapidação de grandes figuras masculinas em mármore. kourus 12 © Frenta | Dreamstime.com Já na produção da arquitetura, há destaque para as edificações dos templos simétricos, que eram construídos não para reunir pessoas em torno de cultos, mas, para resguardar e proteger dos fenômenos naturais às esculturas das divindades. Éfeso http://www.dreamstime.com/ 13 Império Bizantino a consolidação e oficialização do cristianismo a arte cristã, antes das massas, vai aos poucos sendo incorporada pelas classes mais poderosas passando a exprimir riqueza e opulência. 14 Arte Bizantina virá noticiar a autoridade integral e sagrada do soberano que no caso personificava-se na figura do imperador Augusto © Fottoo | Dreamstime.com 15 Há uma mistura proposital dos personagens sagrados e oficiais nas pinturas e representações artísticas, para causar certa confusão nos observadores com o intuito de leva-los a acreditar que os próprios soberanos representavam uma figura divina. Um exemplo clássico da ideologia política/ religiosa determinando a arte de um período histórico. 16 No período iniciado no século V a vida não gozava de condições propícias para o desenvolvimento das artes e, portanto, e o desenvolvimento artístico cultural no campo manteve-se praticamente nulo. 17 No século VII a Igreja continuava a contratar construtores, carpinteiros, marceneiros, vitralistas, decoradores, escultores e pintores, pois as eram os únicos edifícios públicos que ainda se construíam (PROENÇA, 2007). 18 Mas é justamente em 800, no momento em que Carlos Magno torna-se imperador do Ocidente, que se inicia um fervoroso desenvolvimento cultural. Fato também relacionado a união do real com o poder papal. Papal seal in Sain Peter's square, Vatican City © Caamalf | Dreamstime.com 19 a arte românica era ao mesmo tempo, uma arte da aristocracia e monástica, indicando a intimidade entre clero e nobreza. © Ron Chapple | Dreamstime.com 20 Renascimento a pintura confirma alguns avanços iniciados pelo período gótico, a perspectiva, o uso do claro-escuro e o realismo. © Artur Bogacki | Dreamstime.com 21 Renascimento Surgem: um estilo pessoal, a existência do artista sensível e livre para produção de obras descompromissadas com um grupo o criador individual e autônomo, que expressa em suas obras seus sentimentos e ideias; alguém que cria de sua própria concepção. 22 Conclusões Desde o início a predileção pela arte estava limitada às classes aristotélicas e cultas, as classes médias tinham menos interesse e as populares praticamente nenhum. 23 Referências ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 24 Linguagens da Arte e Regionalidades Alessandra Favero Atividade 4 Discutimos (ao longo da aula 4) a relação entre arte e ideologia e, vimos muitas vezes que a criação individual do artista foi conduzida por um conjunto de ideais dominantes de cada momento histórico. 27 Refletindo Construa uma argumentação relacionando arte e ideologia. A arte e ideologia se distanciam ou se complementam? Conclusões Ideologia: é refletida na arte revelando o conjunto de ideias, visões de mundo de um grupo determinado; que servem para manipular e dominar ou convencer; ou ainda, para mascarar a realidade. Arte: corporifica a ideologia enquanto manifestação do pensamento. 28
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