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resumão de penal

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Fontes do Direito Penal
Lugar de procedência de onde se origina alguma coisa. Primeiramente devemos entender por fonte o sujeito que dita ou do qual emanam as normas jurídicas. Emsegundo lugar, o modo ou o meio pelo qual se manifesta a vontade jurídica quer dizer, a forma como o direito objetivo se cristaliza na vida social.
Fontes Materiais -Quem faz as normas – Estado (União)
Fontes formais - Onde encontra as normas
Espécies
Fontes de produção
Fontes de conhecimento, que podem ser, ainda, imediatas ou mediatas Imediatas – Lei
Mediatas - Costumes (contra legem -contra lei / praeter legem – na falta de lei / secundum legem – segundo a lei) seria a lei. Para saber se determinadaconduta praticada por alguém é proibida pelo direito penal, devemos recorrer exclusivamente à lei, pois somente ela cabe a tarefa, em obediência ao princípio da legalidade, de proibir comportamentos sob a ameaça de pena.
Para que uma conduta se torne umcostume e não se confunda com um mero hábito Limongi aponta os seguintes fatores
Continuidade / uniformidade / diuturnidade / moralidade / obrigatoriedade.
Da norma Penal
art 1º
Não há crime sem lei anterior que a defina, nem pena sem prévia cominaçãolegal.
Isso quer dizer que, embora a conduta do agente possa até ser reprovável socialmente, se não houver um tipo penal incriminador proibindo-a ele poderá praticá-la sem que lhe seja aplicada qualquer sanção de caráter penal.
O princípio da intervençãomínima, que limita as atividades do legislador, proíbe que o direito penal interfira nas relações, protegendo bens que não sejam vitais e necessários à manutenção da sociedade.
TEORIA DE BINDING
Segundo Bingind, teria caráter descritivo da conduta proibida ou imposta, tendo a norma, por sua vez, caráter proibitivo ou mandamental.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS PENAIS
As normas penas existentes no código não têm como finalidade única e exclusiva punir aqueles que praticam condutas descritas nos chamados tipospenais incriminadores
Normas penais incriminadoras– reservada a função de definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, sob a ameaça de pena. (Proíbe ou impõe)
Normas penais não incriminadoras– tornar lícitas determinadas condutas, afastar a culpabilidade do agente, erigindo causas de isenção da pena. Esclarecer determinados conceitos. Fornecer princípios gerais para aplicação de lei penal.
Normas penais incompletas ou imperfeitas– São aquelas que, para saber a sanção imposta pela transgressão de seu preceito primário, o legislador nos remete a outro texto de lei.
Incompleta– conhecida como lei imperfeita é aquela em que a lei se encontra prevista tão somente a hipótese fática.
Anomia– virtude da ausência de normas ou, ainda emboraexistindo, a sociedade não lhes dá devido valor, continuando a praticar as condutas por elas proibidas como se tal norma não existisse. Pois confiam na impunidade.
Princípio da subsidiariedade– considerada na expressão Hungria como um “soldado reserva”,isto é, na ausência ou impossibilidade de aplicação da norma principal mais grave, aplica-se as normas subsidiária menos grave.
Interpretação e Integração da Lei Penal
Interpretar é buscar o efetivo alcance a norma. É procurar descobrir aquilo que elatem a nos dizer com a maior precisão possível.
Contextual– É a interpretação realizada no mesmo momento em que é editado o diploma geral que se procura.
Posterior- É a interpretação realizada pela lei, depois da edição de um diploma legal anterior.
Interpretação doutrinária– É aquela realizada pelos estudiosos do direito, quais, comentando sobre a lei que se pretende interpretar.
Interpretação Judicial– É a realizada pelos aplicadores do direito, ou seja, pelos juízes de primeiro grau e magistradosque compõem os tribunais.
Interpretar conforme a constituição– é o método de interpretação por meio do qual o intérprete, de acordo com uma concepção penal garantiste, procura aferir a validade das normas mediante seu confronto com a constituição.
Analogia– forma de auto integração da norma.
Princípio da Intervenção mínima– é o responsável não só pela indicação dos bens de maior relevo que merecem a especial atenção do direito penal, mas se presta, também, a fazer com que ocorra a chamada descriminalização.
	Significa que o direito penal só deve ser aplicado quando todos os outros ramos da ciência jurídica não forem capazes de pacificar a sociedade.
Princípio da Lesividade– São como duas faces de uma mesma moeda. Cuja origem se atribui ao períodoiluminista, que por intermédio do movimento de secularização procurou desfazer a confusão que havia entre o direito e a moral, possui, no escólio de Nilo Batista, quatro principais funções a saber.
	Indica que a conduta só pode ser criminosa se causar lesão ou ao menos ameaça de lesão ao bem jurídico.
1- Proibir a incriminação de uma atitude interna.
2- Proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor.
3- Proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais.
4-Proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.
Princípio da Adequação Social
Significa que apesar de uma conduta se subsumir ao modelo legal não será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida, istoé, se estiver de acordo com a ordem social de vida historicamente condicionada.
A vida em sociedade nos impõe riscos que não podem ser punidos pelo Direito Penal, uma vez que essa sociedade com eles precisa conviver da forma mais harmônica possível.
1ªfunção – Restringir o âmbito de abrangência do tipo Penal.
2ª função – é dirigida ao legislador em 2 vertentes. A primeira orienta o legislador quando da seleção das condutas que deseja proibir ou impor, com a finalidade de proteger os bens. A segunda vertente destina-se fazer com que o legislador repense e os tipos penais e retire do ordenamento jurídico a proteção sobre aqueles bens.
Princípio de Fragmentariedade
Significa, em síntese, que, uma vez das condutas que os ofendem, esses bens fundamentais, comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que é protegida pelo direito penal, originando -se, assim, a sua natureza fragmentária.
Princípio da Insignificância
Como o limitador do poder punitivo do estado, faz com que o legislador selecione, para fins de proteção do direito penal, os bens mais importantes existentes em nossa sociedade.
Princípio da Individualização daPena
Seleção feita pelo legislador. Um critério político, valorar os bens que estão sendo objeto de proteção pelo direito penal, individualizando as penas de cada infração penal de acordo com a importância e gravidade.
Princípio da Proporcionalidade
Exige que se faça um juízo de ponderação sobre a relação existente entre o bem que é lesionado ao posto em perigo e o bem de quepode alguém ser privado.
Proibição de excesso e proibição de proteção deficiente
Proteger o direito de liberdade dos cidadãos, evitando punição desnecessária. Quer isso dizer que, se por um lado, não se admite o excesso, por um outro, não se admite queum direito fundamental seja deficientemente protegido.
Princípio da Responsabilidade Pessoal
Somente o condenado terá de se submeter a sanção que lhe foi aplicada pelo estado. Quando a responsabilidade do condenado é penal, somente ele poderá responderpela infração praticada.
Princípios da Limitação da Pena
Visa impedir qualquer tentativa de retrocesso quanto à cominação das penas levadas a efeito pelo legislador, preceitua no inciso XLVII do seu artigo 5°.
XLVII- Não haverá penas:
	De morte, salvo emcaso de guerra declarada, nos termos do art.84 XIX.
	De caráter perpetuo
	De trabalhos forçados
	De banimento
	Cruéis
Princípio de Culpabilidade
Diz respeito ao juízo de censura, ao juízo de reprovabilidade que se faz sobre a conduta típica e ilícitapraticada pelo agente. Reprovável ou censurável é aquela conduta levada a efeito pelo agente que,nas condições em que se encontra, podia agir de outro modo.
Princípio de Legalidade
Estado de direito, criado com a função de retirar o poder absoluto das mãos do soberano, exige-se a subordinação de todos perante a lei.
Funções do Princípio da Legalidade
O princípio de legalidade possui quatro funções fundamentais:
	Proibir a retroatividade da lei penal.
	Proibir a criação de crimes e penas pelos costumes.
	Proibir o emprego de analogias para crimes, fundamentar ou agravar penas.
	Proibir incriminações vagas e indeterminadas
Extra - atividade da Lei penal
Mesmo depois de revogado, pode continuar a regular fatos ocorridos durante sua vigência ou retroagir paraalcançar aqueles que aconteceram anteriormente a sua entrada em vigor.
Art5º A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
Parágrafo único– A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica – se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Art 2º- Ninguém pode ser punido por fato posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
A retroatividade da jurisprudência alei penal não poderá retroagir salvo para beneficiar o réu.
Princípio da Territorialidade
	
	Diz respeito à aplicação da lei penal no espaço, é preciso identificar o lugar do crime, observando as teorias que disputam o seu tratamento.
	A – Teoria da atividade
	
	B – Teoria do resultado
	C – Teoria mista ou da ubiquidade
	No art 5º do código penal determina a aplicação da lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Princípio da Extraterritorialidade
	Aplicação da lei brasileira àqueles que praticarem infrações penais dentro do território nacional, incluídos aqui os casos considerados fictamente como sua extensão, o princípio da extraterritorialidade preocupa – se com a aplicação da lei brasileira às infrações penais cometidas além de nossas fronteiras, em países estrangeiros.
	Esse princípio pode ser condicionada ou incondicionada
	Incondicionada –Como o próprio nome sugere, é a possibilidade de aplicação da leipenal brasileira a fatos acorridos no estrangeiro, sem que, para tanto, seja necessário o concurso de qualquer condição.
	Art. 7º ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
	
	01 – Os crimes
	Contra a vida ou a liberdade do presidente da república
	Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do distrito federal, de estado, de território, de município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo poder público
	Contra a administração pública, por quem está a seu serviço
	De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil
O agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
	Eficácia da sentença estrangeira é um ato de soberania do Estado.
Conceito de Crime
	É reservada uma pena de reclusão ou de detenção, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.
	
Art. 2º julgar – se – á crime ou delicto:
	§1ºtoda ação ou omissão voluntaria contraria ás leis penaes
Existe 03conceitos de crime:
	Formal – seria toda conduta que atentasse, que colidisse frontalmente com a lei penal editada pelo Estado.
	Material – Aquela conduta que viola os bens jurídicos mais importantes.
	Analítico – Realmente analisa as características ou elementos que compõem a infração penal
Na verdade, os conceitos formal e material não traduzem com precisão o que seja crime.
Sobreleva a importância do princípio da intervenção mínima quando aduz que somente haverá crime quando a conduta do agente atentar contra os bens mais importantes.
Conceito Analítico de crime
Segundo a maioria dos doutrinadores, para que se possa falar em crime é preciso que o agente tenha praticado uma ação típica, ilícita e culpável.
	A função do conceito analítico é a de analisartodos os elementos ou características que integram o conceito de infração penal sem que isso se queira fragmentá – lo.
	Fato Típico é composto dos seguintes elementos:
	Conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva
	Resultado
	Nexo de causalidade entrea conduta e o resultado
	Tipicidade
Fato ilícito, é preciso, quanto ao consentimento:
	Que o ofendido tenha capacidade para consentir
	Que o bem sobre a qual recaia a conduta do agente seja disponível
	Que o consentimento tenha sido dado anteriormente, oupelo menos numa relação de simultaneidade à conduta do agente.
Fato culpável é o juízo de reprovação pessoal que se faz sobre a conduta ilícita do agente:
	Imputabilidade
	Potencial consciência sobre a ilicitude do fato
	Exigibilidade de conduta diversa
Classificação Doutrinária das Infrações Penais
	Dissecar determinado tipo penal apontando os elementos considerados como indispensáveis à sua configuração.
Conduta
	É sinônimo de ação e de comportamento, quer dizer, ação ou comportamento humano.
Condutas comissivas e omissivas
	Nos crimes comissivos, o agente direciona sua conduta a uma finalidade ilícita
	Nos crimes omissivos, ao contrário, há uma abstenção de uma atividade que era imposta pela lei ao agente, como no crime de omissão de socorro, previsto no art 135 do código penal.
Tipo doloso
Art. 18 diz – se o crime:
I – Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi – lo.
	Dolo é a vontade e consciência dirigidas a realizar a conduta prevista no tipo penal incriminador.
Teoria do Dolo
	Podemos destacar quatro teorias a respeito do dolo:
	Teoria da vontade – Seria tão somente a vontade livre e consciente de querer praticar a infração penal, isto é, de querer levar a efeito a conduta prevista no tipo penal incriminador.
	Teoria do assentimento – Atua com o dolo aquele que, antevendo como possível o resultado lesivo com a prática de sua conduta, mesmo não o querendo de forma direta, não se importa com a sua ocorrência, assumindo o risco de vir a produzi – lo.
	Teoria da representação – Fala em dolo toda vez que o agente tiver tão somente a previsão do resultado como possível, e ainda assim decidir pela continuidade de sua conduta.
	Teoria da probabilidade – Se o sujeito considerava provável a produção do resultado estaremos diante do dolo eventual.
Diferença entre culpa consciente e dolo eventual
	Na culpa consciente, o agente embora prevendo o resultado, acredita sinceramente na sua não ocorrência, o resultado previsto não é querido ou mesmo assumido pelo agente.
	No dolo eventual o agente não quer diretamente produzir o resultado, mas, se este vier a acontecer pouco importa.

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