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FACULDADE ESTÁCIO DE SÃO LUÍS COORDENADORIA DO CURSO DE ENFERMAGEM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ALECILMA COSTA DE PINHO ANA CLAUDIA ASSUNÇÃO MARTINS ANNE CARINE DE ASSUNÇÃO BRÁZ O PAPEL DO ENFERMEIRO NAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM QUANTO Á PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO São Luís 2017 ALECILMA COSTA DE PINHO ANA CLAUDIA ASSUNÇÃO MARTINS ANNE CARINE DE ASSUNÇÃO BRÁZ O PAPEL DO ENFERMEIRO NAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM QUANTO Á PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de São Luís para obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem. Orientador(a): Prof(a). Ma. Lidiane Andréia Assunção Barros. São Luís 2017 ALECILMA COSTA DE PINHO ANA CLAUDIA ASSUNÇÃO MARTINS ANNE CARINE DE ASSUNÇÃO BRÁZ O PAPEL DO ENFERMEIRO NAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM QUANTO Á PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de São Luís para obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Prof(a). Ma. Lidiane Andréia Assunção Barros. Aprovado em / / BANCA EXAMINADORA _______________________________________ Profª Ma. Lidiane Andréia Assunção Barros. (Orientadora) Mestra em Universidade _______________________________________ Prof. xxxxxxxxxxxxxxxxxx(1º examinador) Mestre em Universidade _______________________________________ Prof. xxxxxxxxxxxxxxxxxx(2º examinador) Mestre em Universidade São Luís 2017 Dedicamos este trabalho a Deus, por ser essencial em nossas vidas, autor e mestre do nosso destino. AGRADECIMENTOS Agradecemos, primeiramente a Deus pelo privilégio da vida e que nos proporcionou chegarmos até aqui, nos dando saúde e força para superarmos todas as dificuldades. A Faculdade Estácio, nossa coordenadora do curso Mônica Miranda, seu corpo docente, direção e administração, que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos um horizonte superior de confiança no mérito da ética que aqui adquirimos. A nossa orientadora Lidiane Andréia Assunção, que nos norteou na elaboração deste trabalho. Aos nossos familiares e principalmente aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. Aos amigos de classe e companheiros de trabalho que fizeram parte dessa caminhada. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigada. “Amor incondicional, praticamente eterno. Amor de força viral, esse amor materno” (FIALHO, Mozart F.) O PAPEL DO ENFERMEIRO NAS CONSULTAS DE ENFERMAGEM QUANTO Á PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO THE ROLE OF THE NURSE IN NURSING CONSULTATIONS AS TO THE PRACTICE OF BREASTFEEDING Alecilma Costa de Pinho1; Ana Claudia Assunção Martins2; Anne Carine de Assunção Bráz3; Lidiane Andréia Assunção Barros4 RESUMO Descrever o papel do enfermeiro nas consultas de enfermagem quanto à prática da amamentação. Objetivo: compreender o papel do enfermeiro no processo de amamentação, enquanto profissional responsável pelas orientações de aleitamento-materno no pré-natal. Metodologia: pesquisa bibliográfica, a partir de revisão integrativa com foco especifico nas práticas de enfermagem no pré-natal e benefícios do aleitamento materno. Palavras-chave: Aleitamento materno. Prática de enfermagem. Pré-natal. Enfermeiro. ABSTRACT It describes the role of nurses in nursing consultations regarding the practice of breastfeeding. Objective: to understand the role of nurses in the breastfeeding process, as a professional responsible for breastfeeding orientations in prenatal care. Methodology: bibliographical research, based on a qualitative approach of a basic nature. The theoretical dialogue is woven from researchers in the field of Health, with a specific focus on prenatal nursing practices and the benefits of breastfeeding. Keywords: Breastfeeding. Nursing practice. Prenatal. Nurse. 1 Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio de São Luís. 2 Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio de São Luís. 3 Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio de São Luís. 4 Professora Mestre da Faculdade Estácio de São Luís. 1 INTRODUÇÃO O aleitamento materno constitui-se como ato de fornecer o alimento essencial durante os primeiros meses de vida de um bebê, uma vez que fornece nutrientes necessários que contribuem para o sistema imunológico e desenvolvimento saudável da criança. Diante disso, a Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo durante os seis meses de vida da criança (BEZERRA, et al., 2012). Nesse contexto, ressalta-se que o aleitamento materno: É considerado como principal fonte de alimento para o crescimento e o desenvolvimento saudável dos lactentes, sendo o único alimento capaz de atender as necessidades fisiológicas do metabolismo das crianças menores de seis meses. Sendo a forma de alimentação mais antiga e eficiente da espécie humana, o leite materno é extremamente importante para a saúde materno-infantil e deve ser continuado até o segundo ano de vida da criança, pois traz inúmeros benefícios para mãe, bebê e toda família (MARINHO; ANDRADE; ABRÃO, 2015, p. 190). A campanha pró-aleitamento materno é amplamente defendida entre a população em geral: profissionais da saúde, comunidades cientificas, grande mídia, entidades nacionais e internacionais legitimam a importância da amamentação como principal meio de alimentação e proteção dos bebês. Tal fato além de reforçar um ato natural da relação entre mãe e filho, alerta para os malefícios do não-aleitamento de crianças, o que demonstra a preocupação social em postular recomendações e, principalmente, políticas públicas de promoção do aleitamento materno (VILLAÇA; FERREIRA; WEBER, 2015). O ato de amamentar traz inúmeras vantagens para a saúde tanto do bebê quanto da própria mãe. Os benefícios para as crianças vão desde o fortalecimento da imunidade (em fases iniciais e adultas) até na ajuda do seu desenvolvimento motor e emocional. Para as mamães “dar o peito” faz com que seu útero volte mais rápido ao tamanho natural, bem como diminui os riscos de hemorragias pós-parto, câncer de mama, de ovários entre outros. Para ambos a diminuição do estresse obtido através do ato da amamentação estabelece o tão importante vínculo de reconhecimento entre mãe e filho (FERREIRA, et al., 2016). O Ministério da Saúde constatou que entre os anos de 1999 e 2008 os índices de aleitamento materno no Brasil apresentaram melhoria significativa, no entanto as metas de aleitamento materno como fonte exclusiva de alimentação das crianças até o sexto mês de vida e sua manutenção até o segundo ano ou mais, propostas pela Organização Mundial da Saúde, deixaram de ser cumpridas. De igualmodo o estudo também ressalta a necessidade de se promover hábitos saudáveis de alimentação até o primeiro ano da criança (BRASIL, 2015). É nesse cenário que o conhecimento sobre a importância do aleitamento materno torna-se imprescindível para mães e comunidade de saúde especializada em pré-natal. No que tange a equipe de enfermagem o desafio está em se informar sobre os benefícios da amamentação, e comunicar à mãe as informações que ela necessita, no momento adequado em que ela esteja em condições de absorvê-la, bem como orientá-la sobre os procedimentos corretos na hora de amamentar o bebê, nesse sentido, é fundamental que haja uma comunicação objetiva e clara durante a orientação (VILLAÇA; FERREIRA; WEBER, 2015). Ademais o profissional de enfermagem desempenha um grande papel ao orientar essa prática, ao passo que incentiva a doação de leite materno favorecendo outras crianças que não dispuseram ou não puderam ter contato direto com o leite mãe. Destaca-se o papel do enfermeiro nesse processo, pois as mulheres gestantes e as que pretendem ser futuras mamães saibam que podem ter uma comunicação para com esse profissional e esclarecer algumas possíveis dúvidas que poderá surgir no período da gestação e nascimento do bebê. Diante disto, partimos da seguinte problemática: Quais as medidas adotadas a equipe de enfermagem para incentivar e orientar as mães no ciclo gestacional e puerpério sobre a prática de aleitamento materno? Que é atribuição do enfermeiro oferecer as informações necessárias sobre a importância dessa prática nas consultas de enfermagem das gestantes (FERREIRA, et al., 2016). As atribuições do enfermeiro estão postuladas na Lei n. 94.406/87 que trata do exercício profissional, pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). No art. 8º, incisos I e II, estão descritas estas atribuições, cabendo destacaras seguintes: [...] Consulta de Enfermagem; prescrição da assistência de Enfermagem; cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida [...] [...] Prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido; participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco; acompanhamento da evolução e do trabalho de parto [...] (COFEN, 1987, p.1). Na mesma lei supracitada, no artigo 9º, que trata dos profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetras ou de Enfermeira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe aos profissionais de enfermagem: “prestação de assistência à parturiente e ao parto normal; identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico [...]” (COFEN, 1987). Complementando a Lei n. 94.406/87, O Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão, em observância à resolução 311/2007 do COFEN, faz a seguinte colocação: O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM-MA, 2015, p.1). Diante das informações acima, buscamos compreender o papel do enfermeiro no processo de amamentação, enquanto profissional responsável pelas orientações de aleitamento- materno no pré-natal. O “tema aleitamento materno” motivou a realizar esse estudo, cujo título é “O papel do enfermeiro nas consultas de enfermagem quanto à prática da amamentação” por entender que o profissional de enfermagem tem um importante papel no tocante à amamentação, pois ele quem mais se relaciona com a mulher durante a gravidez e no puerpério, lidando com as demandas do aleitamento. No âmbito científico, a pesquisa contribuirá para a comunidade acadêmica e pesquisadores da área da saúde por demonstrar, através dos resultados, a conduta de enfermagem no que cerne a assistência ás mães puérperas nas consultas de enfermagem, por ser um momento que elas necessitam de orientações a respeito do aleitamento materno. A futura pesquisa servirá de embasamento para demais estudos ao identificar informações a respeito do tema, conforme os objetivos propostos. A pesquisa também é relevante para a sociedade, ampliando o conhecimento, incentivando a prática do aleitamento materno, visto que essa atitude depende muito da mulher, tanto suas condições físicas e psicológicas. Na impossibilidade de a mulher amamentar por alguma razão, é importante ter conhecimento dos programas e políticas que as maternidades adotam para que o bebê receba o leite materno nos primeiros meses de vida. Nesse contexto, o profissional de enfermagem desempenha um grande papel ao orientar e incentivar essa prática, bem como incentivar a doação de leite materno favorecendo outras crianças que não dispuseram ou não puderam ter contato direto com o leite mãe. Destaca-se o papel do enfermeiro nesse processo, pois as mulheres gestantes e as que pretendem ser futuras mamães saibam que podem ter uma comunicação para com esse profissional e esclarecer algumas possíveis dúvidas que poderá surgir no período da gestação e nascimento do bebê. . 2 METODOLOGIA 2.1 Revisão integrativa A Revisão integrativa é um método de pesquisa em enfermagem, no âmbito da Prática Baseada em Evidências (PBE), que envolve a sistematização e publicação dos resultados de uma pesquisa bibliográfica em saúde para que possam ser úteis na assistência à saúde, acentuando a importância da pesquisa acadêmica na prática clínica (SOARES, et al., 2014). Tem por objetivo a integração entre a pesquisa científica e a prática profissional no âmbito da atuação profissional. 2.2 Descritores em saúde Foi realizada pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os termos combinatórios, a partir de descritores pré-estabelecidos no Descritores em Saúde. Deste modo, os resultados dos descritores foram: Aleitamento Maternal e Enfermagem, aonde foram encontrados 82 artigos e escolhemos 7 artigos científicos; Aleitamento Materno e Educação em Saúde, aonde foram localizados 44 artigos científicos e escolhidos 7 artigos científicos; Educação em Saúde e Enfermagem, aonde foram encontrados 536 artigos científicos e escolhidos 6 artigos científicos. Esses descritores foram selecionados como forma de estabelecer um levantamento das pesquisas científicas visando buscar estudos com a relação á temática do presente estudo conforme demonstra o Fluxograma (APÊNDICE A). 2.3 Critérios de Inclusão e exclusão Como critérios de inclusão foram selecionados artigos disponíveis nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde entre os anos 2012 a 2016, observando as publicações em idioma português, e a presença dos descritores nos títulos, subtítulos e resumos. Como critério de exclusão, utilizamos os artigos incompletos, artigos não disponíveis na integra on-line, trabalhos monográficos, dissertações e tese, em línguas estrangeiras, resumos publicados em eventos científicos e artigos científicos que não abordassem a temática da pesquisa. As publicações passaram pelos critérios já estabelecidos anteriormente,sendo possível analisar, identificar e selecionar àquelas que foram válidas, excluindo as inválidas. 2.4 Coleta de dados Foram pesquisadas 662 publicações, cuja coleta de dados contemplaram 20 publicações distribuídas por meio dos descritores em saúde e dispostos no quadro demonstrativo das publicações, de 2012 a 2017 (APÊNDICE B). 2.5 Análise dos dados Os artigos foram lidos na integra e, a partir destes textos, foram extraídas as seguintes variáveis: autor, título, ano, periódico (título), objetivo e metodologia (Apêndice B). Para análise dessas informações serão construídas tabelas ou gráficos em valores percentuais relativos em índices absolutos, que serão descritos nos resultados e discussão (em construção) e distribuídos conforme a temática discutida pelos descritores em categorias. 2.6 Aspectos éticos O presente estudo atende as exigências da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). No entanto, devida a natureza desta pesquisa, este trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). 3 REVISÃO INTEGRATIVA A partir do levantamento realizado na Biblioteca Virtual de Saúde podemos subdividir a pesquisa em três categorias de descritores: Aleitamento Maternal e Enfermagem; Aleitamento Materno e Educação em Saúde; Educação em Saúde e Enfermagem, pesquisados nos descritores em saúde. Desta forma, fizemos o filtro de todas as publicações na BIREME, de acordo com os critérios de inclusão: idioma português, artigos científicos, país como assunto e a presença dos descritores nos títulos, subtítulos e resumos. Nesta perspectiva, vejamos no apêndice B o levantamento que consiste nos descritores: Aleitamento Maternal e Enfermagem, foram encontrados 82 artigos e foi escolhido 7, como critérios de inclusão. Os descritores Aleitamento Materno e Educação em Saúde, conforme demonstra o apêndice C foram encontrados 44 artigos científicos e escolhidos 7, de acordo com os critérios de inclusão. Outros descritores pesquisados foram Educação em Saúde e Enfermagem, encontrados 536 artigos científicos, e escolhidos 6, de acordo com os critérios de inclusão já descritos acima associados com a aproximação ao tema inicial da pesquisa em questão. De acordo com a literatura das publicações selecionadas para a revisão integrativa, concernentes ao aleitamento materno, convém destacar a política de saúde materno-infantil no Brasil, que tem priorizado ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, por ser uma estratégia fundamental para a redução da morbimortalidade infantil e melhoria da qualidade de saúde da população. No entanto, as taxas de prevalência estão muito longe de atingir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que preconiza o aleitamento materno exclusivo (AME) por seis meses e do aleitamento complemento até os dois anos de vida ou mais, iniciativa em prol da redução da mortalidade, e em consonância as recomendações da OMS no objetivo nº 4 para a redução da mortalidade infantil (ATHANÁZIO et al., 2013). Neste sentido, ressalta-se que: A prática do aleitamento materno tem sido defendida e apoiada no mundo todo como a melhor forma de nutrição exclusiva para o bebê até o sexto mês de vida e complementar até o segundo ano de vida. Além de trazer benefícios nutricionais, pelo leite conter todos os nutrientes em qualidade e quantidade necessárias para o desenvolvimento adequado do lactente, o aleitamento materno favorece e intensifica o vínculo entre mãe e filho (LEAL et al., 2016, p. 98). As informações sobre os benefícios do aleitamento materno (AM), tanto para a saúde da mãe quanto para o desenvolvimento da criança, já estão amplamente difundidas. Segundo Vasquez, Dumith e Susin (2015) os conhecimentos científicos e as recomendações propostas pelos comitês internacionais de especialistas, a prática do aleitamento materno exclusivo (AME) nos primeiros meses de vida proporcionaria uma redução considerável nas taxas de mortalidade infantil. De acordo com informações da Agência Brasil – disponível no site da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) – um estudo publicado na revista inglesa The Lancet, especializada em assuntos da área da saúde, onde destaca avanços brasileiros em política de estímulo à amamentação e cita o Brasil como referência mundial no aleitamento materno. Dentre 153 nações analisadas, o Brasil aparece em posição de destaque em relação a países como a China, Estados Unidos e Reino Unido (EBC, 2016). O país chamou a atenção dos pesquisadores devida a sua atuação em medidas importantes e complementares nas últimas décadas, dando um salto significativo no índice de aleitamento materno no Brasil. Constatou-se, com a pesquisa, que as brasileiras amamentam mais que as chinesas, americanas e britânicas. Esse estudo teve como base informações do Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF), na qual revela que 68% das crianças brasileiras são amamentadas na primeira hora de vida, 50% até completar um ano e 25% são amamentadas até os dois anos (EBC, 2016). De acordo com dados do UNICEF, convém salientar que o aleitamento materno pode salvar a vida de 1,3 milhões de crianças no mundo a cada ano. Então, promover a amamentação deve ser uma prioridade. Devem-se haver profissionais das diferentes áreas de atuação empenhados em propagar e difundir a prática da amamentação. Diante dos apontamentos acima, convém ratificar a importância do aleitamento materno na prevenção de defeitos na oclusão dos dentes diminui a incidência de caries e problemas de fala. Proteção contra doenças como diarreia, pneumonias, infecção de ouvido, alergias entre muitos outros. Ferreira et al. (2016) corroboram com essa ideia, pois, segundo a autora, o aleitamento materno funciona como um alimento completo e um preventivo para o bebê evitando possíveis doenças, ou seja, age como agente imunizador, contribuindo para o desenvolvimento da criança no aspecto psicológico. Outra vantagem é a sua técnica, pois é operacionalmente simples, possui custo financeiro baixo, tem papel protetor para mulher contra câncer ovariano e de mama, auxilia na involução uterina, retarda volta da fertilidade e aperfeiçoa a mulher em seu papel de mãe. Além de trazer também muitos benefícios para a mãe, o pai e a família, a presença do bebê fortalece os laços afetivos fazendo com que o pai e os familiares favoreçam o prolongamento da amamentação, além de ser de extrema importância para auxiliar na diminuição do sangramento da mãe logo que o bebê nasce e atuante na prevenção do câncer de mama e ovário, e um método natural de planejamento familiar. É sabido que o leite materno constitui como alimento essencial para o desenvolvimento do bebê; fortalece os laços afetivos entre a mãe e seu bebê. No entanto, para que o incentivo da prática da amamentação tenha efetividade, a participação da equipe de saúde nesse processo é de grande importância, principalmente profissional de enfermagem, durante as consultas de pré-natal, e a própria família, que exerce grande influência na decisão da mulher no que tange a amamentação. Estudos brasileiros, a exemplo dos estudos realizados por Andrade, Castro e Silva (2016) demonstraram que as gestantes percebem diferença na consulta realizada pelo médico, em relação à do enfermeiro. Que essa diferença reflete em um maior grau de satisfação nas consultas com o enfermeiro devido à formação do vínculo durante as consultas de pré-natal, pois a consulta de enfermagem é pautada no cuidado. Nesse sentido, além da família, os profissionaisde enfermagem se configuram como grandes agentes no incentivo e apoio à mãe a amamentar. Existem situações complexas, aonde o recém-nascido é inapto a sugar diretamente na mama, por diversos fatores, tais como leite insuficiente da mãe, secagem do leite nos seios da mãe, óbito da mãe, mãe portadora de HIV, quando a mãe ou o bebê estão doentes, quando mãe tem problemas de saúde e precisa ficar internada, quando o bebê tem dificuldade de sugar ou com dificuldade para respirar, com falta de coordenação para a sucção, entre outros. Para esses casos a equipe de enfermagem se faz de estratégias que permitem que o bebê receba o leite materno. Um exemplo a ser citado é a alimentação do leite materno por copinho que, segundo Athanázio et al. (2013), possui como vantagem evitar a confusão de bico; permitir o contato íntimo com a mãe; é um método simples, prático, de baixo custo e uma forma segura de alimentação do RN; apresenta fácil esterilização; favorecer o início e a manutenção do aleitamento materno e após a introdução de novos alimentos, consequentemente diminuindo a morbimortalidade infantil e diminui o risco de otite média aguda, já que o bebê deverá ser alimentado em decúbito elevado. Através desse método de alimentação, faz-se os movimentos de língua e da mandíbula realizado com o uso do aleitamento com copinho são similares aos movimentos necessários para o sucesso da amamentação, além de promover uma experiência, reduzindo o tempo de uso de sonda orogástrica (SOG) e facilitar o desenvolvimento da relação/vínculo entre RN prematuro e sua mãe e/ou pai. Quanto a função do profissional de enfermagem nas estratégias de incentivo ao aleitamento materno, principalmente quando a lactante tem dificuldade em amamentar, o Ministério da Saúde faz algumas considerações, pontuando que o enfermeiro deve: Diante disso, esforços precisam ser feitos para reforçar a necessidade de se promover uma melhoria na qualidade do pré-natal e no atendimento ao parto, através da mobilização de toda a equipe de saúde e adoção de medidas ostensivas que venham ser essenciais para melhorar os padrões do aleitamento materno e redução da morbimortalidade infantil, influenciando na saúde do binômio mãe e bebê. É importante salientar o profissional de enfermagem, tem um papel essencial para que esses índices tenham aumentado nos últimos anos, visto que o enfermeiro é o profissional que apoia, incentiva o aleitamento materno, bem como apresenta alternativas de posições que favoreçam o relaxamento e conforto, tanto da mãe quanto do bebê no momento da amamentação (LIMA et al., 2016). Ferreira et al. (2016) reforça a ideia de que o profissional de enfermagem deve apoiar e incentivar a lactente a pôr em prática o aleitamento materno, preparando-a psicologicamente, informando-a sobre a fisiologia da lactação e seus benefícios para o binômio mãe-filho. Diante do exposto, ressalta-se que apoio dos serviços e profissionais de saúde é de extrema importância para que a aleitamento materno tenha sucesso. Concordando com esse pensamento, Batista, Farias e Melo (2013, p 139) afirmam que: A importância do profissional de enfermagem é indiscutível, pois ele tem certa autonomia para desenvolver uma melhor assistência voltada às gestantes e puérperas, não apenas para diminuir altos índices de desmame, mas, sobretudo, tornar este ato uma experiência saudável e prazerosa. Na prática, o enfermeiro tem o papel de orientar para que a lactante venha realizar a higiene de forma rigorosa das mãos antes da amamentação. Este profissional deve, também, instruir a lactante sobre a utilização da técnica correta na amamentação; realização de massagens e extração do leite; o uso de sutiã adequado e limpo. O Ministério da Saúde recomenda que o profissional deve observar se houve a evolução ou regressão do abscesso mamário, fazendo uso de compressas quentes, para obter melhor drenagem e diminuição a dor (BRASIL, 2015). Deve-se enfatizar que a profissão de enfermagem no Brasil desempenha papel importante no sentido de incentivar intervenções na saúde em mães, quando toma a prática da amamentação como horizonte comum, para que profissionais de saúde e pais possam interagir, trocar experiências e conhecimentos para promoção e proteção da saúde de mulheres e crianças (RÊGO, et al. 2016). Nesse sentido, o enfermeiro conquistará a organização e sequencia em suas atividades, evitando, assim, lacunas na assistência. Entretanto, o desafio ainda é grande, uma vez que se tem conhecimento sobre a importância do aleitamento materno esse índice não alcança uma porcentagem satisfatória. Por parte da equipe de enfermagem, o desafio está em se comunicar com a mãe dando a informação que ela necessita, no momento adequado em que ela esteja em condições de absorvê-la, bem como orientá-la sobre os procedimentos corretos na hora de amamentar o bebê. Nesse sentido, é fundamental que haja uma comunicação objetiva e clara durante a orientação. No intuito de atingir um nível satisfatório no tocante às iniciativas de aleitamento materno, a equipe de saúde responde à sua responsabilidade de criar condições favoráveis a uma relação interpessoal efetiva ao mostrar-se genuinamente interessado, de tal modo que a nutriz se perceba objeto de sua atenção e, assim, sinta-se confortável e estimulada a engajar-se na relação (JESUS; OLIVEIRA; MORAES, 2017). Diante da fundamentação apresentada, entende-se que o aleitamento materno melhora efetivamente a qualidade da vida dos lactentes. O profissional Enfermeiro deve apresentar papel fundamental para o sucesso da amamentação, principalmente logo no pós- parto, estando no hospital ou no domicílio. REFERÊNCIAS ANDRADE, F. M.; CASTRO, J. F. L.; SILVA, A. V. Percepção das gestantes sobre as consultas médicas e de enfermagem no pré-natal de baixo risco. Rev. Enferm. Cent. O. 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Capacitação de profissionais de saúde em aleitamento materno e sua associação com conhecimentos, habilidades e práticas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n.1, p. 311-320, 2017. LEAL, C. C. G. et al. Prática de enfermeiras na promoção do aleitamento materno de adolescentes brasileiras. Ciência y Enfermeria XXII, v. 3, 2016. LIMA, C. A. et al. A teoria em prática: interlocução ensino-serviço no contexto da atenção primária à saúde na formação do (a) enfermeiro (a). J. res.: fundam. Care. Online, v. 8, n. 4, p. 5002-5009, out./dez. 2016. MARINHO, M. S.; ANDRADE, E. N.; ABRÃO, A. C. F. V. A atuação do (a) enfermeiro (a) na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno: revisão bibliográfica. Revista Enfermagem Contemporânea, v. 4, n. 2, p. 89-198, jul./dez. 2015. RÊGO, R. M.V. Paternidade e amamentação: mediação da enfermeira. Acta Paul Enferm, v. 29, n. 4, p. 374-80, 2016. SOARES, C. B. et al. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados na enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 48, n. 2, abr. 2014. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080- 62342014000200335&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 28 set. 2017. VASQUEZ, J.; DUMITH, S. C.; SUSIN, L. R. O. Aleitamento materno: estudo comparativo sobre o conhecimento e o manejo dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Modelo Tradicional. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 15, n. 2, p. 181-192 abr. / jun., 2015. VILLAÇA, M. S.; FERREIRA, G. S.; WEBER, C. A importância do aleitamento materno para o binômio mãe-filho disponibilizado pelo banco de leite humano Rev. Saúde AJES, v.1, n.2, abr. 2015. Disponível em: <http://www.revista.ajes.edu.br/index.php/SAJES/article/view/17>. Acesso em: 26 se. 2017. APÊNDICES 44 536 82 APÊNDICE A – DISTRIBUIÇAO DOS ARTIGOS ENCONTRADOS A PARTIR DOS DESCRITORES: ALEITAMENTO MATERNO E ENFERMAGEM, ALEITAMENTO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE, EDUCAÇÃO EM SAÚDE E ENFERMAGEM. SÃO LUIS (MA) 2017. BVS Aleitamento materno e enfermagem 82 LEITURA DE RESUMO E TITULO 7 Aleitamento materno e educação em saúde 44 LEITURA DE RESUMO E TITULO 7 LEITURA INTEGRAL DOS TEXTOS 20 Educação em saúde e enfermagem 536 LEITURA DE RESUMO E TITULO 6 APÊNDICE B – DISTRIBUIÇÃO DOS ARTIGOS ENCONTRADOS NA BVS CONFORME AS VARIÁVEIS: AUTOR, ANO PERIÓDICO, TÍTULO, OBJETIVO, METODOLOGIA, RESULTADOS E CONCLUSÃO ENTRE O ANO DE 2012 A 2017. Quadro 1 – Distribuição das publicações com descritores: aleitamento materno e enfermagem. Nº AUTORES PERIÓDICO ANO TÍTULO OBJETIVO MÉTODO RESULTADO CONCLUSÃO 01 ATHANÁZIO, Alcinéia R. et al. Revista de Enfermagem da UFPE on line. 2013 A importância do enfermeiro no incentivo ao aleitamento materno no copinho ao recém- nascido: revisão integrativa. Descrever a atuação do enfermeiro junto à equipe de enfermagem e a nutriz no incentivo ao uso da técnica do copinho para a alimentação do recém- nascido. Revisão integrativa com busca nas bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF a partir da questão “Qual a importância do enfermeiro no incentivo a equipe de enfermagem e a nutriz a utilizar-se da técnica do copinho para alimentar o recém- nascido”? Foram elegíveis 12 estudos para a análise dos dados, dos últimos 10 anos, nos idiomas Português e Espanhol. Observaram-se escassos estudos relacionados ao aleitamento com copinho e a atuação do enfermeiro junto às nutrizes, desvinculando um cuidado essencial para a promoção do aleitamento materno. Percebeu-se a falta de informação sobre o aleitamento com copinho e consequentemente atuação do enfermeiro junto às mulheres, promovendo o aleitamento materno e o desmame precoce. 02 COSTA, Aline Mello Salvaya da et al. Journal of Research Fundamental Care online. 2015 Cuidado de enfermagem às puérperas soropositivas para o HIV diante da impossibilidade de amamentação natural. Conhecer a experiência do enfermeiro no cuidado às puérperas soropositivas para o HIV a respeito da amamentação; identificar a interação do enfermeiro com as mulheres com HIV a respeito da impossibilidade de amamentação. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, de natureza qualitativa, com sete enfermeiros atuantes no alojamento conjunto do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) mediante entrevista semiestruturada e analisado com os preceitos da análise de conteúdo na modalidade Emergiram as seguintes categorias: disparidades nas orientações no Alojamento Conjunto: a amamentação natural; interação das enfermeiras do Alojamento Conjunto com as puérperas soropositivas para HIV a respeito da A necessidade de orientação e sensibilização da mulher quanto aos motivos e questões relativas à impossibilidade de amamentar. temática, após aprovação pelo Comitê de Ética do HUAP, sob nº 254.060/13. impossibilidade da amamentação 03 COUTINHO, S..; KAISER, D. E. Boletim Científico de Pediatria. 2015 Visão da enfermagem sobre o aleitamento materno em uma unidade de internação neonatal: relato de experiência. Descrever um estudo de caso do tipo relato de experiência, vivenciada em agosto de 2011 e escrito por uma enfermeira que interatua com bebês e suas mães na unidade de internação neonatal. A investigação se baseia através de pesquisa bibliográfica, bem como em um relato de experiência como enfermeira em uma UTI neonatal. A revisão de literatura foi pesquisada nas bases de dados PubMed, Bireme e SciELO, no idioma da língua portuguesa, entre os anos 2003 e 2013. Através dos descritores "aleitamento materno", "UTI neonatal" e "prematuridade" e foram obtidos como resultados 456 artigos, nas quais entraram 204 artigos. Apesar do conhecimento acumulado pela enfermagem, a prática da amamentação persiste como importante preocupação da Saúde Pública. O desmame precoce, bem como a transição do desmame, implicam em maior risco de agravo à saúde da criança, aumentando os índices de morbimortalidade infantil. 04 LEAL, C. C. G. et al. Ciencia y Enfermeria. 2016 Prática de enfermeiras na promoção do aleitamento. materno de adolescentes brasileiras. Identificar a prática das enfermeiras atuantes na rede municipal de saúde de Ribeirão Preto, SP, relativa à promoção do aleitamento materno para gestantes e/ou mães adolescentes. Pesquisa descritiva, qualitativa, realizada na rede básica de saúde de Ribeirão Preto, com 12 enfermeiras, em julho e agosto de 2009, por meio de entrevista semiestruturada e observação. Identificamos as categorias “trabalho centrado na técnica,no recomendado e no biológico”, “cotidiano do serviço de saúde na atenção às gestantes e/ou mães adolescentes” e “relação profissional de saúde e gestante e/ou mãe adolescente”. As enfermeiras enfrentam o desafi da transformação da atenção centrada no São necessárias capacitação e educação permanentes em aleitamento materno, visando a um novo perfil de enfermeiros para a atenção integral das necessidades das adolescentes. procedimento em uma atenção focalizado no usuário. 05 MARINHO, M. S.; ANDRADE, E. N.; ABRÃO, A. C. V. F. Revista Enfermagem Contemporânea. 2015 A atuação do (a) enfermeiro (a) na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno: revisão bibliográfica. Analisar a atuação do (a) enfermeiro (a) na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. Pesquisa exploratória, de caráter bibliográfico. Realizou uma busca com os descritores: Aleitamento materno; Enfermagem; Educação em saúde na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO). Observou-se que nos dez artigos pesquisados o (a) enfermeiro (a) é destacado como agente disseminador da promoção, do incentivo e apoio ao aleitamento materno. Este estudo permitiu depreender a importância do profissional enfermeiro (a) atuando e orientando as gestantes quanto à promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. 06 STELMAK, A. P.; FREIRE, M. H. S. Revista online de pesquisa cuidado é fundamental. 2017 Aplicabilidade das ações preconizadas pelo método canguru. Identificar a prevalência das ações preconizadas pelo MC na prática de cuidados ao recém-nascido pré-termo e/ou baixo peso, pela equipe de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva neonatal que é referência estadual para o MC. Pesquisa descritiva quantitativa, realizada através da aplicação de um questionário estruturado com 37 profissionais de enfermagem de nível médio, em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, de fevereiro a abril de 2014. O acolhimento, o incentivo ao toque, o aleitamento materno e o controle ambiental são as ações mais executadas pela equipe, apresentando cada uma 97% de aplicabilidade prática, e como ações menos executadas, a troca de fralda em decúbito lateral (83%), e o banho envolto em cueiros (58%). Esta equipe realiza as ações humanizadas de cuidado conforme preconizados pelo MC, e compreende a importância desses cuidados para o desenvolvimento infantil dos recém-nascidos. Existe necessidade de processo de educação permanente em serviço. 07 VASQUEZ, J.; DUMITH, S. C.; SUSIN, L. R. O. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2015 Aleitamento materno: estudo comparativo sobre o conhecimento Avaliar e comparar o conhecimento e a qualidade do manejo do aleitamento Foi aplicado aos 269 profissionais um questionário para avaliar o Somente 22 (8,2%) e 50 (18,6%) dos profissionais O desempenho dos profissionais mostrou-se aquém do esperado para e o manejo dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Modelo Tradicional. materno (AM) entre profissionais atuantes na Estratégia Saúde da Família (ESF) e nas unidades básicas de saúde com modelo tradicional, no Município de Rio Grande/RS, em 2012. conhecimento e o manejo do AM por meio de escores classificados como satisfatório, regular e insatisfatório. A comparação das proporções se realizou através do Teste Exato de Fisher e o Teste t de Student foi utilizado visando à comparação das médias. Desenvolveu-se também análise de mediação controlando o efeito do modelo de atenção para algumas variáveis. apresentaram desempenho satisfatório nos escores de conhecimento e manejo, respectivamente, tendo os trabalhadores da ESF melhores desempenhos, quando comparados aos profissionais do modelo tradicional, sendo essa diferença significativa (p<0,05), exceto para os auxiliares e técnicos de enfermagem no escore de manejo (p=0,05). quem lida diretamente com a amamentação, fato mais evidente no modelo tradicional. Dessa forma, comprova-se a necessidade de capacitação dos profissionais objetivando-se promover efetivamente o sucesso do AM. Quadro 2 – Distribuição das publicações com descritores: educação em saúde. Nº AUTORES PERIÓDICO ANO TÍTULO OBJETIVO MÉTODO RESULTADO CONCLUSÃO 01 BROD, F. R.; ROCHA, D. L. B.; SANTOS, R. P. J. Res. Fundam. Care. Online 2016 Saberes e práticas de mães de recém- nascidos prematuros perante a manutenção do aleitamento materno. Identificar os saberes e práticas de mães de recém- nascidos prematuros perante a manutenção do aleitamento materno. Estudo qualitativo com delineamento exploratório, através de entrevista. Desenvolveu-se a pesquisa em um Banco de Leite Humano, com dez puérperas durante a hospitalização de seus filhos. O instrumento pra coleta de dados foi um questionário com perguntas semiestruturadas. Dos discursos, emergiram duas categorias: A consistência do conhecimento apresentado pelas mães; Impacto da orientação profissional sobre a prática de ordenha do leite materno. Mesmo apresentando pouca consistência no conhecimento, observou- se impacto positivo da orientação profissional às práticas para ordenha do leite materno. 02 JESUS, P.C. Ciência e Saúde Coletiva 2017 Capacitação de profissionais de saúde em aleitamento materno e sua associação com conhecimentos, habilidades e práticas. Verificar a associação entre capacitação em aleitamento materno e conhecimentos, habilidades e práticas profissionais. Estudo transversal nos 15 hospitais com mais de 1000 partos/ano do município do Rio de Janeiro. Foram entrevistados 215 profissionais, sendo 48,4% em Hospitais Amigos da Criança, por adaptação de questionário de reavaliação desta iniciativa. A capacitação teórico- prática ≥ 18 horas, considerada adequada, presente em 65,6% dos profissionais, mostrou associação significativa com conhecimentos (RPa = 1,575), habilidades (RPa = 1,530) e práticas (RPa = 1,312). A enfermagem relatou melhores práticas em relação aos médicos (RPa = 0,808) e a outras categorias (RPa = 0,658). A capacitação contribui para o aprimoramento de conhecimentos, habilidades e práticas em aleitamento materno, fundamentais à assistência materno- infantil. 03 MARTINS, R. M. C.; MONTRONE, A. V. G. Rev. APS 2017 O aprendizado entre mulheres da família sobre amamentação e Compreender o que mulheres de diferentes gerações aprendem e Pesquisa qualitativa da qual participaram oito mulheres de um bairro de Os processos educativos presentes no diálogo entre as Ao desenvolver ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento os cuidados com o bebê: contribuições para atuação de profissionais de saúde. ensinam sobre a prática de amamentar e os cuidados com o bebê. classe econômica baixa.Para a coleta de dados, utilizou-se entrevista semiestruturada. A análise dos dados baseou-se nos pressupostos da análise Hermenêutica dialética. mulheres mostram que as avós são pessoas de referência na família, possuem diversos saberes sobre a prática da amamentação e os cuidados com o bebê, transmitindo-os para suas filhas e noras. materno, profissionais de saúde precisam reconhecer e valorizar os saberes que as mulheres trazem da convivência em família, estabelecendo uma relação dialógica que permita a reflexão e ampliação desses saberes. 04 MOIMAZ, S. A.S. et al. Rev. CEFAC 2017 Agentes comunitários de saúde e o aleitamento materno: desafios relacionados ao conhecimento e à prática. Identificar o conhecimento de Agentes Comunitários de Saúde sobre as práticas e a promoção do aleitamento materno. Estudo transversal, descritivo, inquérito, quanti-qualitativo realizado com amostra de 148 agentes. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário semiestruturado, com questões abertas e fechadas. Foram analisadas as variáveis: sócio demográficas, capacidade para orientação sobre o aleitamento, participação em treinamentos/cursos, conhecimentos sobre vantagens do aleitamento para mãe e bebê. Realizou- se análise estatística descritiva, foram empregados os testes Qui- quadrado, Exato de Fisher e G, ao nível de significância 5%. As Aproximadamente, 45,95% dos agentes não foram capacitados para realizar orientação prática das nutrizes sobre o aleitamento e 63,30% nunca participaram de cursos sobre amamentação. A maioria citou vantagens do aleitamento relacionadas, somente, ao bebê, emergindo as categorias: nutrição do bebê, imunológica, desenvolvimento/saúde do bebê, dentição/ossos. Houve associação estatisticamente significante entre capacidade de orientar as mães na amamentação e Os agentes não haviam participado de cursos de capacitação para acompanhar as nutrizes, apresentaram conhecimento limitado sobre a prática e a promoção do aleitamento, e as visitas domiciliares realizadas pós-parto ocorreram tardiamente. questões abertas foram analisadas segundo a técnica de pesquisa qualitativa. participação em treinamentos (p<0,001). 05 MOREIRA, L. A. et al. Rev. Bras. Enferm. [Internet]. 2017 Apoios à mulher/ nutriz nas peças publicitárias da Semana Mundial da Amamentação. Desvendar os apoios da rede social da mulher/nutriz nas peças publicitárias da Semana Mundial da Amamentação. Estudo descritivo, exploratório, documental, qualitativo. Desde a coleta até a análise dessas peças, foram adotados os passos metodológicos de Gemma Penn, fundamentados na semiologia de Roland Barthes. Os resultados foram interpretados pela teoria da Rede Social de Sanícola e dos cinco tipos de apoio: presencial, emocional, instrumental, informativo e autoapoio. Em nove peças publicitárias das 22 semanas mundiais da amamentação, identifi- cou-se/identificaram-se ator (es) da rede social da mulher/nutriz. Em cinco delas, companheiro, avó e irmão demonstraram apoio emocional e presencial à amamentação. Percebeu-se o autoapoio em três cartazes; o apoio instrumental, em um cartaz; e o apoio informativo, em cartaz algum. Os apoios desvendados em apenas cinco peças publicitárias incluíram: emocional, presencial, instrumental e autoapoio. Nas demais, não havia apoio. Em nenhuma delas, o conjunto dos apoios foi revelado. 06 SILVA, C. M. et al. Ciência e Saúde Coletiva Práticas educativas segundo os “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno” em um Banco de Leite Humano. Avaliar práticas educativas segundo os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” em Banco de Leite Humano. Estudo retrospectivo com informações sócio demográficas e gestacionais maternas e referentes ao bebê, obtidas de protocolo de atendimento de nutrizes (2009-2012). Tais dados foram associados aos passos relacionados a práticas educativas dentre os “Dez Passos”. Realizou- Notou-se maior prevalência de amamentação exclusiva (passo 6) e sob livre demanda (passo 8) e uso de bicos artificiais (passo 9) entre os lactentes de mães orientadas. Os achados apontam importante papel do As orientações ofertadas necessitam aprimoramento a fim de reduzir o uso de bicos artificiais e potencializar a amamentação exclusiva. se análise descritiva, teste qui-quadrado e regressão de Poisson. Foram avaliadas 12.283 mães, com mediana de 29 (12-54) anos de idade. As orientações recebidas sobre amamentação no pré-natal (passo 3) prevaleceram entre mães de 30-39 anos e o contato pele/pele (passo 4) entre as orientadas. O treinamento sobre amamentação (passo 5) predominou entre aquelas que amamentaram exclusivamente. profissional da saúde no treinamento mãe/filho sobre aleitamento materno e incentivo ao contato pele/pele, amamentação exclusiva e sob livre demanda. 07 VITOLO, M. R. et al. Cadernos de Saúde Pública. 2014 Impacto da atualização de profissionais de saúde sobre as práticas de amamentação e alimentação Complementar. Avaliar o impacto da atualização de profissionais de saúde em relação aos Dez Passos da Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos sobre as práticas alimentares no primeiro ano de vida. Estudo iniciado no ano de 2006 e realizado no Município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que possui população estimada de 1.436.123 habitantes. As práticas alimentares das crianças incluídas no estudo foram avaliadas quando elas tinham 6 (n = 918) e 12 meses (n = 799) de idade. O tempo médio de duração do aleitamento materno exclusivo foi significativamente maior nos dois grupos que receberam a intervenção (2,56 ± 1,91 mês nas US-ESF e 2,32 ± 1,63 mês nas UBS- intervenção) comparados às UBS-controle (1,91 ± 1,60 meses) Houve impacto positivo na qualidade da alimentação complementar das crianças atendidas nos serviços de saúde que participaram da intervenção, especialmente naqueles com ESF. Quadro 3 – Distribuição das publicações com descritores: educação em saúde e enfermagem. Nº AUTORES PERIÓDICO ANO TÍTULO OBJETIVO MÉTODO RESULTADO CONCLUSÃO 01 ANDRADE F. M.; CASTRO J. F. L.; SILVA, A.V. Rev. Enferm. Cent. O. Min. 2016 Percepção das gestantes sobre as consultas médicas e de enfermagem no pré-natal de baixo risco. Compreender a percepção das gestantes sobre as consultas médicas e de enfermagem no pré-natal de baixo risco. Estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, com a aplicação de um formulário estruturado, sendo realizada a análise estatística descritiva. Evidenciou-se que o maior número de consultas de pré-natal foi realizado pelo enfermeiro; 85% das gestantes estavam satisfeitas com o médico e 90% com o enfermeiro. 85% estavam satisfeitas com o médico e 95% com o enfermeiro.Os enfermeiros realizaram em todas as consultas com 85% e os médicos nunca realizaram em 45%. As gestantes perceberam discretas diferenças entre a consulta médica e de enfermagem. 02 FERREIRA, G. L. et al. Rev. Conexão Eletrônica. 2016 O papel da enfermagem na orientação do aleitamento materno exclusivo. Retratar a importância da orientação da enfermagem no aleitamento materno. O trabalho foi realizado por meio de revisão literária, de cunho descritivo, usando-se livros, artigos científicos e uma Cartilha do Ministério da Saúde. Os artigos foram pesquisados nas bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), da Scientific Electronic Library Online (Scielo). A O aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses deve ser encarado pela mãe como um meio de defesa do seu bebê, não deixando ser influenciada por terceiros, sejam estes familiares, amigos, conhecidos, neste momento que se percebe a importância do profissional de enfermagem devido o seu contato mais próximo com as pacientes. O papel da Enfermagem fica evidenciado na necessidade de ser realizada de forma concisa e coerente, prestando uma assistência de qualidade e humanizada às futuras mães. busca dos artigos foi realizada durante o período de dezembro de 2013 a maio de 2014. 03 LIMA, C. A. et al. J. Res.: Fundam. Care. Online. 2016 A teoria em prática: interlocução ensino- serviço no contexto da atenção primária à saúde na formação do(a) enfermeiro(a). Compreender as percepções dos estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem acerca da sua inserção na prática dos serviços da Atenção Primária à Saúde. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa e enfoque fenomenológico, realizado no Curso de Graduação em Enfermagem em uma universidade pública estadual do Brasil. A análise das entrevistas realizadas ocorreu por meio das etapas metodológicas da fenomenologia: descrição, redução, compreensão, análise ideográfica e nomotética. A compreensão da essência do fenômeno desvelou a categoria interlocução ensino- serviço no contexto da Atenção Primária à Saúde: significados para o graduando em enfermagem. Tem-se contemplado de maneira positiva a interlocução entre o ensino e os cuidados primários de saúde, com a imersão do acadêmico na vivência da realidade do SUS. A imersão nos cuidados e serviços primários de saúde tem promovido uma efetiva interlocução ensino-serviço, corrobora os pressupostos das Diretrizes Curriculares Nacionais. 04 OLIVEIRA, J. C. S. et al. Rev. Enferm. Cent. O. Min. 2015 Assistência pré-natal realizada por enfermeiros: o olhar da puérpera. Identificar as ações de enfermagem realizadas pelo enfermeiro durante a gestação sob o olhar da puérpera. A pesquisa possui abordagem qualitativa, de campo, exploratória e descritiva. Participaram do estudo nove puérperas. Foi realizada entrevista semiestruturada e coleta documental, entre agosto e dezembro de 2013, em duas Unidades de Os resultados demonstraram algumas particularidades relacionadas à interação das mulheres diante das orientações em saúde (período gestacional, puerpério e cuidados com o recém-nascido) e às consultas de enfermagem (acolhimento, exame O enfermeiro é referência para assistência pré-natal, sendo suas condutas diretamente proporcionais à qualidade da assistência prestada. Saúde da Família do município de Rondonópolis. físico e conduta do enfermeiro). 05 RÊGO, R. M. V. et al. Acta. Paul. Enferm. 2016 Paternidade e amamentação: mediação da enfermeira. Identificar como o pai percebe sua contribuição no apoio e estímulo à amamentação com base no aprendizado e verificar como a companheira compreendeu esta participação. Estudo qualitativo, participaram oito famílias, entrevistadas antes e após a realização dos quatro encontros grupais, acompanhadas em seus domicílios no puerpério. Os dados foram analisados com compreensão dos conteúdos manifestos dos discursos dos casais, fundamentados por meio da teoria do vínculo. Evidenciou-se que pais demonstram satisfação em prestar cuidados aos filhos e apoiar a amamentação para contentamento de suas companheiras. Os pais revelam-se verdadeiros partícipes, principalmente quando suas iniciativas são valorizadas por parte da companheira e pela enfermeira, sendo recomendada ampliação de atividades de apoio a casais, desde o pré-natal e após o nascimento do filho de forma sistematizada na rede pública de atenção à saúde. 06 SILVA, C. S. Et al. J. Res.: Fundam. Care. Online. 2016 Atuação do enfermeiro na consulta pré-natal: limites e potencialidades. Identificar os limites e as potencialidades da atuação do enfermeiro na consulta pré-natal. Revisão narrativa da literatura. A seleção dos artigos de 2005 a 2009 foi realizada na BVS com os descritores: cuidado pré-natal, assistência pré-natal, cuidados de enfermagem, assistência de enfermagem. 21 científicas e 5 institucionais. Destaque: atuação do enfermeiro no pré-natal; atenção baseada no modelo biomédico; precariedade de recursos e o desconhecimento do trabalho do enfermeiro. Como potencialidades: acolhimento, vínculo e interação, prática de educação em saúde e o comprometimento profissional do enfermeiro. O impacto positivo de suas ações na consulta pré-natal é evidente, particularmente no que se refere ao reconhecimento das necessidades das mulheres e no esforço à integralidade das ações em saúde.
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