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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA TROPICAL CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS • Histórico 1864 – Dimitri Ivanowsky Estudando a doença do Mosaico do Fumo em plantas, observou que mesmo filtrando o sumo de plantas doentes, em filtros que possuíam a capacidade de reter bactérias, esse filtrado ainda era capaz de reproduzir a doença em plantas saudáveis. • Principais características Apresentam dimensões sub-microscópicas, partículas observadas apenas ao microscópio eletrônico. Os vírus são os menores agentes infecciosos que passam através de filtros esterilizantes, usados para a remoção de bactérias e outros contaminantes; Os vírus não podem ser cultivados em meios artificiais, pois são hospedeiros intracelulares obrigatórios, que requerem o metabolismos ativo para amplificação do seu material genético e progênie; A complexidade do vírus é proporcional ao tamanho do genoma viral; quanto mais informações o vírus codifica em seu genoma, mais proteínas poderão ser sintetizadas. • Principais características Contém somente um tipo de ácido nucléico (RNA ou DNA), os demais constituintes são proteínas ou glicoproteínas, e se o vírus possuir envelope, glicolipídeos. • Principais características • Constituintes da partícula viral Capsídeo: Capa protéica que envolve diretamente o ácido nucléico; Capsômero: protuberâncias vistas na superfície das partículas virais; Nucleocapsídeo: é o conjunto do capsídeo + o ácido nucléico que ele engloba; Core ou Cerne: proteínas virais envolvidas na replicação e complexadas no genoma; Matriz protéica: proteínas que servem para sinalizar a montagem dos vírus e conferir rigidez a estrutura; Envelope: membrana contendo lipídeos que circunda algumas partículas viirais; Espiculas: quando presentes, são complexos carboidrato-proteína que se projetam da superfície do envelope • Constituintes da partícula viral • Constituintes da partícula viral • Simetria das partículas virais A arquitetura viral pode ser dividida em três tipos: Icosaédrico Helicoidal Complexo Icosaédrica Helicoidal Complexa • Simetria das partículas virais • Simetria das partículas virais Icosaédrica – Simetria cúbica - Os capsômeros organizam-se em icosaédricos. • Simetria das partículas virais Helicoidal - Os capsômeros organizam-se segundo simetria do tipo helicoidal dispondo o ácido nucléico na parte interna das unidades protéicas, associado as mesmas. Complexa - Algumas partículas virais não exibem nem simetria helicoidal nem simetria icosaédrica. Ex: esféricos, paralelepípedos e os bacteriófagos. • Simetria das partículas virais • Composição química dos vírus Proteínas Atuam protegendo o genoma viral contra inativação por nucleases celulares (Proteínas do Capsídeo); Uma das principais funções consiste em facilitar a transferência do ácido nucleico viral de uma célula hospedeira para outra (Proteínas do Core ou Cerne/Matriz proteica); • Composição química dos vírus Ácidos Nucléicos A natureza dos filamentos e o peso molecular constituem as principais características utilizadas para classificar os vírus em famílias. Informação Genética (RNA ou DNA) Cadeia simples ou dupla; Linear ou circular; Segmentada ou não segmentada • Classificação dos vírus em famílias • Classificação dos vírus em famílias • Composição química dos vírus Lipídeos Vírus que apresentam ENVELOPE. A composição específica de fosfolipídios é determinada pelo tipo específico de membrana celular envolvida no brotamento; Sensibilidade ao tratamento com éter e outros solventes orgânicos (ruptura ou perda dos lipídeos resultam na perda da infecciosidade). • Composição química dos vírus Carboidratos Estruturas de reconhecimento com receptores de superfície de membranas citoplasmáticas (interação com receptor). Espículas (Vírus Envelopados) Vírus Receptor da célula do hospedeiro Estrutura viral reconhecida- Espícula • Bacteriofágos Infectam bactérias; Capsideo icosaédrico; Cauda helical; Fibras da cauda que estão envolvidas na ligação a bactéria; Bacteriofagos • Replicação de Bacteriofágos Ciclo Lítico - Bacteriófago • Replicação de Bacteriofágos Ciclo Lisogênico- Bacteriófago • Replicação de Bacteriofágos • Replicação dos vírus em células animais ADSORÇÃO ÀS CÉLULAS PENETRAÇÃO DESNUDAMENTO SÍNTESE DO ÁCIDO NUCLEICO E DAS PROTEÍNAS MATURAÇÃO DISSIMINAÇÃO PARA OUTRAS CÉLULAS Principais etapas: Os vírus possuem sítios reativos em sua superfície que interagem com receptores específicos na célula hospedeira. 1.Adsorção Sítios reativos-superfície dos vírus: Proteínas do Capsídeo (vírus não envelopados) Espículas(envelopados) 2. Penetração- Vírus envelopados Após a adsorção os vírus envelopados se fundem à membrana da célula hospedeira e ocorre a entrada do nucleocapsídeo viral no citoplasma da célula. herpesvirus, paramyxovirus, HIV 2. Penetração- Vírus não envelopados Vírus não envelopados entram na célula por um processo de endocitose que envolve a invaginação da membrana da célula hospedeira e formação de uma vesícula dentro do citoplasma da célula. 17 Liberação do genoma viral no interior na célula hospedeira 3. Desnudamento 4. Replicação do Vírus 5.Montagem e liberação A maioria dos vírus de DNA faz a montagem no núcleo, sendo então liberada no citoplasma A maioria dos vírus de RNA se desenvolve no citoplasma Liberação com ou sem lise: a)Liberação dos vírus sem envelope lipídico: célula é lisada e as progênies virais são liberadas no meio. b)Liberação dos vírus com envelope lipídico: Brotamento. 6.Liberação dos vírus envelopados
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