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179415100217 DIR PROC CIVIL AULA 01

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Mauricio Ferreira cunha 
Normas fundamentais do processo civil 
jurisdição e Ação 
competência 
Litisconsórcio e intervenção de terceiros 
Tutelas provisórias urgência e evidencia 
Petição inicial resposta do réu , providencias preliminares julgamento conforme estado do processo e decisão de saneamento .
Teoria geral das provas em espécie 
Sentenca e coisa julgada 
Cumprimento de sentença 
Processo e execução 
Procedimentos especiais 
Precedentes
Teoria geral dos recursos em espécie 
NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 
 
Considerações iniciais 
Além de questões temos material teórico 
Por ter incidência de questões dessa temática ate hoje muito significativa e nada mais nada menos que abre alas de N CPC art 1 ao 12 principios e regra feixe de dispositivos fundamentalmente como p civil caminha fazer parte procedimental caminha sem vicio ou macula obedeço as regras teoria de princípios não terei vícios procedimental fundamentação de decisão judicial todas possibilidades feito não tem vicio objeto de nulidade processo civil na luz de base principiológica e modelo constitucional de processo civil ordenado interpretado disciplinado na própria CF as normas aplicadas ao aspecto procedimental , e nos 12 primeiros , Regra ordem cronológica de julgamento, 4 fevereiro , ordem cronológica não tem mais obediência irrestrita mas será preferencial 482 regra não principio 
Regra aplicação limitada 
Principio ilimitada 
Ordem cronológica de julgamento 
 Aplicação ilimitada 
A expressão “princípios processuais” vem ganhando, ao longo dos tempos, seja na literatura, seja na jurisprudência brasileira, bastante ênfase (a propósito, ver trabalho desenvolvido por Teresa Arruda Alvim Wambier na obra Recurso especial, recurso extraordinário e ação rescisória. São Paulo: RT, 2009, p. 61). Reconhece-se a eficácia direta dos mesmos, como ocorre com o princípio do devido processo legal e o princípio da razoável duração do processo, dentre outros. 
 
Com Humberto Ávila, na obra Teoria dos princípios. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 78 e seguintes, é possível afirmar que princípio é espécie normativa, norma que estabelece um fim a ser atingido. Se essa espécie normativa visa a um determinado “estado de coisas”, e esse fim somente pode ser alcançado com determinados comportamentos, “esses comportamentos passam a constituir necessidades práticas sem cujos efeitos a progressiva promoção do fim não se realiza”. É o mesmo autor que diz “os princípios instituem o dever de adotar comportamentos necessários à realização de um estado de coisas ou, inversamente, instituem o dever de efetivação de um estado de coisas pela adoção de comportamentos a ele necessários”. 
 
A eficácia de um princípio do processo não depende de intermediação por outras regras jurídicas, espalhados na legislação. O princípio da boa-fé processual, p.e., torna devidos os comportamentos necessários à obtenção de um processo leal e cooperativo. Conclui-se, assim, ser possível cogitar de situações jurídicas processuais atípicas (não expressamente previstas) decorrentes da eficácia direta com função integrativa do princípio da boa-fé processual. 
 
Há, porém, normas que servem à concretização dos princípios processuais. Os meios para alcançar esse “estado de coisas” podem ser típicos, determinados por subprincípios ou por regras jurídicas, que servem para delimitar o exercício do poder, contendo a arbitrariedade da autoridade jurisdicional. Aqui, fala-se que os princípios teriam uma eficácia indireta. 
 
Os subprincípios exercem uma função definitória, delimitando com maior precisão o comando normativo estabelecido pelo sobreprincípio. 
 
Ex.: o princípio da boa-fé processual (sobreprincípio) pode ser encarado com um subprincípio do devido processo legal, ou seja, o processo, para ser devido, precisa ser cooperativo ou leal; o princípio do devido processo legal, por sua vez, pode ser considerado um subprincípio do princípio do Estado de Direito ou do princípio da dignidade da pessoa humana. 
 
As regras jurídicas também exercem uma função definitória em relação aos princípios, pois delimitam o comportamento que deverá ser adotado para concretizar as finalidades estabelecidas pelos princípios. 
 
Ex.: a ordem cronológica de julgamento. 
 
Os princípios exercem, ainda, em relação às normas menos amplas, uma função interpretativa, pois servem para interpretar normas construídas a partir de textos normativos expressos. Não se admite que um texto normativo seja interpretado no sentido de dificultar ou impedir a realização do fim almejado pelo princípio. 
 
Por fim, os princípios exercem uma função bloqueadora, servindo para justificar a não-aplicação de textos expressamente previstos que sejam incompatíveis com o estado de coisas que se busca promover. 
 
Ex.: o princípio do devido processo legal serve para fundamentar a não-aplicação de dispositivos normativos que permitam uma decisão judicial sem motivação. 
 
A sistematização da teoria dos princípios serve para que se possa dar uma interpretação mais adequada ao ordenamento processual civil, notadamente diante do que disposto nos arts. 1º a 11, CPC. O juiz não decide a lide com base na lei; o juiz decide a lide conforme o Direito, que se compõe do conjunto de espécies normativas: regras e princípios. 
 
Classificação 
 
Conforme seu campo de abrangência, os princípios são classificados em informativos e fundamentais. 
Os princípios INFORMATIVOS são normas principiológicas de denso caráter geral e abstrato, cuja aplicação é incidente sobre qualquer regra processual, de cunho constitucional ou infraconstitucional, independentemente de tempo ou lugar. 
 
São eles: o princípio lógico, o princípio jurídico, o princípio político e o princípio econômico. 
 
Lógico: segundo este princípio, a lógica do processo é aproximar o juiz da verdade a partir de uma sequência ordenada de atos, a qual possibilite uma justa composição aos conflitos de interesses apresentados. Ex.: petição inicial e resposta do réu antes da sentença. 
 
Jurídico: todo processo deve atender estritamente às disposições legais, desenvolvendo seus atos em conformidade à lei vigente (evitando-se surpresas). Ex.: rol de testemunhas no prazo fixado pelo juiz ou no prazo legal. 
 
Político: as regras processuais deverão estar em conformidade ao regime político adotado pelo sistema. O processo deve ter o maior rendimento possível, cumprindo sua instrumentalidade sem grandes sacrifícios às partes. 
 
Ex.: execução sob a forma menos gravosa para o devedor. 
 
Econômico: as regras processuais devem possibilitar o acesso à justiça a todos com o mínimo de dispêndio. Orienta os operadores do direito à obtenção máxima de rendimento. Ex.: modalidades de intervenção de terceiros. 
 
Por sua vez, os princípios FUNDAMENTAIS são normas principiológicas contextuais que se aplicam a ordenamentos jurídicos específicos e orientam a elaboração legislativa conforme os seus preceitos. O elenco é extenso. 
 
DEVIDO PROCESSO LEGAL: previsto no art. 5º, LIV, CF (ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal) corresponde à tradução para o português da expressão inglesa “due process of law”. A palavra “law” corresponde ao significado de “Direito”, e não de “Lei”, ou seja, o processo deve estar em conformidade com o Direito como um todo, e não apenas com a Lei. 
 
É pacífico o entendimento de que o devido processo legal funciona como um supraprincípio, norteador de todos os demais que devem ser observados no processo. Tem a função de criar os elementos necessários à promoção do ideal de protetividade dos direitos, integrando o sistema jurídico eventualmente lacunoso. É a formação integrativa dos princípios, dele extraindo, como já mencionado, outros princípios e direitos fundamentais. 
 
Além do aspecto processual, também se aplica o princípio como fator limitador do poder de legislar da AdministraçãoPública, bem como para garantir o respeito aos direitos fundamentais nas relações jurídicas privadas. 
 
Ainda que remanesça certe divergência a respeito da sua origem, costuma-se atribui-la à previsão contida na Magna Carta de João Sem Terra, no ano de 1215, que utilizava a expressão “law of the land”. 
 
Bastaria sua previsão no texto maior, uma vez que é princípio-base, com conceito indeterminado, pois, na prática, os valores essenciais à sociedade e ao ideal do justo dariam elementos suficientes para o juiz, no caso concreto, perceber os outros princípios que dele derivam. Não foi essa, porém, a opção legislativa. 
 
Atualmente, é analisado sob a ótica do devido processo legal substancial (substantive due process) e devido processo legal formal (procedural due process). No sentido substancial (desenvolvido nos Estados Unidos sob o raciocínio de que um processo devido não é apenas aquele em que se observam exigências formais: devido é o processo que gera decisões jurídicas substancialmente devidas), o devido processo legal diz respeito ao campo de elaboração e interpretação das normas jurídicas, evitando-se a atividade legislativa abusiva e irrazoável e ditando uma interpretação razoável quando da aplicação concreta das normas jurídicas. Funciona como controle das arbitrariedades do Poder Público, por ser originariamente voltado neste sentido. 
 
As normas jurídicas são produzidas após um processo. As leis, após o processo legislativo. As normas administrativas, após um processo administrativo. As normas individualizadas jurisdicionais, após um processo jurisdicional. Nenhuma norma pode ser produzida sem a observância do devido processo legal, sendo por tal motivo que se fala em devido processo legal legislativo, devido processo legal administrativo e devido processo legal jurisdicional. 
 
Todavia, vem sendo exigido em relações jurídicas privadas, com fundamento na vinculação dos particulares aos direitos fundamentais. Exemplo: a estudante de universidade quase expulsa de seus quadros em razão de ter assistido à aula de minissaia, mediante sindicância interna na qual não se concedeu direito de defesa à aula. Ainda que a faculdade seja privada e tenha um regulamento por ela mesmo criado, é natural que tal regulamento não contrarie os direitos fundamentais. 
 
Já no sentido formal, o princípio traz a sua definição clássica, vez que obrigado que o juiz, no caso concreto, observe os princípios processuais na condução do instrumento estatal oferecido aos jurisdicionados para a tutela dos seus direitos materiais. É possível associá-lo à ideia de um processo justo, que permite a ampla participação das partes e a efetiva proteção dos seus direitos. 
 
CONTRADITÓRIO: o processo é um procedimento estruturado em contraditório. Aplica-se o princípio do contraditório, derivado que é do devido processo legal, nos âmbitos jurisdicional, administrativo e negocial (não obstante a literalidade do texto constitucional). A Constituição Federal prevê o contraditório no inciso LV do art. 5º: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recurso a ela inerentes”. Atentar, dentre outros, para o teor dos arts. 9º e 10, CPC. 
 
O princípio do contraditório é reflexo do princípio democrático na estruturação do processo, devendo ser visto, portanto, como exigência para o exercício democrático de um poder. 
 
Pode ser decomposto em duas garantias: participação (audiência; comunicação; ciência) e possibilidade de influência na decisão. 
 
A garantia da participação é a dimensão formal do princípio do contraditório. Trata-se da garantia de ser ouvido, de participar do processo, de ser comunicado, poder falar no processo. Esse é o conteúdo mínimo do princípio do contraditório e concretiza a visão tradicional a respeito do tema. De acordo com esse pensamento, o órgão jurisdicional efetiva a garantia do contraditório simplesmente ao dar ensejo à ouvida da parte. 
 
Há, porém, ainda, a dimensão substancial do princípio do contraditório. Trata-se do “poder de influência”. Não adianta permitir que a parte simplesmente participe do processo. Apenas isso não é o suficiente para que se efetive o princípio do contraditório. É necessário que se permita que ela seja ouvida, é claro, mas em condições de poder influenciar a decisão do magistrado. 
 
Se não for conferida a possibilidade de a parte influenciar a decisão do órgão jurisdicional – e isso é o poder de influência, de interferir com argumentos, ideias, alegando fatos, a garantia do contraditório estará ferida. É fundamental perceber isso: o contraditório não se efetiva apenas com a ouvida da parte; exige-se a participação com a possibilidade, conferida à parte, de influenciar no conteúdo da decisão. 
 
Mais condizente com essa visão do princípio do contraditório é o art. 772, II, CPC/73, que determina que o juiz deve, em qualquer momento da fase executiva, advertir ao executado que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça. Ora, antes de punir, adverte sobre o comportamento aparentemente temerário, para que a parte possa explicar-se. 
 
Também deve ser assim a aplicação da multa do art. 77, § 2º, CPC. Deverá o magistrado, ao expedir a ordem ou o mandado para cumprimento da diligência, providenciar advertir esses sujeitos (partes ou terceiros) de que o seu comportamento recalcitrante poderá resultar na aplicação da mencionada multa. Sem essa comunicação/advertência prévia, a multa porventura aplicada é inválida, por desrespeito ao princípio do contraditório. 
 
O responsável precisa saber das possíveis consequências de sua conduta, até mesmo para demonstrar ao magistrado as razões pelas quais não cumpriu a ordem, ou não a fez cumprir, ou até mesmo para demonstrar que a cumpriu ou não criou qualquer obstáculo para o seu cumprimento. Afinal, o contraditório se perfaz com a informação e o oferecimento de oportunidade para influenciar no conteúdo da decisão; participação e poder de influência são as palavras-chave para a compreensão desse princípio constitucional. 
 
Correta também a solução encontrada pelo STJ, no julgamento do REsp nº 250.781, rel. Min. José Delgado, DJ de 
19.06.2000: “Processual civil. Litigância de má-fé. Requisitos para sua configuração. 1. Para a condenação em litigância de má-fé, faz-se necessário o preenchimento de três requisitos, quais sejam: que a conduta da parte se subsuma a uma das hipóteses taxativamente elencadas no art.17, CPC; que à parte tenha sido oferecida oportunidade de defesa (CF, art. 5º, LV); e que da sua conduta resulte prejuízo processual à parte adversa”. 
 
E a questão da formação dos pronunciamentos judiciais e o princípio do contraditório? 
 
Os pronunciamentos judiciais pautam-se, obviamente, em questões de fato e de direito. 
 
O juiz examina a questão de fato e, em seguida, examina a questão de direito, para poder decidir. 
 
O art. 371, CPC, prescreve que “O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento”. O juiz pode basear-se em fato que não foi alegado pelas partes. 
 
O art. 493, CPC, por sua vez, determina que “se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão”. 
 
O juiz, ao decidir, pode basear-se em fato que influa no julgamento da causa, mesmo que ninguém lhe tenha provocado a respeito. Há questões fáticas que podem ser apreciadas pelo magistrado ex officio. O juiz pode conhecer de fatos que não tenham sido alegados. Ele pode trazer, ele pode aportar fatos ao processo, mas o órgão jurisdicional não pode levar em consideração um fato de ofício, sem que as partes tenham tido a oportunidade de se manifestarem a respeito. 
 
Imagine a seguinte situação:A e B estão litigando, cada um argumenta o que quer e o juiz, no momento da sentença, baseia-se em um fato que não foi alegado pelas partes, não foi discutido por elas, mas está provado nos autos. Ele trouxe esse fato para fundamentar a sua decisão com base no art. 371, conjugado com o art. 493, ambos do CPC. Mas ele não poderia ter feito isso sem submeter esse fato ao prévio debate entre as partes. Isso feriria, escancaradamente, o contraditório. 
 
Vamos examinar o tema em relação às questões de direito. 
 
Há um velho brocardo iura novit curia (do Direito cuida a corte). Há, ainda, outro da mihi factum dabo tibi ius (dá-me os fatos, que eu te darei o direito). 
 
Não pode o órgão jurisdicional, assim, decidir com base em um argumento, uma questão jurídica não posta pelas partes no processo. Perceba: o órgão jurisdicional, por exemplo, verifica que a lei é inconstitucional. Ninguém alegou que a lei é inconstitucional. O autor pediu com base em uma determinada lei, a outra parte alega que essa lei não se aplicava ao caso. O juiz entende de outra maneira, ainda não aventada pelas partes: “Essa lei apontada pelo autor como fundamento do seu pedido é inconstitucional. Portanto, julgo improcedente a demanda”. O órgão jurisdicional pode fazer isso, mas deve antes submeter essa nova abordagem à discussão das partes. 
 
O órgão jurisdicional teria de, nessas circunstâncias, intimar as partes para manifestar-se a respeito (“intimem-se as partes para que se manifestem sobre a constitucionalidade da lei”). Trata-se de exercício democrático e cooperativo do poder jurisdicional, até mesmo porque o juiz pode estar em dúvida sobre o tema. 
 
AMPLA DEFESA: contraditório e ampla defesa, não por acaso, estão previstos no mesmo dispositivo constitucional (art. 5º, LV, CF). 
 
A ampla defesa é “direito fundamental de ambas as partes”, consistindo no conjunto de meios adequados para o exercício do adequado contraditório. 
 
Atualmente, tendo em vista o desenvolvimento da dimensão substancial do princípio do contraditório, pode-se dizer que eles se fundiram, formando uma amálgama de um único direito fundamental. A ampla defesa corresponde ao aspecto substancial do princípio do contraditório. 
 
PUBLICIDADE: processo devido é processo público. Os atos processuais hão de ser públicos. O princípio da publicidade gera o direito fundamental à publicidade. Trata-se de direito fundamental que tem, basicamente, duas funções: 
 
proteger as partes contra juízos arbitrários e secretos (e, nesse sentido, é conteúdo do devido processo legal, como instrumento a favor da imparcialidade e independência do órgão jurisdicional); 
permitir o controle da opinião pública sobre os serviços da justiça, principalmente sobre o exercício da atividade jurisdicional. Essas duas funções revelam que a publicidade processual tem duas dimensões: 
 
interna: publicidade para as partes, bem ampla, em razão do direito fundamental ao processo devido; 
externa: publicidade para terceiros, que pode ser restringida em alguns casos. 
 
Observe-se que o processo arbitral pode, e é o que costuma ocorrer, ser sigiloso. O sigilo do processo arbitral restringe-se à publicidade externa. 
 
Não há problema em relação a isso: trata-se de exercício da jurisdição por órgão não-estatal, cujo objeto envolve situações jurídicas disponíveis titularizadas por pessoas capazes. O sigilo do processo arbitral é concretização do direito fundamental à preservação da intimidade. 
 
A CF estabelece possibilidade de restrição (mas não eliminação) à publicidade externa: “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem” (art. 5º, LX, CF). O CPC também segue esta linha: 
 
em que o exigir o interesse público ou social; 
que dizem respeito ao casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes (art. 189, I e II, CPC). Perceba que a restrição à publicidade tanto pode fundarse no interesse público ou social, como também na preservação da intimidade, aplicado, sempre, o princípio da proporcionalidade. 
 
A Emenda Constitucional nº 45/2004 ratificou a exigência da publicidade de todos os atos provenientes dos órgãos do Poder Judiciário (arts. 93, incisos IX e X, CF). 
 
Há uma íntima relação entre os princípios da publicidade e a regra da motivação das decisões judiciais, na medida em que a publicidade torna efetiva a participação no controle das decisões judiciais; trata-se de verdadeiro instrumento de eficácia da garantia da motivação das decisões judiciais. 
 
A publicidade em processos eletrônicos tem as suas peculiaridades. Com o objetivo de dar efetividade ao § 6º do art. 11 da Lei nº 11.419/2006, o CNJ editou a Resolução nº 121/2010, cuja leitura é recomendável. 
 
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO: a Convenção Americana de Direitos Humanos, Pacto de São José da Costa Rica, no art. 8º, 1, prevê que “Toda pessoa tem o direito a ser ouvida com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem os seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza”. 
 
A República Federativa do Brasil é signatária desse Pacto, que adquiriu eficácia no plano internacional em 18.7.1978. O Congresso Nacional editou o Decreto 27, de 26.5.1992, aprovando o seu texto. O Governo Federal depositou, em 25.9.1992, a Carta de Adesão ao mencionado pacto. Com a ulterior publicação do Decreto 678 (9.11.1992), o Pacto de São José da Costa Rica foi promulgado e incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro. O procedimento de incorporação do tratado foi respeitado em seus mínimos detalhes. 
 
Estávamos, pois, diante de norma constitucional, que impunha a decisão judicial em prazo razoável. Concluía-se, portanto, que, também em nosso país, o direito ao processo sem dilações indevidas, como corolário do devido processo legal, vinha expressamente assegurado ao membro da comunhão social por norma de aplicação imediata (art. 5º, § 1º, CF). Decorreria esse direito fundamental, ainda, dos princípios da inafastabilidade e da proteção à dignidade da pessoa humana. 
 
A EC nº 45/2004, que reformou constitucionalmente o Poder Judiciário, incluiu, então, o inciso LXXVIII, no art. 5º, CF, com a seguinte redação: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. A mesma emenda constitucional acrescentou a alínea “e” ao inciso II do art. 93, CF, estabelecendo que “não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão”. 
 
Processo devido é, pois, processo com duração razoável. 
 
A Corte Europeia dos Direitos do Homem firmou entendimento de que, respeitadas as circunstâncias de cada caso, devem ser observados três critérios para se determinar a duração razoável do processo, quais sejam: 
 
a complexidade do assunto; 
o comportamento dos litigantes e de seus procuradores ou da acusação e da defesa no processo; c) a atuação do órgão jurisdicional. 
 
Atentar, ainda, para o teor dos arts. 4º e 6º, CPC. 
 
IGUALDADE PROCESSUAL (PARIDADE DE ARMAS): os sujeitos processuais devem receber tratamento processual idêntico; devem estar em combate com as mesmas armas, de modo a que possam lutar em pé de igualdade. Chama-se a isso de paridade de armas: o procedimento deve proporcionar às partes as mesmas armas para a luta. 
 
A garantia da igualdade significa dar as mesmas oportunidades e os mesmos instrumentos processuais para que possam fazer valer os seus direitos e pretensões, ajuizando ação, deduzindo resposta etc.. 
 
O processo não pode ensejar apenas o contraditório formal, mas, sim,o material. Neste sentido substancial, o princípio da igualdade confunde-se com o devido processo legal substancial. 
 
O princípio da igualdade processual impõe a criação de uma série de regras processuais adequadas às particularidades de cada sujeito do processo. Neste sentido, a igualdade processual confunde-se com a adequação subjetiva do processo. 
 
Atentar para o teor do art. 7º, CPC. 
 
COOPERAÇÃO: os princípios do devido processo legal, da boa-fé processual e do contraditório, juntos, servem de base para o surgimento de um outro princípio do processo: o princípio da cooperação. O princípio da cooperação define o modo como o processo civil deve estruturar-se no direito brasileiro. Esse modelo caracteriza-se pelo redimensionamento do princípio do contraditório, com a inclusão do órgão jurisdicional no rol dos sujeitos do diálogo processual, e não mais como um mero espectador do duelo das partes. 
 
O contraditório volta a ser valorizado como instrumento indispensável ao aprimoramento da decisão judicial, e não apenas como uma regra formal que deveria ser observada para que a decisão fosse válida. A condução do processo deixa de ser determinada pela vontade das partes (marca do processo liberal dispositivo). Também não se pode afirmar que há urna condução inquisitorial do processo pelo órgão jurisdicional, em posição assimétrica em relação às partes. 
 
Busca-se uma condução cooperativa do processo, sem destaques a algum dos sujeitos processuais. A propósito, fundamentalmente, do papel do juiz, atentar a doutrina aponta os deveres de esclarecimento, consulta (art. 10, CPC), prevenção (arts. 76, 321, 932, p. único, CPC) e auxílio (art. 7º/15). Atentar para o teor do art. 6º, CPC. 
 
ORDEM CRONOLÓGICA DE JULGAMENTO: trata-se de meio de promoção da duração razoável do processo e de respeito à impessoalidade, tomando como parâmetro de controle a data de conclusão dos autos para sentença ou acórdão. Para fins de fiscalização, a lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório ou secretaria e na rede mundial de computadores. O legislador, porém, optou por consignar algumas exceções no seu § 2º, feitos que não precisarão obedecer à ordem cronológica de julgamento. 
 
Atentar para o fato de que a Lei 13.256/2016, ainda durante o período de “vacatio”, alterou a redação do “caput” do art. 12, CPC, para inserir a palavra “preferencialmente”, o que representa a ausência de obrigatoriedade de obediência à referida ordem. Mais ainda, estamos diante de verdadeira regra, e não de um princípio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões 
 
1. A respeito da parte geral do Código de Processo Civil de 2015 e das suas normas fundamentais, assinale a alternativa correta: 
 
A solução consensual dos conflitos, apesar de permitida pelo Código de Processo Civil de 2015, não é incentivada nem considerada como papel fundamental do Poder Judiciário. 
Alternativa A) Ao contrário do que se afirma, a solução consensual dos conflitos deve ser estimulada durante todas as fases do processo judicial e por todos os que nele atuam. Neste sentido, a lei processual é expressa: "Art. 3º, §3º, CPC/15. § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial". Afirmativa incorreta.
pois é exatamente o inverso que apregoa o NCPC. Segundo o art. 3º, § 3º, do NCPC, "a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do MP, inclusive no curso do processo judicial".
 Incorreta
É direito das partes obter a solução integral do mérito, o que se considera cumprido sempre ao final da fase de conhecimento do processo civil. 
	B) É certo que é direito das partes obter a solução integral do mérito, mas nem sempre esta será obtida ao final da fase de conhecimento, mas, tão-somente, após a fase de cumprimento de sentença/de execução. A respeito, dispõe o art. 4º, do CPC/15: "As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa". Afirmativa incorreta.
	incorreta, primeira parte correta, assim OBS art 4 ,uma vez que nem sempre a solução integral do mérito será obtida ao final da fase de conhecimento, como no caso de uma execução. Além do mais, dispõe o Enunciado 372 do FPPC (Fórum Permanente de Processualistas Civis): O art. 4º (do NCPC) tem aplicação em todas as fases e em todos os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a sua correção.
 Mérito no processo de execução cumprimento de sentença execução de titulo extrajudicial rápido temos outros dispositivos art 319 três parágrafos 
Pode requerer diligencias para completar dados para citação e art 319cpc e 932 PU art 932 poderes de relator decisão sem necessidade de orago colegiado , e STF assim reconheceu 
O prazo de 5 dias previsto no paragrafo único do arti 932 CPC 2015 só se aplica aos casos em que seja necessário sanar vícios formais como ausência de procuração ou de assinatura , e não à complementação da fundamentação . Assim , esse dispositivo não incide nos casos em que o recorrente não ataca todos os fundamentos da decisão recorrida isso porque ,nesta hipótese seria necessária a complementação das razoes do recurso , o que não é permitido STF 1 turma ARE 953 , 221 AGR/SP rel min Luiz Fux J 7 . 6. 2016 INFO 829.
De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, a cooperação processual é norma que vincula apenas as partes que integram a relação jurídica processual. 
incorreta pela inclusão da palavra "apenas" na assertiva. De acordo com o art. 68 do NCPC, "os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual".merito deve ser enfrentado art 3,4 e 319 CPC 
art 6 todos os sujeitos 
O princípio da cooperação indica que todos aqueles envolvidos no processo - e não apenas as partes - deverão direcionar seus esforços para que o processo alcance os seus objetivos e para que isso ocorra em tempo razoável. Neste sentido, dispõe o art. 6º, do CPC/15: "Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva". Afirmativa incorreta.
Significado de cooperação dever de prevenção esclarecer 
Juiz ao determina indica precisão o que precisa ser emendado e completado , agora carinho vamos desempenhar racimo de cooperação e dever de cooperação pratica de cooperação fatos verdadeiros não se postula por provas inúteis e sera cooperar 
E todos desempenham seus papeis 
Em nenhuma hipótese pode o juiz proferir decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida, o que demanda revisão de temas do direito processual, como a tutela provisória. 
E os pleitos liminares poderão ser decididas por pleitos liminares própria tutela concedida liminarmente 
BASE ART 311 
É certo que o art. 9º, do CPC/15, dispõe que "não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida", porém, este dispositivo traz algumas exceções a esta regra em seu parágrafo único, senão vejamos: "O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701". A exceção trazida pelo inciso II corresponde a duas hipóteses em que o juiz está autorizado a conceder a tutela da evidência, quais sejam, quando "as alegações de fato puderem ser comprovadasapenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante" e quando "se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa"; 
enquanto a exceção trazida pelo inciso III corresponde à tutela da evidência concedida no rito da ação monitória. Afirmativa incorreta.
 Acao monitoria inicial de acao monitoria isso liminarmente contraditório diferido postergado em razao de pleitos liminares assim,  incorreta, já que há sim hipóteses do Magistrado proferir sentença inaudita altera parte, como nos casos de improcedência liminar do pedido, contidos no art. 332 do NCPC.
 Hipóteses excepcionadas 
E) Não pode o juiz, em grau algum de jurisdição, decidir com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
 Alternativa É o que dispõe, expressamente, o art. 10, do CPC/15: "O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício". Afirmativa correta.
Gabarito do professor: Letra E. Letra E: CORRETA, consoante art. 10 do NCPC.
Improcedente liminarmente 487 pu ambos intitutos não precisa ouvir as partes a respeito sem necessita aplica artigo 10 e escuta as partes Parte superior do formulário
Se juiz deixa para reconhecer prescrição e decadência 
E tramite procedimental terá de cumpri artigo 10 e ouvir partes antes 
Art 487 C/c paragrafo 1art 332, improcedência liminar do pedido 385A antigo, julga e tem de ver ocorrência de decadência e prescrição 
Esse institutos não serão reconhecidos sem oportunidade de se manifestar e 487 paragrafo único na forma mencionada e ressalvada caso de aert 332 paragrafo 1 sim possível reconhecer liminarmente toda via , se eu tiver de reconhecer prescricao de decadência no tramite procedimental será aolicado artigo 10 e tenho de ouvir as parte processo dialogado compartilhado e juis não é dono do processo todos devem cooperar e papel fundamental e tem também autor parte re Mp e e defensoria e procurador do estado todos. 
2. Caio move ação em face de autarquia federal. O feito é contestado e, depois, o juiz federal verifica, de ofício, que o lapso de tempo prescricional previsto em lei foi ultrapassado, embora nada nos autos loque ou refira o assunto. O Juiz: 
 
Deve julgar o processo extinto sem resolução do mérito. 
Deve julgar o pedido improcedente, tendo em vista que a prescrição pode ser reconhecida de ofício. 
Deve ser dada às partes oportunidade de manifestação. 
A hipótese, no novo CPC, é de carência de ação. 
Não conhecerá da prescrição, diante da omissão da defesa. 
É certo que a prescrição pode ser reconhecida e declarada de ofício pelo juiz (art. 487, II, CPC/15), porém, antes de extinguir o processo com base neste fundamento, deve conceder às partes oportunidade para se manifestarem a respeito (art. 487, parágrafo único, CPC/15). Este entendimento está pautado no que dispõem os seguintes dispositivos da lei processual: "Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz: (...) II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; (...) Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do §1º do art. 332 [improcedência liminar do pedido pelo reconhecimento de decadência ou prescrição], a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se"; "Art. 9º, caput, CPC/15. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida"; e "Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício".
Gabarito do professor: Letra C.
 Com todo o respeito às opiniões dos colegas, acredito que o gabarito da questão esteja correto (alternativa "C" - Deve ser dada às partes oportunidade de manifestação), mas o fundamento esteja equivocado.  
A prescrição é instituto de direito material, também regulado no CC/02, o qual expressamente admite a renúncia à prescrição (expressa ou tacitamente – vide arts. 191 e 882 do CC/02).
Admitir que o magistrado possa intimar as partes para se manifestarem sobre a existência de prescrição, caso o réu, em sua contestação, mantenha-se silente, seria negar a possibilidade de renúncia tácita ao réu, o que contraria a disposição legal sobre o tema no CC/02.
Ocorre que, na excepcional situação narrada na questão, trata-se de direito indisponível (não cabe renúncia, pois a parte demandada é uma autarquia). Aplica-se ao caso o princ. da indisponibilidade do interesse público, conforme entendimento consagrado no STF e no STJ:
RENÚNCIA. PRESCRIÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. Não há como se entender que haja renúncia tácita de prescrição já consumada em favor da Fazenda Pública, pois, conforme o princípio da indisponibilidade dos bens públicos, isso só pode dar-se mediante lei. (...) Com esse entendimento, destacado entre outros, a Turma negou provimento ao especial. Precedente citado do STF: RE 80.153-SP, DJ 13/10/1976 (STJ, REsp 747.091-ES, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 8/11/2005).
Assim, caso o réu, na questão, fosse um particular, a assertiva correta seria a  "e" ("Não conhecerá da prescrição, diante da omissão da defesa").
Tratando-se o réu de uma autarquia e sendo caso de direito indisponível, deverá o magistrado intimar as partes para que se manifestem sobre a prescrição, para só então, proferir a decisão, em respeito ao contraditório material (vedação da decisão-surpresa).
É o que se extrai das lições de Fredie Didier, para quem:
"Entendemos que a regra decorrente do § 1o do art. 332 e do inciso II do art. 487, CPC, deve ser aplicada apenas para o reconhecimento de prescrição envolvendo direitos indisponíveis, em nenhuma hipótese em sentido desfavorável àqueles sujeitos protegidos constitucionalmente (consumidor, índio, idoso e trabalhador).
Para quem admite a possibilidade de o magistrado conhecer de ofício de prescrição relativa a direito disponível, é preciso fazer ainda uma advertência: o magistrado somente poderá fazê-lo até a ouvida do réu. Após a apresentação da resposta pelo réu, o magistrado deve esperar a sua provocação. Como se trata de um direito do réu, não há sentido em conferir-se ao magistrado o poder de exercitá-lo em nome do demandado, que, estando em juízo e podendo exercê-lo, não o exerceu. Seria um esdrúxulo caso de legitimação extraordinária conferida ao magistrado para tutelar direito subjetivo de uma das partes. Parece que essa é a única interpretação que compatibiliza as regras materiais (art. 191 e 882, Código Civil) e processuais da prescrição - partindo da premissa de que ela pode ser reconhecida ex oficio em qualquer caso".
 Prescricao pode ser reconhecida de oficio e fazer dar as partes oportunidade de se manifestar ARTS CPC 10 332 e 347 PU momento procedimental foi depois de contestação 
Competência cai muito .
3. Considerando as normas fundamentais do processo civil dispostas no Código de Processo Civil (Lei nº 
13.105/15), assinale a alternativa INCORRETA. 
 
Em razão da colaboração, todos os sujeitos que atuam no processo, inclusive o juiz, devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. 
Alternativa A) É o que dispõe o art. 6º, do CPC/15: "Todos os sujeitos do processo devem cooperar ...
Autor: Denise Rodriguez , Advogada, Mestre em Direito Processual Civil (UERJ)
Alternativa A) É o que dispõe o art. 6º, do CPC/15: "Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva".Afirmativa correta.
a) Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
 
A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público. 
Alternativa B) É o que dispõe, expressamente, o art. 3º, §3º, do CPC/15: "A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial". Afirmativa correta.
) Art. 3º [...]
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Mentalidade de P civil mudou 
Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e econômicos e às exigências do bem comum, zelando pela promoção da dignidade da pessoa humana. 
Alternativa C) Dispõe o art. 8º, do CPC/15, que "ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência" (grifo nosso), não havendo menção ao atendimento dos fins econômicos. A afirmativa foi considerada incorreta por não corresponder à redação exata do dispositivo legal transcrito. Afirmativa incorreta.
Não é tarefa de magistrado buscar fins econômicos seria tempo , e redação e artigo 8 , fins sociais , art 4 e 5 lindb 
Pelo princípio da publicidade, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos. Todavia, tramitam em segredo de justiça os processos em que o exija o interesse público ou social. 
Alternativa D) A regra da publicidade dos processos está contida no art. 11, do CPC/15, nos seguintes termos: "Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único.  Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público". Esta regra é repetida pelo art. 189 da mesma lei processual, que traz, também, as suas exceções, senão vejamos: "Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social;
 II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
 III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
 IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo". 
Conforme se nota, a exigência do segredo por interesse público ou social constitui, sim, uma das exceções à aplicação do princípio da publicidade. Afirmativa correta.
O julgamento segundo a ordem cronológica de conclusão pelos juízes e tribunais é de atendimento preferencial. 
 E) Dispõe o art. 12, caput, do CPC/15, que "os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão (grifo nosso)". Quando o CPC/15 foi publicado, esta regra trazia um dever aos juízes, dispondo que os juízes 'deveriam obedecer' à ordem cronológica, porém, a palavra "preferencialmente" foi inserida em seu texto, logo após, pela Lei nº 13.256/16. Afirmativa correta.
Art 153CPC 
4. Sobre os princípios dispostos no novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), assinale a alternativa correta. 
 
O CPC/2015 reforça a exigência de contraditório prévio, ainda que se trate de matéria que o juiz deva conhecer sem a necessária provocação dos litigantes. 
Alternativa "A": correta. De acordo com o art. 10, CPC/2015, No juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se mani- festar,· ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de Nas palavras de Zulmar Duarte, unâo há mais espaço para decisões so!ipsistas, por assim dizer, em que as questões ou perspectivas consideradas não restam submetidas ao contraditório prévio das partes. O magistrado não pode se considerar como sujeito isolado na cadeia processual. Seus atos processuais dependem e pressupõem os atos das partes, numa contínua relação dialética, em que a síntese, ainda que superadora, não se separa da tese e da antítese apresentadas"1• 
O princípio da boa-fé processual é destinado às partes e aos advogados. 
Alternativa "B": incorreta. O princípio da boa-fé processual estava disposto no art. 14, CPC/73, mais preci- samente no capítulo que tratava dos deveres das partes e dos procuradores. Apesar da localização topográfica, já se entendia que tal principlo tinha aplicabllidade a todos os que participassem do processo (juiz, partes, advogados, terceiros, da justiça, Ministério Público etc.). O art. 5°, CPC/2015, traduz esse entendimento ao elenca-lo no capítulo relativo às normas fundamentais do processo civil. 
Boa fe para todos que de qualquer forma participa do processo pena de termos violações que deverão ser punidas art 5 todos aqueles que de alguma forma participe do processo multa superior a 1% valor da causa indenizar parte contraria e arca com honorários e despesas . 
O princípio da primazia do julgamento do mérito não conta com previsão na nova lei processual civil, que se contenta com decisões terminativas. 
Alternativa "C": incorreta. t exatamente o contrário. A primazia do julgamento do mérito (ou princípio da primazia da decisão de mérito) é reforçada por diversos dispositivos do CPC/2015, Exemplos; arts. 4°; 6°; 76; 139, IX; 317; 321; 485, § 7°; 488, 932, parágrafo único; 1.029, § 3°. De acordo com esse principio "deve o órgáo julgador priorizar a decisão de mérito, tê-la como objetivo e fazer o possível para que ocorreu. 
932PU 
O princípio da cronologia é de observância obrigatória tanto para os juízes e tribunais, quanto para o escrivão ou chefe de secretaria. 
Alternativa "D": incorreta. A ordem cronológica de julgamento, segundo a redação original da Lei 13.105/2015, dispunha que os juízes e tribunais deve- riam obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Tal dever incumbia também ao escrivão e ao chefe de secretaria. Contudo, a Lei 13.256/2016 modificou a redação dos arts. 12 e 153, CPC/2015, e o que era obrigatório passou a ser preferencial. 
O princípio dispositivo vincula o julgador no que diz respeito aos limites da instrução do processo. 
SOMENTE NA PROPOSITURA DA DEMANDA ENAO NA parte instrutória nos limites objetivos e3 subjetivos propositura em si art 2 iniciativa da parte principio dispositivo art 370 finaliza com comentários ate chegarmos a prestação de tutela exercício de direito de acao e é direito constitucional vou busca judiciário e provoca sua atuação busca pelo judiciário e p dispositivo esatado não pode proferi decisão utroa extra ou citra petita decidi além aquém ou fora d epedido menos abracar sujeitos que não facão parte alerm de necessidade de se propor demanda depois esdo juiz fica vinculado a pedidos e sujeitos art 141 e também artigo 492 proibido proferi decisão de decisão diversa da pedida ou objeto diverso do demandado alternativa fala de instrução de processo e nos chamamos poderes instrutórios tem de provar o alegado quem alegar e não provar igual nada alegar prprio magistrado de oficio produção de provas art 130 não determina por pessoas na instrução não principio inquisitivo produção de provas de oficioNota do autor: a visão neoprocessua!ista resta
evidente no CPC/2015. Enquanto o CPC/73 trazia os prin- cípios de forma esparsa, o legislador moderno, atento ao modelo constitucional de processo civil e ao reconhe- cimento da carga normativa dos princípios, optou por condensá-los no Capítulo J, Título único, Livro I, Parte Geral, arts. 1° ao 12. O princípio do devido processo lega! {art 5°, LIV, CF), por exemplo, sintese de todo o necessário para que a prestação jurisdicional seja justa e adequada, está destacado no art. 1°, CPC/2015. O princípio da razo- ável duraçao do processo (art. 5°, LXXVlll, CF) possui disposiçao expressa no art. 4°, CPC/2015. Ainda, o princípio do contraditório {art. 5°, LV, CF), marcado por urna visão moderna que idealiza o contraditório participativo e valoriza o princípio da cooperação no processo, consa- gra-se na previsão do art. 9°, CPC/2015, ao determinar que o juiz deve intimar as partes antes de decidir até mesmo questões de ordem pública (as chamadas decí- sões de terceira via). Além disso, o princípio da inafasta- bllidade da jurisdição, também conhecido como prin- cípio do acesso à justiça {art. 5°, X'/.J0.J, CF), encontra-se prenunciado no caput do art. 3°, CPC/2015. Em suma, os arts. 1° a 11 elencam uma série de princípios - alguns já dispostos no texto constitucíonal - que traduzem a forma contemporânea de pensar sobre o processo civil: à luz do texto constitucional. Não é por outra razão que o art. 1° do CPC dispõe que "o processo cívil será ordenado, disçi- plinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da Repú- blica Federativa do Brasll, observando-se as disposições deste Código''.
 
5. A principiologia no Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) permite concluir que: 
 
O art. 7º, CPC/2015, assegura às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, de modo que não se pode mais falar em prazo diferenciado para a prática de ato processual por parte da Fazenda Pública ou do Ministério Público. 
O Nota do autor: sobre a postergação do contradi- tório, preclosa é a lição de Zulmar Duarte, para quem as situações capituladas pelo parágrafo do art. 9°, CPC/2015, são exceções e assim merecem ser interpretadas, interrompem a consequencialidade lógica do sistema processual fundado no contradltório"3• Alternativa "A": incorreta. "Por mais paradoxal que possa parecer, o tratamento distinto é, em alguns casos, a principal forma de igualar as partes'". Apesar das várias críticas da doutrina às prerrogativas processuais conferidas à Fazenda Pública, o legislador do CPC/2015 manteve a regra do prazo diferenciado, aplicando-a, também, ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Não há mais, contudo, dicotomia entre o prazo para contestar e o prazo para recorrer (art. 188, CPCi73)'. Nos termos dos arts. 180, 183, 186, o prazo para todas as mani- festações processuais do Mlnlstério Público, da Fazenda Pública e da Defensoria Pública será contado em dobro. Exemplo: se o prazo regular para contestar é de 15 dias (art. 335), para tais entes será de 30 dias. Atentar, porém, para os prazos simples expressamente previstos, ou seja, que não se contam em dobro, a exemplo daquele previsto para a Fazenda Pública, querendo, impugnar o cumprimento de sentença que reconheça a exiglbllidade de obrigação de pagar quantia certa contra si (art. 535, CPC/2015). bem como o prazo para o Ministério Público, querendo, manifestar-se nos procedimentos especiais de jurisdição voluntâria {art. 721, CPC/2015). 
Parte final iguala tudo não mais se falando em prazo diferenciado 
Tudo em dobro dispositivos do MP defensoria, MP como fiscal de ordem jurídica prazos próprios estabelecidos no ordenamento MP quando atuar como fiscal intimado par ano prazo de 30 dias intervi como fiscal de ordem jurídica e processos de interesse publico e litigio coletivo posse de terra rural urbana art721 15 dias prazo proprio prazo em dobro 180 e 182 ADV publica defensoria 
Iguais de forma igual e desiguais de forma desigual , 
O art. 5º (boa-fé processual) está relacionado à boa-fé subjetiva, ou seja, à existência de boas ou más intenções por parte dos sujeitos do processo. 
 Alternativa "B": incorreta. "A boa-fé subjetiva é elemento do suporte fático de alguns fatos jurídicos; é fato, portanto. A boa-fé objetiva é uma norma de conduta: impõe e proíbe condutas, além de criar situações jurídicas ativas e passivas {...].O art. 5° do CPC não está relacio- nado à boa-fé subjetiva, à intensão do sujeito processual: trata-se de norma que impõe condutas em conformidade com a boa-fé objetivamente cOnsiderada, independente- mente da existência de boas ou más 
Intenções 
Boas ou mas intenções 
O princípio da dignidade da pessoa humana só tem aplicação no processo civil em situações nas quais haja necessidade de se resguardar, através do processo, os direitos dos litigantes que estejam em situação de vulnerabilidade. 
Alternativa "C": incorreta. O art. 8°, CPC/2015, deter- mina que, no processo civil, deve o julgador resguardar e promover a dignidade da pessoa humana. A proteção a esse princípio não se restringe à situação descrita no enunciado da assertiva, pois o comando legal - e
também constitucional (art. 1°, !li, CF}- dirige-se à regu- lação do Estado com o indivíduo, independentemente de qua! situação esse indivíduo se encontre no processo. 
Dignidade da pessoa humana uma coisa só 
É possível que o juiz postergue a manifestação da parte contrária em ação monitória quando evidente o direito do autor. 
Alternativa "O": correta. O art. 701, CPC/2015, dispõe que"sendp evidente o direito do autor, o juiz defe- rirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dlas para o cumprimento e o pagamento de honorários advo- catícios de cinco por cento do valor atribuído à causa''. Essa decisão pode ser proferida sem a prévia oitiva da parte contrária (art. 9", parágrafo único, !li, CPC/2015). Trata-se de uma exceção ao contraditório prévio. 
Sim evidente direito de autor reproduz inciso III PU ,expede d eplano Mandadod e pagamento e ou entrega coisa 
Em razão das máximas iura novit curia e da mihi factum dabo tibi ius, constitui tarefa privativa do juiz a aplicação do direito, independentemente da sua arguição pelas partes, cabendo a estas últimas apenas a alegação dos fatos. Quer isso dizer que o contraditório somente alcança as questões de fato, não sendo necessário para as questões de direito. 
Gabarito D 
Narrame fatos que te dou direito tarefa privativa aplicação de direito independente de arguicaod e partes a essas apenas alegação de fatos ? errrrrouuuu
NÃO necessário a questões sede de atuação do judiciário sem sobra de duvidas atuação privativa de juiz além de jurisdição , de direito 
Doutrinariamente não é jurisdição arbitragem mas para jurisprudência não é equivelente jurisdicional mas sim jurisdição voto de ministra fatima nanci andrig nada impede e proprio art 3 assim diciplina tras la e permitida arbitragem e trata de inafastabilidade exercício de função jurisdicional como muitos dispositivos são repetição do que já esta na CF art 93 IX o que ela tras de errado não so essa questão resovida mas também de que própria alternativa fala que contraditório somente alcanquestaod e fato ano sendo necessário a de direito exigir quem alega direito municipal estadual estragero e consuetudinário demonstre existência e esteja sendo aplicado direito juiz tem de conhecer mas se for alegado um desses direitos parte demonstre seu teor e sua vigência contraditório vale as fáticase as de direito , 
Jurisdição e acao teoria geral do processos e na acao ser abordagem aprofundada questões que nos debruçamos e prepara aula cai sim memo não tendo tanta frequência agora acao cai mais mas não com mesma incidência de n fundamentais e usamos 5 encontros jurisdição e acao será 6 questoes importantes elementos no 4 periodo na grade de universidade e terceiro elemento tri pe processo jurisdição acao e processo pdlo processo e pela defesa defesa no conceito de cao e será corrente desse tripé provoca jurisdição e me manifeste no processo esse tripé nisso ppressuposto de existência negativos Cj litispendência arbitragem 
Por favor me envie material teórico de processo 
O Nota do autor: a próxima questão versa, basicamente,
sobre jurisdição, que deve ser .entendida, hodierna- mente, como a função atribuída a um terceiro imparcial de concretizar o direito de forma imperativa e criativa, reconhecendo, efetivando e protegendo situaçôes jurí· dicas deduzidas concretamente com aptidão para se tornar imutável". No entanto, a jurisdição não é consi- derada função atribuída tão somente ao Estado, haja vista que a arbitragem se equipararia a esta atividade. Como preferem alguns autores, porém, e em sua maioria, a arbitragem apresenta-se como "equivalente jurisdi- cional': A propósito do tema, ·afirma Marcus Vinicius Rios
Gonçalves24 que "a sentença arbitral terá os mesmos efeitos que a produzida pelo Poder Judiciário, inclu- sive o da coisa julgada material, constituindo ainda, se condenatória, título executivo Écerto que existe importante parcela da doutrina que defende a natureza jurisdiconal 
da arbitragem. Para essa corrente - defen- dlda também pelo STP5 - , a jurisdição se divide em juris- dição estatal e jurisdição privada, sendo esta exercida através da arbitragem. Há quem advogue, entretanto, que não se deve confundir o juiz e o árbitro, por mais que se confira à sentença arbitral os mesmos efeitos confe- ridos à sentença emanada do Poder Judiciário, pois, por vezes, o árbitro, particular contratado pelas partes, resol- verá o conflito que lhe foi !evado sem nem mesmo se ater à legalidade. 
6. Sobre a jurisdição, assinale a assertiva correta levando-se em consideração a sistemática processual vigente (CPC/2015). 
 
Os procedimentos de jurisdição voluntária não fazem coisa julgada.
Resposta: "C':
Alternativa "A": incorreta. O art. 1.111, CPC/73, cons- tante do título que tratava dos procedimentos de juris- dição voluntária, previa o seguinte: "A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias Esse dispo- sitivo não encontra correspondência na legislação de 2015, devendo ser inte.rpretado, o silêncio, como uma opção do legislador pela corrente jurisdicionalista. Vale lembrar que a corrente doutrinária "administrativlstan defende a natureza administrativa dos procedimentos de jurisdição voluntária, por acreditar que não hâ lide, não há partes (mas interessados) e que o juiz participa do processo como um mero administrador público de interesses privados. Já a corrente njurisdlcionalistan utiliza como principal argumento, para conferir
reza jurisdicional a esses procedimentos, o fato de que a inexistência de conflito de interesses não impede que se criem litígios. Para Fredie Didier•%, a propósito, "a decisão proferida em sede de jurisdição voluntária tem aptidão para a formação de coisa julgada. Nada no CPC aponta
em sentido contrário_ Se até mesmo decisões que não examinam o mérito· se tomam indiscutíveis (art. 436, § 1", CPC), muito mais razão haveria para que decisões de mérito proferidas em sede de jurisdição voluntária também se tornassem indiscutíveis pela coisa julgada  material
atenção não tem mais fazem sim cj não rmos mais odispositivo que falava o contrario 
não seriam nem jurisdição nem teriam voluntariedade muito menos lide seria interesses e responsabilidade de situação interdição e homologa situação interessa ao estado ma snao no intuito de resolução e sim dar resposta homologa interesses assim como separação divorcio consensual ato jurisdicional em si não tem nada e receber beneficio previdência rio busca judiciário art 25 lei 9099 não tem autorização de partes para julga por equidade e mesmos critérios de juiz arts 5 e 6 não preciso autorizar partes algo incomum árbitros em sede de JEC não precisa de autorização e partes 
 
Nos juizados especiais cíveis, desde que haja prévia autorização das partes, o árbitro pode julgar por equidade.
Alternativa "B": incorreta. Segundo o art. 25, Lei 9.099/95, não é exigida a autorização das partes para que o árbitro julgue por equidade:"o árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do juiz, na forma dos arts. 5° e 6°, podendo decidir por 
 Equidade 
 C) O Novo Código de Processo Civil brasileiro, seguindo a orientação do direito moderno, não mais prevê a exigência da identidade física do juiz. 
Alternativa "(": correta. O princípio da identidade física do juiz significava que o juiz que colheu provas orais na audiência deveria julgar a causa, ressalvados os casos de convocação, licença, afastamento, promoção ou aposentaria, nos quais os autos eram passados ao seu sucessor (art. 132, CPC/73). Diante do desgaste e da dificuldade operacional deste principio, o CPC/2015 nâo reproduziu o dispositivo, para o qual não há, portanto, correspondente. Exceto quando era convocado licenciado afastado  
Desgaste operacional muito grande nesse trabalho legislativo houve reforço de abolir não fazia sentido esse principio instrução fica vinculado exceto situações de licença convocação afastamento rotatividade grande e juízes pouco tempo nas comarcas atendendo necessidade , manter dispositivo como esse , e período historio , hoje é outro de CPC 73 que sofreu muitas reformas principalmente em 94 
Obs se pergunta se poderei identifica algumas de reformas pontuais de CPC revogado , 
Ação monitoria 1.102 e cumprimento de sentença e também de lembrança de tutela antecipada 273cpc antigo 
As condições da ação, de acordo com o Novo Código de Processo Civil, são: a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e a legitimidade. 
Alternativa "O": incorreta. O CPC/2015 não se vale mais da expressão condições da ação': Além disso, a Possiblidade jurídica do pedido passa a ser tratada como matéria de mérito, reforçando o entendimento doutrinário e jurisprudencial no sentido de que a constatação de pedido juridicamente impossível deve levar à extinção do processo com resolução do mérito, como se infere das hipóteses de improcedência liminar do pedido
consagradas no art. 332, CPC/2015. Ademais, há doutri- nadores que passaram a tratar a legitimidade e o interesse como pressupostos processuais.
Matéria de mérito afirma que pedido juridicamente impossível seria improcedência de pleito questão de mérito remanesce legitimidade de partes e interesse de agir constata e tem fal ta de interesse será extinto feito sem apreciação de mérito estão no CPC , termo condição não mais mencionado , temos mas nao titulo 
Libman criou condições de acao e na teoria eclética esse papel de uma ou outra teoria é de doutrina para exame de mérito condição de acao presentes feito extinto e libman quando de edição de manual já retirou possibilidade jurídica de pedido como condição de acao alteração legislativa e coloca possibilidade jurídica de pedido no interesse de agir buscar judiciário mérito analizado condição presentes possibilidade juridic ade pedido matéria meritória artigo 332 improcedencia liminar de pedido e doutrina aponta que todos pelitos que afrontem contrariem sumulas de supremo e stj acordaos de id iac afrointem são considerados impossíveis considerados improcedentes 
A autotutela – forma mais antiga de solução dos conflitos, constitui-se,fundamentalmente, pelo sacrifício integral do interesse de ambas as partes envolvidas no conflito em razão do exercício da força (imposição da vontade) pela parte vencedora. Trata-se de solução vedada, por inteiro, nos ordenamentos jurídicos civilizados, podendo ser amplamente revista pelo Poder Judiciário. 
Auto tutela transacao renuncia reconhecimento jurídico de pedido e temos julgamentos de conflitos por tribunais adm e julgamentos do CADE tribunais de contas e arbitragem também equivalente jurisdicional e será arbitragem jurisdição resquícios auto tutela e será mecanismo mais primitivo e temos auto tutela em ordenamentos de países civilizados e estado não pode estar em todo lugar d cidadão aja sem estado atuar desforço imediato sem estado venha de direito de greve e desforço imediato 
 E não reconhecimento jurídico d epedido sacrifício integral e se reu for reconvinte e pode vir fala reconheço e em razao de forca pela parte vencedora mas não sacrifício integral de ambas não é vedado por inteiro 
 
7. O princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional: 
 
decorre da vedação ao non liquet. 
O Nota do autor: a questão trata do princípio da
inafastabilidade do exercício da função jurisdicional, previsto no art. 5°, XXXV, CF, e reproduzido no art. 3°, CPC/2015, segundo o qual Nnão se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito''. Houve a consa- gração, em sede infraconstitucional, do direito funda- menta! de ação, de acesso ao Poder Judiciário. Neste particular, existem 2 (duas) exceções13, pelo menos, que 
podem ser lembradas: a necessidade de esgotamento da via administrativa para a resolução das questões despor- tivas (art. 217, § 1°, CF) e a mesma necessidade prévia de recusa adminístrativa em relação ao habeas data (Súmula 2, STJ). Atenção: o CPC/2015 inverteu as expressões "lesão e "ameaçad (na CF, a lesão vem antes de ameaça; no novo texto processua! civil, consta o contrário). NA inv!2rsão, além de lógica (a ameaça normalrilente precede a lesão, ainda que instantaneamente), não deixa de chamar a atenção pelo prestigio assumido hodíema" mente pela tutela de urgência.
Correto não pode ele esta vedado art 140 CPC lacuna e obscurisdade no ordenamento jurídico , principio de inafastabilidade judiciário da resposta , omissão tem que decidir e faz obs importantes alternativa A para questão de impetração de HD preciso de esgotamento de vias extrajudiciais , antes tem de obter dados adm e tem recusa segundo respeito aspecto isolado so nesse dispositivo previsto primero esgortamento em via adm de questão desportivas caso tem texto maior paragrafo1 cf e informação de esgotamento relaciona aos chamados benficios previdenciários conceder rever beneficio preciso esgota vias adm ou não 
Para concessão de benedicio previdenciário para que a acao judicial proposta seja conhecida é necessário que fique comprovado que A) o autor administrativamente o beneficio , mas este foi negado pelo INSS TOTAL ou parcialmente 
O AUTOR requereu administrativamente o Beneficio mas o INSS não deu uma decisão em um prazo máximo de 45 dias . 
O benficio pleiteado trata de matéria sobre a qual INSS tem de posição manifestamente contraria ao pedido feito pelo segurado .
Logo em regra é indispensável o prévio requerimento administrativo do beneficio no INSS obs não é necessário o esgotamento da via administrativa o segurado não precisa interpor recurso administrativo contra a negativa do pedido 
REVISAO regra não há necessidade de prévio requerimento administrativo 
Exceção será necessário prévio requerimento administrativo se o pedido envolver apreciação de matéria de fato .
Alternativa "A": correta. Non liquet é expressão que se traduz na proibição direcionada ao juiz de deixar de decidir as causas que as partes submetem à sua apre- ciação. A ideia também é extraída no art. 140, CPC/2015, segundo o qual "o juiz não se exime de decidir sob a
alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento 
jurídico 
relaciona-se com a autoridade da decisão judicial, que, uma vez transitada em julgado, se impõe independentemente da vontade das partes. 
Alternativa B": incorreta. A assertiva trata do princípio da inevitabilidade. NProvocada a jurisdlção e não sendo requerida desistência da ação ou implementada a causa de extinção sem julgamento do mérito, não será possível evitar que se profira sentença sobre a relação jurídica controvertida e que sobre essa sentença recaiam os efeitos da coisa julgada. Assim, se não concordar com a decisão, deve-se recorrer; caso contrário, as partes a ela ficarão sujeitas em caráter inevitável"'o· Em suma, a partir do momento em que a jurisdição é provocada, as partes se submetem à decisão jurisdicional independentemente de suas vontades. 
Inevitabilidade de ação jurisdicional 
Autoridade inevitável nada haver com principio da inevitabilidade decisão de orago jurisdicional 
aplica-se ao processo civil e significa a obrigatoriedade de o Juiz decidir todas as demandas que lhes são submetidas. 
	Alternativa"(": incorreta. Não deve ser imputado ao juiz que, obrigatoriamente, decida "todasN as demandas propostas, pols há casos em que sua competência, p.e., estará limitada a determinada matéria, sem contar as hipóteses de extinção do feito sem apreciação me.ritória (art.485, CPC/2015). 
Casos de competência delimitada e extinção de feito sem pareciacao meritória será deciditodas se for competente sim mas pode ser absolutamente imcpompetente caso de extinção sem apreciação de mérito 
permite ao julgador atuar fora dos limites definidos pelas regras de competência e de distribuição. 
Alternativa "D": incorreta. O fundamento é o mesmo da alternativa "C'. Há limites para a atuação juris- dlciona!, como as regras de competência dispostas na Constituição e na !ei processual. 
Há várias imposições constitucionais de esgotamento das vias extrajudiciais, dentre elas aquela relacionada às questões desportivas. 
 
 
 
 
 So temos artigo 217
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
 
01) E. 02) C. 
03) C. 04) A. 05) D. 
06) C. 07) A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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