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U N O PA R CO N TA B ILID A D E D O SETO R PÚ B LICO CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO UNIDADE 4 Nesta seção, o objetivo é mostrar ao aluno e ao leitor que não há distinção da entidade privada com a entidade pública, veremos que tanto no grupo do ativo, passivo e patrimônio líquido do ente público teremos igualmente os bens, direitos, obrigações e contas especiais do grupo do patrimônio líquido, mensurados e reconhecidos da mesma forma. Seção 1 | Patrimônio Público Objetivos de aprendizagem: Esta unidade dos nossos estudos será focada no patrimônio público e a sua divisão em grupos e subgrupos, verificaremos ainda alguns conceitos importantes para o entendimento do tópico contábil, bem como os reconhecimentos de contas ativas e passivas e a sua extinção. Apresentaremos ainda, nesta unidade de estudos, o atual plano de contas padrão na contabilidade aplicada ao setor público após as atualizações recentes, conforme normas padronizadas internacionais, que são de aplicação a todos os entes federativos e todos os poderes. Para encerrar a unidade contábil dos nossos estudos, demonstraremos diversos lançamentos de fatos típicos ou rotineiros aplicados ao setor público, para assim compreendermos ainda mais os subsistemas de informações já estudados e entender a lógica de registro do atual plano de contas brasileiro utilizado pela contabilidade aplicada ao setor governamental. Carla Patricia Rodrigues Ramos Unidade 4 PATRIMÔNIO PÚBLICO: ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 154 Na seção 2 desta unidade, vamos apresentar um esquema básico do plano de contas padrão do setor público, os seus principais grupos e subgrupos e também as principais contas do novo plano de contas padrão da administração pública brasileira que segue os exemplos internacionais de registro, os quais serão utilizados para a consolidação nacional a partir de 2014 e finalizando veremos alguns lançamentos de fatos típicos da contabilidade aplicada ao setor público. Seção 2 | Plano de Contas e Registros Patrimoniais Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 155 Introdução à unidade Vamos iniciar a nossa última unidade de estudo e aqui trataremos do patrimônio público e veremos que quando o assunto é patrimônio, tanto empresarial, quanto governamental, falamos de ativo, passivo e patrimônio líquido. Estudaremos os seus grupos e subgrupos e quais as contas que constam nesses grupos, trazendo conceitos importantíssimos para a compreensão da existência dessas contas em todos os grupos apresentados. Veremos o novo plano de contas padrão que foi instituído com as atualizações ocorridas devido às normas internacionais que impactaram mudanças tanto na área empresarial, como no campo governamental e assim, a contabilidade aplicada ao setor público não pode ficar de fora. Ao final da unidade de estudo, teremos exemplos de lançamentos de fatos típicos que ocorrem repetidamente em uma entidade governamental e com isso estaremos estudando a escrituração da contabilidade aplicada ao setor público e o seu funcionamento com todos os subsistemas de informações existentes nas Normas de Contabilidade aplicadas ao setor público – NBC T 16, orçamentário, patrimonial, compensação e custos. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 156 Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 157 Seção 1 Patrimônio Público Você já deve ter visto o patrimônio das entidades comerciais e ou industriais e aprendeu que o patrimônio envolve todos os bens, direitos e obrigações da entidade. No setor público não poderia ser diferente, então, com isso temos que o patrimônio público são todos os direitos deste ente, os seus bens, sejam eles tangíveis ou intangíveis e mais as obrigações constituídas. Portanto, vemos que não difere das entidades empresariais, sendo o patrimônio composto de ativo, passivo, patrimônio líquido, saldo patrimonial ou situação líquida patrimonial. 1 Ativo Quando falamos em ativos, há alguns pontos principais que devem ser considerados na escrituração contábil do ativo imobilizado, sendo eles: o reconhecimento dos ativos, a mensuração desses ativos e os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas em relação a estes. Neste estudo, você irá se deparar com alguns termos novos, vamos a eles: a) Valor contábil: é o valor de algum ativo quando já reconhecido e após a dedução da depreciação, devido ao seu tempo de uso e desgaste contabilizado, e da CPC-27 3, referente à perda por redução ao valor recuperável acumulado. b) Custo: é o valor de caixa ou seu equivalente desembolsado ou o valor justo de outro recurso utilizado na aquisição ou construção do ativo, ou ainda, podendo ser o valor atribuído ao ativo quando reconhecido conforme os Pronunciamentos, como, por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações. c) Valor depreciável: é o custo do ativo menos o seu valor residual. d) Valor residual: é o valor líquido que a empresa espera, com razoável margem de segurança, obter no fim da vida útil do bem registrado e reconhecido no ativo, menos os custos que devam acontecer para a concretização de sua venda. e) Depreciação: é a redução do valor dos bens registrado no ativo pelo seu desgaste natural ou perda de utilidade por uso. f) Valor justo: é o montante que deveria ser recebido na alienação de um ativo ou que deveria ser pago quando da transferência de um item do passivo em uma Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 158 transação entre participantes do mercado na data de sua ocorrência. g) Perda por redução ao valor recuperável: é o montante que um bem do ativo ou “de uma unidade geradora de caixa ultrapassa em seu valor de recuperação”. h) Valor recuperável: é o valor maior na comparação entre o valor justo, reduzindo os custos de venda de um ativo e seu valor em atividade. i) Vida útil: é o tempo em que se espera utilizar o ativo registrado ou a quantidade de produção que a empresa espera realizar com a utilização deste ativo. j) Custo do ativo imobilizado: compreende o preço de aquisição deste ativo, acrescentando-se os impostos de importação e os impostos não recuperáveis sobre a realização da compra, depois se reduz os descontos inseridos na negociação, bem como quaisquer custos que aconteçam para colocar o ativo adquirido ou construído em atividade, conforme a administração da entidade queira. O Ativo possui os recursos que o ente público controla, sendo resultado de eventos passados, eventos esses que podem gerar benefícios futuros, sendo conceito de ativo na entidade empresarial ou na entidade pública. Segundo o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (PCB-R1), “Ativo representa recursos controlados por uma entidade em consequência de eventos passados e dos quais se espera que resultem fluxos de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços para a entidade” (BRASIL, 2012c). Para ser considerado ativo circulante, devem ser satisfeitos alguns dos seguintes critérios: a) estar disponíveis para realização imediata e b) ter a expectativa de realização até o término do exercício seguinte (BRASIL, 2012a). Os demais ativos que não se enquadram nessas situações são classificados como ativo não circulante. Para o levantamento do Balanço Patrimonial, é necessário definir alguns conceitos: ATIVO CIRCULANTE Compreender o conceito de ativo é fundamental para o entendimento do patrimônio, nele estão compreendidos os ativos que satisfazem alguns requisitos, tais como: caixa ou equivalente de caixa; os que sejam realizáveis ou mantidos, seja para vendaou para o consumo, realizáveis dentro do ciclo operacional da entidade, ou dentro do exercício seguinte (até 12 meses após o levantamento do balanço da entidade); ou ativos que existam para negociações (DCASP 2012) (BRASIL, 2012c). Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 159 Existe uma subdivisão do ativo em dois grandes grupos: ativo circulante e ativo não circulante. O ativo circulante é dividido da seguinte maneira: a) Caixa e equivalentes de caixa – aqui compreende o disponível da entidade, é a soma do caixa, bancos, bem como os seus equivalentes, ou seja, aqueles que representem recursos com livre e rápida movimentação para aplicação em atividades da entidade. b) Créditos a curto prazo – nesta categoria temos valores a receber devido ao exercício da atividade da entidade ou órgão, tais como fornecimento de bens, prestação de serviços, créditos tributários existentes, inscrição de dívida ativa tributária ou não tributária, empréstimos e financiamentos concedidos que deverão ser realizáveis durante o exercício financeiro seguinte. c) Demais créditos e valores a curto prazo – aqui são classificados os demais valores a receber por outras transações realizadas pela entidade ou órgão, não incluídas em créditos a curto prazo, que também sejam cumpridas até o término do exercício seguinte. d) Investimentos e aplicações temporárias a curto prazo – são classificadas nesta categoria as aplicações de recursos que não estejam destinadas a negociações e também que não façam parte das atividades operacionais da entidade ou órgão, mas que sejam resgatáveis até o término do exercício seguinte, as chamadas de curto prazo. e) Estoques – em estoques estão compreendidos os valores dos bens adquiridos, produzidos ou em processo de elaboração pela entidade ou órgão com o objetivo de venda, revenda ou utilização própria. f) Variações patrimoniais diminutivas pagas antecipadamente – por variações patrimoniais diminutivas entendemos que são as chamadas despesas no setor empresarial, aqui, quando o enfoque é patrimonial, é de VPD. Portanto, compreende os gastos de variações patrimoniais diminutivas (VPD) antecipadas, cujos benefícios ou prestação de serviço decorrentes delas ocorrerão até o término do exercício seguinte. ATIVO NÃO CIRCULANTE No segundo grupo do ativo estão compreendidos os ativos que somente serão realizáveis após os 12 meses seguintes à data de elaboração das demonstrações contábeis, ou seja, são os chamados a longo prazo. Este grupo é composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível, como segue (BRASIL, 2012a): Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 160 a) Ativo realizável a longo prazo – aqui são classificados os bens, direitos e as despesas antecipadas que são realizáveis após os dozes meses de elaboração das demonstrações contábeis. Entende-se que nos municípios, a principal conta a ser registrada nesse grupo são os créditos tributários e não tributários e da inscrição da dívida ativa referentes às parcelas de longo prazo, definidas no parcelamento. Sempre que o contribuinte parcelar seus débitos com vencimentos superiores a 12 meses, o contador deverá efetuar o registro desse parcelamento nessa conta contábil. Quando o contribuinte deixa a condição adimplente, no curto prazo, a fazenda pública o inscreverá em dívida ativa e, desse modo, o contador deve alterar a sua condição no ativo de créditos tributários adimplentes para a condição de créditos tributários inscritos em dívida ativa. b) Investimentos – nessa categoria estão inseridas as participações permanentes que a administração pública tem em empresas por meio de ações ou quotas, assim como os bens e os direitos que não são classificáveis no ativo circulante e tão pouco no ativo realizável a longo prazo, além de não se destinarem à manutenção da atividade da entidade ou órgão. c) Imobilizado – no grupo do imobilizado devem ser classificados os ativos que sejam bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou do órgão, incluindo os decorrentes de operações que repassem a entidade ou órgão os benefícios, riscos e o controle desses bens. Ainda no conjunto de imobilizado estão as depreciações acumuladas que é a conta redutora dos bens registrados no imobilizado, e no balanço patrimonial serão apresentados os valores líquidos. d) Intangível – enquanto no imobilizado estão os bens corpóreos, no intangível estão os bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou órgão. Assim como o ativo imobilizado serão apresentados os valores líquidos, no intangível também, já que nesta categoria estão as amortizações acumuladas. Fonte: Brasil (2012b). 1.1 Reconhecimento de ativos O reconhecimento contábil pode ser definido como o processo de incorporação às demonstrações contábeis de itens que se enquadrem na definição de elemento (ativo, passivo, receita e despesa) e que satisfaça o critério de reconhecimento contábil contido em PCB-R1 que afirma que “Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008). Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 161 Ainda temos no § 4.8 do PCB-R1 a definição de benefícios econômicos futuros de um ativo, como segue: “[...] é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalente de caixa para a entidade” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008). Ainda a respeito do reconhecimento do ativo no balanço, a PCB-R1 em seu § 4.45 determina que “Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios econômicos para a entidade além do período contábil” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008). Assim, quando é improvável que benefícios econômicos venham a ocorrer, tal transação é reconhecida como despesa na demonstração do resultado. Será considerado ativo quando existe o potencial de geração de benefícios futuros para a entidade além do período contábil e será despesa quando tal benefício já foi consumido ou quando verificar que não existirá benefício futuro. 1.2 Mensuração de ativos A NBC T 16.10 – Avaliação e mensuração de ativos e passivos em entidades do setor público – conceitua mensuração em seu § 2, como sendo “[...] a constatação de valor monetário para itens do ativo e do passivo decorrente da aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises qualitativas e quantitativas” (CONSELHOR FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2008). Antes que a mensuração contábil possa ser processada, é preciso ser solucionado um ou mais atributos específicos dos elementos contábeis a serem medidos. A seguir, veja qual é a base que iremos utilizar para mensurar os elementos, tais como: a) Custo histórico: os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data de aquisição. b) Custo corrente: aqui os ativos são registrados e mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam sidos pagos se esses mesmos ativos fossem adquiridos na data que apuração do balanço patrimonial da entidade. c) Valor realizável: os ativos são mantidos pelo montante de caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos caso sua alienação fosse realizada de forma ordenada. d) Valor presente: os ativos são mantidos pelo valor presente descontado dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que, se espera, seja gerado pelo item no curso normal das operações. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 162 2Passivo Nesse tópico estão contidas as obrigações do ente, ou seja, as dívidas, resultados de ações passadas que são obrigações no presente que resultarão em saída de recursos do ente público. Portanto, no passivo estarão evidenciadas todas e quaisquer obrigações cujo fator gerador já tenha ocorrido. Um passivo surge quando existe uma obrigação a cumprir, uma dívida com terceiros e o não cumprimento dessa obrigação pode causar uma sanção para a entidade. O passivo pode ser resultante de algumas situações, tais como: • uma transação em que obtém recursos econômicos; • imposição do governo através dos tributos ou de decisão judicial; • surgir de necessidades da entidade para continuar as suas atividades, seja decorrente de um contrato ou não. Neste estudo, você irá se deparar com alguns termos novos, então vamos a eles: a) Provisão: é um passivo, uma dívida, uma obrigação em que o seu prazo de cumprimento ou o seu valor para liquidação são incertos. b) Passivo: são todas as obrigações financeiras que o órgão contraiu com terceiros. São dívidas, obrigações a serem cumpridas por eventos já ocorridos. c) Evento que cria obrigação: é um fato, uma situação que cria uma obrigação legal para o órgão. d) Obrigação legal: é uma obrigação, uma responsabilidade adquirida que ocasionou de um contrato, uma legislação ou outra ação da lei. 2.1 Reconhecimento de passivos Para apresentar um passivo em uma demonstração contábil, é necessário que este passivo seja reconhecido e mensurado. Conforme regras vigentes no sistema normativo, uma obrigação deve ser reconhecida como passivo quando satisfaz os seguintes critérios: • Corresponde à definição de passivo. • É mensurável. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 163 • É relevante. • É precisa, certa. 2.2 Liquidação de passivos As liquidações ou as extinções das dívidas constituídas pela entidade, podem acontecer de várias formas: • Pagamento em dinheiro. • Transferências de outros ativos. • Prestação de serviços. • Substituição por outra obrigação. • Conversão da dívida em capital. PASSIVO CIRCULANTE Assim como estudamos que o ativo possui dois grandes grupos, circulante e não circulante, o passivo, que são as obrigações, também possui esses grupos, passivo circulante e o passivo não circulante, e no passivo circulante estão classificadas as obrigações que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: sejam obrigações que possuam prazos estabelecidos de realização dentro do ciclo operacional da entidade (caso de empresas), ou sejam obrigações mantidas para negociação; ou que possuam prazos de realizações ou esperados até 12 meses após a data das demonstrações contábeis levantadas, sendo classificadas da seguinte forma (BRASIL, 2012a): a) Obrigações trabalhistas, previdenciárias e assistenciais a pagar a curto prazo – nesta categoria são classificadas as obrigações pertinente a salários ou remunerações, bem como os benefícios aos quais os servidores tenham direitos, aposentadorias, reformas, pensões e encargos a pagar, os benefícios assistenciais, mas que essas obrigações tenham vencimento até 12 meses a contar da data de elaboração das demonstrações contábeis, inclusive os precatórios que sejam decorrentes dessas obrigações. b) Empréstimos e financiamentos a curto prazo – nesta categoria estão as obrigações de empréstimos ou financiamentos contraídos pela entidade ou órgão, com prazo de realização em até 12 meses. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 164 c) Fornecedores e contas a pagar a curto prazo – são classificadas como fornecedores e contas a pagar, as obrigações com fornecedores de materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade ou órgão, bem como as obrigações que sejam decorrentes do fornecimento de energia elétrica, água ou saneamento, serviços telefônicos, propaganda ou publicidade, aluguéis e todas as demais contas a pagar que seus vencimentos estejam dentro do período de até 12 meses, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações. d) Obrigações fiscais a curto prazo – são classificadas nesta categoria as obrigações como fisco relativas a impostos, taxas e contribuições com vencimento em até 12 meses. e) Demais obrigações a curto prazo –compreende as obrigações da entidade ou órgão perante terceiros não incluídos nas categorias anteriores, mas que os vencimentos estejam dentro do período de até 12 meses. f) Provisões a curto prazo – são inseridos como provisões os passivos com prazo ou de valor incertos, em até 12 meses. PASSIVO NÃO CIRCULANTE Neste segundo grupo do passivo estão classificadas as obrigações que não atendam a nenhum dos critérios apresentados para serem classificadas no grupo do passivo circulante, assim são compostos com subgrupos idênticos aos do passivo circulante, mas que seu período de realizações ou vencimentos seja após os 12 meses seguintes às elaborações das demonstrações contábeis. 3 Patrimônio líquido Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos após serem deduzidas todas as obrigações classificadas como passivos, sendo chamado de Passivo a descoberto, em vez de Patrimônio Líquido quando temos o valor do passivo maior que o valor do ativo. Esse grupo do PL está divido em alguns grupos, conforme o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (BRASIL, 2012c): a) Patrimônio Social e Capital Social – assim são apresentados o patrimônio social das autarquias, fundações e fundos e o capital social das demais entidades da administração indireta, bem como da administração direta. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 165 b) Adiantamento Para Aumento de Capital – aqui ficam os recursos recebidos pelas empresas, através de seus acionistas ou quotistas, destinados a futuro aumento de capital. c) Reservas de Capital – os valores que serão acrescentados ao patrimônio social e que não transitaram pelo resultado, classificados como variações patrimoniais aumentativas (VPA). d) Ajustes de Avaliação Patrimonial – aqui são apresentadas as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor apresentados aos elementos do ativo ou do passivo decorridos de avaliações, enquanto não forem registradas no resultado do período, devido à obediência ao regime de competência. e) Reservas de Lucros – são apresentadas as reservas constituídas com partes do lucro líquido. f) Demais Reservas – são classificadas como demais reservas aquelas não classificadas como reservas de capital ou de lucro. g) Resultados Acumulados – são apresentados os saldos dos lucros ou prejuízos líquidos das empresas e os superávits ou déficits acumulados dos órgãos da administração direta e indireta. h) Ações / Cotas em Tesouraria – são classificados aqui os valores das ações ou cotas das empresas que foram adquiridas pelo órgão. Pense sobre os lançamentos contábeis a serem realizados no subsistema patrimonial, será que irão existir lançamentos novos ainda não foram apresentados a você até este momento do curso? Consulte os manuais disponíveis no site da Secretaria do Tesouro Nacional e aprofunde seus estudos sobre o patrimônio público. <http:// www.tesouro.fazenda.gov.br/>. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 166 1- Como você classificaria as aplicações financeiras de liquidez imediatas, os bancos vinculados a convênios assinados e as obrigações previdenciárias decorrentes de folha de pagamento? 2- Foram apresentadas informações a respeito de receitas e despesas de um determinado exercício financeiro no balanço orçamentário de uma entidade pública: I- Orçamento aprovado para o exercício: R$ 5 000 000,00. II- Receitas orçamentárias arrecadadas no exercício: R$ 4 600 000,00. III- Despesas empenhadas no exercício: R$4 400 000,00. IV- Despesas liquidadas e pagas no exercício: R$ 4 200 000,00. Podemos afirmar que o superávit do orçamento dessa entidade pública nesse exercício é de: a) R$ 50 000,00. b) R$ 200 000,00. c) R$ 100 000,00. d) R$ 600 000,00. e) R$ 800 000,00. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 167 Seção 2 Plano de Contas e Registros Patrimoniais Nesta serão estudaremos o atual plano de contas padrão na contabilidade do setor público, pois através dele poderemos compreender a lógica de registros contábeis neste setor. Na sequência, apresentamos registros básicos de fatos típicos do setor para que você possa entender a lógica da escrituração. 1 Conceito de plano de contas A contabilidade como instrumento de registro, controle e divulgação os fatos que afetam o patrimônio de qualquer ente necessita de procedimentos sistematizados. Entre eles, destaca-se a utilização de um plano de contas bem estruturado, contendo as funções e o funcionamento das contas. A adoção de um plano de contas bem elaborado orienta a correta utilização das contas para o registro dos fatos contábeis e evita a falta de consistência na escrituração contábil. O plano de contas é o instrumento contábil que permite a correta classificação dos fatos patrimoniais de maneira uniforme e sistematizada, em face da padronização das contas que devem ser utilizadas para fins de registro, proporcionando um melhor gerenciamento, controle, consolidação e transparência das informações, bem como a emissão de relatórios gerenciais e demonstrativos contábeis, auxiliando na tomada de decisões e no cumprimento de normais legais. Um plano de contas bem estruturado proporciona a transparência dos gastos públicos e a composição do patrimônio do Estado e suas variações em termos de bens, direitos e obrigações. Assim como você já aprendeu, o plano de contas é a estrutura ou o conjunto de contas existentes, contas estas previamente estabelecidas e padronizadas que permitirão realizar a escrituração contábil e transformar dados em informações que comporão as demonstrações e futuros relatórios (BRASIL, 2012a). Para cumprir sua finalidade técnica, a elaboração do plano de contas deve observar os seguintes princípios básicos: Caracterização institucional: ramo, setor de atividade, tamanho da empresa e natureza. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 168 Normatização: ter caráter normativo de observância obrigatória internamente. Titulação codificada: cada título de conta deve corresponder a um código de identificação. Atendimento aos princípios e normas legais contábeis: guardar coerência com as técnicas contábeis. Utilidade funcional: deve ser útil e funcional, respaldando-se no universo de transações do ramo de atividade da entidade. Explicabilidade: deve explicar a função e o funcionamento de cada conta, sua utilização prática de forma específica. Flexibilidade: permitir alterações e ajustes quando cabível. Classificabilidade: expressar um entendimento lógico-ordenado. Clareza: permitir a compreensão direta sem criar dúvidas ou interpretações difusas nos usuários. 2 Objetivo de um plano de contas O plano de contas de uma entidade possui o objetivo de ajudar na escrituração contábil, em registrar os atos e fatos praticados pela empresa, pela entidade ou pelo órgão. 3 Conta contábil As contas apresentadas no plano de contas são expressões qualitativas e quantitativas dos fatos, evidenciando a composição, a variação e o estado do patrimônio público, bem como evidencia os bens, direitos, obrigações que afetam ou não a sua composição. As contas são agrupadas segundo suas funções, possibilitando identificações de atos e fatos, determinações dos custos de bens e serviços prestados pelo governo, além de acompanhar e controlar as aprovações, execuções orçamentárias, elaboração dos balanços e demais demonstrações contábeis e assim apresentar a composição do patrimônio e conhecer a real situação econômico-financeira da entidade. 4 Plano de contas padrão Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 169 4.1 Objetivos Os objetivos gerais do PCASP visam à consolidação nacional das demonstrações contábeis e à padronização de normas, critérios e procedimentos para o registro contábil das entidades do setor público (BRASIL, 2012b). A seguir, vamos verificar o novo plano de contas que a partir de 2013 será obrigatório a todos os entes públicos e a partir de 2014 poderá ser realizada a primeira consolidação nacional. Em resumo, os grupos de contas para o novo plano de contas padrão é o seguinte: Quadro 4.1 | Resumo Plano de Contas Padrão Fonte: Brasil (2013). Como você pode visualizar na imagem, nos grupos existentes no plano de contas padrão temos uma lógica de registro e os grupos 1, 3, 5 e 7 são grupos de contas com natureza devedora. Enquanto, os grupos 2, 4, 6 e 8 possuem contas de natureza credora. Esse conhecimento é de suma importância para o contador, pois sabendo a natureza da conta ele terá o entendimento de quais contas serão utilizadas como debitadas e creditadas. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 170 Se quiser ver o plano de contas na íntegra, acesse o site da Secretaria do Tesouro Nacional no link a seguir: <http://www3.tesouro.fazenda.gov. br/contabilidade_governamental/downloads/PCASPIV.pdf>. 4.1 Figura | Identificação Dos Subsistemas De Informações No Plano De Contas Padrão Fonte: Brasil (2013). Analisando a figura acima, você pode verificar que os grupos existentes no plano de contas padrão estão divididos conforme os subsistemas de informações e os grupos 1, 2, 3 e 4 são grupos de contas do subsistema patrimonial. Já os grupos 5 e 6 possuem as contas do subsistema orçamentário, tanto a sua aprovação quanto a sua execução. Quanto os grupos 7 e 8 temos os subsistemas de compensação e de custos inseridos. Segue um resumo do plano de contas, ou as contas mais trabalhadas, elencadas para que você tenha uma noção do Plano de Contas Padrão, conforme as novas normas da contabilidade aplicada ao setor público, divulgadas tanto no site da Secretaria do Tesouro Nacional quanto nos sites dos tribunais de contas dos estados. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 171 Quadro 4.2 | Contas 1.0.0.0.0.00.00 ATIVO Compreende os recursos controlados por uma entidade como consequência de eventos passados e dos quais se espera que fluam benefícios econômicos ou potencial de serviços futuros à unidade. 1.1.0.0.0.00.00 ATIVO CIRCULANTE Compreende os ativos que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: caixa ou equivalente de caixa; realizáveis ou mantidos para venda ou consumo dentro do ciclo operacional da entidade; mantidos primariamente para negociação; realizáveis até o término do exercício seguinte. 1.1.1.0.0.00.00 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Compreende o somatório dos valores em caixa e em bancos, bem como equivalentes que representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da entidade e para os quais não haja restrições para uso imediato. 1.1.2.0.0.00.00 CRÉDITOS A CURTO PRAZO Compreende os valores a receber por fornecimento de bens, serviços, créditos tributários, dívida ativa, transferências e empréstimos e financiamentos concedidos realizáveis no curso do exercício social subsequente. 1.1.2.1.0.00.00 CLIENTES Compreende os valores das faturas/duplicatas a receber decorrentes das vendas a prazo de mercadorias ou serviços que ocorram no curso normal das operações da entidade, representando um direito a cobrar de seus clientes. 1.1.2.2.0.00.00 CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECEBER Compreende os valores relativos a créditos a receber oriundos da variaçãopatrimonial aumentativa tributária realizáveis no curso do exercício social subsequente. Os tributos são: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições e empréstimos compulsórios. 1.1.2.3.0.00.00 DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA Compreende os valores dos créditos de dívida ativa tributária inscritos, realizáveis no curso do exercício social subsequente. 1.1.2.4.0.00.00 DÍVIDA ATIVA NÃO TRIBUTÁRIA - CLIENTES Compreende os valores dos créditos de dívida ativa não tributária inscritos, derivados de clientes, realizáveis até o término do exercício seguinte. 1.1.3.0.0.00.00 DEMAIS CRÉDITOS E VALORES A CURTO PRAZO Compreende os valores a receber por demais transações realizáveis até o término do exercício seguinte. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 172 1.1.4.0.0.00.00 INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES TEMPORÁRIAS A CURTO PRAZO Compreende as aplicações de recursos em títulos e valores mobiliários, não destinadas à negociação e que não façam parte das atividades operacionais da entidade, resgatáveis até o término do exercício seguinte, além das aplicações temporárias em metais preciosos. 1.1.5.0.0.00.00 ESTOQUES Compreende o valor dos bens adquiridos, produzidos ou em processo de elaboração pela entidade, com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal das atividades. 1.1.9.0.0.00.00 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS PAGAS ANTECIPADAMENTE Compreende pagamentos de variações patrimoniais diminutivas (VPD) antecipadas, cujos benefícios ou prestação de serviço à entidade ocorrerão até o término do exercício seguinte. 1.2.0.0.0.00.00 ATIVO NÃO CIRCULANTE Compreende o ativo não circulante: o ativo realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado e o intangível. 1.2.1.0.0.00.00 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Compreende os bens, direitos e despesas antecipadas realizáveis após o término do exercício seguinte. 1.2.2.0.0.00.00 INVESTIMENTOS Compreende as participações permanentes em outras sociedades, bem como os bens e direitos não classificáveis no ativo circulante nem no ativo realizável a longo prazo e que não se destinem à manutenção da atividade da entidade. 1.2.3.0.0.00.00 IMOBILIZADO Compreende os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. 1.2.4.0.0.00.00 INTANGÍVEL Compreende os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade. 2.0.0.0.0.00.00 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Passivo compreende as obrigações existentes da entidade, oriundas de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte em fluxo de saída de recursos que incorporem benefícios econômicos ou serviços em potencial. Patrimônio líquido compreende a diferença entre o ativo e o passivo. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 173 2.1.0.0.0.00.00 PASSIVO CIRCULANTE Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade, sejam mantidos primariamente para negociação, tenham prazos estabelecidos ou esperados até o término do exercício seguinte, sejam valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a entidade do setor público for fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade. 2.1.1.0.0.00.00 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS, PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS A PAGAR A CURTO PRAZO Compreende as obrigações referentes a salários ou remunerações, bem como benefícios os quais o empregado ou servidor tenha direito, aposentadorias, reformas, pensões e encargos a pagar, bem como benefícios assistenciais, com vencimento até o término do exercício seguinte, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações. 2.1.2.0.0.00.00 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO Compreende as obrigações financeiras da entidade a título de empréstimos, bem como as aquisições efetuadas diretamente com o fornecedor, com vencimentos até o término do exercício seguinte. 2.1.3.0.0.00.00 FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO Compreende as obrigações junto a fornecedores de matérias-primas, mercadorias e outros materiais utilizados nas atividades operacionais da entidade, bem como as obrigações decorrentes do fornecimento de utilidades e da prestação de serviços, tais como de energia elétrica, água, telefone, propaganda, aluguéis e todas as outras contas a pagar com vencimento até o término do exercício seguinte, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações. 2.1.4.0.0.00.00 OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO Compreende as obrigações das entidades com o governo relativas a impostos, taxas e contribuições com vencimento até o término do exercício seguinte. 2.1.5.0.0.00.00 OBRIGAÇÕES DE REPARTIÇÃO A OUTROS ENTES Compreende os valores arrecadados de impostos e outras receitas a serem repartidos aos estados, distrito federal e municípios. 2.1.7.0.0.00.00 PROVISÕES A CURTO PRAZO Compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, com prazo provável até o término do exercício seguinte. 2.1.8.0.0.00.00 DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO Compreende as obrigações da entidade junto a terceiros, não inclusas nos subgrupos anteriores, com vencimento até o término do exercício seguinte, inclusive os precatórios decorrentes dessas obrigações. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 174 2.2.0.0.0.00.00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que não atendam a nenhum dos critérios para serem classificadas no passivo circulante. 2.3.0.0.0.00.00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Compreende o valor residual dos ativos depois de deduzidos todos os passivos. 2.3.1.0.0.00.00 PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL Compreende o patrimônio social das autarquias, fundações e fundos e o capital social das demais entidades da administração indireta. 2.3.2.0.0.00.00 ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL Compreende os recursos recebidos pela entidade de seus acionistas ou quotistas destinados a serem utilizados para aumento de capital, quando não haja a possibilidade de devolução destes recursos. 2.3.3.0.0.00.00 RESERVAS DE CAPITAL Compreende os valores acrescidos ao patrimônio que não transitaram pelo resultado como variações patrimoniais aumentativas (VPA). 2.3.4.0.0.00.00 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL Compreende as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídas a elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos pela Lei nº 6.404/76 ou em normas expedidas pela comissão de valores mobiliários, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. 2.3.5.0.0.00.00 RESERVAS DE LUCROS Compreende as reservas constituídas com parcelas do lucro líquido das entidades para finalidades específicas. 2.3.6.0.0.00.00 DEMAIS RESERVAS Compreende as demais reservas, não classificadas como reservas de capital ou de lucro, inclusive aquelas que terão seus saldos realizados por terem sido extintas pela legislação. 2.3.7.0.0.00.00 RESULTADOS ACUMULADOS Compreende o saldo remanescente dos lucros ou prejuízos líquidos das empresas e os superávits ou déficits acumulados da administração direta, autarquias, fundações e fundos. 2.3.7.1.0.00.00 SUPERÁVITS OU DÉFICITS ACUMULADOS Compreende os superávits ou déficits acumulados da administraçãodireta, autarquias, fundações e fundos. 2.3.7.2.0.00.00 LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS Compreende o saldo remanescente dos lucros ou prejuízos líquidos das empresas. 2.3.9.0.0.00.00 (-) AÇÕES / COTAS EM TESOURARIA Compreende o valor das ações ou cotas da entidade que foram adquiridas pela própria entidade. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 175 3.0.0.0.0.00.00 VARIAÇÃO PATRIMONIAL DIMINUTIVA Compreende o decréscimo no benefício econômico durante o período contábil sob a forma de saída de recurso ou redução de ativo ou incremento em passivo, que resulte em decréscimo do patrimônio líquido e que não seja proveniente de distribuição aos proprietários da entidade. 3.1.0.0.0.00.00 PESSOAL E ENCARGOS Compreende a remuneração do pessoal ativo civil ou militar, correspondente ao somatório das variações patrimoniais diminutivas com subsídios, vencimentos, soldos e vantagens pecuniárias fixas ou variáveis, estabelecidas em lei, decorrentes do pagamento pelo efetivo exercício do cargo, emprego ou função de confiança no setor público. Compreende ainda, obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de pagamento dos órgãos e demais entidades do setor público, contribuições a entidades fechadas de previdência e benefícios eventuais a pessoal civil e militar, destacados os custos de pessoal e encargos inerentes às mercadorias e aos produtos vendidos e aos serviços prestados. 3.2.0.0.0.00.00 BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E ASSISTENCIAIS Compreende as variações patrimoniais diminutivas relativas às aposentadorias, pensões, reformas, reserva remunerada e outros benefícios previdenciários de caráter contributivo do regime próprio da previdência social - RPPS e do regime geral da previdência social – RGPS, bem como as ações de assistência social que são políticas de seguridade social não contributiva, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingencias sociais e à universalização dos direitos sociais. 3.3.0.0.0.00.00 USO DE BENS, SERVIÇOS E CONSUMO DE CAPITAL FIXO Compreende o somatório das variações patrimoniais diminutivas com manutenção e operação da máquina pública, exceto despesas com pessoal e encargos que serão registrados em grupo específico (despesas de pessoal e encargos). Compreende: diárias, material de consumo, material de distribuição gratuita, passagens e despesas com locomoção, serviços de terceiros, arrendamento mercantil operacional, aluguel, depreciação amortização, exaustão, entre outras. 3.4.0.0.0.00.00 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS FINANCEIRAS Compreende as variações patrimoniais diminutivas com operações financeiras, tais como: juros incorridos, descontos concedidos, comissões, despesas bancárias e correções monetárias. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 176 3.5.0.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS Compreende o somatório das variações patrimoniais diminutivas com transferências intergovernamentais, transferências intragovernamentais, transferências a instituições multigovernamentais, transferências a instituições privadas com ou sem fins lucrativos, transferências a convênios e transferências ao exterior. 3.5.1.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS INTRAGOVERNAMENTAIS Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes das transferências financeiras relativas à execução orçamentária, e de bens e valores, referentes às transações intragovernamentais 3.5.2.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes de transferências à União, estados, distrito federal, municípios, inclusive as entidades vinculadas de bens e/ou valores. 3.5.3.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes das transferências financeiras a instituições privadas, inclusive de bens e valores. 3.5.4.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes das transferências a instituições multigovernamentais, das quais o ente transferidor não participe. 3.5.5.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes das transferências a consórcios públicos, das quais o ente transferidor participe. 3.5.6.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR Compreende as variações patrimoniais diminutivas decorrentes de transferências a organismos e fundos internacionais, de governos estrangeiros e instituições privadas com ou sem fins lucrativos no exterior. 3.6.0.0.0.00.00 DESVALORIZAÇÃO E PERDA DE ATIVOS Compreende a variação patrimonial diminutiva com desvalorização e perdas de ativos, com redução a valor recuperável, com provisões para perdas, perdas com alienação e perdas involuntárias. 3.7.0.0.0.00.00 TRIBUTÁRIAS Compreende as variações patrimoniais diminutivas relativas aos impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições sociais, contribuições econômicas e contribuições especiais. 3.9.0.0.0.00.00 OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS Compreende o somatório das variações patrimoniais diminutivas não incluídas nos grupos anteriores. Compreende: premiações, incentivos, equalizações de preços e taxas, participações e contribuições, resultado negativo com participações, dentre outros. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 177 3.9.1.0.0.00.00 PREMIAÇÕES Compreende as aquisições de prêmios, condecorações, medalhas, troféus etc., bem como o pagamento de prêmios em pecúnia, inclusive decorrentes de sorteios lotéricos. 3.9.3.0.0.00.00 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Compreende as variações patrimoniais diminutivas apuradas pelas instituições financeiras, vinculadas ou não ao seu objeto principal. 3.9.4.0.0.00.00 INCENTIVOS Compreende os incentivos financeiros concedidos relativos à educação, à ciência e à cultura. 3.9.5.0.0.00.00 SUBVENÇÕES ECONÔMICAS Compreende a variação patrimonial diminutiva com o pagamento de subvenções econômicas, a qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais como: ajuda financeira a entidades privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encargos de empréstimos e financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição, de venda e de manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras operações com características semelhantes. 3.9.6.0.0.00.00 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Compreende as participações de terceiros nos lucros, não relativas ao investimento dos acionistas, tais como: participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros. Além da contribuição a instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados. 3.9.8.0.0.00.00 CUSTO DE OUTRAS VPD Compreende outras variações patrimoniais diminutivas apropriadas na produção de bens ou serviços, sendo registradas apenas no momento da venda destes. 4.0.0.0.0.00.00 VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA Compreende o aumento no benefício econômico durante o período contábil sob a forma de entrada de recurso ou aumento de ativo ou diminuição de passivo que resulte em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários. 4.1.0.0.0.00.00 IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Compreende toda prestação pecuniáriacompulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, como: impostos, taxas e contribuições de melhoria. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 178 4.2.1.0.0.00.00 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Compreende contribuições sociais, como: a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, b) as dos empregadores domésticos, c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de- contribuição, d) as sobre a receita e faturamento, e) as sobre o lucro, f) do importador de bens ou serviços do exterior, g) e outros. 4.2.2.0.0.00.00 CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Compreende as contribuições de intervenção no domínio econômico, como, por exemplo, a CIDE-combustível. 4.2.3.0.0.00.00 CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Compreende as contribuições de iluminação pública, nos termos do artigo 149-a da constituição federal, acrescentado pela emenda constitucional nº 39/02, sendo facultada a cobrança da contribuição na fatura de consumo de energia elétrica. 4.2.4.0.0.00.00 CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS Compreende as variações patrimoniais aumentativas provenientes de contribuições de interesse das categorias profissionais. 4.3.0.0.0.00.00 EXPLORAÇÃO E VENDA DE BENS, SERVIÇOS E DIREITOS Compreende as variações patrimoniais aumentativas auferidas, com a exploração e venda de bens, serviços e direitos, que resultem em aumento do patrimônio líquido, independentemente de ingresso, segregando-se a venda bruta das deduções como devoluções, abatimentos e descontos comerciais concedidos. 4.4.0.0.0.00.00 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS FINANCEIRAS Compreende o somatório das variações patrimoniais aumentativas com operações financeiras. Compreende: descontos obtidos, juros auferidos, prêmio de resgate de títulos e debêntures, entre outros. 4.5.0.0.0.00.00 TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS Compreende o somatório das variações patrimoniais aumentativas com transferências intergovernamentais, transferências intragovernamentais, transferências de instituições multigovernamentais, transferências de instituições privadas com ou sem fins lucrativos, transferências de convênios e transferências do exterior. 4.6.0.0.0.00.00 VALORIZAÇÃO E GANHOS COM ATIVOS Compreende a variação patrimonial aumentativa com reavaliação e ganhos de ativos. 5.0.0.0.0.00.00 CONTROLES DA APROVAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO Compreende as contas com função de registrar os atos e fatos ligados à execução orçamentária. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 179 5.1.0.0.0.00.00 PLANEJAMENTO APROVADO Compreende o somatório dos valores monetários previstos para execução dos programas e ações (projetos, atividades e operações especiais) estabelecidos no plano plurianual e projeto de lei orçamentária anual. 5.2.0.0.0.00.00 ORÇAMENTO APROVADO Compreende o somatório dos valores relativos à previsão da receita, fixação da despesa e suas alterações no orçamento geral da União durante o exercício financeiro. 5.3.0.0.0.00.00 INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR Compreende o somatório relativo ao valor da inscrição das despesas empenhadas e não pagas. 6.0.0.0.0.00.00 CONTROLES DA EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO Compreende as contas com função de registrar os atos e fatos ligados à execução orçamentária. 6.1.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO Compreende o somatório dos valores monetários relativos à execução dos programas e ações (projetos, atividades e operações especiais) estabelecidos no plano plurianual e projeto de lei orçamentária anual. 6.2.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO Compreende o somatório dos valores relativos à realização da receita, execução da despesa e suas alterações no orçamento geral da União durante o exercício financeiro. 6.3.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR Compreende o somatório dos valores relativos à transferência, liquidação e pagamento das despesas empenhadas e não pagas. 7.0.0.0.0.00.00 CONTROLES DEVEDORES Compreende as contas em que são registrados os atos potenciais e controles específicos. 7.1.0.0.0.00.00 ATOS POTENCIAIS Compreende contas relacionadas às situações não compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, exclusive as que dizem respeito a atos e fatos ligados à execução orçamentária e financeira e às contas com função precípua de controle. 7.2.0.0.0.00.00 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Compreende as contas de registro da programação financeira e de controle das disponibilidades. 7.3.0.0.0.00.00 DÍVIDA ATIVA Registra o controle dos créditos a serem inscritos em dívida ativa, dos que se encontram em processamento. Compreende as contas que controlam os créditos passíveis de serem encaminhados e inscritos em dívida ativa, os de inscrição e a tramitação dos créditos inscritos. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 180 7.4.0.0.0.00.00 RISCOS FISCAIS Compreende as contas que controlam os riscos fiscais que não preencham os requisitos para reconhecimento como passivo, conforme identificados no anexo de riscos fiscais da lei de diretrizes orçamentárias. 7.8.0.0.0.00.00 CUSTOS Compreende as contas que controlam os custos de bens e serviços produzidos. 8.0.0.0.0.00.00 CONTROLES CREDORES Compreende as contas em que são registradas a execução de atos potenciais e controles específicos. 8.1.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DOS ATOS POTENCIAIS Compreende as contas relacionadas à execução de situações não compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, exclusive as que dizem respeito a atos e fatos ligados à execução orçamentária e financeira e às contas com função precípua de controle. 8.2.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Compreende as contas de registro da execução da programação financeira e de controle das disponibilidades. 8.3.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DA DÍVIDA ATIVA Compreende as contas que controlam a execução dos créditos passiveis de serem encaminhados e inscritos em dívida ativa. 8.4.0.0.0.00.00 EXECUÇÃO DOS RISCOS FISCAIS Compreende as contas que controlam a execução dos riscos fiscais que não preencham os requisitos para reconhecimento como passivo, conforme identificados no anexo de riscos fiscais da lei de diretrizes orçamentárias. 8.8.0.0.0.00.00 APURAÇÃO DE CUSTOS Compreende as contas que controlam a execução dos custos dos bens e serviços produzidos. Fonte: Brasil (2010). 5 Registros patrimoniais Na atual contabilidade aplicada ao setor público, ora você vai pensar no sentido orçamentário, ora você pensará no sentido patrimonial. Nossa!!! É o que você deve estar pensando. Vamos com calma, eu explico a grande inovação. Se o fato gerador de uma obrigação aconteceu, deve ser reconhecido esse passivo, independentemente se houve empenho dessa despesa, pois uma coisa é você pensar no que compete aos registros contábeis e registrar a obrigação que teve o seu fato gerador ocorrido e outra coisa é você pensar orçamentariamente e empenhar a despesa a ser realizada. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 181 Patrimonialmente, estamos seguindo o que determinam as normas de contabilidade, mas isso não justifica, no campo público, ter despesa sem prévio empenho, sendo que esta determinação está da Lei nº 4.320/64 (BRASIL, 1964), ainda em vigência. Então, como exemplo, podemos citar uma fatura de energia elétrica que chegue e não há empenho prévio destadespesa e o fato gerador já aconteceu. Patrimonialmente, se o fato gerador ocorreu, iremos registrar uma obrigação em nosso passivo como permanente e isso quer dizer que esta obrigação está pendente de empenho e consegue autorização legislativa. Quando ocorrer o empenho faltante, transferimos de P permanente para F financeiro. No balanço, teremos no Passivo Circulante obrigações a pagar a curto prazo, mas internamente no sistema teremos os registros de obrigações P ou F, sendo referentes ao P as obrigações que precisam de empenho e F as que já percorreram o estágio do empenho e podem estar em liquidação ou já liquidadas. Outra inovação da contabilidade aplicada ao setor público é o ponto em liquidação que precede a liquidação, sendo a chegada do produto no almoxarifado, mas ainda não conferido todos os tópicos que competem para dar o direito ao credor, então, em liquidação significa que a mercadoria chegou. Depois, quando conferida sai do em liquidação e é liquidada, esperando somente a emissão da ordem de pagamento para ter a quitação da despesa. 6 Exemplo de lançamentos básicos na contabilidade aplicada ao setor público conforme Secretaria do Tesouro Nacional – STN Figura 4.2 | Lançamentos de fatos típicos no setor público Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 182 Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 183 Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 184 Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 185 Fonte: Brasil (2012b). Conseguiu compreender tudo que conversamos nas unidades 3 e 4 a respeito dos subsistemas de informações existentes e o novo plano de contas padrão, após ver como funciona a lógica dos registros contábeis dos fatos típicos das entidades do setor público? Será que é necessário o subsistema de informações de custos na contabilidade aplicada ao setor público? Acesse o site do seu município nas páginas das Contas Públicas ou Portal da Transparência e acompanhe um pouquinho mais das informações, orçamentárias, financeiras e patrimoniais. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 186 1- Através dos nossos estudos do novo plano de contas, assinale a alternativa correta. a) O grupo 5 é pertinente ao registro da execução orçamentária. b) O grupo 6 é pertinente ao registro da aprovação orçamentária. c) Nos grupos 3 e 4 registraremos as receitas e despesas orçamentárias. d) Nos grupos 7 e 8 estarão os registros pertinente aos controles ativos e passivos dos atos potenciais. e) Nos grupos 1 e 2 temos o ativo e passivo, com contas devedoras e credoras respectivamente. 2- Qual ou quais os grupos que serão envolvidos no lançamento de empenho da despesa orçamentária? a) Apenas o grupo 6, pois registra a execução orçamentária. b) O grupo 5 e 6, pois envolvem os registros orçamentários. c) O grupo 6 pelo registro orçamentário e o grupo 8 que demonstra o controle de administração financeira, conforme a sua execução. d) Os grupos 1 e 3 já que estão registrando uma despesa. e) Os grupos 3 e 6 porque é uma execução de despesa. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 187 SANÇÕES Referente ao tema de sanções, além da Lei de Improbidades Administrativas que traz sanções aplicadas aos agentes públicos que tenham enriquecimento ilícito, causem danos ao erário ou pratiquem atos que afrontem os princípios da administração pública no exercício de seu mandato, cargo, emprego ou função, na Lei de Responsabilidade Fiscal também há diversas sanções aos agentes que não cumpram com os limites e determinações ali contidas. Sanções são punições que o agente ou pessoa recebe por infringir uma lei. Especificamente na LRF, temos sanções institucionais, pessoais, administrativas, fiscais, políticas e sociais. Sanções Institucionais: são aquelas que se referem à interrupção ou suspensão de transferências voluntárias, impedimento de operações de crédito e à impossibilidade para obtenção de garantias da União para contratação de operação de crédito externo. Sanções pessoais: são as sanções que recaem diretamente na pessoa do agente público. Importando na cassação de mandato, multa de 30% dos vencimentos anuais e inabilitação para o exercício da função pública. Sanções administrativas: são as sanções processadas e julgadas pelos tribunais de contas. Tais como não emissão de Certidão Liberatória devido a não publicação dos Relatórios Resumido de Execução Orçamentária (RREO) ou Gestão Fiscal (RGF), dentro dos prazos fixados na LRF. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 188 1- Qual das sentenças a seguir apresenta apenas itens que compõem o patrimônio líquido? a) Patrimônio e consignação. b) Ajustes de avaliação patrimonial e depreciação acumulada. c) Bens móveis e imóveis. d) Ações de tesouraria e capital social. e) Precatórios e capital social. 2- A seguir são apresentados alguns grupos: I- Ativo. II- Passivo. III- Patrimônio Líquido. IV- Despesas orçamentárias. Aponte a alternativa que apresenta somente os grupos do patrimônio público: a) I, III e IV. b) II e III. c) I, II e III. d) II, III e IV. e) I e II. 3- O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público - PCASP está dividido em quantas classes? a) 2. b) 3. c) 8. d) 4. e) 5. 4- São Demonstrações Contábeis do Setor Público obrigatórias: a) Balanço Orçamentário. b) Balanço Financeiro. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 189 c) Balanço Patrimonial. d) Demonstração do Fluxo de Caixa. e) Todas as alternativas estão corretas. 5- É correto afirmar sobre o Balanço Orçamentário: a) Apresenta os bens, direitos e obrigações do ente público. b) Apresenta o superávit ou déficit financeiro. c) Evidencia as variações patrimoniais. d) Apresenta o resultado patrimonial. e) Apresenta as receitas e as despesas previstas em confronto com as realizadas. Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido U4 190 U4 191Patrimônio Público: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido Referências BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm>. Acesso em: 27 out. 2014. ______. Manual de contabilidade aplicada ao setor público: parte II: procedimentos contábeis patrimoniais. 5. ed. Brasília: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional, 2012a. Disponível em: <http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/ download/contabilidade/Parte_II_PCP2012.pdf>. Acesso em: 27 out. 2014. ______. Manual de contabilidade aplicada ao setor público: parte IV: plano de contas aplicado ao setor público. 5. ed. Brasília: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional, 2012b. Disponível em: <http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/ download/contabilidade/Parte_IV_PCASP2012.pdf>. Acesso em: 27 out. 2014. ______. Manual de contabilidade aplicada ao setor público: parte V: demonstrações contábeis aplicadas ao setor público. 5. ed. Brasília: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional, 2012c. Disponível em: <http://www3. tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_V_DCASP2012. pdf>. Acesso em: 27 out. 2014. ______. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP. 2010. In: TREINAMENTOS e eventos da Federação. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional. Disponível em: <http://www3.tesouro.gov.br/contabilidade_governamental/ download/Pcontas.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2014. ______. Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP. ApresentaçãoCCASP – PCASP. Módulo 3. In: TREINAMENTOS e eventos da Federação. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, 2013. 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