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CONTABILIDADE 2017

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A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA PARA A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTABILISTA
EMESCAN - ES
Terliane Rainha – terliane@hotmail.com[1: A autora cursa Pós Graduação em Gestão Pública e Desenvolvimento Local pela EMESCAN, de Vitória – ES.]
Pós Graduação em Gestão Pública e Desenvolvimento Local 
Vitória – ES – 2017
Resumo
Desenvolveu-se este artigo acadêmico com o propósito de analisar a importância da ética, para a atuação profissional dos contabilistas. Considerando que o termo ética tem sido muito abordado pela mídia, inicia-se o artigo com a abordagem do significado do termo e sua origem histórica e filosófica. Prosseguindo a análise do tema, com base na metodologia bibliográfica, apresenta-se a contextualização histórica da Contabilidade e estabelecendo de que modo a ética contribui para a atuação correta e impecável dos profissionais desta área. O Código de Ética Profissional do Contabilista tem sido o documento mais importante para estes profissionais, uma vez que regulamenta de maneira clara de que modo a ética, enquanto teoria, se transmuta em ações práticas que consolidam e dão credibilidade ao modo de ser e de agir deste profissional. O citado Código de Ética apresenta seus deveres e obrigações, expressando o sentido de justiça e integridade de seus membros frente à sociedade e às instituições que lhe confiarem serviços.
Palavras-chave: Contabilidade; Ética Profissional; Código de Ética.
1. Introdução
O presente artigo tenta comprovar o que tem sido voz geral: a ética profissional é muito importante para embasar o desempenho de um profissional dentro de sua área. No caso especifico deste TCC, é um instrumento primordial para embasar a atuação do profissional contabilista.
Conhecer o Código de Ética de sua categoria e ater-se às suas recomendações aumenta as chances de uma atuação com maior qualidade e credibilidade ética e moral junto às pessoas que são suas clientes e que precisam da confiança derivada de um modo de agir reto e sem subterfúgios fraudulentos.
Reconhecendo este fundamento, o profissional contabilista deve empenhar-se em observar rigidamente o Código de Ética do Contador, que foi criado justamente com o propósito de possibilitar-lhe discernir entre o certo e o errado, afastando-se de qualquer escolha que venha a colocar sob suspeita as ações que pratica no exercício da profissão.
Partindo do princípio de que a ética é essencial para a qualidade da atuação do profissional contabilista, este artigo foi direcionado pelo seguinte problema de pesquisa: Quais são os reflexos da obediência ao Código de Ética do Contador para elevar a qualidade do seu desempenho profissional.
O presente TCC foi desenvolvido com as contribuições da metodologia de pesquisa bibliográfica, que possibilitou confrontar as ideias sobre ética e moral sustentadas pelos teóricos relacionados ao final deste trabalho. 
2. Referencial teórico
2.1 Definindo a Ética
Considerando a relevância que as discussões sobre ética e moral assumiram nos dias atuais, inicia-se este artigo, buscando uma definição para o termo e tentando situar sua origem histórica.
Segundo Cordi (2005), a Grécia Antiga foi o berço do pensamento ético da sociedade ocidental contemporânea. Foi naquela sociedade que a indagação ética, como manifestação da Filosofia, teve sua origem. Logo que os primeiros pensadores gregos ultrapassaram os limites do mito, direcionaram sua racionalidade para tentar explicar os fenômenos naturais. Estes primeiros filósofos ficaram conhecidos como naturalistas ou pré-socráticos. Sócrates foi marco na Filosofia antiga como Cristo foi na história ocidental. “Ele voltou sua razão para o homem e para o homem na sociedade. Ele é um iniciador da busca da Ética, dos conceitos de verdade, justiça, do bom e do belo” (CORDI, 2005, p. 84).
Etimologicamente falando, deriva do grego antigo “ethos” as origens da palavra ética. Comparando seus respectivos significados, pode-se constatar entre ambas nuances interessantes. A língua grega oferece pelo menos duas ortografias e duas referências de sentido que as diversas traduções omitem. Palavras morrem no uso, nas transliterações e nas traduções, afirma Cordi (2005, p. 86)
O primeiro 'ethos' traz um eta inicial (éthos) e significa, originalmente, casa, morada, lugar de abrigo. Poetas, fisiólogos, e historiadores gregos se serviram abundantemente deste termo. É, sobretudo, a repetição ordenada e metódica de certos procedimentos, enquanto habitat, que torna a casa e o espaço do mundo efetivamente habitável. Éthos, desde Hesíodo, é empregado também na acepção de "costume", "modo". (ARANHA e MARTINS, 1998, p. 103)
Esclarecem estes teóricos que o segundo 'ethos' traz um epsilon inicial (êthos) e significa 'modos' e 'caráter'. Contudo, vai além do que o costume de acordar cedo, tomar média e ler jornal. Refere-se ao costume de ser e pensar. É o modo acostumado de ler, avaliar e decidir diariamente, sobre a verdade de todas as coisas. (Ibid.)
Ressaltam ainda Aranha e Martins (1998) que a etimologia da palavra ética sendo forjada no contexto das várias escolas éticas existentes não somente na Grécia Antiga como as eras históricas subsequentes. 
Busca-se, portanto, estabelecer neste artigo, como ponto de partida para os estudos realizados, confrontos entre os termos ética e moral. Foi possível constatar que teóricos diferentes apresentam entre si definições bem distintas a respeito do que é a ética. "A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS, 2001, p.7) 
Este mesmo teórico explica que consta do Dicionário Aurélio uma clara definição para a palavra ética, segundo a qual esta é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto” (VALLS, 2001, p. 27). Alguns teóricos, como Zajdsznajder (1999), porém, diferenciam ética e moral de vários modos: “1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; 2. Ética é permanente, moral é temporal; 3. Ética é universal, moral é cultural; 4. Ética é regra, moral é conduta da regra; 5. Ética é teoria, moral é prática”. (p. 138)
A origem etimológica da palavra ética a aponta como originária do grego "ethos", com um sentido equivalente no latim "morale": Conduta, ou relativo aos costumes. Logo, etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas. 
Ética, ou filosofia moral, é uma reflexão sistemática sobre o comportamento moral. Ela investiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade. Compete à ética, por exemplo, o estudo da origem da moral, da distinção entre o comportamento moral e outras formas de agir, da liberdade e da responsabilidade e, ainda, de questões como a prática do aborto, da eutanásia e da pena de morte. A ética não diz o que deve e o que não deve ser feito em cada caso concreto. Isso é da competência da moral. A partir dos fatos morais, a ética tira conclusões, elaborando princípios sobre o comportamento moral. (...) Quando usado na expressão ‘ética profissional’, o termo ética significa o conjunto de princípios a serem observados pelos indivíduos no exercício de sua profissão. É assim que se fala, por exemplo, da ética dos jornalistas, dos advogados, dos médicos, dos publicitários. (FILOSOFIA. S/d., Acesso em: Acesso em: 07 out. 2017).
Afirma Severino (1999) que os processos de socialização desenvolvidos em uma dada sociedade visam transmitir às novas gerações a tradição cultural dessa sociedade e formar os indivíduos segundo um modelo que simboliza os ideais éticos desse grupo. Ocorreu ao longo dos tempos a interiorização dos valores morais, por meio de processos de socialização desenvolvidos por instituições, como a família e a religião, e profissionais especializados, como os filósofos e pedagogos; mais tarde, já na Modernidade, através da escola.
Entende-se essa dimensão da socialização, como o desenvolvimento da consciência moral do indivíduo,da sua capacidade de fazer escolhas morais entre alternativas possíveis, existe uma conexão direta entre ela e os fins considerados justos e éticos. Como o ser social do homem não é um dado genético, mas um processo que se desenvolve ao longo da vida de cada nova geração, em uma dada estrutura social, o homem precisa aprender a deliberar, escolher, decidir e agir, enfim, constituir-se um sujeito ético moral capaz de discriminação e julgamento. (SEVERINO, 1999, p. 168)
A moral é tanto um conjunto de normas que determinam como deve ser o comportamento, quanto ações realizadas de acordo ou não com tais normas. Desde a infância, a pessoa se encontra sujeita à influência do meio social por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Assim, ela vai adquirindo, aos poucos, ideias morais. Esse é o aspecto social da moral. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de normas e valores aceitos em determinado meio social. (FILOSOFIA. S/d., Acesso em: 07 out. 2017).
2.2. A Ética para os profissionais contabilistas
Afirma Campos (2015) que qualquer profissão, se for caracterizada por um nível ético é baixo é devido ao fato de que os profissionais que a exercem esqueceram seus compromissos mais básicos com seus semelhantes. Em situação oposta, uma profissão realiza mostra-se grande e confiável quando seus profissionais, que são seu patrimônio maior, desempenham suas funções colocando em primeiro plano os conhecimentos necessários para atuarem, sem nunca deixar a ética em segundo plano.
Segundo Lisboa (1997, p. 23), fiel a este pressuposto, que a ética profissional serve como indicativo do conjunto de normas que orientam a conduta dos integrantes de determinada profissão.
No caso específico da profissão contábil, ela necessita que seus profissionais atuem firmemente em duas frentes. A primeira, na área concreta do exercício da atividade, em que ela desempenha missão fundamental para as pessoas, empresas e instituições públicas. A segunda, no aperfeiçoamento contínuo de seus métodos, técnicas, procedimentos; na pesquisa científica e no ensino, para torná-la uma disciplina cada vez mais vigorosa, com uma imagem sólida e de alta credibilidade.
Acrescenta ainda Lisboa (1997) que a sociedade está propondo novas responsabilidades para o profissional da área, na incessante busca por uma atuação confiável do ponto de vista da segurança profissional e da obediência à ética. Na verdade, os fundamentos e exigências éticos tornam-se cada vez mais firmes e numerosos, alcançando cada vez mais pessoas, independentes de sua função social.
Segundo Lisboa (1997, p. 88), o profissional da Contabilidade enfrenta inúmeros problemas éticos quando do exercício da profissão, que se circunscrevem nos conceitos do dever, direito, justiça, responsabilidade, consciência e vocação.
O nosso maior compromisso ético como profissional é condição fundamental para que a nossa profissão adquira credibilidade social, pois caso a sociedade não perceba a disposição dos profissionais em proteger os valores éticos, certamente ela passará a não acreditar na profissão. (Ibid., p. 89)
Ao mesmo tempo e em contrapartida, o teórico ainda afirmar que o respeito ao procedimento ético enfrenta perigoso risco de degradação. Recentes acontecimentos da política nacional revelaram falta de ética, provocando com isso uma indignação generalizada, o que causou fortemente a procura por um processo de moralização, gerando a necessidade de um modelo único, com o propósito de estabelecer linhas éticas de conduta. Neste contexto, a credibilidade é um dos elementos fundamentais do sucesso dos profissionais, além da qualidade dos seus serviços. Com isto, Sá (2009) questiona:
Até que ponto o profissional deve atender a uma Ética Científica ou a uma conduta, volvida ao cumprimento das leis de seu país, que se ajusta a critérios de conveniências, mascarada como social? Reconhece-se que o poder, nas mãos de minorias dominantes, há muito tempo, deixou de praticar uma política verdadeiramente em favor da sociedade. Por muitas vezes, quando a política fere princípios éticos pode ser bom para o Estado, mas não o ser para a Sociedade. (CAMPOS, Aparecida de Sousa Pinto. Ética na profissão contábil. 2015. Disponível em <http:// www.fecilcam.br/.../04- >. Acesso em: 07 out. 2017).
Fica evidente, portanto, que na aplicação de preceitos éticos, não é possível confundir o Estado com a Sociedade, nem tampouco um governo com o próprio sentimento individual e nacional. A obrigação ética não se confunde, com a obrigação legal, imposta pelo poder.
Um desafio é mudar a ideia de que o Governo, apesar de toda a desregulamentação, redução da intervenção e abertura política, ainda é o condutor e responsável pelo estabelecimento de um novo padrão ético no país, ou seja, a falta de ética vinda de cima não deve impedir que os profissionais e empresas tenham a sua própria ética. É um processo que vai se desenvolvendo e exige, acima de tudo, paciência e firmeza. A democracia pode não eliminar a corrupção, mas cria um espaço para aperfeiçoar o comportamento ético na sociedade.
Apresenta-se como sendo a tarefa essencial do profissional ético contribuir para que os estágios desejáveis de atuação ética sejam atingidos, pelo menos, em sua quase totalidade. Para isso, profissionais e estudantes de Contabilidade precisam ter e manter uma consciência profissional capaz de guiá-los em seus trabalhos e também de uma consciência de virtudes, reunindo assim condições de dignificar sua classe e de alcançar a finalidade abrangente das organizações humanas.
O contador nesta virada de milênio enfrenta um árduo desafio: distinguir os limites da honestidade e da dignidade de seus atos. Deve saber identificar, com clareza, quais os princípios morais que devem nortear sua conduta, uma vez que, os princípios éticos aplicáveis à profissão de contador representam a essência das intenções da profissão para viver a atuar na sociedade dentro da ética.
Cabendo assim, ao profissional de hoje e do futuro, dar uma atenção especial aos quesitos que estão sendo objetos do foco refletido pela globalização. Este é mais um grande desafio para os profissionais, pois, a globalização exige uma nova postura, um reposicionamento, há necessidade de investimentos na requalificação profissional, seja no campo técnico, científico, seja na ética. Em nossas ações, atitudes, relacionamentos profissionais.
Diante dessas considerações, afirma Campos (2015) que é necessário que numa economia globalizada o profissional apresente pré-requisitos, como:
[...] ser um profissional digno e capaz dentro de padrões morais e éticos; saber respeitar os demais profissionais; respeitar sempre o Código de Ética e demais instrumentos normativos úteis ao desempenho da profissão; fazer julgamentos justos para que suas atitudes não venham prejudicar a imagem da empresa, nem a sua como profissional, bem como proteger os princípios e normas contábeis; manter-se bem informado dentro de uma visão genérica e crítica para saber tratar as questões que envolvam o cenário da globalização no qual está inserido, onde o conhecimento será uma das maneiras de exercer a ética perante o mercado de trabalho. Nos dias atuais a informação é uma das fontes mais valiosas de produção de riquezas, e o contabilista que é responsável por levantar, estudar e analisar tais informações tem a obrigação de ter uma conduta responsável, confiável e ética perante a sociedade; não correr riscos por conta de situações, que a primeira vista lhe pareçam vantajosa; saber julgar e ser julgado com serenidade, sabedoria e dignidade. Valorizando-se como profissional e fortalecendo a sua profissão.
Segundo Silva e Speroni (1998, p. 78) “a ética profissional tem como premissa maior o relacionamento do profissional com seus clientes e com outros profissionais, levando em conta valores como a dignidade humana, auto realização e sociabilidade”.
2.3 O Código de Ética do Contabilista
Segundo Lisboa (1997, p. 61), “um código de éticadeve conter preceitos que versem sobre obrigações do grupo organizado em, no mínimo, quatro áreas: competência, sigilo, integridade e objetividade”. São palavras objetivas e diretas, que comprovam o quanto um código de ética é um instrumento usado, dentro de toda profissão, para definir padrões de conduta na vida de qualquer profissional.
É evidente que cada Código de Ética tem suas características próprias, uma vez que foram desenvolvidos para atender às necessidades de diferentes profissões. Neste caso específico, indica Campos (2015) que:
O Conselho Federal de Contabilidade, órgão de representação maior da categoria, criou o Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC através da Resolução nº 803/96, de 10/10/1996 e tem por objetivo “fixar a forma pela qual se deve conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.” (redação alterada pela Resolução 1307/10). Esta Resolução passou por alterações ao longo dos anos tais como: a Resolução 819/97 de 13/01/1997 que restabelece o instituto do recurso “Ex. Offício” na área do processo ético. Altera o § 2º, do art. 13, do CEPC. Revoga a Resolução nº 677/90 (que extingue o recurso “ex offício” ético) e dá outras providencias. A Resolução 942/02 de 04/09/2002 altera o Código de Ética do Contabilista e dá outras providencias. A Resolução 950/02 de 16/12/2002 que altera o art. 13 do Código de Ética Profissional do Contabilista, aprovado pela Resolução CFC nº 803/96, e o art. 3º da Resolução CFC nº 819/97, e dá outras providencias. E por ultimo a Resolução 1307/10 de 14/12/2010 que altera dispositivos da Resolução CFC n° 803/96, que aprova o Código de Ética do Contabilista, que a partir desta resolução passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador – CEPC. (CAMPOS, Aparecida de Sopusa Pinto. Ética na profissão contábil. 2015. Disponível em <http:// www.fecilcam.br/.../04- >. Acesso em: 07 out. 2017).
Afirma Lisboa (1997), a esse respeito, que o Código de Ética Profissional do Contador contém os princípios éticos aplicáveis a sua categoria profissional que dizem respeito a sua responsabilidade diante da sociedade e deveres da profissão, lealdade com relação ao cliente, e preservação da imagem profissional se mantendo sempre atualizado quanto às inovações da área, considerando também as normas de conduta profissional e ainda observando o respeito aos colegas da classe. Sobretudo, a obediência ao referido Código ajuda este profissional na dura missão de sustentar uma imagem de confiança e credibilidade junto aos seus clientes.
Além do mais, a obediência ao citado Código também permite que, em muitas situações conflitantes, esse profissional no exercício de suas atividades saiba fazer a escolha certa, entre dois extremos que terá diante de si: a formulação de um problema, e a questão do dilema ético, que envolve a forma pela qual ocorrerá a solução desse problema que não acontece de forma transparente, uma vez que envolve justamente as situações conflitantes mencionadas. Contudo, o contador sempre estará condicionado a esses dilemas, ficando mais fácil para ele adotar uma postura de profissional ética independente de qualquer fator.
3. Considerações Finais
O tema “Ética na Contabilidade” está em alta no presente, como consequência natural de todos os problemas que estão ocorrendo no setor político-econômico brasileiro, com reflexos fortes e diretos para o comportamento das pessoas em sociedade. Pode-se dizer que todas as profissões podem ser maculadas pela falta de ética de seus profissionais, quando eles ficam tentados a cometerem fraudes de diversas naturezas, que agridem seus pares e lançam forte desconfiança das pessoas sobre a atuação daqueles.
Por isto mesmo, a falta de ética presente na sociedade contemporânea está provocando uma nova corrida ao seu estudo. A ética tornou-se um ícone para as profissões em gerais, pois se espera que ela seja o valor que ao mesmo tempo sustente e direcione a atuação dos profissionais, como é o caso dos contabilistas, no presente e no futuro.
Os profissionais contabilistas há muito que já se deram conta da importância da ética em suas ações, motivo pelo qual desenvolverem o Código de Ética que, desde ANO, tem colaborado para que eles atuem de forma consciente sobre o papel que devem desempenhar em sociedade. 
A certeza de que a ética é fundamental para a atuação do profissional contabilista deve preceder sua formação. Precisa fazer parte de todo o processo acadêmico que deve, entre várias iniciativas fundamentais, estar ele próprio apoiado na valorização da ética. Quando os futuros profissionais aprendem a pautar suas ações como acadêmicos na ética, levarão consigo este instrumento para direcionar suas ações enquanto estiverem em ação após formados e atuando em empresas de várias naturezas e finalidades.
As ações a serem praticadas pelos profissionais contabilistas, após completarem sua formação acadêmica, são numerosas e variadas, sem possibilidade de serem padronizadas. No entanto, tem em comum a necessidade de serem embasadas nos mesmos padrões éticos que foram defendidos ao longo deste artigo.
4. Referências 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. 1. ed. São Paulo: Moderna, 1998.
CAMPOS, Aparecida de Sousa Pinto. Ética na profissão contábil. 2015. Disponível em <http:// www.fecilcam.br/.../04- >. Acesso em: 07 out. 2017.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 1.307/10 de 09/12/2010: Altera os dispositivos da Resolução nº 803/96 que aprova o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC. Disponível em: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes>. Acesso em: 07 out. 2017.
CORDI, Cassiano et al. Para Filosofar. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2005.
FILOSOFIA. A Moral Nossa de Cada Dia. S/d. Disponível em <http://nafilos.info/Filosofia/a_moral_nossa.htm>. Acesso em: 07 out. 2017.
LISBOA, Lázaro Plácido. Ética geral e profissional em contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1999.
SILVA, T. M.; SPERONI, V. Os princípios éticos e a ética profissional. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, DF, ano 27, n. 113, p. 77-79, set./out. 1998.
VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.
ZAJDSZNAJDER, Luciano. Ser Ético. Rio de Janeiro: Gryphus, 1999.

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