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Artigo Captopril Via Sublingual

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REBRACIM – Rede Brasileira de Centros e Serviços de Informações sobre Medicamentos 
CIM-RS – Centro de Informações Sobre Medicamentos 
 Faculdade de Farmácia/UFRGS 
 Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul 
13 anos 
CIM-RS: a informação a seu alcance 
Av. Ipiranga, 2752 – 2º Andar – Porto Alegre/RS – Fone/Fax: 0 XX 51 3308 52 81 
e-mail: cimrs@farmacia.ufrgs.br 
blog: http://cimrs.blogspot.com 
Boletim Informativo: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs/ 
1 de 2 
 
Solicitação: Captopril pode ser administrado por via sublingual? 
 
 
Resposta: 
 
Nas fontes terciárias consultadas1,2,3,4,5,6, é descrito que o uso inicial de captopril em urgência 
hipertensiva deve ser por deglutição1,2, pois a apresentação comercial e suas características 
farmacocinéticas não permitem a absorção sublingual1. 
 
No entanto, é relatado que doses sublinguais são utilizadas a partir de comprimidos orais de 
produto disponível comercialmente nos EUA, contendo captopril 25mg a 50mg, para obter mudanças 
hemodinâmicas e sintomáticas benéficas em crises hipertensivas, isquemia do miocárdio e insuficiência 
cardíaca congestiva. O início de ação pode ser um pouco mais rápido que pela via oral, embora os efeitos 
de pico e duração de ação pareçam manter-se inalterados. Captopril sublingual pode representar uma 
alternativa eficaz se a administração oral não for possível3. 
 
O efeito hipotensivo de captopril sublingual versus oral foi comparado em 40 pacientes com 
hipertensão essencial. Comprimidos de 50mg foram administrados via sublingual para o grupo 1, enquanto 
o grupo 2 tomou comprimidos dissolvidos em água. Não foram observadas diferenças significativas entre 
os dois grupos quanto à diminuição da pressão sanguínea, aumento da atividade da renina plasmática, ou 
inibição da enzima conversora da angiotensina. Estes parâmetros foram sobreponíveis, refutando a 
hipótese de que captopril sublingual seja absorvido mais rápido3. 
 
O pico de efeito do captopril oral utilizado em emergências hipertensivas é de 30 a 90 minutos, com 
duração de ação, após dose única, de até 6 horas; é necessário cuidado em pacientes com depleção de 
volume ou estenose da artéria renal suspeita; são recomendadas doses orais de 25mg, repetidas em 
intervalos de 30 minutos. Dose sublingual pode ter duração de ação menor, como 2 horas (comprimido 
12,5mg colocado sob a língua durante 10 minutos e em seguida deglutido)3. 
 
Em hipertensão aguda (urgência/emergência) é recomendada dose3,4,5 oral4,5 de 12,5 – 25mg(3,4,5) 
podendo repetir se necessário; a dose pode ser administrada via sublingual, mas é relatado que vantagem 
terapêutica não foi demonstrada4. 
 
Embora o tratamento na terapia aguda com captopril sublingual tenha sido eficaz para a redução 
rápida da pressão sanguínea em crises hipertensivas, inclusive em urgências e emergências hipertensivas, 
não existem atualmente evidências claras definindo uma vantagem da via sublingual em relação à via 
oral6. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
1. FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
2. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência 
Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010 / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos 
Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 
3. DRUGDEX® System. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. Disponível em: 
http://www.thomsonhc.com/home/dispatch. Acesso em: 07 nov. 2012. 
4. LACY, Charles F. et al. Drug Information Handbook International. 19. ed. Hudson: Lexi-comp, 2010. 
REBRACIM – Rede Brasileira de Centros e Serviços de Informações sobre Medicamentos 
CIM-RS – Centro de Informações Sobre Medicamentos 
 Faculdade de Farmácia/UFRGS 
 Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul 
13 anos 
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Av. Ipiranga, 2752 – 2º Andar – Porto Alegre/RS – Fone/Fax: 0 XX 51 3308 52 81 
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Boletim Informativo: http://www.ufrgs.br/boletimcimrs/ 
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5. MCPHEE, S.; PAPADAKIS, M. (Ed.) CMDT – Current Medical Diagnosis e Treatment. 48.ed. New York: McGrawHill, 
2009. 
6. MCEVOY, G. K. (Ed.) AHFS Drug Information. Bethesda: ASPH, 2011. 
 
Resposta elaborada por 
Farm. Alexandre A. de T. Sartori 
Porto Alegre, 8 de março de 2012. 
 
Resposta revisada por 
Farm. Clarissa Ruaro Xavier 
Porto Alegre, 22 de novembro de 2012.

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