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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE DIVINÓPOLIS – MINAS GERAIS.
PROCESSO Nº 0121404-03.2017.2.0001
CARLOS AUGUSTO DA SILVA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, através de seu advogado procuração anexa, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência nos termos do artigo 403§3º do Código de Processo Penal, apresentar ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS pelas razoes de fato e de direito a seguir expostas.
FATOS
Em 26 de agosto de agosto de 2017, por volta das 22:00 no Bairro Nova Morada na cidade de Divinópolis/MG, o denunciado mais outro indivíduo renderam as vítimas Marcelo Costa de Sousa 43 anos, sua esposa Aline Costa Sousa 39 anos e o menor C.C.S de 10 anos, e adentraram no domicílio destas.
Os mesmos com intuito de subtrair os bens das vítimas, os privaram de sua liberdade, roubaram dois televisores, aparelhos celulares e uma quantia em dinheiro de R$ 400,00 (quatrocentos reais) em dinheiro.
Em determinado momento o acusado mediante violência e grave ameaça, levou a senhora Aline para o quarto trancou a porta e praticou conjunção carnal com a mesma, sem o seu consentimento, enquanto na sala o outro indivíduo mantinha sob vigilância o filho e o esposo da vítima.
Após a ação criminosa, a dupla fugiu com o carro das vítimas e os produtos do roubo, tendo imediatamente Marcelo acionado a polícia.
Durante a fuga, o carro em que os criminosos estavam capotou próximo a comunidade de Sete Lagoas. Após 20 horas a polícia localizou o acusado pelo rastreador do celular fruto do roubo, o mesmo estava em sua residência no Bairro São Judas.
Após dar voz de prisão ao denunciado ele foi levado à delegacia onde foi reconhecido pela vítima como autor dos crimes, consequentemente foi lavrado o auto de prisão em fragrante e instaurado o Inquérito Policial pelo delegado Leonardo Pio.
Após o reconhecimento do acusado, a vítima foi submetida a exames médicos para comprovação do crime de estupro, e foi medicada com coquetel para doenças sexualmente transmissíveis, pois a mesma contraiu Sífilis durante a relação.
DIREITO
DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 386 VI CPP
EXCLUDENTE DE CULBABILIDADE – COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL
Carlos Augusto foi acusado de ter cometido o crime de roubo artigo 157 do código penal c/c estupro artigo 213 do mesmo código.
Conforme conta nos autos, o acusado praticou o suposto crime mediante coação irresistível, pois sofre de esquizofrenia e o outro agente envolvido na ação sabendo desse sua doença induziu o mesmo a cometer o crime, pois no momento estava em surto portanto não é responsável pelos seus atos
 
DA IMPUTABILIDADE PENA
O réu era ao tempo do suposto crime inimputável por não ser capaz de entender a ilicitude do fato, diagnosticado com esquizofrenia uma doença mental crônica em que a pessoa perde o contato com a realidade.
Com base no artigo 26 do código penal, o inimputável é aquele que não pode ser responsável pelo crime que praticou. Embora tenha cometido o ilícito, tal circunstância o isenta totalmente de pena, sendo cabível no caso medida de segurança tratamento em hospital de custódia.
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DA PENA 
Embora nítida a tese de absolvição por ser o acusado ao tempo do fato inimputável vale ressaltar que o mesmo não é reincidente possui residência fixa.
Sendo a privação de liberdade a exceção, que seja concedida a pena restritiva de direitos pois é um meio menos traumático ao réu e que seja fixada no mínimo legal.
PEDIDO
Diante do exposto requer que Vossa Excelência digne-se de:
Absolver o denunciado pela inimputabilidade 386 VI cpp 
Caso entenda pela condenação que seja fixada a pena base no mínimo legal conforme artigo 59 do código penal
Nestes termos,
Pede Deferimento
Divinópolis-MG 01 de Novembro de 2017
Advogado OAB.

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