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Indicadores de Qualidade em Serviços de Alimentação de Nutrição Clínica GASTRONOMIA APLICADA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Profa. Me. Iramaia Bruno Silva Lustosa INTRODUÇÃO Necessidades nutricionais e terapêuticas + sabor, aroma, apresentação, cor, textura, temperatura, arte + custo + programação e preparo das refeições Serviço de alimentação: dietoterapia + gastronomia Recuperação de patologias, prevenção de doenças e promoção de práticas alimentares saudáveis. DIFICULDADES Ingestão alimentar insuficiente + especificidades da doença ou da faixa etária Desnutrição intra-hospitalar Alta mortalidade Causas: mudanças alimentares, troca de hábitos e horários, percepções negativas da alimentação hospitalar Necessidades nutricionais e terapêuticas + sabor, aroma, apresentação, cor, textura, temperatura, arte + custo + programação e preparo das refeições INDICADORES DE QUALIDADE Associados ao monitoramento dos resultados que indicam eventuais melhorias do processo de produção de refeições, buscando a satisfação do cliente e a evolução do seu estado nutricional em ambiente hospitalar (Roberto & Magnoni, 2010). Fichas técnicas de preparo e apresentação; Avaliação qualitativa e quantitativa dos cardápios; Pesquisa de satisfação e frequência de uso; Rejeito alimentar; Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas e atendimento ao cliente. Avaliação qualitativa e quantitativa dos cardápios Características avaliadas: Temperatura, Sabor, Higiene, Cardápio, Cortesia no atendimento prestado pela copeira, Utensílios. Qualitativa: Pirâmide alimentar Guia Alimentar Quantitativa VET (individual ou coletivo): FAO/WHO (1985), FAO/WHO (2004) ou FBNI/IOM/DRI (2005) Distribuir os macronutrientes, seguindo as recomendações para a patologia apresentada pelo indivíduo ou coletivo. Fornecer vitaminas, minerais, fibras e água de acordo com as DRI e a enfermidade do indivíduo ou coletivo. Implantação do sistema de hotelaria MODIFICAÇÕES NO SETOR DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Antes: almoço para dieta normal - arroz, feijão, carne, acompanhamento e salada Pratos quentes individual - servidos em recipiente térmico de inox + Salada - travessa única para todos - servida no quarto aos pacientes que desejassem. Jantar: sopa trazida em panela e porcionada no quarto em prato + salgado (como coxinha) ou bolo servido em guardanapo. Jane PARISENTI*; Cristina COPETTI FIRMINO**; Clarissa ESPÍNDOLA GOMES** Alim. Nutr., Araraquara, v.19, n.2, p. 191-194, abr./jun. 200 APÓS IMPLANTAÇÃO Almoço: inclusão da sobremesa, substituição da carne de segunda qualidade para de primeira, salada acondicionada em potes individuais e saches de azeite, vinagre e molho italiano, prato de vidro para retirar a comida do utensílio de inox, talheres embalados individualmente. Jantar: servido em uma bandeja com 2 garrafas térmicas (café e leite), xícara e pires, saches de açúcar ou adoçante, uma sopeira individual, dois lanches (doce e salgado) em um prato embalados em guardanapo. Ficha Técnica de Preparação “É uma receita padronizada, na qual são discriminados todos os ingredientes utilizados em cada uma das preparações (VASCONCELLOS, 2002)”. Ficha Técnica de Preparação Quantidade de cada ingredientes (peso bruto e peso líquido) e o equivalente em medidas caseiras. Rendimento da receita total: peso total, nº de porções, peso da porção. Restaurante self-service: per capita média de saída do prato. Per capita = porção. Custo total da preparação e custo por porção. Valor nutricional total e da porção Ficha Técnica de Preparação Sequência exata da preparação (descrição do modo de preparo). Densidade energética. Decoração dos pratos também influencia na aceitação. Apresentações coloridas e harmônicas. Reciclagem de louças e equipamentos, baixelas. Criatividade e habilidade na cozinha PESQUISA DE SATISFAÇÃO Comida de hospital: insossa, sem gosto, fria, servida cedo e ainda com conotações de permissão e proibição. Ingestão insuficiente de alimentos – insatisfação com as preparações e o ambiente hospitalar, tipo de atendimento prestado Enquetes de satisfação com pacientes - avaliação de fatores que influenciam a aceitação das refeições. PESQUISA DE SATISFAÇÃO Fatores a serem avaliados (Proença et al. ): Qualidade das refeições (harmonia, cores, sabores, textura); Qualidade das preparações servidas em cada refeição; Variedade de cardápios; Variedade de preparações das refeições; Quantidade das refeições; Tempero da preparação; Tempo das preparações; Temperatura das preparações; Apresentação das bandejas; Atendimento do atendente de nutrição; Atendimento da nutricionista; Avaliação geral da prestação de serviços por parte da UND. REJEITO ALIMENTAR Em uma UAN o desperdício é proveniente: Sobra de alimentos (alimentos preparados e não distribuídos). Restos (alimentos distribuídos e não consumidos). Análise dos restos alimentares de pacientes internados. Objetivo: avaliar a aceitação; redefinir processos de produção das refeições; traçar estratégias de estímulo a ingestão alimentar. REJEITO ALIMENTAR Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas Capacitação de recursos humanos: Educação continuada para todos colaboradores Importância da alimentação na recuperação do paciente Aprimoramento de todas as etapas do processo. Toda a equipe deve estar focada: Atendimento personalizado ao cliente Atendimento às necessidades de alimentação do paciente Cardápio ou a dieta prescrita Escolha de novos funcionários – seleção Período de experiência, treinamento e avaliação Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas Capacitação de recursos humanos: Avaliação periódica do desempenho Plano de promoção por merecimento Valorização de liderança Atendimento ao trabalho em grupo - relacionamento e hierarquia Reuniões diária Bem estar físico, mental e emocional do funcionário Treinamento de funcionários para produção de dietas gastronômicas Capacitação de recursos humanos: Cursos teórico-práticos Aproveitamento integral dos alimentos Dietas hipossódicas Confeitaria diet e light Confeitaria e preparações ricos em fibras Culinária vegana Gastronomia para celíacos Culinária renal Atendimento ao cliente Receptividade, simpatia Apresentação pessoal Intervenção nutricional – participação do cliente Escolha do “prato dieta” Isto é possível? Regras do hospital ou do paciente? REFERÊNCIAS Proença RPC, Sousa AA, Veiros MB, Hering B. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: UFSC; 2005. MESSIAS, Gisele M; Presta, Dsc. Flavia Meneses Pereira; Msc. SOUZA, Monica Vieira Mano. BENEFÍCIOS DA GASTRONOMIA HOSPITALAR NA ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE IDOSO. Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2011, v. 12, n. 12, p. 23 – 31. Késia Diego Quintaes1 e Eduardo Alves2 Efeito do material de embalagem na temperatura de consumo de dietas hospitalares. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano III, no 8, abr/jun 2006. Mariana Delega de Souza* Miyoko Nakasato. A gastronomia hospitalar auxiliando na redução dos índices de desnutrição entre pacientes hospitalizados. O Mundo da Saúde, São Paulo: 2011;35(2):208-214. Diez-Garcia RW et al. Alimentação hospitalar: proposições para a qualificação do Serviço de Alimentação e Nutrição, avaliadas pela comunidade científica. Ciência & Saúde Coletiva, 17(2):473-480, 2012. OBRIGADA! Profa. Me. IRAMAIA BRUNO SILVA LUSTOSA
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