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Cultura letrada Desde a aula passada, você deve ter percebido que mudamos um pouco nosso foco: passamos da gramática ao texto. Já vimos conceitos muito importantes, como concordância, regência, crase, pontuação etc., mas precisamos, agora, voltar nossos olhares para o TEXTO, que é nosso principal alvo de interesse. Como todos sabem, vivemos em uma cultura letrada, onde a escrita possui alto valor. Quem lê e escreve com desenvoltura é reconhecido na sociedade e, muitas vezes, ascende socialmente. Aumento do vocabulário Dificilmente, um grande executivo alcança essa posição profissional sem uma boa carga de leitura e a partir de uma escrita “pobre” em termos de padrão linguístico. Por isso, é importante alimentarmos nosso conhecimento de mundo para que possamos ampliar nosso vocabulário. Esse conhecimento de mundo é o saber que adquirimos ao longo da vida nas mais diversas situações cotidianas: em conversas, leituras, observações etc. Uma dica é investir na literatura, lendo textos de bons autores. Isso não significa que todos devem ler Camões, tudo bem? Mas é interessante conhecer de tudo um pouco. Afinal: Quanto mais lemos, melhoramos nosso vocabulário e adquirimos mais material linguístico para interpretar e escrever textos. Formação de palavras Em algum momento de sua vida acadêmica, você deve ter ouvido que muitas palavras são formadas a partir de um RADICAL, ou seja, de uma RAIZ. Isso significa que podemos acrescentar prefixos e sufixos a esse radical, formando vocábulos novos. Veja alguns exemplos: Se o estudante lembra ainda do processo de formação das palavras, pode ter seu vocabulário extraordinariamente aumentado. Conhecido o significado básico de certo radical e dos afixos mais comuns, ser-lhe-á possível, em muitos casos pelo menos, reconhecer pelo sentido um número às vezes bastante considerável de vocábulos novos, sem necessidade de recorrer ao dicionário. Seja, por exemplo, o radical loqui (i) e sua variante loc (u), que significa ‘falar’. Juntando-se-lhes prefixos e sufixos – e mesmo outros radicais –, formam-se derivados e compostos facilmente identificáveis, visto ser conhecido seu núcleo significativo. Obtém-se, assim, cerca de 20 palavras novas: locução, locutor, loquaz, loquacidade, locutório, loquela, alocução, elocução, elóquio, eloquência, circunlóquio, colóquio, antelóquio, prolóquio, grandíloquo, grandiloquente, magniloquente”. O que isso quer dizer? Vejamos... Vocabulário Todos nós sabemos que a Língua Portuguesa possui um vocabulário bem extenso. Por isso, é impossível conhecer todas as palavras e todos os seus significados. Provavelmente, você não conhece alguns termos citados anteriormente por Garcia (1997), certo? Mas basta sabermos o significado do radical e dos afixos (prefixos e sufixos) desses novos vocábulos para conseguirmos, pelo menos, depreender seu sentido. Logo, [GRANDI]LOQUENTE (prefixo) = muito, excessivamente GRANDILOQUENTE Muito eloquente, aquele que se expressa bem, com uma linguagem rebuscada. Agora que você já aprendeu um pouco sobre vocabulário, vamos fazer uma breve atividade. Atividade 1 – Identifique o sentido de casa um dos verbos a seguir – derivados do verbo “pôr”: a) Antepor b) Pospor c) Contrapor d) Repor e) Transpor Gabarito a) pôr antes b) pôr depois c) pôr em posição contrária d) pôr novamente e) pôr além Tipos de vocabulário Você sabe quais são os tipos de vocabulário de que a Língua Portuguesa dispõe? Garcia (1997) afirma que há quatro tipos – aqueles referentes à (ao): Língua falada ou coloquial; Língua escrita; Leitura; Simples contato. Aqui, interessa-nos apenas os três primeiros. Vamos saber mais sobre cada um?
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