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HISTORIA DO DIREITO PROCESSUAL NO BRASIL
A vida em sociedade e suas diversas relações complexas necessitam de uma normatização do comportamento humano, caracterizado em sua amplitude pelo direito natural. Para a materialização e instrumentalização de um direito material formalizado pelo Estado, este se utiliza do Direito Processual para solucionar os conflitos entre as partes.
Neste contexto, aqui se pretende abordar as diversas fases históricas pelas quais o direito processual passou bem como também as transições sofridas por este.
Em 1822 quando o Brasil tornou-se independente, continuou vigorando as ordenações Filipinas. O direito imperial de 20 de outubro de 1823 determinou a continuidade das normas processuais portuguesas, desde que não contrariasse a soberania nacional e o regime brasileiro.
As ordenações Filipinas, bloco de normas grandemente influenciadas pelo direito romano e canônico, disciplinavam diretrizes no processo civil do principio da demanda e do dispositivo, com fases processuais rigidamente distintas. Já no processo penal verificava-se a possibilidade da prática da tortura, mutilações e outras práticas desumanas e irracionais.
O foco, nesta fase, eram casos concretos reduzidas a escrito, isto é, essa legalização estava muito distante do tipo de conciliação que se deu na França no inicio do século XIX, na qual se baseiam osnossos atuais códigos.
A elaboração da constituição do Brasil de 1824 foi bastante conturbada. Logo após a proclamação da independência do Brasil do reino unido de Portugal, por Dom Pedro I, em sete de setembro de 1822, ocorreu um conflito entre radicais e conservadores na assembleia constituinte.
D. Pedro I queria ter poder sobre o legislativo através do voto, iniciando uma desavença entre ambos os pontos de vista. Assim, mandou o exército invadir o plenário em doze de novembro de 1823, prendendo e exilando diversos deputados, este episódio ficou conhecido como "a noite da agonia".
Feito isto, reuniu dez cidadãos de sua inteira confiança, pertencentes ao partido Português, os quais, após algumas discussões a portas fechadas, redigiram a primeira constituição do Brasil no dia 25 de março de 1824.
Diante desse panorama, a constituição de 1824 não somente estabeleceu alguns cânones fundamentais, como a proibição de prender e conservar alguém preso sem prévia culpa formada e a abolição imediata das torturas e demais penas cruéis, como ainda determinou que se elaborasse, com urgência, um código criminal, fundado nas solidas bases da justiça e da equidade.
Em obediência a essa determinação constitucional foi preparado e afinal sancionado pelo decreto de 16 de dezembro de 1830 o Código Criminal do Império, obra legislativa de grande valor, que procedeu àcompleta inovação da disciplina positiva penal, inclusive com a consagração do principio básico da reserva legal.
    O Código de Processo Criminal seguindo o código Criminal distinguia os modos de proceder para os crimes públicos e para os particulares. Os primeiros davam causa a ação penal promovida pelo promotor público ou por qualquer cidadão, quando cabível a ação penal popular, entre eles estavam incluídos os crimes políticos.
Já os crimes contra os particulares conferiam ao ofendido a possibilidade de promover a ação penal, ate mesmo o homicídio eram considerado particular, pois ofendia a segurança individual. Denotou-se que o Código de Processo Criminal quase nada aproveitou da legislação precedente, inspirando-se antes de tudo nos moldes inglês e francês. CONTINUA...
Sobre a evolução do ramo do direito civil brasileiro, podemos comentar que, na mesma data em que o Código Comercial entrou em vigor, 25 de novembro de 1850, era editado o Regulamento 737. Este regulamento foi de grande importância para o atual código civil.
Na época em que vigorava o referido Código Comercial, este tinha o objetivo de determinar a ordem do juízo no processo comercial. Foi notável em relação à economia e simplicidade do procedimento, porém, depois de prolongada campanha, em 1871, estabeleceram-se as relações do antigo Código de Processo Criminal.
Segundo inúmeras as leis emodificações das Ordenanças, o Governo, em 20 de setembro de 1871, encarregou o Cons. Antonio Joaquim Ribas, de reuni-los, para que contivesse toda a legislação relativa ao processo civil. Em virtude da resolução imperial de 28 de dezembro de 1876, a Consolidação das leis do Processo Civil, feita por Ribas, obteve força de lei. Dividia-se em duas partes: a primeira era relativa à organização judiciária e a segunda à forma do processo.
Com a proclamação da republica, uma das primeiras atitudes tomadas pelo governo republicano com relação ao Processo Civil, foi que se aplicasse ao processo, julgamento e execução das causas civis em geral, as disposições do regulamento de 737 de 1850. Entretanto mantiveram em rigor as disposições que regulavam os processos especiais não compreendidos pelo referido Regulamento.
A constituição de 1891 começou a ser criada em 1889 e foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e ela vigorou por toda a república velha, isto é, até 1927. Seus principais autores foram: Prudente de Morais e Rui Barbosa. Ela foi inspirada pela Constituição dos Estados Unidos, dando autonomia aos municípios.
Dessa vez, o poder foi distribuído em três: legislativo, judiciário e executivo, acabando com o moderador. Ela foi a primeira constituição brasileira a adotar o presidencialismo, com eleição de 4 em 4 anos e direto, o senador deixou de ser um cargovitalício, e a Igreja Católica foi desmembrada do Estado Brasileiro, não tendo mais religião oficial.
  Foi nessa mesma Constituição que foi aprovada a dualidade de Justiça, portanto, passou a existir a Justiça Estadual e a Justiça Federal. Na Justiça Estadual, tende-se observar os princípios constitucionais federais. Ela é composta de duas instâncias, sendo eles o Tribunal de Justiça e os Juízes Estaduais, no primeiro, eles possuem competências definidas na Constituição Federal, na Constituição Estadual, bem como na Lei de Organização Judiciária do Estado.
O Tribunal de Justiça tem a competência de, em segundo grau, revisar as decisões dos juízes e, em primeiro grau, julgar determinadas ações em face de determinadas pessoas. Os integrantes do Tribunal de Justiça são os desembargadores, e os Juízes Estaduais são os Juízes de Direito.
A partir da Constituição Federal de 1934, coube a União a competência para legislar exclusivamente sobre o processo, mantendo-se essa regra nas Constituições subsequentes. Assim, tornou-se necessária a preparação de novos Códigos de Processo Civil e Penal. Esta preparação estava o Governo encarregado de organização das comissões de juristas. Contudo, diante das divergências surgidas na comissão encarregada de preparação de um anteprojeto do Código de Processo Civil, um de seus membros apresentou um trabalho, que depois foi revisto etransformou-se no Código de Processo Civil de 1939.
Neste novo Código de 1939, teve como características a adoção do princípio da oralidade, tal como caracterizado por Chiovenda, com algumas concessões à tradição, notadamente no que diz respeito ao sistema de recursos e à multiplicação de procedimentos especiais.
No Código de Processo Penal, instituído através do decreto de lei n. 3869, baseou-se no projeto elaborado por vários autores como Vieira Braga e Nélson Hungria. Compõem-se de seis livros, desdobrados em oitocentos e onze artigos, dentre eles do processo em geral, dos processos em espécie, das nulidades e dos recursos em geral, da execução, das relações jurisdicionais com as autoridades estrangeiras e das disposições gerais.
Com a verificação de alguns defeitos graves apontados nos dois estatutos processuais decorrentes de falhas em sua aplicação, exigiu-se uma reformulação da legislação processual, com novas codificações.
Receberam o cargo de elaborar os anteprojetos do Código de Processo Civil e do Código de Processo Penal. Alfredo Buzaid e José Frederico Marques respectivamente.
O projeto de Buzaid foi submetido auma comissão, logo após ao Congresso Nacional (projeto n. 810/72) e enfim, depois de passar por inúmeras emendas, foi aprovado e em seguida promulgada pela lei n. 5.869, de 11 de Janeiro de 1973.
Por sua vez, o projeto de JoséFrederico, depois de sofrer várias emendas foi aprovado pela Câmara dos Deputados (de 22.11.777) e levado ao Senado Federal, aonde estava quando foi retirado pelo poder executivo. Os trabalhos foram retomados no Governo Figueiredo, que instituiu uma nova comissão composta pelos professores Francisco Assis Toledo, Rogério Laura Tocci e Hélio Fonseca.
Foi finalmente, pela mensagem n. 240, de 29 de junho de 1983, encaminhado ao Congresso Nacional (projeto n . 1.655/83). Foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas desde então permanece sem progresso no Senado Federal.
O Código de Processo Civil de 1973 conta com 1.220 artigos dispostos em cinco livros, “ I – do processo em conhecimento; II – do processo em execução; III- do processo cautelar; IV- dos procedimentos especiais e V- das disposições finais e transitórias”.
No primeiro livro, o código trata da competência dos orgãos do Poder Judiciário, dita normas sobre o procedimento ordinário e sumário e o processo nos tribunais, além de disciplinar os atos processuais e suas nulidades, prova, sentença, cuja julgada e recursos.
No segundo livro destaca-se a disciplina que dá aos títulos executivos judiciais e extrajudiciais, disciplina a competência em matéria executiva, a responsabilidade e as sanções que merecem, além de espécies de execução com procedimentos diferenciados.
No terceiro livro disciplina asmedidas cautelares, com medidas cautelares típicas( nominadas) e medidas atípicas(inominadas).
No quarto livro abrange os procedimentos especiais, distribuídos em duas categorias: as de jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária. E finalmente, no quinto estão as disposições finais e transitórias.
O Código de Processo Penal apresentado no Congresso Nacional acompanha o Projeto José Frederico Marques, seus autores não seguiram o vigente Código de Processo Penal. O projeto conta com o ponto alto; a simplificação dos procedimentos; a instituição do rito sumaríssimo; a racionalização em matéria de nulidade e de recursos; sem contar com várias mini reformas.
Atualmente, no ramo do Processo Civil, temos o projeto de Lei n.º 166/2010 do Senado Federal, que trata do Novo Código de Processo Civil, originou-se do Anteprojeto de Código de Processo Civil elaborado pela Comissão de Juristas nomeada em setembro de 2009. Após alguns debates e trabalhos desenvolvidos pela Comissão Revisora, em dezembro de 2010 o Projeto de Lei n.º 166/2010 foi aprovado pelo Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei n.º 8.046/10.
O projeto visa simplificar processos e dar mais celeridade à tramitação das ações. As principais mudanças são a limitação da quantidade de recursos e a criação um mecanismo para resolução de demandas repetitivas. Com cerca de 300artigos a menos que a lei em vigor, o anteprojeto também busca ordenar de forma mais lógica as normas de processo civil.
Outra proposta é reduzir o número de recursos possíveis para acelerar o trâmite dos processos. O novo código sugere ainda que os juízes de primeiro grau e os tribunais locais sejam obrigados a observar as teses fixadas por tribunais superiores antes de tomar decisões ou aceitar recursos. Além disso, sempre que houver um novo entendimento sobre uma questão, as cortes superiores terão que informar a partir de quando passa a valer a mudança.
Desse modo as mudanças propostas tentam melhorar no direito processual os instrumentos para efetivação dos direitos garantidos e contemplados no ramo do direito material. O que se tem buscado, portanto, é a universalização da justiça, seja facilitando-lhe o acesso a todos, seja distribuindo melhor os ônus da demora no processo, seja permitindo a tutela de interesses que, fragmentados entre os membros da coletividade, não eram adequadamente protegidos.
BIBLIOGRAFIA
CINTRA, A. C. A., DINAMARCO, C. R. e GRINOVER, A. P. Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros, 2010.
DINAMARCO, C. R. Instrumentalidade do Processo. São Paulo: Malheiros, 2003.
PACHECO, José da Silva. Evolução do processo civil brasileiro: desde as origens até o advento do novo milênio. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.
CAPÍTULO 10 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PROCESSUAL BRASILEIRO
Mesmo com a conquista da independência política do Brasil, a legislação lusitana não foi rejeitada. Não contrariando a soberania nacional e o regime brasileiro sua continuidade foi assegurada pelo decreto de 20 de outubro de 1823. O Brasil herdou de Portugal as normas processuais contidas nas Ordenações Filipinas e em algumas leis extravagantes posteriores. Promulgadas por Felipe I em 1603, as Ordenações Filipinas foram grandes codificações portuguesas, precedidas pelas Ordenações Manuelinas (1521) e pelas Afonsinas (1456).As Ordenações Filipinas disciplinaram o processo civil, em seu L. III, dominado pelo princípio dispositivo e movimentado apenas pelo impulso das partes, cujo procedimento, em forma escrita, se desenrolava através de fases rigidamente distintas. O processo criminal, juntamente com o próprio direito penal, era regulado pelo tenebroso L. V das Ordenações, admitindo o tormento, a tortura, as mutilações, as marcas de fogo, os açoites, o degredo e outras práticas desumanas e irracionais, incompatíveis com o grau de civilização já então atingido no Brasil. A Constituição de 1824 não somente estabeleceu alguns cânones fundamentais sobrea matéria, como a proibição de prender e conservar alguém preso sem prévia culpa formada(art. 179, §§ 8º, 9º e 10º) e a abolição imediata dos açoites, da tortura, da marca de ferro quente e de todas as demais penas cruéis (art. 179, § 19), como ainda determinou que se elaborasse, com urgência, "um CódigoCriminal, fundado nas sólidas bases da justiça e da eqüidade" (art. 179, § 18).Em 16 de dezembro de 1830, o Código Criminal do Império em obediência a essa determinação constitucional foi preparado, e afinal, sancionado. Tornou-se então necessária a substituição das leis esparsas e fragmentárias de processo penal por um novo corpo legislativo adequado à aplicação da recente codificação penal, promulgando-se o nosso primeiro "Código de Processo Criminal de primeira instância com disposição provisória acerca da administração da justiça civil. O Código de Processo Criminal inspirou-se nos modelos inglês e francês, aproveitando quase nada da legislação anterior. Sendo o sistema processual inglês do tipo acusatório e o francês do tipo inquisitório, apartando-se um do outro, combinando aspectos e tendências daquelas legislações estrangeiras deram ao legislador brasileiro os elementos para a construção de um sistema misto ou eclético. Por sua clareza, simplicidade, atualidade e espírito liberal, o Código de Processo Criminal brasileiro de 1832, mereceu geral aprovação. Através da lei n. 261, de 3 de dezembro de 1841, alterou-se o Código de Processo Criminal, com o objetivo de aumentar os poderes da polícia, em detrimento do que foi considerado excessivamente liberal no diploma de 1832, aproveitando-se a oportunidade para modificar a disposição provisória, num verdadeiro retrocesso político e legislativo. 
50.51. instituição das normas OGoverno Republicano adotou como uma das primeiras medidas legislativas emrelação ao processocivil,estender às causas civis em geral as normas do Regulamento 737,com algumas exceções (dec. n. 763, de 16.9.1890).Logo após, pelo dec. n. 848, de 11 de outubro de 1890, instituiu-se e organizou-se aJustiça Federal no país, estabelecendo-se, ainda, sobre o modelo do Regulamento 737, asregras do processo para as causas de competência daquela Justiça.Com a Constituição de 1891 consagrou-se, a par da dualidade de Justiça - JustiçaFederal e Justiças Estaduais - a dualidade de processos, com a divisão do poder de legislarsobre direito processual entre a União Federal e os Estados. Portanto, elaborou-se de umlado,a legislação federal de processo, cuja consolidação, preparada por José Higino Duarte Pereira,foi aprovada pelo dec. n. 3.084, de 5 de novembro de 1898; de outro lado, iniciaram-se aospoucos os trabalhos de preparação dos Códigos de Processo Civil e dos Códigos de ProcessoCriminal estaduais, na maioria presos ao figurino federal.Os Códigos de Processo Civil da Bahia e de São Paulo merecem realce especial porrefletirem o espírito renovador e o pensamento científico que animara a doutrina do processona Alemanha e na Itália.52. competência para legislarCom a Constituição Federal de 1934, concentrou-se novamente na União acompetência para legislar com exclusividade em matéria de processo. Somente a de 1988 foique, mantendo em princípio tal competência exclusiva quanto às normas processuaisemsentido estrito, deu competência concorrente aos Estados para legislar sobre "procedimentosem matéria processual" (art. 24, inc. XI) e a"criação, funcionamento e processo do juizado depequenas causas" (inc. X).Com a competência da União para legislar sobre processo, ditada constitucionalmenteem 1934, tornou-se necessária a preparação de novos Códigos de Processo Civil e Penal, tendoo governo organizado comissões de juristas encarregados daquela tarefa.Por surgir divergências na comissão encarregada de preparar um anteprojeto deCódigo de Processo Civil, um de seus membros, o advogado Pedro Batista Martins, apresentouum trabalho de sua lavra. Foi esse trabalho que, depois de revisto pelo então Ministro daJustiça, Francisco Campos, por Guilherme Estellita e por Abgar Renault, transformou-se noCódigo de Processo Civil de 1939.Instituiu-se o vigente Código de Processo Penal através do dec.lei n. 3.869, de 3 deoutubro de 1941,para entrar em vigor em 1º de janeiro de 1942.. Esse Código baseou-se noprojeto elaborado por Vieira Braga, Nélson Hungria, Narcélio Queiroz, Roberto Lyra, Florênciode Abreu e Cândido Mendes de Almeida. 
O Código de Processo Penal compõe-se de seis livros, desdobrados emoitocentos e onze artigos: "I - do processo em geral"; "II - dos processos em espécie";"III - das nulidades e dos recursos em geral"; "IV - da execução"; "V - das relações jurisdicionais com as autoridades estrangeiras"; "VI - disposições gerais".53. reforma legislativaEm dado momento foi possível a verificação dos graves defeitos apresentados pelosdois estatutos processuais, especialmente à vista dos problemas práticos decorrentes de suaaplicação. A apreciação crítica, bemcomo a assistemática afloração de leis extravagantes(complementares ou modificativas), acabaram por exigir a reformulação da legislaçãoprocessual, com a preparação de novas codificações.Para elaborar os anteprojetos do Código de Processo Civil e do Código de ProcessoPenal, os professores da Faculdade de Direito de São Paulo, Alfredo Buzaid e José FredericoMarques, receberam do Governo Federal esses encargos.Revisto por uma comissão, o anteprojeto Buzaid foi submetido ao Congresso Nacional(proj. n. 810/72) e afinal, depois de sofrer numerosas emendas, foi aprovado e em seguidapromulgado pela lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.O Anteprojeto José Frederico Marquesfoi encaminhado ao Congresso Nacional em1975, também depois de uma revisão feita por uma outra comissão, além do próprio autor.Depois de sofrer várias emendas, o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados(DOU de 22.11.77) e encaminhado ao Senado Federal, onde se encontrava quando veio a serretirado pelo Executivo (entre outras causas, porque havia sido revogado o Código Penal de1969, antes mesmo de entrar em vigor).Os trabalhos foram retomados no Governo Figueiredo, e finalmente encaminhado,pela mensagem n. 240, de 29 de junho de 1983, ao Congresso Nacional (proj. n. 1.655/83). Oprojeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas desde então permanece sem progressono Senado Federal.A Lei de Execução Penal teve melhor sorte (lei n. 7.210, de 11.7.1984 em vigor desde13.1.1985).Em face da necessidade de modernização do Código de Processo Penal, o MinistériodaJustiça encarregou a Escola Superior da Magistratura, presidida pelo Ministro Sálvio deFigueiredo Teixeira, de oferecer propostas de reforma do Código, constituindo-se a comissãopela portaria 349/93.Publicados no DOU de 25 de novembro de 1994, a comissão encarregada dostrabalhos e, posteriormente, a comissão de revisão, formadas por juízes, advogados, membrosdo Ministério Público, delegados e professores, apresentou, sempre sob adireção da Escola,seis conjuntos de anteprojetos de lei ao Ministério.Com algumas modificações, o Executivo encaminhou à Câmara dos Deputados amatéria, veiculada pelos projetos de lei n. 4.895, 4.896, 4.897, 4.898, 4.899 e 4.900, todos de 1995.Desses, um projeto foi convertido em lei, outros foram retirados pelo Executivo paraadaptações e alguns ainda se encontram na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dosDeputados.54.55.56. leis modificativas dos Códigos vigentes- as minirreformas do Código de Processo CivilSem contar as leis nns. 6.014, de 27 de dezembro de 1973, e 6.071, de 3 de abril de1974, que adaptaram ao sistema do novo Código de Processo Civil. Inclusive, está em curso umprocesso de pequenas reformas parciais desse Código, com vista à simplificação de seus atos eprocedimentos, para a maior fluência do serviço jurisdicional (desburocratização). Trata-se doque se chamou minirreformas e que se expressa numa série de projetos independentes, cadaum visando a determinado instituto ou setor do Código (citação postal, prova pericial,processo de conhecimento, procedimento sumário, recursos,execução, liquidação desentença, procedimentos especiais). Alguns desses projetos se convertem em leis, das quais asalterações mais significativas sofridas pelo Código de Processo Civil entraram em vigência57.58.a Constituição de 1988 e o direito anteriorSendo a Constituição a base de toda a ordem jurídica, nela assentando-se a legislaçãoordinária, a rigor de lógica, a promulgação de uma nova Constituição deveria ter como efeito aperda de eficácia, não só da Constituição precedente, mas de todas as normas editadas naconformidade dela.As normas ordinárias anteriores, que não sejam incompatíveis com a novaConstituição, persistem vigentes e eficazes, em face do fenômeno da recepção. Renovando-as,a nova ordem constitucional devolve-lhes de imediato a eficácia.Já as normas precedentes incompatíveis não são recebidas pela nova ordemconstitucional, perdendo vigência e eficácia.A Constituição nova revoga as normas anteriores compatíveis. Com ou sem revogação,porém, é indiscutível o fenômeno da perda de eficácia, por não terem essas normas sidorecebidas pela nova Constituição.A Constituição brasileira de 1988 dispôs largamente em matéria processual, com o quediversos dispositivos da legislação anterior perderam eficácia, enquanto outros demandamuma releitura em chave constitucional que os interprete de modo consentâneo com a novaordem jurídica.
Mais profunda foi a reforma processual penal operada pela Constituição, deladecorrendo a perda de eficácia ou uma diversa interpretação de inúmeras disposições da legislação precedente.
FACULDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL 
A evolução histórica do Direito Processual brasileiro e o Projeto do Novo Código de Processo Civil 
Rio Branco – AC 
2013 
MOZAYRA SALGUEIRO DA SILVA 
A evolução histórica do Direito Processual brasileiro e o Projeto do novo código de Processo Civil 
Este Trabalho deve ser entregue ao Professor Leonardo Calid da disciplina de Teoria Geral do Processo, como requisito parcial para obtenção de nota da 2ª NPC. | 
Rio Branco – AC 
2013 
Resumo 
Mesmo com a conquista da independência política do Brasil, a legislação lusitana não foi rejeitada. Não contrariando a soberania nacional e o regime brasileiro, sua continuidade foi assegurada pelo decreto de 20 de outubro de 1823. O Brasil herdou de Portugal as normas processuais contidas nas Ordenações Filipinas e em algumas leis extravagantes posteriores. Promulgadas por Felipe I em 1603, as Ordenações Filipinasforam grandes codificações portuguesas, precedidas pelas Ordenações Manuelinas (1521) e pelas Afonsinas (1456). As Ordenações Filipinas disciplinaram o processo civil, em seu L. III, dominado pelo princípio dispositivo e movimentado apenas pelo impulso das partes, cujo procedimento, em forma escrita, se desenrolava através de fases rigidamente distintas. 
O Estado utiliza o Direito Processual, por meio do processo, pois é este o instrumento de atuação do direito material capaz de solucionar um conflito de interesses estabelecidos entre as partes. É elucidado todas as transições sofridas por este ramo do direito, pelas mudanças ocorridas em suas teorias bem como nas diversas mutações presentes no pensamento dos estudiosos e grandes nomes do direito processual até o presente século. A priori, é necessário saber que o processo teve sua origem desde os tempos remotos, não havendo, nesta época, as divisões de ramos do direito como recentemente. Logo, é evidente afirmar que os legisladores antigos não idealizavam ainda o que viriam a ser as normas processuais. No entanto, o oposto ocorreu na segunda metade do século XX que se caracterizou, na doutrina internacional do processo civil, como um tempo de mudanças. 
O esforço dos mentores intelectuais da bandeira da efetividade do processo propiciou o despertar para a conscientização da necessidade de se pensar em um processo como algo dotado de distinções institucionais bem definidas e que deve cumprir os seus escopos, sob pena de ser menos útil e tornar-se socialmente ilegítimo. O Direito Processual brasileiro teve forte influência vinda dos Processos Grego; Germânico; Romano e Medieval. A situação alterou-se somente após a Revolução Francesa, quando as declarações de diretos passaram a influenciar a aplicação da lei na condição de princípios retores do sistema, quadro que permanecerá até o advento do Estado Democrático Social de Direito. Modernamente, ou seja, a partir deste período, podem ser identificadas uma série de construções teóricas que tentam explicar o processo. Dividem-se em dois grandes grupos, conforme tenham inspiração privatista (contrato) ou publicista. A evolução científica ou doutrinária do direito processual é dividida em três fases, quais sejam: Fase Sincretista, a qual engloba o Período Primitivo, a Escola Judicialista, o Praxismo, como também o Procedimentalismo, posteriormente há a Fase Autonomista ou Conceitual (Científica) e, por fim, a Fase Instrumentalista. 
Atualmente, a ciência do processo civil passa por grandes modificações. Ao lado do processo civil clássico, têm surgido novas tendências e instrumentos diversificados, que se destinam a fazer frente às necessidades das sociedades contemporâneas. As atuais tendências não suprimem o processo tradicional, mas com ele se harmonizam. Há, nos dias de hoje, notável preocupação com certos aspectos do processo, para os quais as regas tradicionais não dão solução. São notórios, por exemplo, os problemas relacionados ao acesso à justiça e à lentidão dos processos, bem como à distribuição dos ônus decorrentes da demora na solução dos conflitos. 
Há ainda preocupação quanto à socialização da justiça, que provém da tomada de consciência de que muitos dos conflitos de interesses deixavam de ser levados a juízo, seja em virtude do custo que isso demandava, seja porque o interesse não tinha um lesado direto, pois o dano pulverizava-se entre toda a sociedade (interesses difusos e coletivos). São exemplos das novas tendências do processo civil a criação dos juizados especiais cíveis, que procuram facilitar o acesso jurisdicional tornando consumidores da justiça pessoa que possivelmente não levariam a juízo seus litígios de menor extensão; as tutelas de urgência, que buscam minimizar os efeitos danosos da demora do processo, a tutela de interesses difusos e coletivos atribuída a determinados entes, e que resultou na Lei da Ação Civil Pública e na proteção coletiva do consumidor, entre outros. O que se tem buscado, portanto, é a universalização da justiça, seja facilitando-lhe o acesso a todos, seja distribuindo melhor os ônus da demora no processo, seja permitindo a tutela de interesses que, fragmentados entre os membros da coletividade, não eram adequadamente protegidos. 
Em tempos modernos, a busca por uma possível solução sem tanta burocracia leva as autoridades a apesentarem projetos para um novo Código de Processo Civil. O relatório prevê, por exemplo, que a apelação contra decisão de um juiz de primeira instância seja feita diretamente ao tribunal de segunda instância. Outra medida prevista no parecer para dar mais rapidez às decisões judiciais e desafogar os tribunais é o chamado incidente de ações repetitivas. O relator afirma que o dispositivo do novo Código de Processo Civil vai atingir milhares de ações propostas por consumidores contra planos de saúde, concessionárias de telefonia e bancos. A eficácia normativa da jurisprudência, incluída no relatório, também vai ajudar a acelerar a tramitação das ações. O texto estabelece que as decisões dos tribunais superiores deverão ser seguidas pelas instâncias inferiores. 
O anteprojeto foi elaborado por uma comissão de notáveis juristas, presidida pelo Ministro Luiz Fux e na qual figurou como relatora-geral, a professora da PUC/SP e emérita jurista Teresa Arruda Alvim Wambier, tendo sido aprovado pelo Senado em 2010. Durante a discussão na Câmara, os deputados receberam contribuições dos cidadãos por meio da comunidade virtual do portal e-democracia.
UNIP
A Evolução do Direito Processual no Mundo e no Brasil
Teoria Geral do Processo
Prof. João Carlos Saletti
Valter Rodrigues Lima RA. B10876-2 
2º Semestre sala 509
Origem da Civilização
O desejo de conhecer as origens do ser humano provavelmente já passou,ou irá passar pela cabeça de cada pessoa.
Quem nunca ouviu dizer,ou leu algum texto dizendo que o homem é descendente de espécies de hominídeos? Ou ainda,que fomos criados à imagem e semelhança de Deus?
Desde quando existem relatos sobre a humanidade,é possível observar que o homem busca sempre organizar-se em grupos ou sociedades.Das sociedades pré-letradas até às pós-industriais,os homens movem-se dentro de sistemas de regras.
Todavia esse convívio nem sempre e quase nunca se deu de forma harmônica,uma vez que o homem,por vezes expõe o seu lado instintivo da agressividade.
Para evitar conflitos surge o Direito Penal,cujo escopo principal é defender a coletividade,buscando uma sociedade mais pacífica e prevenir danos jurídicos relevantes.
Contudo,a história do direito penal não é continua,apesar de sempre estar envolvida numa luta qual vai surgindo,ardualmente a concepção do homem como pessoa,isto é, como ser dotado de autonomia moral.
Em tempos primitivos não havia um sistema orgânico (leis) de princípios penais nessa época,
O direito era envolto por um ambiente mágico e religioso,onde os fenômenosnaturais maléficos eram vistos como manifestação da ira divina que exigiam uma reparação humana.
Para conter essa ira,restava aos homens criar uma série de proibições cujo descumprimento acarretava em castigo (sacrifícios com a vida ou oferenda),isso acabou por gerar o moderno conceito de crime e pena.
Pela vingança privada,cometido um crime a reação de parentes,vitima e grupos sociais eram desproporcionais contra o ofensor ou até a sua família,muitas vezes grupos chegavam até serem dizimados
Daí o nome lei de Talião: de acordo com as condições adequadas,tais como a capacidade de todos os atores participarem de uma forma interativa, “olho por olho,dente por dente” tem uma base no jogo de teorias estratégicas Olho por Olho.
Código de Hamurabi,em 1780 a.C,no reino da Babilônia a lei não permitia que as pessoas fizessem justiça elas mesmas e de forma desproporcionada,introduzindo um início de ordem na sociedade,no respeitante ao tratamento de crimes e delitos.
O criminoso é punido taliter, ou seja,de maneira igual ao dano causado ao outro.A punição era dada de acordo com a categoria social do criminoso e da vítima.Do código de Hamurabi foram trazidos 281 artigos de relações de trabalho,família,propriedade e escravidão.
O código é muitas vezes indicado como o primeiro exemplo do conceito legal de que algumas leis são tão básicas que mesmo um rei não pode modificá-las.
Já o Torah dosjudeus, partes abordam aspectos mais apurados de algumas seções do código de Hamurabi que tem a ver com o direito de propriedade, e devido a isso alguns especialistas sugerem que os hebreus tenham derivado sua lei deste.No entanto,o livro (Documentos da época do Velho Testamento): “ Não existe fundamento algum para se assumir qualquer empréstimo pelos hebreus dos babilônios.Mesmo se os dois conjuntos de leis diferem pouco na prosa, eles diferem muito no espírito.”
Evoluiram substituindo da pena de talião pela multa,prisão e gravames físicos,extinção da pena de morte, aplicando-se a prisão perpétua.
Leis de Manu: são tidas como a primeira organização geral da sociedade sob forte motivação religiosa e política.
As leis de Manu são concebidas como um calabouço profundo,onde o Hindu de classe média ou inferior encontrava um abismo legal diante de suas ações inseguras.
Isto é justificado,em face da concepção de que o castigo e a coação são essenciais para se evitar o caos na sociedade.
Segundo o código os sacerdotes ocupavam uma casta superior na hierarquia social.
Neste código há uma série de idéias sobre valores,tais como: Verdade,Justiça e Respeito.
Os dados processuais que versam sobre a credibilidade dos testemunhos atribuem validade diferente à palavra dos homens,conforme às castas que pertencem.
Direito Penal dos Romanos: Separa direito e religião, princípios penais sobre oerro,culpa,dolo,imputabilidade,coação irresistível,agravantes,atenuantes e legítima defesa.
Em 450 a.C., os decênviros inscreveram as leis em dez tábuas (tabulae),mas seu trabalho foi considerado insuficiente pelos plebeus. Um segundo decenvirato teria então acrescentado duas tábuas,em 449 a.C. Doze Tábuas foi em seguida aprovada em assembleia.
Antes da Lei das Doze Tábuas (754-2012 a.C.), o direito privado consistia do antigo direito civil romano (ilus civile Quiritium),que se aplicava apenas aos cidadãos romanos.
As Doze Tábuas não pretendiam ser um sistema completo e coerente de todas as regras jurídicas aplicáveis.Na verdade continham algumas disposições legais cujo propósito era alterar o direito consuetudinário da época.
Embora contivessem disposições sobre todas as áreas do direito,predominavam ao direito privado e ao processo civil.
Entretanto,a maior contribuição de Roma à cultura jurídica européia não foi a promulgação de leis bem redigidas,mas o surgimento de uma classe de juristas profissionais e de uma ciência do direito,por meio de um processo gradual de aplicação dos métodos da filosofia grega ao direito, um tema que os gregos jamais haviam tratado como ciência.
Direito Penal Germânico: Não havia leis escritas,era com base nos costumes.Vingança privada,ausência de dolo,culpa e caso fortuito.Aplicação do princípio proporcionalidade.Ordálias e duelos judiciários.Direito Penal Canônico; Influência do crisitianismo,igualdade entre os homens,busca também a regeneração do criminoso pelo arrependimento ( levou a excessos pela inquisição).
Direito Penal Medieval:Volta da pena de morte,executadas de forma cruel,desigualdade de tratamento em virtude da classe social,insegurança jurídica consequência do arbítrio judiciário.
Período Humanitário: Nesse período pregou-se uma forma do Direito Penal e da administração da justiça de Beccaria (símbolo da reação liberal ao desumano panorama penal vigente).
Em 1748 o Barão de Montesquieu elaborou uma teoria política,que apareceu em sua obra, o Espírito da leis, em que defende a divisão do poder público em três poderes.
Essa separação,segundo o autor,é essencial para que haja a liberdade do cidadão em se sentir seguro perante o Estado e perante outro cidadão,pois se fosse dado a mais de um desses poderes o poder de legislar e ao mesmo julgar essa medida seria extremamente autoritária e arbitrária perante o cidadão que estaria praticamnete indefeso,ou seja,estaria a mercê de um juiz legislador.
Direito Penal no Brasil
No inicio da colonização.o Direito Penal brasileiro era,de certa forma,influenciado pelos costumes das tribos,assim tinha-se aqui,vingança privada,punições severas,ordálias etc.
Posteriormente,a legislação penal vigente era baseada na sOrdenações Filipinas (compilação jurídica base dodireito português até o século XIX).
Com a vida da família real para o Brasil,em 1808,isso em nadanfoi alterado,isso começou a mudar em 1824,com a Constituição outorgada pelo Imperador,cuja tendência era liberal (principio da reserva legal e da irretroatividade da lei mais severa),começou a se formar a base para a criação do ordenamento jurídico brasileiro.
Foram apresentados dois projetos de CP,(1) de Bernardo Pereira de Vasconcelos contendo tanto a parte material como a processual e (2) de Clemente Pereira,que mais se aproximava co Código Penal português.
Em 1831 entrou em vigor o novo Código,marcado por um pensamento contratualista (Hobbes),liberal,sistema de penas fixas e dia-multa.Posteriormente veio a influenciar os Códigos da Espanha e outros países da América Latina.
Em 1890 foi aprovado o novo CP da República brasileira(liberal pragmático),tendo sido editadas inúmeras leis extravagantes posteriormente,o que levou a uma Consolidação das Leis penais em 1932.
Em 1893 foi apresentado um projeto por Vieira de Araújo para substituir o CP,mas não foi dado prosseguimento ao mesmo.Em 1913,sob influencia de Von Liszt,Galdino Siqueira apresentou outro projeto,o que também ocorreu em 1927,1928 e 1935 com Sá Pereira.
Em 1936,Alcântara Machado elaborou um novo projeto,com exposição de motivos,influenciado pelas tendências da época.Em 1940 foi apresentado o projeto definitivo que em 1942virou o CP brasileiro,rígido,autoritário,duplo binário,com possibilidades de se burlar a Constituição e permitir pena perpétua.É um sistema inseguro,que foi atenuado,aos poucos,pela doutrina e jurisprudência.
Em 1961 Nelson Hungria apresentou um novo projeto de CP,publicado em 1963 e sancionado em 1969,menos repressivo,mas ainda assim,rígido.
Em 1979,iniciou-se um projeto para a reforma do Código Penal e Processual Penal e para elaboração de uma lei de execuções penais. Em novembro de 1980 foi instituída uma comissão de reforma da parte geral do CP,sendo publicas as leis 7209/1984 e 7210/1984, respectivamente,a reforma da parte geral e a lei de execuções penais.Retoma-se o principio da Culpabilidade,e diminui-se os efeitos da reicidência,reformula-se o instituo do erro, exclui-se a responsabilidade objetiva.Adota o sistema vicariante etc.
O inicío desta caminhada são o resultado de uma longa história,onde foram dabatidos ao longo dos séculos por filósofos e juristas, os Direitos Humanos.
O conceito de direitos humanos tem a idéia de liberdade de pensamento e de expressão,e a igualdade perante a lei,pois é fundamental para a nossa sociedade.
A história do poder punitivo é rude,pois é capaz de suprimir a liberdade e,em alguns casos até mesmo a própria vida.
Referências:
Mundojuridico.adv.br
Barão Charles de Montesquieu
Bajer,Paula Processo penal e cidadania –
CONCLUSÃO
Muito ainda poderia ser dito, da evolução do Processo Penal, que levou as garantias do devido processo penal, do acesso à justiça criminal, do juiz natural, do tratamento paritário dos sujeitos parciais do processo penal, da plenitude de defesa, da publicidade, da motivação dos atos decisórios, do término da persecução penal em prazo razoável e da legalidade da execução penal.
Os princípios constitucionais atuais, que trouxeram a reserva legal, buscando a garantia política e a função dogmática, levando o devido processo legal, dentro do qual existem institutos que se propõem a buscar soluções para os graves problemas que envolvemo cidadão e suas garantias constitucionais.
Concluindo-se, considera-se, pois se ter atingindo os objetivose ainda, ter contribuído com uma a literatura sobre o tema, fornecendo assim, subsídios que possam suprir a necessidade de seu envolvimento com os Direitos e Garantias Individuais do Processo Penal, tornando-se parte da situação jurídica do país.
Para finalizar vale dizer que a presente pesquisa não tem como objetivo ser determinante em seus resultados, nem tão pouco esgotar o tema em questão. Ao contrário, visa incentivar mais estudos acerca dos temas aqui discutidos.
REFERÊNCIAS
BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Direito e Processo – influência do Direito Material sobre o Processo. 6ª Edição. Editora Malheiros. São Paulo: 2011.
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 1996.
GRINOVER, Ada Pellegrini. O Processo em Evolução. Editora Forense Universitária. Biblioteca Jurídica. Rio de Janeiro: 1999.
GRINOVER, Ada Pellegrini; FERNANDES, Antonio Scarance; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. As nulidades no processo penal. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 1993.
MIRABETE, Júlio Fabrini. Processo penal. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NERY JÚNIOR, Nelson. Princípios do Processo na Constituição Federal. 10ª Edição. Editora Revista dos Tribunais. São Paulo: 2011.
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Código de Processo Penal Comentado. São Paulo:Saraiva, 1999.p. 76.
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 15 a. Ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
TUCCI, Rogério Lauria. Direitos e garantias individuais no processo penal brasileiro. São Paulo: Saraiva, 1993. p. 45.
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[1] Mirabete, Julio Fabbrini, execução penal, p.455
[2] Capez, Fernando, Execução Penal, p.16
[3] Grinover, Ada Pellegrini, execução penal, p.7
[4] Nogueira, Paulo Lúcio, Comentário a lei de execução penal, p.5/6
[5]Mirabete, Julio Fabbrini, Execução Penal,p.25
[6] Mirabete, pó. Cit, p.24
[7] Carnelutti, Francesco, citação feita na obra de Mirabete, p.34
[8] Mirabete, p.34.
[9] Mirabete,p.35
[10] Grinover, citação feita na obra de Badaró, Gustavo Henrique, p.406
[11] Badaró, p. 406
[12] Badaró, Gustavo Henrique R., p.407
[13] Súmula 42, citada na obra de Badaró...p408
[14] Badaró...p.408
[15] Mirabete, Julio Fabbrini, execução penal, p.455
[16] Capez, Fernando, Execução Penal, p.16
[17] Grinover, Ada Pellegrini, execução penal, p.7
[18] Nogueira, Paulo Lúcio, Comentário a lei de execução penal, p.5/6
[19]Mirabete, Julio Fabbrini, Execução Penal,p.25
[20] Mirabete, p.34.
[21] Mirabete,p.35
[22] Badaró, p. 406
[23] Badaró, Gustavo Henrique R., p.407
[24] Súmula 42, citada na obra de Badaró, p.408
[25] Badaró...p.408
[26] Badaró, p. 410
[27] TUCCI, Rogério Lauria. Direitos e garantias individuais no processo penal brasileiro. São Paulo: Saraiva, 1993. p. 45.
[28] Tourinho Filho, Fernando da Costa. Código de Processo Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 1999.p. 76.
Introdução
A análise da evolução histórica do Direito Processual é de grande importância para a compreensão dos seus diversos institutos e princípios.
Os princípios processuais como discorrido pela doutrina majoritária são importante para o conhecimento das dificuldades e do fundamento dos trâmites processuais e do entendimento de sua morosidade.
 Desta forma este estudo possui o objetivo de demonstrar a utilização da conciliação no processo penal.
A finalidade do direito, como ser normativo, é a de levar proteção ao homem e à sociedade.
Este estudo busca apresentar a evolução do Direito Processual Penal, destacando-se sua presença na Legislação Pátria.
O estudo se caracteriza de forma inicial pelo levantamento de referenciais teóricos, com a seleção da literatura para sustentação, discussão do pensamento acerca do tema e análise dos fatos na verificação dos conceitos teóricos, seguindo-se pela verificação e confrontação das respectivas definições.

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