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Aula 06

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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
Clara Brum
Aula 6
Ética da Advocacia
Um advogado poderá formar uma Sociedade de Advogados ou constituir uma Sociedade Unipessoal de Advocacia.
A sociedade de advogados tem natureza jurídica de sociedade simples, um novo tipo societário introduzido no Código Civil de 2002, substituindo a antiga Sociedade Civil.
Ética da Advocacia
Art. 15, caput, EOAB.  Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral (alterado pela Lei nº 13.247, de 12 de janeiro de 2016).
Ética da Advocacia
Art. 15, § 7o, EOAB. A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração.   (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Ética da Advocacia
Atenção! Ambas só adquirem personalidade jurídica com o seu registro no Conselho Seccional da sua base territorial, ou seja, do local em que funcionará a sede da sociedade.
Ética da Advocacia
Art. 15, EOAB.
§ 1º.  A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
§ 2º. Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber.
Ética da Advocacia
Não são admitidas sociedades de advogados que assumam a forma de sociedade por quotas, limitada, ou qualquer outra forma de sociedade empresária (art. 16, EOAB). Ademais, o número de registro da sociedade inscrita na OAB deve figurar em todos os contratos que celebrar, conforme exprime o art. 7°, § 2° do Prov. 112/2006. 
Ética da Advocacia
Art. 16, § 1º, EOAB. A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
Ética da Advocacia
O Estatuto determina que as procurações sejam individuais e que, por razões éticas, nenhum dos advogados poderá integrar mais de uma sociedade de advogados na mesma base territorial (art. 15, § 3º, EOAB).
Ética da Advocacia
A restrição ética não alcança os contratos de associação entre a Sociedade de advogados e advogados (art. 39, parágrafo único do RGOAB) para patrocínio comum sem vínculo de subordinação. Conforme art. 8°, § 2° e 3° do Provimento 112/2006, a cada advogado associado deverá ser elaborado um contrato em separado.
Ética da Advocacia
A Sociedade de advogados poderá ter filial em outras Seccionais (outro Estado ou Distrito Federal), desde que previsto em seu ato constitutivo. Para tanto, todos os sócios ou titular da Sociedade unipessoal obrigam-se à inscrição suplementar na Seccional onde figurar a filial (art. 15, § 5° EOAB).
Ética da Advocacia
os advogados de uma mesma sociedade não podem patrocinar clientes com interesses opostos. A regra expressa no § 4º e 6º do art. 15 é reforçada no art. 19 do Código de Ética e Disciplina da OAB. 
Com isso, pretende-se evitar condutas que configurem tergiversação ou patrocínio infiel, crimes previstos no art. 355, caput e parágrafo único do CP ( art. 15, § 4º e 6º, EOAB).
Ética da Advocacia
O contrato de uma sociedade de advogados deverá respeitar os requisitos expressos no art. 2° e seus incisos, do Prov. 112/2006, a respeito da denominação, finalidade, sede, duração, administração, representação judicial e extrajudicial, responsabilidade solidária e subsidiária dos sócios, extinção e qualificação dos fundadores, dentre outros.
Ética da Advocacia
Art. 16, § 2º, EOAB. O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição.
Ética da Advocacia
Art. 17, EOAB. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.
 
Ética da Advocacia
Do Advogado Empregado: (art. 18 ao 21 do EOAB; art. 11 a 14 do RG);  
Ética da Advocacia
 
Mantém a isenção técnica e a independência;
Não está obrigado a prestar serviços particulares ao empregador;
O salário mínimo será fixado em sentença normativa ou convenção coletiva;
Jornada diária: 4 (quatro) horas contínuas/ 20h semanais;
Dedicação exclusiva: art. 12, RG – 8h/40h semanais.
Ética da Advocacia
Hora extra: não inferior a 100% (cem por cento) sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito;
Adicional noturno das 20h às 5h do dia seguinte: acréscimo de 25% ( vinte e cinco por cento).
As disposições do art. 18 ao 21 do EOAB não se aplicam ao advogado público.
Sindicato/Confederação/Federação dos Advogados – representar nas convenções ou acordos coletivos;
Ética da Advocacia
Art. 21, caput, EOAB: os honorários de sucumbência podem ser livremente pactuados.
Art. 21, parágrafo único, EOAB: na hipótese de sociedade de advogados serão partilhados, na forma estabelecida em acordo. 
ADI 1194/DF
Referências:
BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil. Lei 8.906, de 4 de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. 2015.
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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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Referências:
COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Comentários ao novo código de ética dos advogados. São Paulo: Saraiva, 2016.
 
GONZAGA, Álvaro de Azevedo; NEVES, Karina Penna; BEIJATO JUNIOR, Roberto. Estatuto da advocacia e novo Código de Ética e Disciplina da OAB comentados. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
 
LÔBO, Paulo L. N. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2015.
Clara Maria Cavalcante Brum de Oliveira
Possui graduação em Comunicação Social - Faculdades Integradas Hélio Alonso (1990), graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000), graduação em Direito pela Universidade Estácio de Sá (2005) e mestrado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professora assistente da Universidade Estácio de Sá. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia, filosofia da ciência, filosofia, filosofia política e filosofia do direito. Lattes:  http://lattes.cnpq.br/2000062113086870
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