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A INFLUENCIA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL

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ciências exatas e tecnológicas
GRUPO TIRADENTES
Luiz Alberto de Castro Falleiros
Mozart Neves Ramos
Richard Doern
Conselho de Administração
Jouberto Uchôa de Mendonça Júnior
Superentendente Geral
Temisson José dos Santos
Superentendente Acadêmico
Ihanmarck Damasceno dos Santos
Superentendente de Relações Institucionais e Mercado
André Tavares Andrade
Superentendente Administrativo Financeiro
UNIVERSIDADE TIRADENTES - UNIT
Jouberto Uchôa de Mendonça
Reitor
Amélia Maria Cerqueira Uchôa
Vice - Reitor
Juliana Cordeiro Cardoso
Diretora de Pesquisa e Pós-Graduação
Marcos Wandir Nery Lobão
Diretor de Educação Corporativa 
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Diretora de Graduação
Paulo Rafael Monteiro Nascimento
Diretor de Educação a Distância
DIRETORES DOS CAMPI DA UNIVERSIDADE TIRADENTES
Geraldo Chagas Ramos
Campus Aracaju Centro
Maria Aledni Santana Mendes
Campus Itabaiana
Adriana Rocha Fontes
Campus Estância
Adelina Amélia V. Lubambo de Britto 
Campus Propriá
EXPEDIENTE
Cristiane de Magalhães Porto
Editora Científica
Alexandre Meneses Chagas
Editor-Gerente
Cassius Gomes de Oliveira
Editor-Executivo
Linda Barros (Estagiária)
Capa e Diagramação
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Finalização e Suporte Digital
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Revisão de inglês
Ana Regina Messias
Revisão de português 
EDITORA UNIVERSITÁRIA TIRADENTES
Edunit
Av. Murilo Dantas, 300 
Farolândia - Aracaju/SE
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CEP 49032-490
Telefone (79) 3218 2185
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editora@unit.br
Os trabalhos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. 
Permitida a reprodução, total ou parcial, desde que citada a fonte. 
Solicita-se permuta/ exchanges dedired
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
https://periodicos.set.edu.br/
C122 Cadernos de graduação: ciências exatas e tecnológicas. – Universi-
dade Tiradentes. - Vol. 3, n.3 (Out. 2016) – Aracaju: Grupo Tiradentes, 
2016. 
Incluir Bibliografias
Semestral
ISSN 1980-1777
1.Ciências exatas e tecnológicas. 2. Produção cientifica. I. Universi-
dade Tiradentes (Unit). Aracaju. 
CDU: 001.8:378.4 (813.7) 5/6
CONSELHO EDITORIAL
CONSELHO CONSULTIVO 
Dr. Sergio Persio Ravagnani 
UNICAMP/FEQ
Drª. Aline Carvalho da Costa
UNICAMP/FEQ
Dr. Luiz Carlos Pereira da Silva
UNICAMP/FEEC
Dr. Martin Aznar
UNICAMP/FEQ
Drª. Roberta Ceriani
UNICAMP/FEQ
Dr. Roberto Rodrigues de Souza
UFS/DEQ
Dr. Carlos Alexandre Borges Garcia
UFS/DQ
Dra. Ana Cláudia Garcia André
Faculdade Integrada Tiradentes
Dr. André Fernando Fermoseli
Faculdade Integrada Tiradentes
Me. Luzan Beiriz Gonçalves
Faculdade Integrada Tiradentes
Dra. Ana Paula Freitas da Silva
Faculdade Integrada Tiradentes
Me. Albérico José de Moura Saldanha Filho
Faculdade Integrada Tiradentes
Dr. Sandovânio Ferreira de Lima
Faculdade Integrada Tiradentes
Me. Benisio Silva Filho
Faculdade Integrada Tiradentes
Dr. Haroldo Silveira Dórea
UFS/DQ
Dr. Rogério Luz Pagano
UFS/DEQ
Me. Ruan Carlos A. Moura
UESC
Dr. Jeânderson de Melo Dantas
UNIT
Drª. Manuela Souza Leite
UNIT
Dr. Renan Tavares Figueiredo
UNIT
EDITORIAL
Seguindo seu objetivo, os cadernos de Graduação de Ciências Exatas e Tecnológicas 
da Universidade Tiradentes, contribuem mais uma vez para o desenvolvimento do ensino 
e da pesquisa do Grupo Tiradentes, divulgando parte dos trabalhos de pesquisa desenvol-
vidos pelos alunos de graduação da área de ciências exatas.
Nesta edição, são apresentados oito trabalhos desenvolvidos pelos alunos da área de 
engenharia de petróleo, engenharia civil, engenharia de produção, licenciatura em mate-
mática e ciências da computação.
Os cadernos de Graduação, como meio de divulgação da pesquisa a nível de gradua-
ção, já consolidado dentro do grupo Tiradentes, apresentam nesta edição, trabalhos que 
envolvem desde aplicações de conceitos matemáticos como por exemplo a Álgebra Boo-
leana até a análise de normas regulamentadoras dos trabalhadores da área de engenharia 
civil. Esta diversidade mostra, o quanto este periódico, vem contribuindo com a consolida-
ção do ensino, pesquisa e extensão da Universidade Tiradentes.
Assim, esta edição promove mais uma vez a continuidade das edições anteriores, 
indo além de um meio de divulgação de trabalhos, mas, também como uma ferramenta 
de auxílio para consolidação dos conceitos apresentados pelos professores em sala de aula, 
colaborando para a melhor formação de alunos para programas de mestrado e doutorado, 
como também de profissionais mais preparados para o mercado de trabalho.
 
Prof. Msc Cassius Gomes de Oliveira
Prof. Adjunto III
Universidade Tiradentes – UNIT (www.unit.br)
EDITORIAL ...........................................................................................................................................9
TECNOLOGIA DOS MATERIAIS: 
A UTILIZAÇÃO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL...............................11
Yuri Sotero Bomfim Fraga | Andréa Quaranta Barbosa | Ivan Santos Dortas 
Luís Henrique Pereira Santos | Walter Vieira Mota
Engenharia Civil
A INFLUÊNCIA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL.............................................25 
Yuri Sotero Bomfim Fraga | Ivan Santos Dortas | Walter Vieira Mota 
Cassio Kayque Costa Castro | Luiz Henrique Pereira Santos
Engenharia Civil
ANÁLISE DAS NORMAS REGULAMENTADORAS LIGADAS AO TRABALHO 
EM ALTURA NA CONSTRUÇÃO CIVIL...............................................................................................33 
Yuri Sotero Bomfim Fraga | Camila Alice Santos Meneses
Engenharia Civil
ESTUDO DOS PROCEDIMENTOS E NORMAS DE ABANDONO E CAUSAS DE ACIDENTES 
POR FALHAS NA CIMENTAÇÃO DOS POÇOS DE PETRÓLEO....................................................51 
 Fellipe Brito Almeida | José Raimundo de Souza Pereira Júnior | Letícia Carvalho Machado
Engenharia de Petróleo
A ÁLGEBRA BOOLENA PRESENTE NOS CIRCUITOS LÓGICOS...................................................63 
 Vilton Ricardo dos Santos | Cassius Gomes de Oliveira
Matemática
PAGE RANK: O FUNCIONAMENTO DA FERRAMENTA DE BUSCA DO GOOGLE.......................73 
Marcos Vinicius Oliveira | Joao Otavio Bovoloni | Efraim Santana Leite Filho | Gabriel Menezes4
Ciências da Computação
MANIPULADORES ROBÓTICOS INDUSTRIAIS...............................................................................85 
Paulo Victor Galvão Simplício | Beatriz Rêgo Lima | Janaína Accordi Junkes
Engenharia Mecatrônica
SUBSIDÊNCIA DO SOLO: O REFLEXO DA EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO NA SUPERFÍCIE.........95 
Liderlania Rodrigues da Silva | Everton dos Santos Lourenço
Lysana Marle Vieira de Santana | ElayneEmilia Santos Souza
Engenharia de Petróleo
SUMÁRIO
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.br
A INFLUÊNCIA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO 
NA ENGENHARIA CIVIL
Yuri Sotero Bomfim Fraga1 
Ivan Santos Dortas2
Walter Vieira Mota3
Cassio Kayque Costa Castro4
Luiz Henrique Pereira Santos5
Engenharia Civil
ISSN IMPRESSO 1980-1777
ISSN ELETRÔNICO 2316-3135
ciências exatas e tecnológicas
RESUMO
Nos últimos anos, foi possível observar diversas crises relacionadas à escassez de água. 
O principal motivo foi a falta de chuvas, que pode ser explicado devido à redução da 
evaporação das águas dos rios, lagos e oceanos e da transpiração das plantas. À junção 
dos fenômenos de evaporação e transpiração dá-se o nome de evapotranspiração. Ela é 
de fundamental importância para a engenharia civil por diversos motivos, dentre eles o 
dimensionamento da rede de drenagem. O correto dimensionamento além de diminuir 
os custos de um possível superdimensionamento pode diminuiro número de enchentes 
em caso de um subdimensionamento. Outro fator ligado à engenharia está na produção 
de energia elétrica por meio das usinas hidrelétricas. Com o rebaixamento do nível de 
água, ocorre a diminuição da produção de energia elétrica. Devido a esses fatores, faz-
-se necessário o correto estudo das bacias hidrográficas, levando em consideração o 
balanço hídrico da região em estudo. 
PALAVRAS-CHAVE
Evapotranspiração. Dimensionamento. Engenharia.
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
26 | Cadernos de Graduação
ABSTRACT
In recent years, we observed many crises related to water scarcity. The main reason 
was low rainfall, which can be explained by the reduction of evaporation of water 
from rivers, lakes and oceans and plant transpiration. At the junction of evaporation 
and transpiration phenomena gives the name of evapotranspiration. It is of funda-
mental importance for civil engineering for various reasons, including the dimen-
sioning of the drainage system. The correct dimensioning in addition to reducing 
the costs of a possible oversizing can decrease the number of fl oods in case of an 
undersizing. Another factor connected to engineering is the production of electricity 
through hydroelectric plants. With the lowering of the water level, there is a decrease 
in electricity production. Because of these factors, it is necessary to correct the study 
of the hydrographic basins considering the water balance of the region studied.
KEYWORDS
Evapotranspiration. Dimensioning. Engineering.
1 INTRODUÇÃO
As águas se encontram em permanente movimento, constituindo o ciclo hi-
drológico. A água que é transformada em vapor pela radiação solar e a transpiração 
dos organismos vivos sobem para a atmosfera, onde esfriam progressivamente dando 
origem às nuvens. As massas de água formadas por estes vapores voltam à superfície 
terrestre através da ação da gravidade, nas formas de chuva, neblina e neve.
Figura 1 – Evapotranspiração
Fonte: Conceitos de hidrologia (2009)
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
Cadernos de Graduação | 27
Por meio das massas de ar, acontece a principal transferência de água para 
a superfície terrestre, a precipitação, esta tem como sua forma mais comum a 
chuva. A precipitação acontece quando as micro gotículas nas nuvens atingem 
o tamanho e o peso suficiente para que a força da gravidade supere as turbulên-
cias do meio atmosférico. 
No trajeto em direção à superfície terrestre, a precipitação já sofre evaporação. 
Esta consiste no processo físico no qual um líquido ou sólido passa para o estado ga-
soso. A evaporação depende da energia proveniente da radiação solar. A temperatura 
do ar está associada à radiação solar, portanto correlaciona-se com a evaporação.
Por meio da perda de água por evaporação do solo e transpiração das plantas acon-
tece a evapotranspiração, que apresenta grande importância para um balanço hídrico de 
uma bacia e para um balanço hídrico agrícola. A passagem para a atmosfera ocorre por 
estômatos localizados nas folhas e a diferença total do potencial entre o solo e a atmosfera.
A evapotranspiração pode ser definida como a soma da evaporação com a 
transpiração. A evaporação está tem como sua principal fonte de alimentação os 
oceanos, pois eles possuem grande quantidade de água que são transformados 
em vapor. A transpiração tem como sua principal fonte de alimentação as plan-
tas, pois elas perdem água através de suas folhas, transformando-a em vapor.
Com a variação de um dos constituintes do ciclo hidrológico, há um grande im-
pacto no cotidiano. Com o desmatamento, por exemplo, o volume de água evapora-
do a partir da transpiração das plantas diminui, ocasionando a diminuição do volume 
de água precipitado, ocasionando as secas.
O presente artigo tem como objetivo demonstrar a importância da evapotrans-
piração para as bacias hidrográficas e sua influência na construção civil. O desenvol-
vimento do mesmo baseia-se em pesquisa bibliográfica.
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
O ciclo hidrológico tem importância fundamental para bacias hidrográficas, 
rede de drenagem pluvial, rede de esgoto, usinas hidrelétricas. De acordo com Tucci 
(2002, p. 41), o papel hidrológico da bacia hidrográfica é transformar uma entrada de 
volume concentrada no tempo (precipitação) em uma saída de água (escoamento) 
de forma mais distribuída no tempo.
O ciclo hidrológico é o princípio unificador fundamental 
de tudo o que se refere à água doce do planeta. O ciclo é 
o modelo pelo qual se representam a interdependência e 
o movimento contínuo de água nas fases sólidas, líquida e 
gasosa. (TUNDISI, 2005, p.5). 
De acordo com Tundisi (2005, p. 5), os componentes do ciclo hidrológico são: 
- Precipitação: água adicionada à superfície da terra a partir da atmosfera. Pode 
ser líquida (chuva) ou sólida (neve ou gelo);
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
28 | Cadernos de Graduação
- Evaporação: processo de transformação da água em sua forma líquida para a 
fase gasosa (vapor d`água). A maior parte da evaporação se dá a partir dos oceanos; 
nos lagos, rios e represas também ocorre evaporação;
- Transpiração: processo de perda de vapor d`água pelas plantas, o qual entra 
na atmosfera;
- Infiltração: processo pelo qual a água é absorvida pelo solo;
- Percolação: processo pelo qual a água entra no solo e nas formações rochosas 
até o lençol freático;
- Drenagem: movimento de deslocamento da água nas superfícies, durante a 
precipitação.
Ainda é possível classificar mais um componente do ciclo hidrológico, a eva-
potranspiração. Segundo Tucci (2002, p. 37), a evapotranspiração, que é a soma da 
evaporação e da transpiração, depende da radiação solar, das tensões de vapor do ar 
e dos ventos. A Figura 2 ilustra o ciclo hidrológico:
Figura 2 – Ciclo hidrológico
Fonte: Carvalho (2008).
De acordo com Setti (2001), a água é o recurso natural básico para a engenharia de 
recursos hídricos. Quando a distribuição dos locais onde ela é disponível não está adequada 
com o padrão espacial das demandas dos centros de consumo, a solução para a satisfação 
das demandas em suas plenitudes é a procura de água em outros locais onde seja disponível.
Há anos a Floresta Amazônica, localizada na região norte do Brasil, está sendo 
desmatada, com isso ocorre a diminuição na transpiração das plantas. Com o concei-
to de evapotranspiração, pode-se deduzir que como consequência ocorre também a 
diminuição da evapotranspiração. Esse fato causou recentemente uma das maiores 
secas em São Paulo, localizado no Centro-oeste do Brasil.
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
Cadernos de Graduação | 29
A Amazônia bombeia a umidade que vai se transformar em chuva nas regiões 
Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil. Com isso, pode-se observar que quanto maior 
o desmatamento, menor o volume de água nos reservatórios.
De acordo com o G1 (2014), 20% das árvores da Amazônia original foram des-
matadas. Restaram imensas clareiras que somam uma área maior que a França e a 
Alemanha juntas. Com essa enorme área com plantas, seria possível normalizar o 
abastecimento em São Paulo.
Com tamanho desmatamento, várias nascentes não vertem mais água, diver-
sas represas possuem menos de 10% de sua capacidade de armazenagem. Pode-se 
tomar como exemplo a represa próximo à Mogi das Cruzes, interior do estado de São 
Paulo, onde o nível de água em um dos pontos deveria estar em 5 metros de profun-
didade e está quase seca.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2014), aschuvas ocorrem principalmente durante o verão e a umidade é oriunda da Amazônia. 
O vapor d`água é carregado pela ação dos ventos até a região sudeste, e ao precipitar, 
recarrega os principais reservatórios dessa região.
Pode-se dizer também que a umidade que evapora dos oceanos é empurrada 
naturalmente pelos ventos para dentro dos continentes. Uma parte desse vapor vira 
chuva e cai, principalmente, sobre as grandes florestas na altura do Equador. O exces-
so de umidade segue empurrado pelos ventos, atravessa os continentes e acaba indo 
para o mar. Um ciclo que ao redor da Terra só tem uma exceção: a Amazônia.
Em comparação com as grandes florestas equatoriais, a Amazônia é um caso 
especial, devido à Cordilheira dos Andes. Esta é formada por um paredão de 7 mil 
metros de altitude, que impede que as nuvens se percam no Pacífico. Elas esbarram 
na Cordilheira e desviam para o Sul.
3 IMPORTÂNCIAS PARA A ENGENHARIA CIVIL
Para a construção da rede de drenagem faz-se necessário o estudo pluviomé-
trico da região a ser implantado o projeto. A partir do planejamento adequado do sis-
tema de drenagem, é possível evitar problemas futuros como a vazão do projeto ser 
menor do que a realidade da região. Outra consideração importante faz-se necessária 
com relação ao custo da obra, assim como a rede pode não aguentar a vazão exigida, 
pode-se gastar mais do que o necessário em um projeto superdimensionado.
O planejamento adequado dos recursos hídricos somente é possível a partir do 
conhecimento dos valores quantitativos, tendo em vista sua distribuição nas esca-
las temporal e espacial. Este conhecimento requer a implantação de um sistema de 
monitoramento hidrológico, de longo período, que permita esta quantificação. Neste 
sentido, os modelos de simulação hidrológica apresentam importante aplicabilidade 
na geração de informações não disponíveis. Existe um grande número de modelos 
disponíveis, variando com os objetivos, escala espacial e temporal e principalmente 
com o número de informações de entrada exigidas. (PAIVA, 2006, p. 2). 
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
30 | Cadernos de Graduação
Outra relação entre a engenharia e a evapotranspiração, segundo Matos (2008), 
é o processo de tratamento de água residuária em sistemas alagados construídos 
(sistemas “Wetlands”), cultivados com plantas macrófitas, que se caracterizam como 
sistemas robustos e de baixos custos e simplicidade de operação e manutenção. Tais 
aspectos os tornam ideais para aplicação em regiões carentes de saneamento básico, 
adequando-se perfeitamente às condições de países de clima tropical, que possuam 
áreas disponíveis à sua implantação, como é o caso do Brasil.
Os referidos sistemas de tratamento de águas residuais são adequados 
para se fazer o tratamento secundário e terciário de despejos domésticos e in-
dustriais, além de produzir efluentes com excelente qualidade para o reuso na 
agricultura, desde que se observem os critérios de segurança de saúde pública. 
Todavia, o seu caráter extensivo sobre a superfície assemelha-o a ecossistemas 
naturais, estando sujeito a perdas de águas por evapotranspiração, o que pode 
os tornar desinteressantes em regiões áridas ou semiáridas, quando o objetivo 
for o reuso do efluente na agricultura.
A eficiência do sistema pode ser influenciada pelo ciclo hidrológico e as pre-
cipitações e as perdas de água por evapotranspiração devem ser consideradas no 
dimensionamento do mesmo. As precipitações podem provocar elevação tempo-
rária do nível da água, alterando o comportamento hidráulico e podendo causar es-
coamento superficial no sistema, e, com isso, proporcionando redução na eficiên-
cia do tratamento. A ocorrência da evapotranspiração reduz, por sua vez, o nível 
da água no tanque e, por consequência, proporciona concentração dos poluentes 
presentes na água residuária em tratamento, possibilitando subestimativa da 
eficiência de remoção pelos reatores e, em certos casos, podendo provocar efeitos 
tóxicos à vegetação. 
A evapotranspiração em sistemas alagados naturais pode estar relacionada 
ao clima e às características das águas de subsolo e de superfície, como também, 
à fisiologia das plantas. A evaporação e a transpiração são influenciadas pelas 
condições meteorológicas, tais como radiação solar ou temperatura da superfície 
e por fatores como a umidade relativa do ar, velocidade do vento (SÁNCHEZ-
-CARRILLO ET AL., 2001). 
4 CONCLUSÃO
A evapotranspiração é peça fundamental para o ciclo hidrológico. Sem a 
evaporação dos rios, lagos e oceanos e a transpiração das plantas o ciclo hidro-
lógico seria sensivelmente afetado. Caso houvesse redução da evaporação ou 
da transpiração, as bacias hidrográficas teriam sua reserva de água diminuída, o 
que afetaria diretamente as usinas hidrelétricas, podendo causar racionamento 
de água e/ou energia. Com a diminuição da evapotranspiração, as demandas 
industriais não seriam atendidas, causando prejuízo às empresas e à economia 
brasileira.
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
Cadernos de Graduação | 31
REFERÊNCIAS
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e aplicação. 3. ed. Porto Alegre: UFRGS, [2002]. 943 p. (Coleção ABRH de Recursos 
Hídricos; v. 4) ISBN 8570256639.
CARVALHO, Olavo. Ciclo da água, árvores e poluição dos rios, em 7 partes. Blog 
do João Maria Andarilho. 15 de setembro de 2008. Disponível em: <http://
educacaodialogica.blogspot.com.br/2008/09/ciclo-da-gua-arvores-e-poluio-dos-
rios.html>. Acesso em: 12 set. 2014
CONCEITOS DE HIDROLOGIA. Evapotranspiração. 2009. Disponível em: <http://
conceitosdehidrologia.blogspot.com.br/2009/04/evapotranspiracao.html>. Acesso 
em: 10 set. 2014.
CUNHA, R.L.A. Definição de cenários de referência para avaliação dos 
impactos das secas. Disponível em: <http://repositorio-aberto.up.pt/bitstre
am/10216/58023/1/000129128.pdf>. Acesso em: 10 set. 2014.
INPE. Falta d’água em cidades tem a ver com devastação desenfreada 
da Amazônia. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/namidia/img/
clip31082014_03.pdf>. Acesso em: 11/09/2015.
MATOS, A.T.; Brasil, Mozart da Silva. Avaliação de aspectos hidráulicos 
e hidrológicos de sistemas alagados construídos de fluxo superficial. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S1413-41522008000300012>. Acesso em: 12 set. 2014.
PAIVA, R.C.D; PAIVA, E.M.C.D.; PAIVA, J.B.D. Estimativa das vazões naturais nas sub-
bacias do Vacacaí Mirim através de modelo simplificado. Disponível em: < http://
jararaca.ufsm.br/websites/eloiza/download/Igo/VazoesNaturais.pdf >. Acesso em: 11 
set. 2014.
SETTI, Arnaldo Augusto et al. Introdução ao gerenciamento de recursos hídricos. 
Brasília, DF: Agência Nacional de Águas, 2001. 326 p.
TUNDISI, José Galizia. Água no século XXI: enfrentando a escassez. 2.ed. São 
Paulo: RiMa, 2005. 251p. ISBN 8576560488 
Ciências exatas e tecnológicas | Aracaju | v. 3 | n. 3 | p. 25-32 | Outubro 2016 | periodicos.set.edu.
32 | Cadernos de Graduação
1. Graduando em engenharia civil – Universidade Tiradentes. E-mail: yurisotero.engcivil@gmail.com
2. Graduando em engenharia civil – Universidade Tiradentes. E-mail: ivansantosdortas@hotmail.com
3. Graduando em engenharia civil – Universidade Tiradentes. E-mail: waltervieiramota@hotmail.com
4. Graduando em engenharia civil – Universidade Tiradentes. E-mail: cassiokayque@live.com
5. Graduando em engenharia civil – Universidade Tiradentes. E-mail: l.henrique-ps@hotmail.com
Data do recebimento: 14 de setembro de 2016
Data da avaliação: 24 de setembro de 2016
Data de aceite: 2 de Outubro de 2016

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