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CCoonnttaabbiilliiddaaddee BBáássiiccaa Módulo II Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas. Você está investindo no seu futuro! Esperamos que este seja o começo de um grande sucesso em sua carreira. Desejamos boa sorte e bom estudo! Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site www.Cursos24Horas.com.br Atenciosamente Equipe Cursos 24 Horas Sumário Unidade 3 - Escrituração Contábil................................................................................ 4 3.1 – Patrimônio sob o aspecto contábil..................................................................... 5 3.2 – Princípios fundamentais da contabilidade ....................................................... 11 3.3 – Método das Partidas Dobradas........................................................................ 15 3.4 – Contas Contábeis............................................................................................ 17 3.4.1.Contas Patrimoniais.................................................................................... 18 3.4.2. Contas de Resultados................................................................................. 19 3.4.3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS....................................... 21 3.4.4. PLANO DE CONTAS............................................................................... 21 3.5 – Lançamentos Contábeis.................................................................................. 34 3.5.1. Como realizar um Lançamento .................................................................. 39 3.6 – Livros Contábeis ............................................................................................ 40 3.6.1. Livro Diário............................................................................................... 41 3.6.2. Livro Razão............................................................................................... 45 3.6.3. Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).............................................. 47 3.7 – Balancete de Verificação ................................................................................ 49 3.7.1. Erros não detectáveis pelo Balancete de Verificação.................................. 51 3.7.2. Apresentação do Balancete ........................................................................ 52 3.8 – Erros de escrituração ...................................................................................... 53 3.9 – Encerramento do Exercício............................................................................. 55 3.10 – Tributação .................................................................................................... 56 3.10.1. Classificação dos tributos ........................................................................ 56 3.10.2. Tipos de tributos ...................................................................................... 57 3.10.3. Tributos cobrados de empresas ................................................................ 58 3.10.4. Imposto de Renda .................................................................................... 59 Unidade 4 – Relatórios Contábeis ............................................................................... 72 4.1 – O que são Relatórios Contábeis?..................................................................... 73 4.2 – Balanço Patrimonial ....................................................................................... 74 4.2.1. Classificação de contas do Grupo Ativo..................................................... 75 4.3 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)............................................ 80 4.4 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) .......................... 87 4.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ........................ 90 4.6 – Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (DOAR)..................... 92 Chegamos ao fim da Unidade 4! Nesta Unidade você aprendeu que:.......................... 95 Conclusão do Curso .................................................................................................... 96 Bibliografia................................................................................................................. 97 4 Unidade 3 - Escrituração Contábil Olá, Seja bem vindo à Unidade 3! Existem várias técnicas usadas pela contabilidade para que ela possa atingir os seus objetivos, sendo as escriturações os principais meios. Nesta unidade, você terá contato com a parte prática da contabilidade, com destaque para a definição de patrimônio, sem o qual não existe contabilidade, os princípios que regem a atividade e devem ser obedecidos e o método de partidas dobradas. Você verá também, o que são contas contábeis, os livros, lançamentos contábeis e como deve ser feito um balancete de verificação. Por fim, aprenderá sobre a importância do encerramento de exercício e informações sobre tributação, com destaque para a declaração de Imposto de Renda, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Bom estudo! 5 3.1 – Patrimônio sob o aspecto contábil Podemos definir patrimônio como um conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES vinculados a uma pessoa, física ou jurídica, num determinado momento, susceptível de avaliação econômica, ou seja, podem ser avaliados em moeda. Podemos caracterizar como bens, todo item material de posse da entidade como dinheiro, estoques, maquinários, entre outros. Como direitos, caracterizam-se os itens incorpóreos (imateriais), mas que podem ser mensuráveis (medidos), cuja realização poderá se tornar um bem. Neste caso, podemos destacar contas a receber, duplicatas a serem descontadas, seguros a realizar, entre outros. Já as obrigações, são as dívidas que deverão ser pagas em curto ou longo prazo, sendo caracterizadas por contas a pagar, empréstimos, financiamentos, entre outros. Vale reforçar que, do ponto de vista contábil, bens, direitos e obrigações como a vida, o caráter, a amizade e a liberdade, não são de competência do contabilista, uma vez que não podem ser avaliados economicamente. Neste sentido, podemos considerar ainda que o patrimônio é formado por elementos positivos e negativos, nos quais os bens e direitos se constituem como elementos positivos, enquanto as obrigações se constituem em elementos negativos. É importante saber que, mesmo que as dívidas sejam maiores que os bens e os direitos, o patrimônio continua a existir. Os itens acima discutidos dão origem a novos conceitos na contabilidade: A) Os bens e direitos passam a formar o ATIVO B) As obrigações passam a formar o PASSIVO EXIGÍVEL 6 C) A relação entre estes dois elementos geram o PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Ou seja: ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO De forma conceitual, podemos definir o patrimônio líquido como o registro de valor que os proprietários de uma empresa têm aplicado no negócio. Ou seja, podemos considerar que o valor inicial investido (capital) para abrir um negócio, representa o patrimônio líquido da empresa. Porém, isto pode causar uma dúvida muito comum para quem está recebendo esta informação pela primeira vez e que acabou de aprender que os bens de uma empresa representam seu patrimônio: Por que o valor que os sócios aplicaram no negócio é chamado de patrimônio líquido e não patrimônio? A resposta é simples e pode ser dadaatravés de um exemplo muito prático. Acompanhe então o exemplo dado pelo professor Nelson Gouveia: Vamos supor que você decida comprar um veículo. Porém, uma parte da compra deverá ser financiada. Assim, teremos: Valor do veículo - R$ 20.000,00 Valor pago á vista - R$ 8.000,00 Valor a pagar - R$ 12.000,00 A posse do veículo representa para você um patrimônio, chamado de ativo. Ao mesmo tempo, o valor que você ficou devendo, representa uma obrigação e, consequentemente, um passivo exigível. Dessa forma, se você tem um patrimônio no valor de R$ 20.000,00 mas ainda está devendo R$ 12.000,00 referente à sua compra, o valor líquido de seu ativo é R$ 8.000,00. O que equivale a dizer que seu patrimônio líquido monta em R$ 8.000,00, como representado abaixo: 7 Valor total do patrimônio (ativo) - R$ 20.000,00 Valor da obrigação assumida na compra do patrimônio (passivo exigível) - R$ 12.000,00 Valor líquido do patrimônio, ou patrimônio líquido - R$ 8.000,00 Depois de transmitidos os conceitos de ativo, passivo exigível e patrimônio líquido, que formam o que os especialistas chamam de Componentes Básicos da Contabilidade, cabe-nos fechar esse tópico, apresentando a equação básica da contabilidade: ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Embora aparentemente simples, esta equação é fundamental no aprendizado da contabilidade, uma vez que provoca reflexos na situação econômico-financeira das empresas. Para fixação dessa equação veremos, através de exemplos, possíveis variações que algumas negociações podem provocar no ativo (A), passivo exigível (PE) e patrimônio líquido (PL): 1ª. Negociação: Duas pessoas decidem abrir uma empresa com capital inicial no valor de R$ 20.000,00, disponibilizando cada uma, o valor de R$ 10.000,00. O dinheiro é depositado no banco. Variações: 8 No ativo (A) O dinheiro no banco representa um bem da empresa. Logo, o dinheiro é um ativo. No Passivo Exigível (PE) Desde que a criação da empresa não tenha contraído dívidas, não houve variação no passivo exigível. No Patrimônio Líquido (PL) A empresa criada teve um aumento em seu ativo através da aplicação de capital inicial pelos sócios, provocando um aumento no patrimônio líquido. A equação: A PE PL Dinheiro – R$ 20.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00 2ª. Negociação: Para funcionar, a empresa compra móveis no valor de R$ 2.000,00 para pagamento à prazo. Variações: No ativo (A) Os móveis tornam-se bens da empresa. Portanto, são ativos. Como a empresa já possuía um ativo (dinheiro) de R$ 20.000,00, a compra dos móveis provocou um aumento no ativo total que passou a ser de R$ 22.000,00. No Passivo Exigível (PE) Por outro lado, como a compra dos móveis foi a prazo, a empresa contraiu uma dívida de R$ 2.000,00, alterando seu passivo exigível de zero para R$ 2.000,00. No Patrimônio Líquido (PL) Como não houve nenhuma compra a vista ou outro investimento, o patrimônio líquido não sofreu alterações. 9 A equação: A PE PL Dinheiro – R$ 20.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00 Móveis – R$ 2.000,00 Contas a pagar – R$ 2.000,00 Sem alteração – R$ 0,00 Totais – R$ 22.000,00 R$ 2.000,00 R$ 20.000,00 3ª. Negociação: Para montar seu estoque, a empresa adquiriu à vista, mercadorias no valor de R$ 6.000,00. Variações: No ativo (A) Assim como os móveis, mercadorias são bens da empresa, ou seja, ativos. Assim, houve um aumento do ativo no valor de R$ 6.000,00. Porém, surgiu uma nova circunstância com o pagamento á vista da mercadoria, realizada com dinheiro. Desta forma, o ato de pagar a compra, representa uma diminuição no ativo “dinheiro”. Portanto, uma mesma transação, provocou duas variações no ativo: um aumento em “mercadorias” e uma diminuição em “dinheiro”. No Passivo Exigível (PE) Não houve variação. No Patrimônio Líquido (PL) Não houve variação. 10 A equação: A PE PL Dinheiro – R$ 14.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00 Móveis – R$ 2.000,00 Contas a pagar – R$ 2.000,00 Sem alteração – R$ 0,00 Mercadorias – R$ 6.000,00 Sem alteração Sem alteração Totais – R$ 22.000,00 R$ 2.000,00 R$ 20.000,00 4ª. Negociação: O prazo para pagamento dos móveis venceu e a empresa pagou os R$ 2.000,00 que estava devendo. Variações: No ativo (A) Nesta negociação a empresa pagou os R$ 2.000,00 em dinheiro, causando uma diminuição no total em dinheiro que a empresa possuía. No Passivo Exigível (PE) Com o pagamento da dívida, a empresa diminuiu suas obrigações e consequentemente, o seu passivo exigível. No Patrimônio Líquido (PL) Não houve variação. A equação: A PE PL Dinheiro – R$ 12.000,00 = Sem movimento – R$ 0,00 + Capital – R$ 20.000,00 Móveis – R$ 2.000,00 Contas a pagar – R$ 0,00 Sem alteração – R$ 0,00 Mercadorias – R$ 6.000,00 Sem alteração Sem alteração Totais – R$ 20.000,00 R$ 0,00 R$ 20.000,00 11 Esta equação é conhecida como “equação de balanço”, pois visa balancear o total do ativo com o total obtido pela soma do passivo exigível mais o patrimônio líquido. 3.2 – Princípios fundamentais da contabilidade O contabilista deve seguir algumas regras para que suas informações sejam tratadas de maneira uniforme e sirvam de guia para um exame de seus relatórios contábeis. Tais regras orientam os procedimentos e práticas de sua atividade. Elas se manifestam através de princípios contábeis que permitem ao usuário dar mais credibilidade nas informações em função dos critérios adotados para a elaboração das demonstrações financeiras. Os estudiosos da contabilidade distinguem três grupos de princípios: os postulados, os princípios básicos e as convenções. Postulados – São axiomas, dogmas, máximas e proposições cuja aceitação como verdadeiras é indiscutível. Princípios – São preceitos básicos, mutáveis e sujeitos a discussão, que devem orientar os registros contábeis. Convenções – São restrições e delimitações à aplicação dos princípios contábeis. Para deixar mais claro, podemos usar o exemplo de José Carlos Marion que diz: “Os Princípios representam uma estrada que segue rumo a uma cidade. Já as convenções seriam sinais ou placas que indicam, com mais especificidades, o caminho a seguir”. Para efeito de aprendizado, destacaremos o previsto na Resolução nº. 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade que estabelece a obrigatoriedade no exercício da profissão, da observância dos Princípios Fundamentais da Contabilidade. Tais princípios representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da 12 Contabilidade e procuram reunir e condensar em sete princípios fundamentais, todos os Postulados, Princípios e Convenções já existentes e que continuam a existir. São eles: 1. O da Entidade 2. O da Continuidade 3. O da Oportunidade 4. O do Registro pelo Valor Original 5. O da Atualização Monetária 6. O da Competência 7.O da Prudência 1) PRINCÍPIO DA ENTIDADE a) O patrimônio da empresa não se confunde com o de seus sócios ou acionistas ou proprietário individual. Ou seja, o patrimônio da empresa, não se confunde com o da pessoa física. b) A contabilidade é voltada para a empresa como uma entidade identificada, registrando os fatos que afetam o seu patrimônio e não o de seus titulares, sócios ou acionistas. c) Este princípio reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma que este não se confunde com aqueles de seu sócios ou proprietários, no caso de sociedades ou instituições. 13 2) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE a) A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações (mudanças) patrimoniais, quantitativas e qualitativas. b) Pressupõe a continuidade indefinida das atividades operacionais de uma entidade até que surjam evidências ou indícios muito fortes que digam o contrário. As demonstrações contábeis são estáticas e, portanto, não podem ser desvinculadas de períodos anteriores e subsequentes. Deve-se tomar muito cuidado na observância deste princípio, pois, uma informação não fundamentada, pode trazer graves consequências para a empresa. 3) PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE a) Refere-se ao momento em que são registradas as variações patrimoniais, determinando que estas sejam registradas de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas as originaram. b) Reconhecimento imediato de ativos e passivos nos registros contábeis, considerando- se, inclusive, para os casos em que não haja uma prova documental concreta, a possibilidade de uma estimativa técnica, razoável e objetiva, visando evitar o liberalismo por parte das pessoas. 4) PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL a) Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos sobre valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade. 14 5) PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA a) Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. b) Indica a necessidade de reconhecimento da perda do poder aquisitivo da moeda sobre os valores que integram as demonstrações financeiras. c) O objetivo do princípio da atualização monetária é o de eliminar das demonstrações financeiras da entidade as distorções causadas pela desvalorização da moeda. 6) PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA a) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. b) As receitas e as despesas são atribuídas aos períodos de acordo com a real ocorrência dos mesmos, isto é, de acordo com a data do fato gerador e não quando são recebidos ou pagos. 7) PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA a) Na preparação dos registros contábeis de uma empresa podem haver variações nos valores do Ativo e do Passivo. Tais variações são resultantes de fatos como um cliente que atrasa para fazer um pagamento ou uma conta que tem o seu valor aumentado. O princípio da prudência tem como objetivo assegurar que, mesmo na ocorrência destas variações, a empresa terá um patrimônio líquido mínimo garantido. Para isso, este princípio determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo. 15 Fonte: http://www.algosobre.com.br/contabilidade-geral/principios-fundamentais-de-contabilidade.html 3.3 – Método das Partidas Dobradas No ano de 1494, talvez tentando controlar, organizar, orientar e padronizar os processos administrativos, um matemático e teólogo chamado Frei Lucca Paccioli, com autoridade, escreveu a sua “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita” tornando-se o propulsor do “método das partidas dobradas”. Afirma- se que ele não foi o criador de tal método, uma vez que há indícios de seu uso, 300 anos antes. Porém, foi a pessoa que melhor conseguiu desenvolvê-lo. Este método transformou-se no sistema universal padrão para as empresas e demais organizações registrarem suas transações financeiras. O professor Nelson Gouveia entende que o conceito do método de partidas dobradas surpreende por sua simplicidade: para cada lançamento de débito efetuado, deve corresponder um lançamento de crédito, de forma que o valor total de débitos seja sempre igual ao valor total de créditos em cada lançamento. Esta é a razão pela qual, na contabilidade, a soma de todos os valores debitados é sempre igual à soma de todos os valores creditados. Funciona da mesma forma no Balanço Patrimonial, onde o total do Ativo é sempre igual ao total do Passivo. Para tentar deixar mais claro, vamos utilizar um exemplo do professor Nelson Gouveia: Transação no. 1: Duas pessoas físicas formam uma sociedade, cada uma entregando o valor de R$ 5.000,00 ao responsável pela empresa, que deposita o valor em um banco. 16 Variações: No ativo (A) A empresa passa a ser proprietária de R$ 10.000,00, aumentando seu ativo. O ativo, sempre aumenta por débito, logo, a conta “Contas de movimento” vai ser debitada em R$ 10.000,00. No Passivo Exigível (PE) Não há alteração, mas ressalte-se que o PE sempre aumenta por crédito. No Patrimônio Líquido (PL) O valor investido pelos sócios deve ser registrado pela empresa, o que representa um aumento no patrimônio líquido. O PL sempre aumenta por crédito, logo, a conta “Capital social” será creditada em R$ 10.000,00. Transação no. 2: A empresa compra os móveis à prazo, no valor de R$ 2.000,00. Variações: No ativo (A) Foi aumentado o ativo da empresa. Da conta “Móveis”, será debitado o valor de R$ 2.000,00. No Passivo Exigível (PE) A empresa constituiu uma dívida, aumentando seu passivo exigível, que como dissemos, aumenta por crédito, logo, a conta “Contas a pagar” será creditada em R$ 2.000,00. No Patrimônio Líquido (PL) Não houve alteração. Note que tanto na transação nº. 1 quanto na transação nº. 2, o total de débito é exatamente igual ao total de crédito, atendendo assim, aos princípios do método das partidas dobradas. 17 3.4 – Contas Contábeis As contas contábeis são consideradas a essência da contabilidade, que um dia, já foi conhecida como a “Ciência das Contas”. Tais contas são representações escrituradas do patrimônio de uma empresa. Tem por finalidade registrar as movimentações do livro diário, de forma monetária, transportando cada fato contábil para sua respectiva conta como datas, históricos e valores. Como já foi dito, as contas contábeis devem ser expressas com títulos de acordo com os fatos e atos administrativos provocados, representando facilmente a operação realizada pela empresa. Assim, se a empresa realiza a compra de móveis, tal movimentação será lançada na conta “Móveis” ou se adquire um veículo, a movimentação é lançada na conta “Veículo” e assim por diante. Através dessas contas, a contabilidade consegue registrar e controlar todos os acontecimentos econômico-financeiro que ocorrem na empresa. Portanto, concluímos que todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela administração do patrimônio, são registradosem livros próprios por meio de contas. Para elucidar, citamos abaixo alguns exemplos de contas: Caixa – É a conta responsável pela movimentação de numerário (dinheiro) dentro da empresa. Conta de Movimento – É a conta relacionada com movimentos bancários. Banco X: todas as transações bancárias como depósitos, cheques, empréstimos, realizados pela a empresa junto ao Banco X. Duplicatas a Receber – É a conta para valores relativos à contrapartida dos créditos de vendas. 18 Produtos Acabados – Conta responsável pela movimentação dos produtos fabricados. Capital Social – Conta que cuida do montante aportado pelo titular, sócios ou acionistas de uma empresa, para formação do respectivo capital. Salários Diretos – Conta que registra as remunerações de empregados aplicados na fabricação de produtos. Existem vários critérios que podem servir para classificar uma conta. Porém, para facilitar o entendimento, destacaremos as contas em dois grupos: 1) Contas Patrimoniais 2) Contas de Resultados 3.4.1.Contas Patrimoniais São as contas que representam os bens, direitos e obrigações. Dividem-se em Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido. Como veremos mais adiante, estas contas representam o patrimônio da empresa no Balanço Patrimonial. Assim, as contas se dividem conforme o exemplo abaixo: 19 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens Caixa Veículos Direitos Duplicatas a Receber Promissórias a Receber Obrigações Fornecedores Duplicatas a Pagar Patrimônio Líquido Capital Lucros Acumulados 3.4.2. Contas de Resultados São as contas que não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas são de suma importância para a contabilidade, uma vez que decorrem do exercício social. Dividem- se em Contas de Despesas e Contas de Receitas e é por meio delas que a empresa avalia se apresentou lucro ou prejuízo em suas atividades. Contas de Despesas – As despesas para uma empresa decorrem do consumo de bens e serviços, como a energia elétrica, materiais de limpeza, materiais de expediente, até mesmo o cafezinho que é servido, entra nas contas de despesas. Outros exemplos de despesas: 20 - Água e Esgoto - Fretes e Carretos - Impostos - Juros Passivos - Contribuições de Previdência - Despesas Bancárias - Prêmios de Seguro Contas de Receitas – Por outro lado, as receitas decorrem das vendas de bens e serviços oferecidos pela empresa. Geralmente, se apresentam em número menor que as despesas, podendo ser representadas pelas seguintes contas: - Aluguéis Ativos - Descontos Obtidos - Juros Ativos - Receitas de Serviços - Vendas de Mercadorias 21 3.4.3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS A conta é a representação gráfica da relação débito e crédito de um determinado fato administrativo. Esta representação é chamada de “Conta em T” ou “Razonete”. Em contabilidade, Conta em T ou Razonete, é uma representação gráfica em forma de “T” bastante utilizada pelos contadores. É um instrumento didático para desenvolver o raciocínio contábil e realizar os registros contábeis individuais por conta. A representação gráfica abaixo ilustra melhor os dois instrumentos: Razonete Balanço Patrimonial Título da Conta Ativo Passivo Débitos Créditos O Razonete é muito utilizado junto com o livro razão, apesar de não ser exigido pela legislação. Por ser muito eficiente, é indispensável em qualquer tipo de empresa. Do ponto de vista contábil, é um livro imprescindível. Veremos o Livro Razão com mais detalhes em tópico próprio. 3.4.4. PLANO DE CONTAS Assim como em qualquer profissão, a contabilidade também exige que se estabeleça um plano de ações para que nenhuma informação seja esquecida. Este plano prévio chama-se Plano de Contas e é definido como um elenco de todas as contas previstas pelo contabilista como necessárias aos seus registros contábeis. Além de nortear todo o trabalho de registro de atos e fatos inerentes à empresa, também servirá de parâmetro para a elaboração de futuras demonstrações contábeis. 22 Segundo o Conselho Federal de Contabilidade: “plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o banco de dados com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e Análises, além de outros. (CFC, 2002:31)”. É importante ressaltar que este plano de contas é personalizado, ou seja, cada empresa deve criar o seu plano, uma vez que seus usuários poderão necessitar de mais detalhes específicos que um plano geral não poderá oferecer. Ao preparar um projeto para a elaboração de seu plano de contas, a empresa deve avaliar todas as possibilidades e necessidades de relatórios gerencias tanto para usos interno quanto externo. Independente do projeto ou modelo escolhido, um plano de contas deve seguir algumas orientações e apresentar características em comum, como: 1) É preciso levar em consideração que se trata de uma matriz destinada a orientar a execução de serviços contábeis e que busca uma padronização de procedimentos e racionalização de tarefas. 2) Deve estar claro que o plano de contas estabelece previamente a conduta a ser adotada na escrituração. 3) Relaciona as contas em que são registrados os fatos contábeis pertinentes às atividades de cada empresa, contendo, além dos títulos, as respectivas funções e as regras de funcionamento. 4) Deve ser estruturado agrupando as contas para que seja viável realizar análises setoriais e ser flexível para permitir dilatações e reduções sem prejuízo do conjunto. 5) Deve considerar que é a base para a construção de banco de dados que alimenta relatórios gerenciais e para uso externo. Abaixo, segue um modelo de plano de contas, baseado na Lei 11.638/07: 23 1 ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL 1.1.1.1 CAIXA 1.1.1.1.01 Caixa Geral 1.1.1.2 BANCOS CONTA MOVIMENTO 1.1.1.2.01 Banco A 1.1.1.3 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 1.1.1.3.01 Banco A 1.1.2 CONTAS A RECEBER 1.1.2.1 CLIENTES 1.1.2.1.01 Cliente A 1.1.2.2 (-) DUPLICATAS DESCONTADAS 1.1.2.2.01 Banco A 1.1.2.9 OUTRAS CONTAS A RECEBER 1.1.2.9.01 Conta A 1.1.3 ESTOQUES 1.1.3.1 MERCADORIAS PARA REVENDA 1.1.3.1.01 Estoque Inicial 1.1.3.1.02 Compras 1.1.3.1.03 Fretes e Carretos 1.1.3.1.04 ICMS – Substituição Tributária 1.1.3.1.05 ICMS – Antecipado 1.1.3.1.10 (-) Devoluções de Compras 1.1.3.1.11 (-) ICMS sobre Compras 1.1.3.1.12 (-) COFINS sobre Compras 1.1.3.1.13 (-) PIS sobre Compras 1.1.3.1.19 (-) Custo das Mercadorias Vendidas 1.1.3.2 PRODUTOS ACABADOS 1.1.3.2.01 Estoque Inicial1.1.3.2.02 Produção 24 1.1.3.2.09 (-) Custo dos Produtos Vendidos 1.1.3.3 MATÉRIAS-PRIMAS 1.1.3.3.01 Estoque Inicial 1.1.3.3.02 Compras 1.1.3.3.03 Fretes e Carretos 1.1.3.3.04 ICMS – Substituição Tributária 1.1.3.3.05 ICMS – Antecipado 1.1.3.3.10 (-) Devoluções de Compras 1.1.3.3.11 (-) ICMS sobre Compras 1.1.3.3.12 (-) COFINS sobre Compras 1.1.3.3.13 (-) PIS sobre Compras 1.1.3.3.19 (-) Transferência para Consumo 1.1.3.4 MATERIAIS DE EMBALAGEM 1.1.3.4.01 Estoque Inicial 1.1.3.4.02 Compras 1.1.3.4.03 Fretes e Carretos 1.1.3.4.04 ICMS – Substituição Tributária 1.1.3.4.05 ICMS – Antecipado 1.1.3.4.10 (-) Devoluções de Compras 1.1.3.4.11 (-) ICMS sobre Compras 1.1.3.4.12 (-) COFINS sobre Compras 1.1.3.4.13 (-) PIS sobre Compras 1.1.3.4.19 (-) Transferência para Consumo 1.1.3.9 MATERIAIS DE CONSUMO 1.1.3.9.01 Estoque Inicial 1.1.3.9.02 Compras 1.1.3.9.03 Fretes e Carretos 1.1.3.9.04 ICMS – Antecipado 1.1.3.9.10 (-) Devoluções de Compras 1.1.3.9.19 (-) Transferência para Consumo 1.1.4 OUTROS CRÉDITOS 1.1.4.1 IMPOSTOS A RECUPERAR 25 1.1.4.1.01 IPI 1.1.4.1.02 ICMS 1.1.4.1.03 ICMS Antecipado 1.1.4.1.04 COFINS 1.1.4.1.05 PIS 1.1.4.1.06 IRPJ 1.1.4.1.07 CSLL 1.1.4.1.08 IRF 1.1.4.1.09 ISSF 1.1.9 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 1.1.9.1 DESPESAS ANTECIPADAS 1.1.9.1.01 Seguros a Apropriar 1.1.9.1.02 Encargos a Apropriar 1.1.9.1.03 IPTU a Apropriar 1.2 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO 1.2.1.1 APLICAÇÕES FINANCEIRAS 1.2.1.1.01 Banco A 1.2.2 CONTAS A RECEBER 1.2.2.1 CLIENTES 1.2.2.1.01 Cliente A 1.3 ATIVO PERMANENTE 1.3.1 INVESTIMENTOS 1.3.1.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 1.3.1.1.01 Consórcio Simples A 1.3.1.1.02 Cooperativa de Crédito A 1.3.2 IMOBILIZADO 1.3.2.1 BENS EM OPERAÇÃO 1.3.2.1.01 Terrenos 1.3.2.1.02 Construções e Benfeitorias 1.3.2.1.03 Máquinas, Aparelhos e Equipamentos 1.3.2.1.04 Ferramentas 26 1.3.2.1.05 Matrizes 1.3.2.1.06 Móveis & Utensílios 1.3.2.1.07 Equipamentos de Informática 1.3.2.1.08 Instalações Comerciais 1.3.2.1.09 Veículos e Acessórios 1.3.2.9 (-) DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS 1.3.2.9.01 Construções e Benfeitorias 1.3.2.9.02 Máquinas, Aparelhos e Equipamentos 1.3.2.9.03 Ferramentas 1.3.2.9.04 Matrizes 1.3.2.9.05 Móveis & Utensílios 1.3.2.9.06 Equipamentos de Informática 1.3.2.9.07 Instalações Comerciais 1.3.2.9.08 Veículos e Acessórios 1.3.3 INTANGÍVEL 1.3.3.1 BENS INCORPÓREOS 1.3.3.1.01 Marcas e Patentes 1.3.3.1.02 Sistemas Aplicativos (softwares) 1.3.3.9 (-) AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS 1.3.3.9.01 Marcas e Patentes 1.3.3.9.02 Sistemas Aplicativos (softwares) 1.3.4 DIFERIDO 1.3.4.1 GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS 1.3.4.1.01 Gastos de Organização e Administração 1.3.4.1.02 Projetos e Desenvolvimento de Novos Produtos 1.3.4.9 (-) AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS 1.3.4.9.01 Gastos de Organização e Administração 1.3.4.9.02 Projetos e Desenvolvimento de Novos Produtos 2 PASSIVO 2.1 CIRCULANTE 2.1.1 CONTAS A PAGAR 27 2.1.1.1 SALÁRIOS A PAGAR 2.1.1.1.01 Salários 2.1.1.1.02 Férias a Pagar 2.1.1.1.03 13º Salário a Pagar 2.1.1.2 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 2.1.1.2.01 INSS a Recolher 2.1.1.2.02 FGTS a Recolher 2.1.1.2.03 Contribuição Sindical a Recolher 2.1.1.3 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 2.1.1.3.01 Simples Nacional a Recolher 2.1.1.3.02 IPI a Recolher 2.1.1.3.03 ICMS a Recolher 2.1.1.3.04 COFINS a Recolher 2.1.1.3.05 PIS a Recolher 2.1.1.3.06 IRPJ a Recolher 2.1.1.3.07 CSLL a Recolher 2.1.1.3.08 ISS a Recolher 2.1.1.3.09 IRF a Recolher 2.1.1.3.10 ISSF a Recolher 2.1.1.3.11 ICMS Substituição Tributária a Recolher 2.1.1.4 FORNECEDORES 2.1.1.4.01 Fornecedor A 2.1.1.5 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 2.1.1.5.01 Banco A 2.1.1.6 (-) ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER 2.1.1.6.01 Juros Passivos 2.1.1.9 OUTRAS CONTAS A PAGAR 2.1.1.9.01 Aluguéis a Pagar 2.1.1.9.02 Energia Elétrica a Pagar 2.1.1.9.03 Telefone a Pagar 2.1.1.9.04 Água e Esgotos a Pagar 2.1.1.9.05 Pró-labore a Pagar 28 2.2 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 CONTAS A PAGAR 2.2.1.1 FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS 2.2.1.1.01 Banco A 2.3 RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 2.3.1 RESULTADOS DIFERIDOS 2.3.1.1 RECEITAS DIFERIDAS 2.3.1.1.01 Receitas de Obras em Andamento 2.3.1.2 (-) CUSTOS DIFERIDOS 2.3.1.2.01 Custos de Obras em Andamento 2.3.1.3 (-) DESPESAS DIFERIDAS 2.3.1.3.01 Despesas de Obras em Andamento 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.4.1 CAPITAL SOCIAL REALIZADO 2.4.1.1 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO 2.4.1.1.01 Capital Nacional 2.4.1.2 (-) CAPITAL SOCIAL A REALIZAR 2.4.1.2.01 Sócio A 2.4.2 RESERVAS 2.4.2.1 RESERVAS DE CAPITAL 2.4.2.1.01 Reserva de Incentivos Fiscais 2.4.2.2 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 2.4.2.2.01 Variações de Elementos Ativos 2.4.2.2.02 Variações de Elementos Passivos 2.4.2.3 RESERVAS DE LUCROS 2.4.2.3.01 Retenções de Lucros 2.4.2.3.02 Lucros a Realizar 2.4.3 QUOTAS EM TESOURARIA 2.4.3.1 QUOTAS EM TESOURARIA 2.4.3.1.01 Quotas de Capital Realizado 2.4.4 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS 29 2.4.4.1 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS 2.4.4.1.01 Lucros Acumulados 2.4.4.1.02 Prejuízos Acumulados 3 CUSTOS 3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO 3.1.1 CUSTOS INDUSTRIAIS 3.1.1.1 INSUMOS 3.1.1.1.01 Matérias-primas 3.1.1.1.02 Materiais de embalagem 3.1.1.2 MÃO-DE-OBRA DIRETA 3.1.1.2.01 Salários 3.1.1.2.02 Encargos Sociais 3.1.1.2.03 Vale Transporte 3.1.1.2.04 Refeições 3.1.1.2.05 Uniformes 3.1.1.2.06 Assistência Médica 3.1.1.3 OUTROS CUSTOS DIRETOS 3.1.1.3.01 Materiais de consumo 3.1.1.9 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 3.1.1.9.01 Salários 3.1.1.9.02 Encargos Sociais 3.1.1.9.03 Vale Transporte 3.1.1.9.04 Refeições 3.1.1.9.05 Uniformes 3.1.1.9.06 Assistência Médica 3.1.1.9.10 Energia elétrica 3.1.1.9.11 Manutenção 3.1.1.9.12 Aluguel de bens imóveis 3.1.1.9.13 Locação de bens móveis 3.1.1.9.14 Água e Esgoto 3.1.1.9.15 Materiais de consumo 30 3.1.1.9.90 Prêmios de Seguro 3.1.1.9.91 Depreciação e Amortização 3.1.2 CUSTOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 3.1.2.1 CONSUMO DE MATERIAIS 3.1.2.1.01 Materiais Aplicados 3.1.2.2 MÃO-DE-OBRA DIRETA 3.1.2.2.01 Salários 3.1.2.2.02 Encargos Sociais 3.1.2.2.03 Vale Transporte 3.1.2.2.04 Refeições 3.1.2.2.05 Uniformes 3.1.2.2.06 Assistência Médica 3.1.2.3 OUTROS CUSTOS DIRETOS 3.1.2.3.01 Materiais de consumo 3.1.2.9 CUSTOS INDIRETOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 3.1.2.9.01 Salários 3.1.2.9.02 Encargos Sociais 3.1.2.9.03 Vale Transporte 3.1.2.9.04 Refeições 3.1.2.9.05 Uniformes 3.1.2.9.06 Assistência Médica 3.1.2.9.10 Energia elétrica 3.1.2.9.11 Manutenção 3.1.2.9.12 Aluguel de bens imóveis 3.1.2.9.13 Locação de bens móveis 3.1.2.9.14 Água e Esgoto 3.1.2.9.15 Materiais de consumo 3.1.2.9.16 Ferramentas 3.1.2.9.90 Prêmios de Seguro 3.1.2.9.91 Depreciação e Amortização 4 PRODUÇÃO 31 4.1 PRODUÇÂO 4.1.1 PRODUÇÂO 4.1.1.1 PRODUÇÂO 4.1.1.1.01 De Bens 4.1.1.1.02 De Serviços 5 DESPESAS 5.1 DESPESAS DIVERSAS 5.1.1 DESPESAS OPERACIONAIS 5.1.1.1 CUSTO DAS VENDAS 5.1.1.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas 5.1.1.1.02 Custo dos Produtos Vendidos 5.1.1.1.03 Custo dos Serviços Prestados 5.1.1.2 DESPESAS COM PESSOAL 5.1.1.2.01 Salários 5.1.1.2.02 Encargos Sociais 5.1.1.2.03 Vale Transporte5.1.1.2.04 Refeições 5.1.1.2.05 Uniformes 5.1.1.2.06 Assistência Médica 5.1.1.3 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 5.1.1.3.01 Pró-labore 5.1.1.3.02 Aluguel de Imóveis 5.1.1.3.03 Locação de Bens 5.1.1.3.04 Energia Elétrica 5.1.1.3.05 Telefone e Internet 5.1.1.3.06 Água e Esgoto 5.1.1.3.07 Tarifas Bancárias 5.1.1.3.08 Material de Consumo 5.1.1.3.09 Material de Expediente 5.1.1.3.10 Correios 5.1.1.4 DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO 32 5.1.1.4.01 Fretes e Carretos 5.1.1.4.02 Comissões e Corretagens 5.1.1.4.03 Despesas de Viagens e Estadas 5.1.1.5 DESPESAS TRIBUTÁRIAS 5.1.1.5.01 IPTU 5.1.1.5.02 IPVA 5.1.1.5.03 IOF 5.1.1.5.04 Multas Fiscais 5.1.1.5.05 COFINS s/Outras Receitas 5.1.1.5.06 PIS s/Outras Receitas 5.1.1.5.07 IRPJ s/Aplicações Financeiras 5.1.1.5.08 Impostos e Taxas Diversas 5.1.1.6 DESPESAS FINANCEIRAS 5.1.1.6.01 Juros Passivos 5.1.1.6.02 Juros de Mora 5.1.1.6.03 Descontos Concedidos 5.1.1.6.04 Variações Monetárias Passivas 5.1.1.6.05 Variações Cambiais Passivas 5.1.1.7 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 5.1.1.7.01 Depreciação 5.1.1.7.02 Amortização 5.1.1.8 PERDAS DIVERSAS 5.1.1.8.01 Perdas por Insolvência 5.1.2 DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 5.1.2.1 DESPESAS DIVERSAS 5.1.2.1.01 Multas de Trânsito 5.1.2.1.02 Multas Fiscais 5.1.2.1.03 Gastos com Festividades 6 RECEITAS 6.1 RECEITAS DIVERSAS 6.1.1 RECEITAS OPERACIONAIS 33 6.1.1.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS 6.1.1.1.01 Vendas de Mercadorias 6.1.1.1.02 Vendas de Mercadorias com Substituição Tributária 6.1.1.1.03 Vendas de Mercadorias para o Exterior 6.1.1.1.10 Vendas de Produtos de Fabricação Própria 6.1.1.1.11 Vendas de Produtos de Fabricação Própria com Substituição Tributária 6.1.1.1.12 Vendas de Produtos de Fabricação Própria para o Exterior 6.1.1.1.20 Vendas de Serviços Prestados 6.1.1.1.21 Vendas de Serviços Prestados com Substituição Tributária 6.1.1.1.22 Vendas de Serviços Prestados para o Exterior 6.1.1.2 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 6.1.1.2.01 Simples Nacional 6.1.1.2.02 ISS Substituição Tributária 6.1.1.2.03 ICMS 6.1.1.2.04 ISS 6.1.1.2.05 COFINS 6.1.1.2.06 PIS 6.1.1.2.09 Devoluções de Vendas 6.1.1.3 RECEITAS FINANCEIRAS 6.1.1.3.01 Juros Ativos 6.1.1.3.02 Rendimentos de Aplicações Financeiras 6.1.1.4 RECEITAS DIVERSAS 6.1.1.4.01 Recuperação de Despesas 6.1.2 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 6.1.2.1 RECEITAS DIVERSAS 6.1.2.1.01 Ganhos de Capital 6.1.2.1.02 Outras Receitas 7 CONTAS DE APURAÇÃO 7.1 CONTAS DIVERSAS 7.1.1 BALANÇO 34 7.1.1.1 BALANÇO DE ABERTURA 7.1.1.1.01 Ativo 7.1.1.1.02 (-) Passivo 7.1.1.2 BALANÇO DE ENCERRAMENTO 7.1.1.2.01 Ativo 7.1.1.2.01 (-) Passivo 7.1.2 RESULTADO 7.1.2.1 RESULTADO DO EXERCÍCIO 7.1.2.1.01 Resultado Final de Exercício Fonte: http://www.crcsp.org.br 3.5 – Lançamentos Contábeis Toda vez que uma empresa realiza uma transação comercial, como comprar equipamentos, vender produtos ou serviços, pagar seus empregados ou qualquer outra transação, ela está realizando operações que deverão ser analisadas contabilmente sob dois aspectos: o primeiro é entender onde se originaram os recursos e o segundo, entender onde esses recursos foram aplicados. Para exemplificar, vamos utilizar a compra de um computador com pagamento à vista, no valor de R$ 2.000,00. Desta forma, são gerados os dois aspectos: A) Onde foi aplicado o recurso de R$ 2.000,00? Na compra do computador. B) Qual a origem desse recurso? Conta bancária ou dinheiro no bolso. Com esse exemplo, chegamos ao foco de nosso tópico, ou seja, ao lançamento contábil. Lançamento, nada mais é do que o registro dos fatos contábeis, neste caso, a compra de um computador, realizado de acordo com o método das partidas dobradas, que já conhecemos anteriormente. Deve ser realizado em ordem cronológica e obedecendo a determinadas técnicas que veremos a seguir. 35 Todo lançamento deve ser feito nas Contas Patrimoniais (Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido) e nas Contas de Resultados (Receitas e Despesas). Neste ponto é preciso ter muita atenção, pois muitos profissionais saem dos cursos, tanto superiores quanto técnicos, sem conseguir identificar o que é crédito e o que é débito. Componentes Aumenta por Diminui por ATIVO (bens e direitos) Débitos Créditos PASSIVO EXIGÍVEL (obrigações) Créditos Débitos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Créditos Débitos RECEITAS Créditos Débitos DESPESAS Débitos Créditos Ativo – Por terem saldo devedor, são aumentadas de valor por DÉBITO e diminuídas por CRÉDITO. Passivo Exigível – Por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por CRÉDITO e diminuídas por DÉBITO. Patrimônio Líquido – Por apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por CRÉDITO e diminuídas por DÉBITO. Receitas – Um aumento nas receitas representa um aumento no Patrimônio Líquido, portanto, as contas de Receitas aumentam por CRÉDITO. Despesas – Um aumento nas contas de Despesas representa uma diminuição no Patrimônio Líquido, portanto, aumentam por DÉBITO. Neste ponto é importante abrirmos um parênteses para tentar deixar o mais claro possível, os conceitos de DÉBITO e CRÉDITO. 36 Como dissemos, muitos alunos deixam o curso de contabilidade sem entender este conceito, uma vez que não conseguem compreender porque o dinheiro ou bens que entram para a empresa, na forma de ativos é considerado débito. A pergunta que sempre fazem é: “Se o patrimônio da empresa está aumentando, então não deveria ser crédito?”. A questão é que o raciocínio que adotam, baseia-se pela ótica da movimentação financeira e não por uma movimentação contábil. Sem dúvidas, se pensarmos em uma conta bancária, todo dinheiro que entra é crédito e todo dinheiro que sai é débito. Voltando ao conceito de débito e crédito dos lançamentos contábeis, torna-se muito difícil tentar conceituar de forma didática seus significados. Tanto isso é verdade que o professor José Carlos Marion, um dos maiores especialistas em contabilidade empresarial, define este tema em sua obra “Contabilidade Empresarial” (12º Edição), como sendo o “fantasma” do débito e do crédito (pág. 201). Ele entende que as demonstrações (débito e crédito) são meras convenções contábeis. Como vimos no tópico anterior quando aprendemos sobre os razonetes, seu lado esquerdo denomina-se débito e seu lado direito denomina-se crédito. Débito Crédito Neste sentido podemos compreender seus significados, uma vez que no lançamento contábil, os ativos ficam do lado esquerdo e o passivo exigível e patrimônio líquido do lado direito. Assim, utilizando-se do método das partidas dobradas de Frei Luca Pacioli, os aumentos de uma conta são registrados de um lado e as diminuições registradas no outro lado. Se for uma conta de ATIVO, os aumentos são lançados no lado esquerdo (débito) e as diminuições no lado direito (crédito). Se for uma conta de PASSIVO 37 EXIGÍVEL ou PATRIMÔNIO LÍQUIDO, os aumentos são lançados no lado direito (crédito) e as diminuições no lado esquerdo (débito). Sugerimos o exemplo do próprio professor José Carlos Marion para demonstrar como funciona a relação débito e crédito: Vamos admitir que a Cia. Ângelo tenha em seu Patrimônio Líquido um capital de $ 1.5000.000 totalmente aplicados no caixa. ATIVO PASSIVO e PL Circulante Caixa 1.500.000 PL Capital 1.5000.000 D CaixaC D Capital C 1.500.000 1.500.000 Compra de Máquinas e Equipamentos, a vista, por $ 900.000 Nessa operação, teremos uma nova conta Máquina e Equipamento (aumenta uma conta de Ativo) e uma redução do caixa pelo pagamento a vista (diminui uma conta de Ativo). Pela regra, quando aumenta uma conta de Ativo, debitamos a conta aumentada (Máquina e Equipamento), e quando diminui uma conta de Ativo, creditamos a conta diminuída (Caixa). D Caixa C D Máquinas e equipamentos C 1.500.000 900.000 900.000 38 Portanto, debitamos a conta “Máquinas e Equipamentos” por $ 900.000 e creditamos a conta Caixa por idêntico valor (Partidas dobradas: haver um débito e um crédito de igual valor). Observação: O saldo do Caixa é de $ 600.000, a maior no lado de débito, portanto “saldo devedor”. O professor Marion ressalta ainda que não teria problema algum, esses lados receberam outras nomenclaturas como o lado esquerdo ser chamado de “sol” e o lado direito ser chamado de “lua”, por tratar-se apenas de convenção entre os profissionais de contabilidade. Neste sentido, alguns países como a China se preocuparam em desenvolver um novo sistema contábil onde os termos débito e crédito foram substituídos por termos como adição e subtração. No Brasil, alguns profissionais preferem pensar que o valor recebido por uma empresa caracteriza-se como um DÉBITO com a sociedade (população) enquanto que um valor desembolsado para pagamentos de dívidas ou contas, representa um CRÉDITO com a mesma sociedade (população). A verdade é que cada profissional de contabilidade deverá buscar um melhor entendimento sobre o assunto ou a maneira que melhor lhe convém compreender tal convenção. Para que um lançamento seja realizado com sucesso, deve apresentar cinco elementos: 1) Local e data – É preciso informar corretamente qual o local da empresa e o dia, mês e ano da ocorrência do registro. 2) Conta devedora – É a conta debitada. Vem sempre em primeiro lugar. 39 3) Conta credora – É a conta creditada, que vem acompanhada da preposição acidental “a”. 4) Histórico – É a narração do fato ocorrido, a qual deve ser resumida, mas identificando bem a operação. Geralmente, se inicia com as seguintes expressões: a) Pago – quando a conta credora for “Caixa” b) Recebido – quando a conta devedora for “Caixa” c) Valor ou Importe – quando o lançamento não envolver a conta Caixa. É o denominado LANÇAMENTO EXTRA-CAIXA. 5) Importância ou quantia – É o valor das operações expresso em unidades monetárias. 3.5.1. Como realizar um Lançamento Como dissemos, para realizar um lançamento de um fato contábil, é preciso seguir algumas regras e procedimentos, como veremos a seguir: Exemplo: Compra de um computador à vista em dinheiro no valor total de R$ 2.000,00. 1º passo – O contador deve identificar as contas envolvidas no fato. Conta “Caixa” – A compra foi realizada em dinheiro Conta “Equipamento” – Aquisição de um bem 2º passo – Deve identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupos pertencem. Ativo (A) Passivo(PE) Patrimônio Líquido (PL) 40 Receitas (R) ou Despesas (D). Em nosso exemplo: Conta “Caixa” – Pertence ao Ativo (A) Conta “Equipamento” – Pertence ao Ativo (A) 3º passo – Deve identificar o que o fato provoca sobre o saldo das contas, ou seja, se o saldo aumentará ou diminuirá. Conta “Caixa” (A) – O saldo diminuirá (-) Conta “Equipamento” (A) – O saldo aumentará (+) 4º passo – O contador deve efetuar o lançamento contábil segundo o método das partidas dobradas, com a utilização do quadro-resumo do mecanismo do débito e crédito, da seguinte forma: DÉBITO = APLICAÇÃO DE RECURSO CRÉDITO = ORIGEM DO RECURSO 3.6 – Livros Contábeis Depois que você aprendeu sobre lançamentos contábeis, é preciso conhecer as formas de escriturá-los nos livros contábeis que se dividem basicamente em dois: o Livro Diário, o Livro Razão e o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). 41 3.6.1. Livro Diário Livro Diário, como o próprio nome já identifica, é o livro que registra todos os fatos contábeis, incluídos os de natureza aleatória e quaisquer outros que provoquem variações patrimoniais, em partidas dobradas na ordem rigorosamente cronológica do dia, mês e ano. É um livro exigido por lei, que obrigatoriamente deve estar presente em todas as empresas. Cumprindo estes requisitos, admite-se: 1) A escrituração do livro por meio de partidas mensais. 2) A escrituração resumida ou sintética, com valores totais que não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares. 3) No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro. Um inconveniente deste livro é o fato de, devido à ordem cronológica que deve seguir, as contas costumam ficar todas misturadas, dificultando com isso, o exame individualizado das mesmas. Como já dissemos, os lançamentos no Livro Diário devem ser realizados de forma clara e concisa, compondo-se em cinco partes importantes: 1) A conta debitada 2) A conta creditada 42 3) A data em que se realizou a operação 4) O histórico da movimentação 5) O valor referente à movimentação. Veja o modelo: DIÁRIO GERAL Empresa: Comercial Jc.Leite Ltda. Mês: Janeiro/2001 Pág. 002 Conta debitada Conta creditada Dia Histórico Valor 2.1.1.001.003 1.1.1.001.001 03 Pgto da Guia INSS 12/2000 272,00 1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 05 Venda à vista conf NF 65 380,00 2.1.1.002.001 1.1.1.001.001 07 Pgto Assist Contábil 12/00 130,00 2.1.1.002.002 1.1.1.001.001 07 Pgto Pro-Labore mês 12/00 1.230,00 1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 08 Venda à vista conf NF 66 1.700,00 1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 09 Venda à vista conf NF 67 735,00 2.1.1.001.002 1.1.1.001.001 14 Pgto da Guia Cofins mês 12/00 283,03 1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 14 Venda à vista conf NF 68 357,00 2.1.1.001.001 1.1.1.001.001 14 Pgto da Guia PIS mês 12/00 61,32 1.1.1.001.001 3.1.1.001.001 21 Venda à vista conf NF 69 7.889,00 111.001.001 3.1.1.001.001 24 Venda à vista conf NF 70 279,00 3.1.2.001.001 2.1.1.001.001 31 Vr PIS-Faturamento 01/01 73,71 3.1.2.001.002 2.1.1.001.002 31 Vr Cofins mês 01/01 340,20 3.1.2.001.003 2.1.1.001.003 31 Vr INSS mês 01/2001 272,00 3.3.1.001.003 1.1.1.001.001 31 Pgto Guia Contr. Sindical 29,60 2.1.1.001.005 1.1.1.001.001 31 Pgto Guia Contr. Social 12/00 108,29 2.1.1.001.005 1.1.1.001.001 31 Pgto Guia IRPJ 12/00 871,33 3.3.1.001.001 2.1.1.002.002 31 Pro-Labore mês 01/01 1.230,00 3.3.1.001.002 2.1.1.002.001 31 Vr Assist. Contábil mês 01/01 130,00 Fonte: http://www.contabilizando.com/os.livros.cont.html O livro diário deve seguir algumas formalidades: 43 Formalidades Extrínsecas: - Encadernação: os livros devem ser encadernados mantendo aparência de limpeza e higiene. - Autenticação: deverão ser autenticados pelo órgão competente do registro do comércio. Quando for Sociedade Simples ou sem fins lucrativos, deverá ser autenticado no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. - Termo de Abertura e Encerramento: de acordo com a lei, o Livro Diário deverá conter respectivamente, na primeira e na última página os termos deabertura e encerramento tipograficamente numerados. Importante ressaltar que tanto o termo de abertura quanto o termo de encerramento, deverão ser datados e assinados pelo comerciante ou seu procurador e por um contabilista habilitado para tal. No termo de abertura deverá constar: - A finalidade do livro - O número de ordem - O número de folhas - O nome da sociedade a que pertença - O local da sede ou estabelecimento - O número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro - O número de registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). Já nos termos de encerramento, deverá constar: 44 - O fim a que se destinou o livro - O número de ordem - O número de folhas - E respectiva firma individual ou sociedade mercantil. Formalidades Intrínsecas: - Lançamentos: Os lançamentos devem ser feitos sem rasuras, raspaduras ou borrões, em moeda e idioma nacionais. Neste ponto, há um fato curioso que vale a pena destacarmos. Por muitos anos, os livros Diários foram escriturados a mão, com canetas tinteiros, com uma caligrafia que, na maioria das vezes era impecável. Depois de 1970, aproximadamente, o Livro Diário passou a ser escriturado em uma máquina de datilografar, com um adaptador que permitia as escriturações do Diário e do Razão, simultaneamente. Na verdade, não era o livro que ia para a máquina de datilografar, mas formulários que eram vendidos em papelarias e vinham com um carbono especial que permitia copiar a segunda via para os livros, através de placas ou rolos de gelatinas. Este processo era muito parecido com as figurinhas de chiclete ou tatuagens que, para tirar o desenho, era preciso molhar o braço e segurar a imagem por algum tempo. Por volta de 1980, surgiram as máquinas eletrônicas que facilitaram em muito a vida dos contabilistas. Tal máquina, à medida que se realizavam os lançamentos, já executava as operações de adição e subtração. Porém, estes equipamentos não tiveram vida longa, pois logo chegaram ao mercado os microcomputadores. Assim, nos dias 45 atuais, existe uma série de softwares de contabilidade que facilitam demais a vida e o trabalho dos contabilistas que, além de fornecer todas as informações para a área contábil, podem ser interligados com outras áreas da empresa para que o lançamento contábil seja automático. 3.6.2. Livro Razão O Livro Razão é indispensável no processamento das informações contábeis. Trata-se de um agrupamento de valores em contas de mesma natureza e de forma racional. Ou seja, o registro neste livro acompanha as posições de cada uma das contas que formam o sistema escritural de um patrimônio, o que proporciona um controle maior por conta. E apesar de seu uso ter sido considerado facultativo pela Lei, a nova legislação tributária exige a manutenção deste livro pelo período de cinco anos, caracterizando-o como um livro obrigatório perante as leis fiscais. Por estar organizado por contas, é muito mais fácil analisar os impactos gerados para cada transação. Neste livro, cada conta terá uma página individualizada e os lançamentos, assim como no Livro Diário, deverão ser realizados em ordem cronológica dentro de cada conta. O razão pode ser escriturado em fichas, utilizando a mesma forma do livro, ou seja, cada conta em sua própria ficha. Ainda que seu registro não seja obrigatório, caso venha a ser utilizado, é preciso conter o termo de abertura e encerramento com as respectivas assinaturas do contabilista e do responsável pela empresa. A princípio, o razão só existia em forma de livros. Com o passar do tempo, para facilitar e agilizar o trabalho, o livro foi sendo substituído por folhas avulsas que receberam o nome de fichas. Hoje, dado o aspecto prático da contabilidade informatizada, é muito comum o uso de tais fichas. Ressaltamos ainda que é a partir desse livro ou fichas que se levantam os balancetes de verificação da posição das contas, para posterior encerramento do Balanço. 46 Veja o modelo: Empresa: Comercial Jc.Leite Ltda. Jan a Dez/2001 RAZÃO ANALÍTICO Página. 01 Conta: 3.1.1.001.001 - Vendas à vista Data Histórico Débito Crédito Saldo 05/01 Venda à vista conf NF 65 380,00 380,00 C 08/01 Venda à vista conf NF 66 1.700,00 2.080,00 C 09/01 Venda à vista conf NF 67 735,00 2.815,00 C 14/01 Venda à vista conf NF 68 357,00 3.172,00 C 21/01 Venda à vista conf NF 69 7.889,00 11.061,00 C 24/01 Venda à vista conf NF 70 279,00 11.340,00 C Fonte: http://www.contabilizando.com/os.livros.cont.html Quando o livro abrange a conta em sua totalidade, denomina-se Razão Sintético. Quando há o desdobramento dessas contas para realizar um controle mais efetivo, denomina-se Razão Analítico. 47 Assim: Razão Sintético Razão Analítico Estoques - Estoque de mercadorias - Estoque de produtos acabados - Estoque de matéria prima Duplicatas a Receber - Cia. nacional de siderurgia - Lojas Felicidades - Depósito Santa-fé Bancos Conta Movimento - Banco do Brasil - Banco Bradesco - Banco Real Fornecedores - Comércio de ferragens Santa Luzia - Pedreira São Mateus - Castor & Andrade Ltda Empréstimos a Pagar - Banco do Brasil - Financeira Credial - Banco Unioeste 3.6.3. Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido por sua sigla “LALUR” é um livro fiscal obrigatório para empresas que declaram seu Imposto de Renda pela modalidade de LUCRO REAL. O Lucro Real é o lucro líquido, referente ao período que está sendo apurado, com os ajustes referentes a adições, exclusões ou compensações. A função desse livro é realizar um ajuste dos demonstrativos contábeis com a declaração do imposto de renda, com adições e exclusões ao lucro líquido do período 48 base. Esse ajuste deverá apurar a base de cálculo do imposto de renda do período base e controlar valores que possam influenciar a determinação do lucro real de períodos base futuros e que não constem da escrituração comercial. O LALUR é um livro dividido em duas partes, com folhas numeradas tipograficamente e reunidas em um só volume encadernado. A primeira parte, chamada de “Parte A”, é destinada aos lançamentos de ajustes do lucro líquido do período. Tais informações, como despesas indedutíveis e valores excluídos, deverão estar organizadas por data, tendo como fecho a demonstração do lucro real. A segunda parte, chamada de “Parte B” é destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constam da escrituração comercial, mas que afetam a determinação do lucro real em períodos base futuros. Como exemplo, podemos citar prejuízos a compensar, depreciação acelerada, lucro inflacionário acumulado, entre outros. Parte A A escrituração deverá ser realizada em ordem cronológica, folha após folha, sem intervalos e nem entrelinhas. Deve ser encerrada período após período com a transcrição da demonstração do lucro real. Cada período deve ser assinado pelo responsável da empresa e pelo contabilista legalmente habilitado. Parte B Na sua parte B, utilizando uma folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado, serão mantidos os registros de controle de valores que, pela sua característica, integram a tributação de períodos subsequentes, quer como adição, exclusão ou compensação. Veja o modelo: 49 Parte A Parte B Fonte: http://www.g-10.net/12_27.htm3.7 – Balancete de Verificação Trabalhar com números requer muita concentração e foco no que se está fazendo para que as informações não sejam trocadas ou lançadas com valores errados. 50 Infelizmente, é muito difícil um profissional ser eficiente cem por cento do tempo e falhas acabam acontecendo. O balancete de verificação é uma técnica muito eficiente para verificar se os lançamentos contábeis de determinado período foram realizados com sucesso. É importante ressaltar que esta técnica também não apresenta cem por cento de eficiência e pode deixar de detectar alguns erros de maior amplitude. Esta técnica tem por base o método das partidas dobradas que, como vimos anteriormente, conceitua que não há débito sem crédito correspondente. Assim, ao somar todos os valores de débitos e todos os valores de créditos, estes deverão ser iguais. Se houver qualquer diferença de valores entre débito e crédito e este resultado não tiver como causa um erro de soma das colunas do balancete, certamente os registros contábeis não estão corretos. Neste caso é preciso parar todo o processo contábil e averiguar onde está o erro. O contabilista deverá realizar um trabalho de pesquisa dos lançamentos contábeis já realizados para localizar a falha. Por este motivo, a periodicidade do balancete de averiguação deve ser curta, uma vez que, quanto menor o período de abrangência do balancete, mais eficiente será a contabilidade. Para elucidar essa periodicidade, os bancos costumam realizar esse balancete diariamente em razão da grande quantidade de lançamentos que costumam realizar. Isso evita que um erro passe de um dia para o outro, dificultando ainda mais essa verificação. O balancete de verificação será montado conforme a necessidade da empresa e poderá conter uma série de colunas. Quanto mais colunas existirem, maior será a quantidade de informações oferecidas ao usuário. Modelos de balancetes de verificação: 51 Balancete Mensal de Verificação. ABR/09 Contas Natureza Débito Crédito Caixa Bancos Duplicatas a Receber Mercadorias Imobilizado Fornecedores Empréstimos e Financiamentos Capital Social Lucros ou Prejuízos Acumulados AC AC AC AC ANC PC PC PL PL 4800 10200 6000 9400 32000 - - - - - - - - - 17800 10100 28000 6500 Total 62400 62400 Legenda: AC = Ativo Circulante / ANC = Ativo não Circulante PC = Passivo Circulante / PL = Patrimônio Liquido Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/balancete-de-verificacao.htm 3.7.1. Erros não detectáveis pelo Balancete de Verificação 1) Quando o contador se distrai e debita uma determinada compra em uma conta diferente da conta de origem. Neste caso, os lançamentos, para efeito de verificação, estariam corretos. No entanto, o débito foi realizado em conta errada. 2) Outro erro não detectável pelo balancete, é a inversão de lançamentos. Ou seja, o contador lança um crédito como débito e um débito como crédito, simultaneamente. Por exemplo: o contador deveria debitar caixa e creditar receita, mas inverte, creditando caixa e debitando receita. Os totais, para efeito de balancete, serão os mesmos, mas os lançamentos estarão invertidos. 52 3.7.2. Apresentação do Balancete O balancete, por ser uma ferramenta que pode servir de instrumento para tomada de decisão, uma vez que analisa os débitos e créditos das movimentações financeiras de uma empresa, deve ser apresentado de forma clara para que o usuário consiga interpretar adequadamente as informações nele constantes. Como já vimos também, o balancete comporta as contas de patrimoniais que representam o ativo, passivo exigível e patrimônio líquido e as contas de resultados que representam as receitas e despesas. Se o contador lançar todas as informações em sequência como na figura abaixo, poderá gerar um material de difícil análise. Figura 1 Entretanto, se adotar o cuidado de separar as duas contas (patrimoniais e de resultados) em dois grupos, poderá trazer mais clareza para interpretação das informações. Note a diferença entre a figura 1 e a figura 2. Trata-se de um balancete semelhante, com a diferença de que na figura 1 está montado em uma sequência e na figura 2, está organizado em grupos. 53 Figura 2 Organizado como a figura 2, poderá inclusive servir de base para a preparação da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como veremos em tópico próprio. 3.8 – Erros de escrituração O contador é um ser humano e, como tal, é passível de erro. Neste sentido, destacaremos os erros mais comuns cometidos durante a escrituração e quais os meios utilizados para sua correção. Erros de redação: Costuma acontecer quando o contabilista inverte os lançamentos, ou seja, em uma conta de crédito, quando deveria lançar em uma conta de débito. Neste caso, deve usar o Estorno para corrigir o erro. Borrões, rasuras, registros nas entrelinhas: Neste tipo de acidente, o contabilista deverá ressalvar, datar e assinar a ressalva na própria escrituração. Exemplo: Ressalva: O valor correto do cheque número 982.433 é de R$ 10.000,00. Por engano lançamos R$ 100.000,00. Portanto, ficou rasurado o lançamento. 54 Salto de linhas ou de páginas: Quando o contabilista se distrai e causa um salto de linha, deverá corrigir o erro, preenchendo o espaço com traços horizontais e ressalvando com data e assinatura do profissional. Se o salto for de página inteira, o procedimento é o mesmo, apenas os traços que deixam de ser na horizontal e passam a ser na diagonal. Valores lançados a maior: Neste caso, o contabilista pode agir de duas formas. Realiza a correção da diferença com um lançamento de retificação, ou anula e lança os valores novamente. Exemplo: Histórico: Estorno de parte do lançamento efetuado a maior, em .../..../..., referente ao pagamento de imposto predial do primeiro trimestre. Valores lançados a menor: Neste caso, a correção pode ser feita com o estorno do lançamento e um novo lançamento, agora com o valor correto ou apenas efetuar um lançamento complementar. Exemplo: Histórico: Complemento do lançamento efetuado a menor em../../.., referente ao pagamento do imposto predial deste trimestre. Troca de uma conta por outra: Este é um erro muito comum entre os profissionais de contabilidade. Quando ocorre a troca de conta, o contabilista deve fazer a correção por estorno do lançamento e lançar corretamente ou estornar somente a conta errada e debitar a conta correta. Exemplo: Histórico: Transferência que se processa da 1ª para a 2ª conta, tendo em vista lançamento indevido em.../.../..., referente à compra de um automóvel, conforme Nota Fiscal nº 000. Inversão de contas: Na inversão de contas, o profissional deve realizar a correção por estorno do lançamento e lançando corretamente, ou, invertendo as contas e lançar a importância duas vezes. Exemplo: Histórico: Estorno do lançamento de../../.., referente à compra de um automóvel. Compra de um automóvel. Omissão de lançamentos: Geralmente, esta omissão ocorre pelo esquecimento do contabilista em efetuar o registro de um fato na data oportuna. Neste caso, basta proceder ao registro do fato no dia em que verificou a omissão, mencionando, no 55 histórico, o motivo e a data correta do evento. Se a omissão implicar em falta de recolhimento de impostos, a empresa deverá providenciar os respectivos recolhimentos, espontaneamente, acrescidos dos encargos correspondentes. Lançamento em duplicata: Quando notada talocorrência, basta que se proceda ao estorno do lançamento que estiver a mais. 3.9 – Encerramento do Exercício A gestão administrativa das empresas é contínua, porém, é necessário estabelecer determinados períodos para obter informações sobre a situação patrimonial, econômica e financeira, como por exemplo, se a empresa obteve lucro ou prejuízo. Geralmente, esse período tem duração de um ano, coincidindo com o ano civil. Como exemplo, podemos avaliar a legislação para declaração de imposto de renda que determina que os balanços apresentados com base no pagamento do imposto, devem compreender um período de doze meses, encerrando-se no dia 31 de dezembro do ano corrente. Já o Banco Central determina que os bancos apresentem balanços a cada seis meses, embora os exercícios sociais permaneçam por doze meses. Ao final desse período, chamamos de encerramento do exercício. A contabilidade deverá encerrar as Contas de Resultados, que compreende as Contas de Despesas e Receitas, transferindo seus saldos para uma nova Conta chamada de “Resultado do Exercício”. Depois de conhecido o resultado do exercício e montado de forma ordenada, para um fácil entendimento, serão elaborados os relatórios contábeis, dentro os quais, destacamos: - Balanço Patrimonial - Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) 56 - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Tais demonstrações, veremos com mais detalhes na próxima Unidade. 3.10 – Tributação Segundo o Código Tributário Nacional Brasileiro, em seu art. 3º, Tributo é "toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". A palavra tributo parte do radical latino “tribuire” que significa “distribuir”, no sentido de repartir entre os entes da comunidade os ônus da satisfação das necessidades coletivas. Em outras palavras, são valores pagos à União, Estados e Municípios, em moeda corrente (dinheiro), de forma compulsória, ou seja, sem disposição de vontade do contribuinte, por pessoas físicas e jurídicas, para atender os custos de manutenção do Estado. 3.10.1. Classificação dos tributos Os tributos podem ser classificados da seguinte forma: Tributo Direto – São aqueles em que o contribuinte é o único responsável pelo pagamento do tributo, ou seja, uma única pessoa é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações tributárias previstas em lei. Exemplo: Imposto de Renda por declaração. Tributo Indireto – Trata-se da relação jurídico-tributária que se estabelece entre o Estado e o contribuinte, no qual este paga o tributo correspondente e pode se ressarcir cobrando de terceiros, através da inclusão do valor pago de imposto, no preço final de seu produto ou serviço. Exemplo: IPI e ICMS. 57 Tributo Real – É o tributo que incide sobre bens e serviços. Exemplo: IPVA e ISS. Tributos Proporcionais – São caracterizados pela incidência de uma única percentagem sobre o valor da matéria. Exemplo: ITBI Tributos Progressivos – São caracterizados pelos impostos de alíquotas fixadas em percentagens variáveis e crescentes. Exemplo: IRPF 3.10.2. Tipos de tributos Muitas pessoas generalizam e denominam os tributos de “impostos”. Contudo, o tributo é gênero do qual o imposto é espécie. De forma simplificada, o imposto é apenas um tipo de tributo, como veremos a seguir: Impostos – Trata-se de um tributo não vinculado, ou seja, é devido pelo contribuinte e deve ser pago de forma compulsória independente de qualquer contraprestação por parte do Estado. Exemplo: O pagamento do IPVA que é um imposto sobre a posse de automóvel, não garante que este valor seja revertido para melhorias das ruas ou rodovias. Taxas – São tributos pagos em contrapartida a execução de serviços públicos prestados ou colocados à disposição do contribuinte. As taxas também estão relacionadas ao poder de polícia exercido pela administração pública. Exemplo: taxa de bombeiro ou taxa de iluminação pública cobradas em alguns municípios. Contribuições Sociais – Trata-se de contribuições que tem por finalidade garantir a seguridade social. Exemplo: PIS, COFINS, CSLL. Contribuições de Melhoria – São tributos cobrados de contribuintes que, em razão de obras e serviços públicos, acarretem uma valorização de seus imóveis. Em outras palavras, trata-se de uma contribuição para custear obras públicas que venham a valorizar os imóveis daquela região. 58 Empréstimo Compulsório – São valores cobrados de contribuintes, mediante lei complementar para a realização de obras de caráter emergencial decorrentes de calamidade pública ou guerra externa, que demande relevante interesse nacional. 3.10.3. Tributos cobrados de empresas Destacamos aqui, os tributos mais comuns cobrados das empresas no Brasil: 1) Contribuição para o PIS – É uma contribuição social que deve ser paga pelas empresas com o objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. 2) Contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS – É uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social. 3) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um imposto federal cobrado sobre mercadorias industrializadas, estrangeiras e nacionais. 4) Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, é um imposto de competência estadual que incide sobre a circulação de mercadorias, prestações de serviços de transporte interestadual, ou intermunicipal, de comunicações, de energia elétrica. Também sobre a entrada de mercadorias importadas e serviços prestados no exterior. 5) Imposto de Renda Pessoa jurídica – IRPJ – É um tributo federal pago por todas as pessoas jurídicas estabelecidas no Brasil, desde que estas não sejam isentas de pagamento. 6) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL – É uma contribuição que incide sobre as pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de 59 Renda e se destina ao financiamento da Seguridade Social, estando disciplinado pela lei n.º 7.689/88. 7) Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – é o nome fantasia dado ao sistema de tributação simplificada criado em 1996, chamado de Simples Federal. Porém, foi extinto em 30/06/2007 e substituído na data seguinte 01/07/2007 pelo Simples Nacional criado pela Lei Complementar 123/06, com o objetivo de facilitar o recolhimento de contribuições das micro e médias empresas, tanto no âmbito federal (como era o Simples Federal) quanto no estadual, através do (ICMS) e municipal (através do ISS). Vale ressaltar aqui, que a carga tributária cobrada das empresas é muito maior que estes simples sete impostos. Além de impostos como IOF, ISS, IE e outros que não foram mencionados, há também uma série de contribuições que devem ser analisadas em um curso próprio, uma vez que sua complexidade é muito grande para ser definida em poucas linhas. 3.10.4. Imposto de Renda Quem nunca ouviu falar do famoso leão do imposto de renda? Ou ainda, quem nunca pegou seu holerite no final do mês e viu que faltava uma parte do salário? Justamente ela foi “mordida” por tal leão!
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