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CST Logística - MÓDULO C – FASE I – 2016 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E INTRAEMPREENDEDORISMO Livro da disciplina: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E INTRAEMPREENDEDORISMO Administração Clássica, também conhecida como estrutural ou mecanicista; as empresas e seus gestores exerciam total controle sobre as pessoas, que eram absolutamente submissas e sem nenhuma autonomia. Frederick W. Taylor; Henry Ford; Henri Fayol. Administração Neoclássica; contém elementos da teoria clássica adaptados aos novos modelos de organização. Peter Drucker e Michael Porter (“de nada adianta uma teoria sem a sua prática, pois organização alguma vive de teorias se estas não forem aplicadas ao seu cotidiano”. Divisão do trabalho; hierarquia; Escola de Relações Humanas, podemos observar que o fator humano é levado em consideração dentro das organizações e o controle está mais nos processos do que nas pessoas. São muito influenciadas pela psicologia. Hawthorne. Teoria Comportamental; é a base para a nossa disciplina, pois a estudaremos nas próximas aulas. Veremos a motivação humana e algumas teorias da motivação, entre elas, a mais conhecida que é a pirâmide das necessidades de Maslow. Gestão Flexível: as organizações já valorizam o conhecimento, a autonomia, iniciativa e o empreendedorismo. Sistema Toyota de Produção. Podemos denominar empresa como um empreendimento, um negócio, uma sociedade, que tenha como objetivo obter lucro por meio de atuação específica na área de comércio, indústria ou serviços. Pode ser micro, pequena, média ou grande. Geralmente, as empresas nascem pequenas e, sendo bem gerenciadas, tornam-se grandes impérios. 1 Comportamento Organizacional é uma área de conhecimento importante para as novas tecnologias de gestão e que pode auxiliar muito a gestão na tarefa de cumprir os objetivos organizacionais. De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 11-12), ciências físicas como: química, astronomia, física etc., contêm leis consistentes e aplicáveis a diversas situações diferentes. É assim que os cientistas conseguem “generalizar os efeitos da lei da gravidade ou enviar astronautas com segurança para consertar um satélite no espaço”. E em Comportamento Organizacional existem verdades absolutas, ou seja, quando se trata de estudar comportamento humano, a complexidade é bem maior porque “poucos princípios simples e universais explicam o comportamento organizacional”. Cada ser humano é único e diferente, dificultando generalizações simplificadas. Geralmente duas pessoas reagem de formas diferentes a uma situação idêntica. Uma mesma pessoa pode mudar seu comportamento dependendo da situação. “Nem todas as pessoas são motivadas pelo dinheiro, e o comportamento delas em um culto religioso é diferente daquele mostrado em um churrasco” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 12). 2 Intraempreendedorismo é uma variante de empreendedorismo, desempenhada pelas pessoas que trabalham como funcionários das organizações. Os intraempreendedores são indivíduos que se destacam no ambiente de trabalho. Podemos considerar 5 características de um funcionário Intraempreendedor, que são, criativo; inovador; tem atitude de dono(a) do negócio; querem o melhor para a empresa; proativo; assume responsabilidades; 3 deseja crescer profissionalmente e evoluir dentro da empresa; tem empatia; busca aperfeiçoar-se no segmento que atua. O empreendedor pode abrir uma nova empresa no mercado e tornar-se um empresário empregando pessoas. O intraempreendedor é um empreendedor que trabalha para os outros, não deseja ter seu próprio negócio. Os 10 mandamentos do intraempreendedor (PINCHOT III, 1989, apud URIARTE, 2000): 1. Ir para o trabalho todos os dias preparado para a demissão; 2. Evitar quaisquer ordens que objetivem atrapalhar seu sono; 3. Executar qualquer atividade necessária para que seu projeto funcione, independentemente da sua descrição de cargo; 4. Encontrar pessoas dispostas a ajudá-lo; 5. Seguir sua intuição a respeito das pessoas escolhidas para trabalhar consigo, trabalhando apenas com as melhores; 6. Trabalhar clandestinamente o máximo possível, pois a publicidade mobiliza as estruturas de imunidade da organização; 7. Jamais apostar em uma corrida, a não ser que seja um dos competidores; 8. Lembrar-se de que “é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão”; 9. Ser leal às próprias metas, mas realista no modo de atingi-las; 10. Honrar seus patrocinadores. O afeto também estabelece essa relação com as emoções e os sentimentos. Veja! 4 Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 105) conceituam Inteligência Emocional (IE) como “a capacidade da pessoa (1) ser autoconsciente do seu estado afetivo (reconhecer suas próprias emoções quando as sente), (2) detectar as emoções nos outros e (3) administrar as pistas e informações transmitidas pelas emoções. As pessoas que conhecem suas próprias emoções são boas em interpretar pistas emocionais – por exemplo, saber por que estão irritadas e como se expressar sem violar as normas – são provavelmente mais eficazes”. Daniel Goleman autor do livro “Inteligência Emocional” mostra o que é preciso analisar em você mesmo e nos outros para identificar a IE, que ele chama de “cinco domínios principais”. Que são: conhecer as próprias emoções; Lidar com emoções; Motivar-se; Reconhecer emoções nos outros; Lidar com relacionamentos A inteligência emocional é fundamental no processo de tomada de decisão. Porque tomadas de decisão corretas precisam ser racionais. No entanto, 5 usuario Realce sentimentos e emoções tem consequências significativas na tomada de decisão, inclusive as emoções negativas, porém pesquisadores ainda buscam tal resposta. Os mais antigos dizem que pessoas deprimidas são capazes de julgar com mais exatidão. Os mais recentes contrariam esta ideia afirmando que pessoas deprimidas tomam decisões errôneas por serem mais lentas para analisar informações, e inclinam-se a considerar todas as opções possíveis e não as mais prováveis. “Embora possa parecer que pesar todas as opções possíveis é positivo para a tomada de decisão, o problema é que as pessoas deprimidas. Buscam a solução perfeita quando esta raramente existe”. Assim, o tipo de sentimento e a intensidade das emoções interferem no processo de tomada de decisão. “A intensidade dos sentimentos condiciona a tomada de decisão, mas apenas de problemas intuitivos [...] quando as pessoas tomam decisões rápidas e intuitivas, a intensidade de suas emoções pode ser prejudicial, uma vez que têm mais dificuldade em identificar vieses decisórios que as levam a decisões erradas” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 108). Vimos também que no livro “A quinta disciplina”, Senge explica que as cinco disciplinas que veremos a seguir (pensamento sistêmico, domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada e aprendizagem em equipe), precisam desenvolver-se conjuntamente, simultaneamente. Não é tarefa fácil, mas os resultados são gratificantes. Por essa razão é que o pensamento sistêmico é a quinta disciplina, porintegrar as outras. De acordo com Senge (2008, p. 40- 41), “o pensamento sistêmico é um quadro de referência conceitual, um conjunto de conhecimentos e ferramentas desenvolvido ao longo dos últimos cinquenta anos para esclarecer os padrões como um todo e ajudar-nos a ver como modifica-los efetivamente”. Domínio pessoal é a disciplina de continuamente esclarecer e aprofundar nossa visão pessoal, de concentrar nossas energias, de desenvolver paciência e de ver a realidade objetivamente. Como tal, é uma pedra de toque essencial para a organização que aprende – seu alicerce espiritual. A capacidade e o comprometimento de uma organização em aprender não podem ser maiores do 6 usuario Realce que de seus integrantes. As raízes dessa disciplina estão nas tradições espirituais ocidentais e orientais, bem como em tradições seculares” (SENGE, 2008, p. 41) Modelos mentais são pressupostos profundamente arraigados, generalizações ou mesmo imagens que influenciam nossa forma de ver o mundo e de agir. Muitas vezes, não estamos conscientes de nossos modelos mentais ou de seus efeitos sobre o nosso comportamento. Por exemplo, podemos observar que uma colega de trabalho se veste com elegância e dizer a nós mesmos: ‘Ela é uma pessoa de classe’. E, quanto a alguém que se veste de forma mais descuidada, podemos achar: ‘Ela não se importa com a opinião dos outros’. Os modelos mentais do que pode ou não ser feito em diferentes contextos gerenciais não são menos arraigados. Muitas ideias novas sobre novos mercados ou sobre práticas organizacionais obsoletas não são colocados em prática porque entram em conflito com poderosos modelos mentais implícitos” (SENGE, 2008, p. 42). Visão compartilhada: Segundo Senge (2008, p. 43), a capacidade de imaginar um futuro que desejamos criar é uma ideia e liderança muito inspiradora para qualquer organização. Não é possível o crescimento e evolução organizacional sem o estabelecimento de metas, missão e valores que sejam compartilhados entre todos. Empresas que almejam o sucesso devem: “reunir as pessoas em torno de uma identidade e um senso de destino comuns”. Leia com atenção a seguinte citação: Aprendizagem em equipe: Quando formamos equipes podemos aprender mais, desenvolver melhor as atividades, criar e inovar mais. Pessoas unidas em um único objetivo são capazes de resultados extraordinários. De acordo com Senge (2008, p. 43-44), a disciplina aprendizagem em equipe tem início no diálogo, ou seja, “a capacidade dos membros de deixarem de lado as ideias preconcebidas e participarem de um verdadeiro ‘pensar em conjunto’”. Por meio do diálogo visualizamos percepções e ideias que, sozinhos, não conseguiríamos ter. 7 Embora não seja o principal fator de satisfação no trabalho, a remuneração deve ser levada em consideração, é um fator muito importante e exige tomadas de decisões estratégicas. Os tipos diferentes de programas de remuneração variável, são: 1. Remuneração por unidade produzida; 2. Pagamento com base no mérito; 3. Bônus; Remuneração por habilidades; 4. Planos de participação nos lucros; 5. Participação nas melhorias; 6. Planos de participação acionária para funcionários. Os Grupos nas Organizações Geralmente, os grupos evoluem durante um tempo – é o que explicam Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 264-265) – pois trata-se de um processo que eles chamam de modelo de cinco estágios. Há pesquisas que indicam que não são todos os grupos que seguem esse mesmo padrão, mesmo assim, essa estrutura é útil para que entendamos como os grupos se desenvolvem. O modelo de cinco estágios é composto por: 1º estágio – formação: 2º estágio – tormenta: 3º estágio – normatização 4º estágio – desempenho: 5º estágio – interrupção Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 262): “um grupo é definido como dois ou mais indivíduos, independentes e interativos, que se reúnem visando atingir determinado objetivo”. Os grupos são importantes para as pessoas, o que justifica isso é a teoria da identidade social, isto é: “teoria que propõe que as pessoas apresentam reações emocionais ao fracasso ou sucesso de seu grupo, 8 porque sua autoestima fica ligada ao desempenho dele”. Ou seja, estamos bem quando nosso grupo está bem, ficamos felizes com as realizações do nosso grupo. Quando nosso grupo vai mal, sentimo-nos mal também, e neste caso pode até ocorrer uma rejeição da identidade com o grupo. Além disso, “as identidades sociais também ajudam as pessoas a reduzir sua incerteza a respeito de quem são e do que devem fazer” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 263). Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 268), cada membro do grupo desempenha um papel, como atores. O termo papel corresponde a “um conjunto de padrões comportamentais esperados, atribuídos a alguém que ocupa determinada posição em uma unidade social”. No ambiente de trabalho, examinamos as expectativas do papel pela perspectiva do contrato psicológico, que é “um acordo tácito entre os empregados e empregadores. Esse contrato estabelece expectativas mútuas: o que os empregadores esperam de seus empregados e vice-versa. Na verdade, ele define a expectativa de comportamento que acompanha cada papel. Espera-se que os gestores tratem os funcionários com justiça, proporcionem condições aceitáveis de trabalho, comuniquem com clareza o que pretendem e deem feedback sobre o desempenho dos subordinados. Espera-se que os funcionários respondam demonstrando uma atitude positiva, seguindo as orientações e mostrando lealdade à organização” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 269). 9 Vimos que: segundo Goleman (1995, p. 18), as emoções são de suma importância porque, principalmente em momentos decisivos, somos orientados por elas, “cada tipo de emoção que vivenciamos nos predispõe para uma ação imediata; cada uma sinaliza para uma direção que, nos recorrentes desafios enfrentados pelo ser humano ao longo da vida, provou ser a mais acertada” (GOLEMAN, 1995). Por isso, em comportamento organizacional temos que dar uma atenção especial às emoções, pois “quando são as emoções que dominam, o intelecto não pode nos conduzir a lugar algum” (GOLEMAN, 1995). Raiva Medo Felicidade Amor 10 Surpresa Repugnância Tristeza O sentimento desempenha um importante papel “na navegação pela interminável corrente das decisões pessoais da vida. A razão é muito importante, mas para tomar uma decisão sábia é importante estar em sintonia com nossos sentimentos. Por isso há a necessidade do autocontrole. Isto é: a capacidade de autocontrole, de suportar a agitação emocional que o acaso impõe e de não tornar-se um “escravo da paixão” é uma grande virtude. É importante ter equilíbrio, não suprimir as emoções porque cada sentimento tem seu significado e valor. “Uma vida sem paixão seria um entediante deserto de neutralidade, cortado e isolado da riqueza da própria vida”. No entanto, é preciso ter emoção na dose certa, ou seja, proporcional à circunstância. Quando sufocamos as emoções ficamos frios e insensíveis; quando não temos controle sobre as emoções e elas são extremas e persistentes tornam-se patológicas, é assim que acontece na depressão que paralisa, na ansiedade que destrói, na raiva alienada e na agitação maníaca(GOLEMAN, 1995, p.69). As pessoas necessitam de feedback sobre seu desempenho. Sem feedback “as pessoas ficam no escuro”, não tem como saber sobre como seu trabalho está sendo avaliado, não sabem o que é esperado delas e quaisquer problemas tendem a se agravar cada vez mais. A crítica é, de certa forma, um feedback, e não devemos encarar crítica como algo negativo, pelo contrário, é importante para nossa evolução profissional. “A crítica é uma das mais importantes tarefas de um administrador”. O problema está na forma como a crítica é feita e como é percebida pelo outro. As críticas não podem jamais ser expressas como ataques pessoais. Deve-se criticar com habilidade (GOLEMAN, 1995, p. 165). Geralmente as pessoas veem mudanças como sendo ameaças. Mesmo quando são mostrados dados aos funcionários que sugerem que eles precisam de mudanças, eles se apegam a qualquer informação que encontrarem e que sugira 11 que estão bem e não precisam mudar. Então, podemos afirmar que a resistência à mudança é positiva quando conduz ao debate e às discussões abertas. Essas respostas, certamente, são melhores do que a apatia e o silêncio, pois talvez indiquem que as pessoas estão alinhadas no processo, dando oportunidade aos agentes de mudança para exporem seus argumentos. “Os agentes de mudança também podem usar a resistência para transformar a mudança e encaixá-la nas preferencias de outros membros da organização. Quando eles tratam a resistência apenas como ameaça, em vez de trata-la como um ponto de vista a ser discutido, isso pode aumentar o nível de conflitos disfuncionais” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 568). No modelo de Kurt Lewin, mudanças organizacionais seguem três etapas: “descongelamento do status quo, movimento na direção de uma nova condição desejada e recongelamento da mudança para torna-la permanente, ou seja, após realizada a mudança, o novo estado de equilíbrio tem que ser recongelado para que possa manter-se por longo prazo. Não havendo esta etapa, a mudança passa a ser apenas um fenômeno temporário e os funcionários acabam tentando reverte-la para a situação anterior. O recongelamento tem como objetivo “estabilizar a mudança por meio do equilíbrio entre as forças propulsoras e restritivas” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 573). Bons estudos! 1 2
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