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Fichamento Doença Mental

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Faculdade Doctum de João Monlevade
CURSO DE DIREITO
FICHAMENTO
Alunos(as): Thaíla Souza Período: 2ºB 
		Projeto Integrador 
	IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO
	BRISSET, Fernanda Otoni de Barros. Por uma política de atenção integral ao louco infrator. Disponível em: http://ftp.tjmg.jus.br/presidencia/projetonovosrumos/pai_pj/livreto_pai.pdf. Acesso em: 20 de out. 2017.
	ARGUMENTO CENTRAL
	O texto discorre sobre a construção do trabalho de atenção integral, evidenciando sua base conceitual, jurídica, clínica e social. Tem como objetivo divulgar os resultados do programa, que busca humanizar o cumprimento da medida para os portadores de sofrimento mental, através de um acompanhamento digno e respeitoso, priorizando o laço social do indivíduo. 
	Página(s)
	Citação
	Comentários
	16
	O termo “periculosidade” surgiu pela primeira vez no século XIX, como um conceito no campo das práticas jurídicas, quando se passou a atribuir a determinados criminosos a presunção de periculosidade. Essa presunção seria cabível a alguns criminosos se, no exame médico, fossem identificadas algumas características patológicas que o designariam como sendo um indivíduo intrinsecamente perigoso.
	Pela primeira vez no século XIX, originou-se a expressão ‘’periculosidade’’, tal como no espaço jurídico foi muito utilizado quando se tratava a determinados criminosos a presunção de periculosidade, que seria apropriado ao mesmo, se caso no exame médico constasse algum sinal mórbido que o indicaria como um sujeito inerentemente perigoso. Até hoje, no rigor do Código Penal brasileiro, somente a alguns indivíduos cabe imputar a presunção de periculosidade, a àqueles que forem considerados no instante do acometimento do crime, serem portadores de alguma doença mental. 
	18
	Beira-Mar não poderá ficar preso além do tempo previsto em sua condenação. Ele tem direito a seus direitos! Seu crime é um crime racionalmente realizado, ele é um sujeito responsável, e seus crimes respondem aos motivos que localizam a razão de ser da lógica penal. Juridicamente, não é correto predicar sua pessoa com a presunção da periculosidade, visto que ele é um sujeito responsável. O Código Penal apenas presumirá perigoso aquele que for considerado inimputável, e, portanto, não responsável. Segundo o Código Penal brasileiro, em seu artigo 26, é isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento.
	De acordo com o artigo 26, do Código Penal brasileiro, esses indivíduos serão absolvidos de sua infração, porém julgados a uma medida de segurança por tempo indefinido. Subjetivamente, a periculosidade, quando destinada ao autor do crime, intencionaria pressupor circunstâncias de risco, ameaça e perigo para a população e busca ampará-la de novos crimes. Mas a medida de segurança tem o intuito específico protegê-las dos apontados como doentes mentais. 
	24
	Através da atenção dispensada ao percurso singular daqueles indivíduos, tivemos a compreensão de que é fundamental atribuir consequência às suas respostas. Começávamos a perceber, ainda que de modo muito inicial, que o ato-crime tinha consequências sobre cada um daqueles acompanhados pela pesquisa. Responder pelo crime diante do juiz, demonstrar para sua cidade e sua família que tinha pagado “direito” pelo que fez eram respostas que começavam a se apresentar com certa regularidade nas falas e nos comportamentos daquelas pessoas. Parecia, enfim, cada um do seu modo, que estavam verdadeiramente envolvidos num trabalho muito particular de construir algum sentido para o sem sentido de seu ato, ensejando encontrar um apoio para o que emergiu estranho de si mesmo, inscrevendo essa esquisitice no mundo, e isso significava consentir com solução jurídica que se inscreve no social, dirigida a todos os que cometem crimes, no contexto sociológico e jurídico de sua época.
	É de extrema importância no tratamento de cada um ajeitar uma forma de alojar, na sua relação com os outros, um resultado em relação ao ato que praticara, um resultado reconhecido como socialmente pertinente, principalmente. A simples proposta de uma rede de assistência no qual pudesse adereçar sua perturbação e no qual pudesse entregar os vestígios de sua solução. Os pacientes judiciários, os loucos infratores, foram organizando gradualmente uma maneira de cuidar do seu sofrimento e se denotando como sujeitos de direitos que respondem pelas suas condutas na medida de sua singularidade, capazes de outras respostas que não aquelas imaginadas pela presunção de sua periculosidade.
	CONCLUSÃO OU APRECIAÇÃO FINAL
	Conclui-se que o texto estudado evidencia o conteúdo potencialmente inclusivo do PAI-PJ no sentido da socialização do paciente judiciário, no entanto este potencial fica limitado pelas macro determinações históricas, sociais e econômicas formadas pela democracia liberal.

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