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AFRFB administrativo TEO EXE armando mercadante Aula 06

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CURSO ON‐LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO – RECEITA FEDERAL 
PROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
318
DDiirreeiittoo AAddmmiinniissttrraattiivvoo 
AAnnaalliissttaa ee AAuuddiittoorr ddaa RReecceeiittaa FFeeddeerraall 
(Aula nº 6 – 07/09/10) 
 
 
Prezado(a) aluno(a), 
 
 
Nesse sexto e último encontro serão abordados os seguintes temas: 
 
• Serviço público: conceito e classificação, regulamentação e controle; 
 
• Concessão, permissão e autorização; 
 
• Terceiro setor (entidades paraestatais); 
 
• Contratos de gestão; 
 
• Lei nº 8.429/92 – Lei da Improbidade Administrativa. 
 
 
Desejo-lhe uma ótima aula! 
 
 
Armando Mercadante 
armandomercadante@pontodosconcursos.com.br 
 
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319
PPOONNTTOO 1122 
Serviço público: conceito, classificação, 
regulamentação e controle; 
 
CCoonncceeiittoo 
 
A análise dos conceitos de serviço público fornecidos pela doutrina revela a 
existência de duas concepções que se contrapõem: os que adotam um 
conceito amplo e aqueles que adotam o conceito restrito. 
 
Você não deve comparar as definições buscando identificar qual está correta. 
São concepções diferentes acerca da definição de serviço público, sendo certo 
afirmar que na doutrina brasileira prevalece a adoção do conceito restrito. 
 
 
CCoonncceeiittoo aammpplloo 
 
Os adeptos do conceito amplo identificam serviço público em todas as 
atividades desempenhadas pelo Estado, seja administrativa, legislativa ou 
jurisdicional. 
 
Essa concepção muito ampla surgiu na França com a Escola de Serviço 
Público. 
 
Com o passar dos tempos, outros autores, também adeptos do conceito amplo, 
apresentaram definições não tão elásticas. Alguns excluíram as funções 
jurisdicionais da definição, mantendo as funções administrativa e legislativa. 
Outros eliminaram tanto a função jurisdicional como a legislativa, porém 
identificaram serviço público como o exercício de qualquer atividade 
administrativa, não fazendo a necessária distinção entre serviço público, poder 
de policia, intervenção e fomento1. 
 
Como exemplo de conceito amplo, veja o apresentado por José Cretella Júnior: 
“toda atividade que o Estado exerce, direta ou indiretamente, para a satisfação 
das necessidades públicas mediante procedimento típico do direito público”. 
 
 
CConncceittoo reesstriito 
 
Já os adeptos do conceito restrito sustentam que os serviços públicos são 
atividades desenvolvidas pelo Estado no exercício de suas funções 
administrativas, com exclusão das funções legislativa e jurisdicional. 
 
                                                            
1 Quando do estudo do conceito restrito, você verá que a expressão atividade administrativa 
abrange serviço público, poder de polícia, intervenção e fomento. 
 
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320
Portanto, de acordo com essa corrente, para fins de conceituação de serviço 
público, é preciso desconsiderar as funções legislativa e jurisdicional, e fechar 
o foco apenas na função administrativa. 
 
Para esses, por exemplo, não há serviço público na elaboração de uma lei 
ordinária (função legislativa), nem na prolação de uma sentença (função 
jurisdicional), mas há serviço público no fornecimento de energia elétrica 
(função administrativa). 
 
Ocorre que o exercício da função administrativa não se limita à prestação de 
serviços públicos, mas também abrange outras atividades, tais como, poder 
de polícia, fomento e intervenção. 
 
Dessa forma, para a análise do conceito restrito devemos identificar serviço 
público com uma das atividades desenvolvidas pelo Estado no exercício 
de sua função administrativa. 
 
Maria Sylvia Di Pietro apresenta um conceito restrito: “toda atividade material 
que a lei atribui ao Estado para que exerça diretamente ou por meio de 
seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às 
necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente de 
direito público”. 
 
Algumas conclusões importantes para a sua prova devem ser extraídas dessa 
definição: 
 
• a prestação de serviços públicos é incumbência do Estado, conforme dispõe 
o art. 175 da CF: “incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou 
sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos”; 
 
• a expressão “diretamente” referida no citado art. 175 da CF diz respeito à 
prestação de serviços pela Administração Pública, seja Direta ou Indireta. 
A prestação indireta fica a cargo das concessionárias e das permissionárias 
de serviços públicos. Daí concluir-se que serviços públicos podem ser 
prestados pelos entes federados (União, Estados, DF e Municípios), pelas 
entidades integrantes da administração indireta (autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) e também por 
particulares (concessionárias e permissionárias); 
 
• é o Estado, por meio de lei, quem define qual atividade é considerada 
serviço público em determinado momento. Como exemplo: art. 21, XI 
(serviços de telecomunicações); 
 
• a gestão dos serviços públicos é feita pelo Estado, seja diretamente (por 
meio dos órgãos da administração direta) ou indiretamente (por meio das 
concessionárias, das permissionárias ou das entidades integrantes da 
administração indireta); 
 
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321
• os serviços públicos são prestados sob regime jurídico de direito público 
ou sob regime jurídico híbrido (conjugação do regime jurídico público com 
o regime jurídico privado). Importante destacar que não há serviço público 
prestado exclusivamente sob regime privado (regime comum); 
 
• todo serviço público tem como objetivo atender ao interesse público, porém 
nem toda atividade que visa a atender ao interesse coletivo é serviço público 
(ex: associação de apoio a crianças com câncer); 
 
 
Por fim, merece destaque o fato de a doutrina destacar alguns elementos da 
definição: 
 
• Elemento subjetivo: diz respeito aos sujeitos que prestam serviços 
públicos (Estado e particulares delegatários); 
 
• Elemento formal: relaciona-se ao regime jurídico com base no qual é 
prestado o serviço público (regime jurídico de direito público ou regime 
jurídico híbrido); 
 
• Elemento material: é o interesse público que se persegue com a 
execução dos serviços públicos. 
 
 
CCllaasssifficcaçããoo 
 
A doutrina apresenta diversas classificações de serviços públicos. Eis as 
principais: 
 
1. Serviços públicos próprios e impróprios: 
 
De acordo com as lições de Hely Lopes Meirelles, 
 
- Serviços próprios2: “são aqueles que se relacionam intimamente com as 
atribuições do Poder Público (segurança, polícia, higiene e saúde públicas) e 
para a execução dos quais a Administração usa de sua supremacia sobre os 
administrados. Por esta razão só devem ser prestados por órgãos ou entidades 
públicas, sem delegação a particulares”. Exemplos: defesa nacional, 
segurança interna e fiscalização de atividades. 
 
 
- Serviços públicos impróprios3: “são os que não afetam substancialmente 
as necessidades da comunidade, mas satisfazem a interesses comuns de seus 
membros e por isso a Administração os presta remuneradamente, por seus 
                                                            
2 Ao meu ver, equivale ao que renomada doutrina denomina de serviços estatais originários 
ou congênitos. 
 
3 Seguindo o mesmo raciocínio da nota anterior, equivale aos serviços estatais derivados ou 
adquiridos. 
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322
órgãos, ou entidades descentralizadas (autarquias, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações governamentais) ou delega a sua 
prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários”. Exemplos: 
serviços de transporte coletivo, energia elétrica e telecomunicações. 
(PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) De acordo com a classificação da doutrina, os 
serviços públicos impróprios são aqueles que o Estado executa indiretamente, por meio de 
concessionários ou permissionários. 
 
2. Serviços administrativos, comerciais ou industriais e sociais: 
 
- Serviços administrativos: são os que a Administração Pública executa para 
atender às suas necessidades internas ou preparar outros serviços que serão 
prestados ao público. Exemplos: os prestados por centros de pesquisas, pela 
imprensa oficial, etc. 
 
 
- Serviços comerciais ou industriais: são os que a Administração Pública 
executa para atender, direta ou indiretamente, para atender às necessidades 
coletivas de ordem econômica. Exemplos: telecomunicações, transportes e 
energia elétrica. 
 
 
- Serviços sociais: são os que a Administração Pública executa para atender 
aos direitos sociais consagrados no art. 6º da CF. Na prestação desses 
serviços a atuação do Estado, que é essencial, convive com a iniciativa 
privada. Exemplos: saúde, educação e previdência. 
 
 
3. Uti singuli (singulares) e uti universi (coletivos): 
 
- Uti singuli: conforme lição de Maria Sylvia Di Pietro, são os serviços públicos 
que têm por finalidade a satisfação individual e direta das necessidades dos 
cidadãos. Direcionam-se a destinatários determinados (individualizados), 
podendo ser mensurados por cada indivíduo. Exemplos: energia elétrica 
domiciliar, luz, gás, telefonia, saúde e previdência social. 
 
 
- Uti universi: são aqueles prestados à coletividade (destinatários 
indeterminados), porém usufruídos indiretamente pelos indivíduos. Exemplos: 
defesa do país contra inimigo externo, iluminação pública, saneamento e 
serviços diplomáticos. 
 
 
RReegulaammennttaaçãoo 
 
Tanto a regulamentação como o controle dos serviços públicos são atividades 
desempenhadas exclusivamente pelo Poder Público. 
 
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Para que o serviço público seja executado há necessidade da edição de uma 
disciplina normativa regulamentadora, que pode ser formalizada por meio de 
leis, decretos e outros atos regulamentares, editados pelo ente federado que 
recebeu da Constituição Federal a titularidade para prestação do serviço. 
 
Independentemente de quem preste o serviço (administração direta, indireta ou 
delegatários), a competência para regulação pertence ao ente federado 
(União, Estados, DF e Municípios). 
 
Dessa forma, sendo o tema telecomunicações, por exemplo, a competência 
regulatória será exclusiva da União, conforme art. 21, XI, da CF. 
 
Contudo, de acordo com lição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, a 
doutrina mais moderna tem defendido a possibilidade de a atividade de 
regulação ser desempenhada não só pelo próprio ente federado, 
centralizadamente, mas também pelas pessoas jurídicas de direito público 
integrantes de sua administração indireta, mais especificamente pelas 
autarquias sob regime especial (agências reguladoras). 
 
Prosseguem os autores lecionando que a edição das leis, contendo as 
diretrizes mais gerais de regulação do serviço, continua competindo ao Poder 
Legislativo do ente federado. Mas essas leis têm atribuído às entidades ou 
órgãos administrativos inúmeras regras complementares à lei (e não 
meramente regulamentares), no âmbito da denominada “discricionariedade 
técnica”. 
 
 
CCoonnttrroollee 
 
Considerando-se que os serviços públicos repercutem na esfera de seus 
destinatários, não se pode limitar a atuação da pessoa federativa tão somente 
à sua regulamentação, ou ainda a sua execução ou delegação. Há de exigir-lhe 
atuação positiva fiscalizatória, buscando meios de controlar a prestação do 
serviço. 
 
Dessa forma, a administração pública deve exercer controle sobre os 
serviços públicos, valendo-se dos seguintes meios: 
 
• Autotutela: é o controle que os entes federados ou entidades da 
administração indireta exercem sobre seus próprios atos; 
 
• Tutela: é o controle que os entes federados exercem sobre os atos 
praticados pelas entidades da administração indireta; 
 
• Fiscalização exercida pelo poder concedente sobre os atos praticados 
pelas e permissionárias. 
 
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324
Contudo, esse controle não fica restrito à administração pública, devendo 
também ser exercido pela população4, bem como pelos órgãos encarregados 
da defesa dos interesses coletivos e difusos, tais como o Ministério Público e 
os órgãos de defesa do consumidor. 
 
 
PPOONNTTOO 1133 
CCoonncceessssããoo,, ppeerrmmiissssããoo ee aauuttoorriizzaaççããoo ddee sseerrvviiççoo ppúúbblliiccoo 
 
 
RReegimme juurríídicco ddaass ccoonncceessõõeess ee perrmmissssões de sserviiço ppúúbbllicco 
 
O art. 22, XXVII, da CF, confere à União competência legislativa para edição 
de normas gerais sobre licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas e indiretas da União, dos Estados, do 
DF e dos Municípios. 
 
Com base nesse dispositivo, a União editou a Lei 8.987/95, que é a norma 
geral sobre concessões e permissões de serviços públicos no Brasil. 
 
Os Estados, DF e Municípios, dentro de suas esferas de competências, podem 
legislar sobre concessões e permissões, desde que respeitem os comandos 
contidos na norma geral. 
 
Não podemos esquecer o art. 175 da CF, cujo texto determina que “incumbe ao 
Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. 
 
A partir desse momento, damos início ao estudo da Lei 8.987/95... 
 
 
CConncceeittooss 
 
O art. 2º traz em seu corpo quatro definições: 
 
- Poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, 
em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da 
execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão; 
 
- Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo 
poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à 
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 
 
                                                            
4 Nos termos do art. 37, § 3º, CF: “A lei disciplinará as formas de participação do usuário na 
administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à 
prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços”. 
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325
(PGEPI/Procurador/2008/CESPE) Contrato administrativo pelo qual a administração 
pública delega a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu 
próprio nome, por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de 
remuneração decorrente da exploração do serviço. Maria Sylvia Di Pietro. Parcerias na 
administração pública. São Paulo: Atlas, 1999, p. 72 (com adaptações). A definição 
apresentada no texto acima refere-se ao institutodenominado 
a) autorização de serviço público. 
b) permissão de serviço público. 
c) contrato de empreitada de obra pública. 
d) concessão de obra pública. 
e) concessão de serviço público. 
 
(AUGEM/Auditor/2008/CESPE) As concessões de serviço público só podem ser 
outorgadas por prazo determinado. (correta) 
 
- Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a 
construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento 
de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, 
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou 
consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por 
sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja 
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por 
prazo determinado; 
 
- Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante 
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à 
pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, 
por sua conta e risco. 
 
(AUGEM/Auditor/2008/CESPE) A permissão é formalizada por contrato administrativo, 
tem como objeto a prestação de serviços públicos e pode ser firmada tanto com pessoa 
física quanto com pessoa jurídica ou consórcio de empresas. (errada) 
 
(CESPE/ASSISTENTE JUDICIÁRIO/TJPE/2001) A prefeitura de determinada cidade 
delegou a uma empresa privada, por meio de contrato de adesão precedido de 
licitação, a incumbência de explorar linhas de ônibus, de modo precário e 
revogável. Diante desse caso hipotético, é correto afirmar que foi utilizado o 
instituto da 
a) autorização de serviço. b) permissão de serviço público. 
c) concessão de serviço público. d) delegação de competência. 
e) outorga de serviço. 
 
(JUIZ/TRT 9/2003) Permissão é o ato administrativo negocial, discricionário e precário, 
pelo qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse 
coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, nas 
condições estabelecidas pela Administração. (correta) 
 
No art. 40, o legislador ordinário fez constar que a permissão será formalizada 
mediante contrato de adesão, tendo como características, dentre outras, a 
precariedade e a revogabilidade unilateral do contrato pelo poder 
concedente. 
 
Dessa forma, a comparação entre as definições de concessão e de permissão 
gera as seguintes diferenças: 
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326
 
 Contratadas Licitação Contrato de adesão Precariedade 
Concessão Pessoas jurídicas ou 
consórcio de 
pessoas jurídicas 
Concorrência Não há referência à 
contrato de adesão 
na lei 
Não 
Permissão Pessoas físicas ou 
pessoas jurídicas 
Qualquer 
modalidade 
A lei diz que 
permissão é contrato 
de adesão 
Sim 
 
A questão envolvendo natureza das permissões de “contrato de adesão” deve 
ser analisada com muito cuidado, porque todo contrato administrativo é um 
contrato de adesão, uma vez que suas cláusulas não são negociadas pela 
administração com o particular contratado. Não se pode esquecer que as 
cláusulas contratuais constam em minuta no edital de licitação. 
 
Dessa forma, sendo concessão e permissão contratos administrativos, na 
realidade, ambos possuem a natureza de contrato de adesão. 
 
O que se tem percebido em provas de concursos são questões afirmando que 
a Lei 8.987/95 faz referência expressa à natureza das permissões como 
contrato de adesão. Tal afirmação é correta, pois de fato essa informação 
consta do texto do art. 40 da referida lei. 
 
(ESAF/PFN/2003) A permissão de serviço público, nos termos da legislação 
federal, deverá ser formalizada mediante: 
a) termo de permissão b) contrato administrativo c) contrato de permissão 
d) contrato de adesão e) termo de compromisso 
 
 
FFiisccaaliizzaaççãoo 
 
De acordo com o art. 3º, as concessões e permissões sujeitar-se-ão à 
fiscalização pelo poder concedente responsável pela delegação, com a 
cooperação dos usuários. 
 
 
CConnttrraato aaddmmiinnisstraattiivvoo 
 
A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra 
pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos 
da lei 8.987/95, das normas pertinentes e do edital de licitação (art. 4º). 
 
Conforme já comentado, as permissões também são formalizadas mediante 
contrato administrativo. A única particularidade é que a lei se refere aos 
contratos de permissões como contratos de adesão, quando, na realidade, 
como já explicado, qualquer contrato administrativo é contrato de adesão. 
 
 
SSeerrvviiççoo aaddeeqquuaaddoo 
 
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327
Em obediência ao art. 175, parágrafo único, IV, da CF, a Lei 8.987/95, em seu 
art. 6º, determina que toda concessão pressupõe a prestação de serviço 
adequado ao pleno atendimento dos usuários. 
 
Considera-se serviço adequado é o que satisfaz as condições de 
regularidade, continuidade (princípio da permanência), eficiência, 
segurança, atualidade, generalidade (princípio da igualdade dos 
usuários), cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
 
(PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS/2001) Em se tratando de concessão e 
permissão de serviços públicos considera-se, legalmente, serviço adequado: 
a) O que satisfaz às condições de regularidade, continuidade, eficiência, 
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade de 
tarifas. 
b) O que atende aos princípios da eficiência, da indisponibilidade do interesse público e 
da continuidade do serviço público. 
c) O que é realizado com razoabilidade e eficiência. 
d) O que atende ao princípio da eficiência. 
e) O que decorre da supremacia do interesse público. 
 
(CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) A qualidade do 
serviço público prestado à população, a que corresponde o direito do usuário de 
exigi-la, é consectário do princípio constitucional da: 
a) eficiência b) moralidade c) motivação necessária 
d) continuidade dos serviços públicos 
 
A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das 
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 
 
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em 
situação de emergência ou após prévio aviso, quando: 
 
• motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; 
 
• por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
 
(TJTO/Magistratura/2007/CESPE) Conforme entendimento do STJ, a concessionária 
não pode suspender o fornecimento de energia elétrica, em face do princípio da 
continuidade do serviço público. (errada) 
 
Quanto o usuário inadimplente for ente público, a posição que prevalece no 
STJ, inclusive na Corte Especial, é pela possibilidade da interrupção do 
fornecimento dos serviços públicos, devendo-se, contudo, preservar as 
atividades essenciais, tais como hospitais, postos de saúde, escolas e creches, 
dentre outras (AgRg na SS 1.764-PB, julgado em 27/11/2008). 
 
 
DDirreiitoss ee oobbriigaaçõõess ddoss uussuuáárriooss 
 
No art. 7º, constam os direitos e obrigações dos usuários: 
 
• receber serviço adequado; 
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• receber do poder concedente e da concessionária informações para a 
defesa de interesses individuais ou coletivos; 
 
• obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre váriosprestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do 
poder concedente. 
 
• levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as 
irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço 
prestado; 
 
• comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela 
concessionária na prestação do serviço; 
 
• contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos 
através dos quais lhes são prestados os serviços. 
 
As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos 
Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao 
usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais 
para escolherem os dias de vencimento de seus débitos. 
 
 
PPoollíttiiccaa ttaariifárriia 
 
O art. 9º determina que a tarifa do serviço público concedido será fixada 
pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de 
revisão previstas na própria Lei 8.987/95, no edital e no contrato. 
 
Quanto à preservação da tarifa, de acordo com o §2º desse artigo que os 
contratos devem prever mecanismos de revisão das tarifas a fim de 
manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. 
 
Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção 
de quaisquer tributos ou encargos legais (fato do príncipe), após a 
apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a 
revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. 
 
(TJTO/Magistratura/2007/CESPE) Nos contratos de concessão e permissão de serviço 
público, ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, a alteração ou a extinção de 
quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando 
comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, 
conforme o caso. (correta) 
 
A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos 
casos expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser 
condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o 
usuário. 
 
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329
Em havendo alteração unilateral do contrato (fato da administração) que 
afete o seu inicial equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá 
restabelecê-lo, concomitantemente à alteração. 
 
Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido 
seu equilíbrio econômico-financeiro. 
 
No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder 
concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a 
possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, 
complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem 
exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas. Tais fontes de 
receita serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato. 
 
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e 
dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos 
de usuários. 
 
(PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) O usuário do serviço público tem direito à 
respectiva prestação sem qualquer distinção de caráter pessoal, razão pela qual na 
concessão de serviços públicos é vedado o estabelecimento de tarifas diferenciadas em 
função das características técnicas ou de custos específicos provenientes do 
atendimento aos distintos segmentos do usuário. (errada) 
 
LLiicciittaaççããoo 
 
Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra 
pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e 
com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, 
igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento 
convocatório. 
 
No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios, 
conforme art. 15: 
 
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado; 
 
II - a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga 
da concessão; 
 
III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos incisos I, II e VII; 
 
IV - melhor proposta técnica, com preço fixado no edital; 
 
V - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da 
tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor técnica; 
 
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330
VI - melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela 
outorga da concessão com o de melhor técnica; ou 
 
VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas 
técnicas. 
 
Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta apresentada por 
empresa brasileira. 
 
A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, 
salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica justificada no edital de 
licitação. 
 
Considerar-se-á desclassificada a proposta: 
 
• que para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que não 
estejam previamente autorizados em lei e à disposição de todos os 
concorrentes; 
 
(BACEN/Procurador/2009/CESPE) Se uma empresa apresentar-se como licitante para 
firmar contrato de concessão e, na fixação da tarifa apresentada como proposta, 
estiverem incluídos subsídios específicos que a empresa possua, não disponíveis para 
os demais licitantes, nesse caso, a proposta deverá ser analisada. (errada) 
 
• de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do poder 
concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios 
do poder público controlador da referida entidade. 
 
Inclui-se nas vantagens ou subsídios qualquer tipo de tratamento tributário 
diferenciado, ainda que em conseqüência da natureza jurídica do licitante, que 
comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer entre todos os concorrentes 
(art. 17, §2º). 
 
Conforme art. 18-A, o edital poderá prever a inversão da ordem das fases 
de habilitação e julgamento, hipótese em que: 
 
• encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de 
lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do 
licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das 
condições fixadas no edital; 
 
• verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado 
vencedor; 
 
• inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos 
habilitatórios do licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e 
assim sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições 
fixadas no edital; 
 
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331
• proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao 
vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas. 
 
(STJ/Analista/2008/CESPE) No âmbito dos contratos de concessão, o edital pode 
prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento. Nesse caso, quando 
for encerrada a fase de classificação das propostas ou de oferecimento de lances, 
deverá ser aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem 
classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital. (correta) 
 
Quando permitida, na licitação, a participação de empresas em consórcio, 
observar-se-ão as seguintes normas: 
 
• comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição de 
consórcio, subscrito pelas consorciadas; 
 
• indicação da empresa responsável pelo consórcio; 
 
• apresentação da documentaçãonecessária, por parte de cada consorciada; 
 
• impedimento de participação de empresas consorciadas na mesma licitação, 
por intermédio de mais de um consórcio ou isoladamente. 
 
O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do 
contrato, a constituição e registro do consórcio, nos termos do 
compromisso referido acima. 
 
A empresa líder do consórcio é a responsável perante o poder 
concedente pelo cumprimento do contrato de concessão, sem prejuízo da 
responsabilidade solidária das demais consorciadas. 
 
É facultado ao poder concedente, desde que previsto no edital, no interesse 
do serviço a ser concedido, determinar que o licitante vencedor, no caso de 
consórcio, se constitua em empresa antes da celebração do contrato. 
 
É assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certidão sobre atos, contratos, 
decisões ou pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões. 
 
 
CCoonnttrraattoo ddee ccoonncceessssããoo 
 
O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados 
para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, 
inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa (art. 
23-A). 
 
(BACEN/Procurador/2009/CESPE) Diante do princípio da indisponibilidade do interesse 
público, o contrato de concessão não poderá prever o emprego de mecanismos 
privados para a resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, como a 
arbitragem. (errada) 
 
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332
(MPERO/Promotor/2008/CESPE) Se determinado estado da Federação firmar contrato 
de concessão pública de transporte público interestadual, tal contrato poderá, conforme 
a legislação federal de regência, prever o emprego de mecanismos privados para 
resolução de disputas decorrentes desse contrato ou a ele relacionadas inclusive a 
arbitragem. (correta) 
 
Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe 
responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos 
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão 
competente exclua ou atenue essa responsabilidade. 
 
(BACEN/Procurador/2009/CESPE) Incumbe à concessionária a execução do serviço 
concedido e cabe-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, 
aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente 
exclua ou atenue essa responsabilidade. (correta) 
 
Sem prejuízo da responsabilidade referida acima, a concessionária poderá 
contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, 
acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a 
implementação de projetos associados. 
 
Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros reger-se-ão 
pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre 
os terceiros e o poder concedente. 
 
A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o 
cumprimento das normas regulamentares da modalidade do serviço concedido. 
 
 
SSuubbcooncessssãoo 
 
É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, 
desde que expressamente autorizada pelo poder concedente, sendo 
sempre precedida de concorrência. 
 
A exigência de licitação demonstra que não é o concessionário quem escolhe a 
empresa que assumirá a subconcessão. É o próprio Poder Público, por meio 
de concorrência, que faz essa escolha, não havendo qualquer relação jurídica 
entre concessionária e subconcessionária. 
 
O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da 
subconcedente dentro dos limites da subconcessão. 
 
A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária 
sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da 
concessão (extinção por culpa da concessionária). 
 
Para fins de obtenção desta anuência, o pretendente deverá: 
 
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• atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e 
regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço; 
• comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor. 
 
Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente 
autorizará a assunção do controle da concessionária por seus financiadores 
para promover sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da 
prestação dos serviços. 
 
Para garantir contratos de mútuo de longo prazo, destinados a investimentos 
relacionados a contratos de concessão, em qualquer de suas modalidades, as 
concessionárias poderão ceder ao mutuante, em caráter fiduciário, parcela de 
seus créditos operacionais futuros, observadas as seguintes condições: 
 
• o contrato de cessão dos créditos deverá ser registrado em Cartório de 
Títulos e Documentos para ter eficácia perante terceiros; 
 
• sem prejuízo do disposto no inciso I do caput deste artigo, a cessão do 
crédito não terá eficácia em relação ao Poder Público concedente senão 
quando for este formalmente notificado; 
 
• os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo serão constituídos sob a 
titularidade do mutuante, independentemente de qualquer formalidade 
adicional; 
 
• o mutuante poderá indicar instituição financeira para efetuar a cobrança e 
receber os pagamentos dos créditos cedidos ou permitir que a 
concessionária o faça, na qualidade de representante e depositária; 
 
• na hipótese de ter sido indicada instituição financeira, fica a concessionária 
obrigada a apresentar a essa os créditos para cobrança; 
 
• os pagamentos dos créditos cedidos deverão ser depositados pela 
concessionária ou pela instituição encarregada da cobrança em conta 
corrente bancária vinculada ao contrato de mútuo; 
 
• a instituição financeira depositária deverá transferir os valores recebidos ao 
mutuante à medida que as obrigações do contrato de mútuo tornarem-se 
exigíveis; e 
 
• o contrato de cessão disporá sobre a devolução à concessionária dos 
recursos excedentes, sendo vedada a retenção do saldo após o 
adimplemento integral do contrato. 
 
Serão considerados contratos de longo prazo aqueles cujas obrigações tenham 
prazo médio de vencimento superior a 5 (cinco) anos. 
 
 
EEnnccaarrggooss ddoo ppooddeerr ccoonncceeddeennttee 
 
Incumbe ao poder concedente: 
 
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• regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua 
prestação; 
 
• aplicar as penalidades regulamentares e contratuais; 
 
• intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei; 
 
• extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no 
contrato; 
 
• homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das 
normas pertinentes e do contrato; 
 
• cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as 
cláusulas contratuais da concessão; 
 
• zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e 
reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das 
providências tomadas; 
 
• declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou 
obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante 
outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a 
responsabilidade pelas indenizações cabíveis; 
 
• declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de 
servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra 
pública, promovendo-a diretamente oumediante outorga de poderes à 
concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas 
indenizações cabíveis; 
 
• estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-
ambiente e conservação; 
 
• incentivar a competitividade; e 
 
• estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses 
relativos ao serviço. 
 
No exercício da fiscalização, o poder concedente terá acesso aos dados 
relativos à administração, contabilidade, recursos técnicos, econômicos e 
financeiros da concessionária. 
 
A fiscalização do serviço será feita por intermédio de órgão técnico do poder 
concedente ou por entidade com ele conveniada, e, periodicamente, conforme 
previsto em norma regulamentar, por comissão composta de representantes do 
poder concedente, da concessionária e dos usuários. 
 
 
EEnnccaarggos ddaa ccoonnceesssiionnáárriaa 
 
Incumbe à concessionária: 
 
• prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas 
aplicáveis e no contrato; 
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• manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão; 
 
• prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, 
nos termos definidos no contrato; 
 
• cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da 
concessão; 
 
• permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, 
às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem 
como a seus registros contábeis; 
 
• promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder 
concedente, conforme previsto no edital e no contrato; 
 
• zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem 
como segurá-los adequadamente; e 
 
• captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do 
serviço. 
 
As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária 
serão regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação 
trabalhista, não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros 
contratados pela concessionária e o poder concedente. 
 
 
IInntteerrvveennççããoo 
 
Nos termos do art. 32, o poder concedente poderá intervir na concessão, 
com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como 
o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais 
pertinentes. 
 
A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a 
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites 
da medida. 
 
Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, 
instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas 
determinantes da medida e apurar responsabilidades, assegurado o direito de 
ampla defesa. 
 
Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e 
regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser 
imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à 
indenização. 
 
O procedimento administrativo deverá ser concluído no prazo de até 
cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção. 
 
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Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do 
serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas 
pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. 
 
 
EExxttiinnççããoo ddaa ccoonncceessssããoo 
 
Extingue-se a concessão por: 
 
• advento do termo contratual; 
• encampação; 
• caducidade; 
• rescisão; 
• anulação; e 
• falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou 
incapacidade do titular, no caso de empresa individual. 
 
Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens 
reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme 
previsto no edital e estabelecido no contrato, bem como haverá a imediata 
assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos 
levantamentos, avaliações e liquidações necessários. 
 
A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo 
poder concedente, de todos os bens reversíveis. 
 
Nos casos de advento do termo contratual e encampação, o poder 
concedente, antecipando-se à extinção da concessão, procederá aos 
levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes da 
indenização que será devida à concessionária. 
 
 
- Advento no termo contratual (reversão da concessão): é o término da 
concessão por ter chegado ao prazo final contratado. 
 
A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das 
parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não 
amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de 
garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. Importante 
destacar que essa regra é aplicável a todas as formas de extinção. 
 
 
- Encampação: é a retomada do serviço pelo poder concedente durante o 
prazo da concessão se presentes os seguintes requisitos: a) interesse 
público, b) lei autorizativa específica; c) prévio pagamento da indenização. 
 
(TJ/PI/Juiz/2007/CESPE) A extinção do contrato administrativo de concessão pela 
retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo 
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de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da 
indenização, denomina-se apropriadamente 
a) caducidade b) rescisão. c) anulação. d) encampação. e) reversão. 
 
- Caducidade: a inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a 
critério do poder concedente, demonstrando tratar-se de ato 
discricionário, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação 
das sanções contratuais. 
 
A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente 
quando: 
 
• o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, 
tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da 
qualidade do serviço; 
 
• a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições 
legais ou regulamentares concernentes à concessão; 
 
• a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, 
ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior; 
 
• a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou 
operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido; 
 
• a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, 
nos devidos prazos; 
 
• a concessionária não atender a intimação do poder concedente no 
sentido de regularizar a prestação do serviço; e 
 
• a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por 
sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais. 
 
Uma outra hipótese de caducidade, já comentada nessa aula, está prevista no 
art. 27, e refere-se à extinção do contrato em função da transferência da 
concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia 
anuência do poder concedente. Nesse caso a aplicação da caducidade é ato 
vinculado, diferentemente das hipóteses anteriores em que o Poder Público 
tem a opção de aplicar sanções ao invés de extinguir o vínculo. 
 
A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da 
verificação da inadimplência da concessionária em processo 
administrativo, assegurado o direito de ampla defesa. 
 
Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes decomunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos 
contratuais referidos acima, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e 
transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. 
 
Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a 
caducidade será declarada por decreto do poder concedente, 
independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo. 
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338
 
Da indenização será descontado o valor das multas contratuais e dos danos 
causados pela concessionária. 
 
Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer 
espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou 
compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária. 
 
 
- Rescisão: o contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da 
concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo 
poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse 
fim. 
 
Nesta hipótese, os serviços prestados pela concessionária não poderão 
ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em 
julgado. 
 
(AUGEM/Auditor/2008/CESPE) Em razão do princípio da continuidade do serviço 
público, a concessionária não pode requerer judicialmente a rescisão do contrato de 
concessão, nem mesmo se o poder concedente descumprir as normas contratuais. 
(errada) 
 
- Anulação: é a extinção da concessão em função de ilegalidade, podendo 
ser decretada unilateralmente pela Administração Pública no exercício do seu 
poder de autotutela ou pelo Poder Judiciário, se provocado. 
 
 
- Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou 
incapacidade do titular, no caso de empresa individual: ocorrendo qualquer 
um desses eventos ocorrerá automaticamente a extinção da concessão. 
 
 
AAuuttorizzaççããoo 
 
Autorização é ato discricionário e precário por meio do qual a Administração 
Pública consente que o particular exerça determinada atividade ou utilize bem 
público em seu proveito. É inerente da autorização que o particular não pode 
exercer a atividade ou usufruir do bem público sem o consentimento do Estado, 
pois este está incumbido de analisar discricionariamente se o interesse público 
será preservado. Exemplos: autorização para porte de arma, para fechamento 
de ruas para festas, para estacionamento de veículos particulares em terreno 
público, etc. 
 
(DPE/ES/Defensor/2009/CESPE) A autorização de serviço público constitui contrato 
administrativo pelo qual o poder público delega a execução de um serviço de sua 
titularidade a determinado particular, para que o execute em seu próprio nome, por sua 
conta e risco, predominantemente em benefício próprio, razão pela qual não depende de 
licitação e, quando revogado pela administração pública, gera, para o autorizatário, o 
direito à correspondente indenização. (errada) 
 
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339
(ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) Quanto à concessão, permissão e autorização, a 
celebração de contrato é incompatível em caso de: 
a) permissão de uso ou de serviço. 
b) concessão e permissão. 
c) concessão e autorização. 
d) concessão de serviços públicos. 
e) autorização. 
 
QQUUEESSTTÕÕEESS IINNDDIICCAADDAASS NNEESSSSAA AAUULLAA 
SSOOBBRREE SSEERRVVIIÇÇOOSS PPÚÚBBLLIICCOOSS 
 
1) (PGEPI/Procurador/2008/CESPE) Contrato administrativo pelo qual a administração pública 
delega a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, 
por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração 
decorrente da exploração do serviço. Maria Sylvia Di Pietro. Parcerias na administração 
pública. São Paulo: Atlas, 1999, p. 72 (com adaptações). A definição apresentada no texto 
acima refere-se ao instituto denominado 
a) autorização de serviço público. 
b) permissão de serviço público. 
c) contrato de empreitada de obra pública. 
d) concessão de obra pública. 
e) concessão de serviço público. 
 
2) (AUGEM/Auditor/2008/CESPE) As concessões de serviço público só podem ser outorgadas 
por prazo determinado. 
 
3) (AUGEM/Auditor/2008/CESPE) A permissão é formalizada por contrato administrativo, tem 
como objeto a prestação de serviços públicos e pode ser firmada tanto com pessoa física 
quanto com pessoa jurídica ou consórcio de empresas. 
 
4) (CESPE/ASSISTENTE JUDICIÁRIO/TJPE/2001) A prefeitura de determinada cidade 
delegou a uma empresa privada, por meio de contrato de adesão precedido de licitação, 
a incumbência de explorar linhas de ônibus, de modo precário e revogável. Diante desse 
caso hipotético, é correto afirmar que foi utilizado o instituto da 
a) autorização de serviço. b) permissão de serviço público. 
c) concessão de serviço público. d) delegação de competência. 
e) outorga de serviço. 
 
5) (JUIZ/TRT 9/2003) Permissão é o ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo 
qual o Poder Público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o 
uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, nas condições estabelecidas 
pela Administração. 
 
6) (ESAF/PFN/2003) A permissão de serviço público, nos termos da legislação federal, 
deverá ser formalizada mediante: 
a) termo de permissão b) contrato administrativo c) contrato de permissão 
d) contrato de adesão e) termo de compromisso 
 
7) (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS/2001) Em se tratando de concessão e 
permissão de serviços públicos considera-se, legalmente, serviço adequado: 
a) O que satisfaz às condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, 
atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade de tarifas. 
b) O que atende aos princípios da eficiência, da indisponibilidade do interesse público e da 
continuidade do serviço público. 
c) O que é realizado com razoabilidade e eficiência. 
d) O que atende ao princípio da eficiência. 
e) O que decorre da supremacia do interesse público. 
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340
 
8) (CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) A qualidade do serviço 
público prestado à população, a que corresponde o direito do usuário de exigi-la, é 
consectário do princípio constitucional da: 
a) eficiência b) moralidade c) motivação necessária 
d) continuidade dos serviços públicos 
 
9) (TJTO/Magistratura/2007/CESPE) Conforme entendimento do STJ, a concessionária não 
pode suspender o fornecimento de energia elétrica, em face do princípio da continuidade do 
serviço público. 
 
10) (TJTO/Magistratura/2007/CESPE) Nos contratos de concessão e permissão de serviço 
público, ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, a alteração ou a extinção de 
quaisquer tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado 
seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. 
 
11) (PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) O usuário do serviço público tem direito à respectiva 
prestação sem qualquer distinção de caráter pessoal, razão pela qual na concessão de 
serviços públicos é vedado o estabelecimento de tarifas diferenciadas em função das 
características técnicas ou de custos específicos provenientes do atendimento aos distintos 
segmentos do usuário. 
 
12) (BACEN/Procurador/2009/CESPE) Se uma empresa apresentar-se como licitante para 
firmar contrato de concessão e, na fixação da tarifa apresentada como proposta, estiverem 
incluídos subsídios específicosque a empresa possua, não disponíveis para os demais 
licitantes, nesse caso, a proposta deverá ser analisada. 
 
13) (STJ/Analista/2008/CESPE) No âmbito dos contratos de concessão, o edital pode prever a 
inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento. Nesse caso, quando for encerrada a 
fase de classificação das propostas ou de oferecimento de lances, deverá ser aberto o 
invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação 
do atendimento das condições fixadas no edital. 
 
14) (BACEN/Procurador/2009/CESPE) Diante do princípio da indisponibilidade do interesse 
público, o contrato de concessão não poderá prever o emprego de mecanismos privados para 
a resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, como a arbitragem. 
 
15) (MPERO/Promotor/2008/CESPE) Se determinado estado da Federação firmar contrato de 
concessão pública de transporte público interestadual, tal contrato poderá, conforme a 
legislação federal de regência, prever o emprego de mecanismos privados para resolução de 
disputas decorrentes desse contrato ou a ele relacionadas inclusive a arbitragem. 
 
16) (BACEN/Procurador/2009/CESPE) Incumbe à concessionária a execução do serviço 
concedido e cabe-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos 
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou 
atenue essa responsabilidade. 
 
17) (TJ/PI/Juiz/2007/CESPE) A extinção do contrato administrativo de concessão pela 
retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de 
interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, 
denomina-se apropriadamente 
a) caducidade b) rescisão. c) anulação. d) encampação. e) reversão. 
 
18) (AUGEM/Auditor/2008/CESPE) Em razão do princípio da continuidade do serviço público, 
a concessionária não pode requerer judicialmente a rescisão do contrato de concessão, nem 
mesmo se o poder concedente descumprir as normas contratuais. 
 
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19) (DPE/ES/Defensor/2009/CESPE) A autorização de serviço público constitui contrato 
administrativo pelo qual o poder público delega a execução de um serviço de sua titularidade a 
determinado particular, para que o execute em seu próprio nome, por sua conta e risco, 
predominantemente em benefício próprio, razão pela qual não depende de licitação e, quando 
revogado pela administração pública, gera, para o autorizatário, o direito à correspondente 
indenização. 
 
20) (ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) Quanto à concessão, permissão e autorização, a 
celebração de contrato é incompatível em caso de: 
a) permissão de uso ou de serviço. 
b) concessão e permissão. 
c) concessão e autorização. 
d) concessão de serviços públicos. 
e) autorização. 
 
Gabarito: 1) E, 2) correta, 3) errada, 4) B, 5) correta, 6) D, 7) A, 8) A, 9) errada, 10) correta, 11) errada, 
12) errada, 13) correta, 14) errada, 15) correta, 16) correta, 17) D, 18) errada, 19) errada, 20) E. 
 
PPOONNTTOO 1144 
TTeerrcceeiirroo sseettoorr ((eennttiiddaaddeess ppaarraaeessttaattaaiiss)) 
 
SSeerrvviiççooss ssoocciiaaiiss aauuttôônnoommooss 
 
São pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da 
Administração Pública, sem fim lucrativos, que colaboram com o Poder 
Público por meio da execução de serviços de utilidade pública, beneficiando 
certos grupamentos sociais ou profissionais, cuja criação é autorizada por lei 
específica. 
 
(ESAF/2009/Receita Federal/Analista Tributário da Receita Federal) Os serviços 
sociais autônomos são entes paraestatais que não integram a Administração direta nem 
a indireta. (correta) 
 
Como exemplos: SESI (Serviço Social da Indústria), SESC (Serviço Social do 
Comércio), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), SENAC 
(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e SEBRAE (Serviço Brasileiro 
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). 
 
Os recursos que estas pessoas de cooperação recebem têm como origem as 
contribuições parafiscais, espécie do gênero tributo, conforme se confirma 
da leitura do art. 240 da Constituição da República, arrecadados pelo Receita 
Federal do Brasil e repassados diretamente a tais entidades. 
 
Por terem sua criação autorizada por lei e receberem recursos públicos, 
sujeitam-se a controle do Poder Público, estando vinculadas à supervisão do 
Ministério em cuja área de competência estejam enquadradas, bem como 
à prestação de contas ao TCU. 
 
Seus empregados estão sujeitos à legislação trabalhista. 
 
O art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/93 (Lei de licitações), preceitua que 
estão sujeitas a seu regime não apenas as pessoas integrantes da 
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Administração Direta e Indireta, mas também todas aquelas que são 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e 
Município. Deduz-se da interpretação literal deste artigo que os serviços sociais 
autônomos são obrigados a licitar em suas contratações. Contudo, o Tribunal 
de Contas da União apresentou interpretação diversa, no sentido de que 
tais entidades não se submete à lei de licitações. 
 
Entretanto, conforme ressalta Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, os serviços 
sociais não são livres para contratar; devem eles elaborar e publicar 
regulamentos próprios, definindo as regras relativas aos contratos que venham 
a celebrar, inclusive aos critérios para a escolha do contratado, observados os 
princípios da licitação (Decisão Plenária do TCU 907/1997). 
 
(CESPE/2009/ANATEL/Analista Administrativo/Administração) Por não fazerem 
parte da administração pública direta, ou mesmo indireta, e terem recursos 
exclusivamente das empresas privadas, as entidades componentes do sistema S 
conseguiram, recentemente, reverter, a seu favor, posicionamento do Tribunal de Contas 
da União (TCU) que dispunha sobre a obrigatoriedade de observância dos princípios 
licitatórios às entidades integrantes desse sistema. (errada. Quanto à licitação, em que 
pese o TCU tenha afastado a submissão à Lei 8.666/93, permanece a obrigatoriedade 
de observância dos princípios licitatórios) 
 
(CESPE/2009/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA DE OBRAS 
PÚBLICAS) As entidades do Sistema S (SESI, SESC, SENAI etc.), conforme 
entendimento do TCU, não se submetem aos estritos termos da Lei n.º 8.666/1993, mas 
sim a regulamentos próprios. (correta) 
 
Quanto ao foro para os litígios, a questão é pacífica, conforme súmula 516 do 
STF: “o Serviço Social da Indústria – SESI – está sujeito à jurisdição da 
Justiça Estadual”. 
 
No que concerne a privilégios tributários, nos termos do art. 150, VI, “a”, da 
Constituição da República, é vedado à União, ao Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, instituir impostos sobre o “patrimônio, renda ou serviços dos 
partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituição de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei”. Beneficiam-se, portanto, os serviços 
sociais autônomos da imunidade de impostos sobre patrimônio, renda ou 
serviços, relacionados a atividades estritamente vinculadas aos seus fins 
essenciais. 
 
 
EEnnttiiddaaddeess ddee aappooiioo 
 
São pessoas jurídicas de direito privado, vinculadas à Administração Pública 
por meio de convênios (em regra), sem fins lucrativos, instituídas por 
servidores públicos, em nome próprio, sob a forma de fundação, associação 
ou cooperativa, para a prestação de serviços sociais não exclusivos do Estado. 
 
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Por meio desses convênios, em regra, é previsto que a entidade de apoio se 
utilize de bens móveis e imóveis pertencentes ao Poder Público, além dos 
servidores. 
 
(CESPE/2009/AGU/Advogado) As entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito 
privado sem fins lucrativos, que podem ser instituídas sob a forma de fundação, 
associação ou cooperativa, tendo por objeto a prestação, em caráter privado, de serviços 
sociais não exclusivos do Estado. Tais entidades mantêm vínculo jurídico com a 
administração pública direta ou indireta, em regra, por meio de convênio. Por sua vez, os 
serviços sociais autônomos são entes paraestatais, de cooperação com o poder público, 
prestando serviço público delegado pelo Estado. (errada) 
 
 
OOrrggaanniizzaaççõõeess ssoocciiaaiiss 
 
São regulamentadas pela Lei 9.637, de 15 de maio de 1998: 
 
 
 
-- QQuuaalliiffiiccaaççããoo 
 
O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais, por meio de 
contratos de gestão, pessoas jurídicas de direito privado, sem fins 
lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas: 
 
• ao ensino; 
 
• à pesquisa científica; 
 
• ao desenvolvimento tecnológico; 
 
• à proteção e preservação do meio ambiente; 
 
• à cultura e; 
 
• à saúde. 
 
(PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) Organização social é a qualificação jurídica 
conferida a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, para desempenhar 
serviço público de natureza social. Referida qualificação somente pode ser outorgada 
e cancelada mediante lei. (errada) 
 
(ESAF/2009/Receita Federal/Analista Tributário da Receita Federal) Organização 
social é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado ou público, sem 
fins lucrativos, e que recebe delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, 
para desempenhar serviço público de natureza social. 
 
(PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) Tanto a organização social quanto a organização 
da sociedade civil de interesse público recebem ou podem receber delegação para a 
gestão de serviço público. (errada) 
 
(PGE/CE/Procurador/2008/CESPE) As organizações sociais são pessoas jurídicas de 
direito público, instituídas por iniciativa de particulares para desempenhar serviços 
sociais não-exclusivos do Estado, com incentivo e fiscalização do poder público, 
mediante vínculo jurídico instituído por meio de parceria público-privada. (errada) 
 
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(FCC/2010/TJ-PI/Assessor Jurídico) As Organizações Sociais podem atuar nas áreas 
de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do 
meio ambiente, cultura e saúde. (correta) 
 
(FCC/2010/TJ-PI/Assessor Jurídico) O Poder Executivo poderá qualificar como 
"organizações sociais" pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, para o 
desempenho de determinadas atividades de caráter social. (correta) 
 
A qualificação é ato discricionário do Ministro ou titular de órgão supervisor 
ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do 
Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado. 
 
Além da discricionariedade administrativa, deverá a empresa interessada na 
qualificação comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: 
 
• natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação; 
 
• finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus 
excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades; 
 
• previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e 
de direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos 
termos do estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições 
normativas e de controle básicas previstas nesta Lei; 
 
• previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de 
representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória 
capacidade profissional e idoneidade moral; 
 
(FCC/2009/TRT/7ª Região (CE)/Analista Judiciário/Área Administrativa) Para que 
entidades privadas se habilitem como Organização Social têm que ter previsão no seu 
ato constitutivo, dentre outros requisitos, de participação, no órgão colegiado de 
deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, 
de notória capacidade profissional e idoneidade moral. (correta) 
 
• composição e atribuições da diretoria; 
 
• obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos 
relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão; 
 
• no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do 
estatuto; 
 
• proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em 
qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou 
falecimento de associado ou membro da entidade; 
 
• previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das 
doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros 
decorrentes de suas atividades, em caso de extinção ou desqualificação, ao 
patrimônio de outra organização social qualificada no âmbito da União, da 
mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes 
alocados; 
 
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-- DDeessqquuaalliiffiiccaaççããoo 
 
O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como 
organização social, quando constatado o descumprimento das disposições 
contidas no contrato de gestão. 
 
A desqualificação será precedida de processo administrativo, assegurado 
o direito de ampla defesa, respondendo os dirigentes da organização 
social, individual e solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de 
sua ação ou omissão. 
 
(TRF1/Juiz/2009/CESPE) A desqualificação de entidade como organização social 
dependerá de regular processo judicial movido pelo MP, com base no 
descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão. (errada) 
 
A desqualificação importará reversão dos bens permitidos e dos valores 
entregues à utilização da organização social, sem prejuízo de outras 
sanções cabíveis. 
 
 
-- DDoo CCoonnsseellhhoo ddee AAddmmiinniissttrraaççããoo 
 
O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o 
respectivo estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de 
qualificação, os seguintes critérios básicos: 
 
Composição 
 
Composição Membros 
20 a 40% 
 
membros natos representantes do Poder Público, definidos 
pelo estatuto da entidade 
20 a 30% membros natos representantes de entidades da sociedade 
civil, definidos pelo estatuto 
até 10%, no caso de 
associação civil 
de membros eleitos dentre os membros ou os associados 
10 a 30% membros eleitos pelos demais integrantes do conselho, dentre 
pessoas de notória capacidade profissional e reconhecida 
idoneidade moral; 
até 10% membros indicados ou eleitos na forma estabelecida pelo 
estatuto; 
 
• os membros eleitos ou indicados para compor o Conselho devem ter 
mandato de quatro anos, admitida uma recondução; 
 
• os representantes do Poder Público e das entidades da sociedade civil 
devem corresponder a mais de 50% (cinqüenta por cento) do Conselho; 
 
(PGE/PE/Procurador/2009/CESPE) O órgão de deliberação superior da organização 
social não pode ter representante do poder público. (errada) 
 
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(FCC/2010/TJ-PI/Assessor Jurídico) O órgão de deliberação superior das 
Organizações Sociais precisa ter representantes do Poder Público e de membros da 
comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral. (correta) 
 
• o primeiro mandato de metade dos membros eleitos ou indicados deve 
ser de dois anos, segundo critérios estabelecidos no estatuto; 
 
• o dirigente máximo da entidade deve participar das reuniões do conselho, 
sem direito a voto; 
 
• o Conselho deve reunir-se ordinariamente, no mínimo, três vezes a cada ano 
e, extraordinariamente, a qualquer tempo; 
 
• os conselheiros não devem receber remuneração pelos serviços que, 
nesta condição, prestarem à organização social, ressalvada a ajuda de 
custo por reunião da qual participem; 
 
• os conselheiros eleitos ou indicados para integrar a diretoria da entidade 
devem renunciar ao assumirem funções executivas. 
 
Atribuições 
 
Dentre outras: 
 
• fixar o âmbito de atuação da entidade, para consecução do seu objeto; 
 
• aprovar a proposta de contrato de gestão da entidade; 
 
• aprovar a proposta de orçamento da entidade e o programa de 
investimentos; 
 
• designar e dispensar os membros da diretoria; 
 
• fixar a remuneração dos membros da diretoria; 
 
• aprovar e dispor sobre a alteração dos estatutos e a extinção da entidade 
por maioria, no mínimo, de dois terços de seus membros; 
 
• aprovar o regimento interno da entidade, que deve dispor, no mínimo, sobre 
a estrutura, forma de gerenciamento, os cargos e respectivas competências; 
 
• aprovar por maioria, no mínimo, de dois terços de seus membros, o 
regulamento próprio contendo os procedimentos que deve adotar para a 
contratação de obras, serviços, compras e alienações e o plano de cargos, 
salários e benefícios dos empregados da entidade; 
 
• aprovar e encaminhar, ao órgão supervisor da execução do contrato de 
gestão, os relatórios gerenciais e de atividades da entidade, elaborados pela 
diretoria; 
 
• fiscalizar o cumprimento das diretrizes e metas definidas e aprovar os 
demonstrativos financeiros e contábeis e as contas anuais da entidade, com 
o auxílio de auditoria externa. 
 
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-- CCoonnttrraattoo ddee GGeessttããoo 
 
Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o Poder 
Público e a entidade qualificada como organização social, com vistas à 
formação de parceria entre as partes para fomento e execução de 
atividades relativas às áreas de atuação. 
 
(TRF1/Juiz/2009/CESPE) Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado 
entre o poder público e a entidade qualificada como OSCIP, com vistas à formação de 
parceria entre as partes para fomento e execução de atividades relativas ao ensino, à 
pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio 
ambiente, à cultura e à saúde. (errada) 
 
O contrato de gestão, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade 
supervisora e a organização social, discriminará as atribuições, 
responsabilidades e obrigações do Poder Público e da organização social. 
 
O contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo Conselho de 
Administração da entidade, ao Ministro de Estado ou autoridade supervisora da 
área correspondente à atividade fomentada. 
 
Na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, 
também, os seguintes preceitos: 
 
• especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a 
estipulação das metas a serem atingidas e os respectivos prazos de 
execução, bem como previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação 
de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e 
produtividade; 
 
• a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e 
vantagens de qualquer natureza a serem percebidas pelos dirigentes e 
empregados das organizações sociais, no exercício de suas funções. 
 
(ESAF/2009/Receita Federal/Analista Tributário da Receita Federal) O contrato de 
gestão, quando celebrado com organizações sociais, restringe a sua autonomia. 
(correta; diferentemente do que ocorre quando firmado com órgãos ou entidades da 
administração indireta, pois nesses casos o contrato de gestão amplia a autonomia) 
 
Os Ministros de Estado ou autoridades supervisoras da área de atuação da 
entidade devem definir as demais cláusulas dos contratos de gestão de que 
sejam signatários. 
 
Execução e Fiscalização do Contrato de Gestão 
 
A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será 
fiscalizada pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação 
correspondente à atividade fomentada. 
 
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(TRF5/Juiz/2009/CESPE) As leis que dispõem sobre a qualificação de entidades como 
organizações sociais e como OSCIPs são instrumentos importantes da reforma do 
Estado brasileiro realizada na segunda metade da década passada. Essas leis, 
contudo, não preveem formas de controle dessas entidades, que, apesar de 
caracterizarem-se como privadas, são fomentadas pelo poder público. (errada) 
 
A entidade qualificada apresentará ao órgão ou entidade do Poder Público 
supervisora signatária do contrato, ao término de cada exercício ou a qualquer 
momento, conforme recomende o interesse público, relatório pertinente à 
execução do contrato de gestão, contendo comparativo específico das metas 
propostas com os resultados alcançados, acompanhado da prestação de 
contas correspondente ao exercício financeiro. 
 
Os resultados atingidos com a execução do contrato de gestão devem ser 
analisados, periodicamente, por comissão de avaliação, indicada pela 
autoridade supervisora da área correspondente, composta por especialistas de 
notória capacidade e adequada qualificação. 
 
A comissão deve encaminhar à autoridade supervisora relatório conclusivo 
sobre a avaliação procedida. 
 
Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão, ao 
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na 
utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social, 
dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
 
Sem prejuízo da medida a que se refere o parágrafo anterior, quando assim 
exigir a gravidade dos fatos ou o interesse público, havendo indícios 
fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública, os 
responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério Público, à 
Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria da entidade para que 
requeira ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens 
da entidade e o seqüestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de 
agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou 
causado dano ao patrimônio público. 
 
O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 
822 e 825 do Código de Processo Civil. 
 
Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de 
bens, contas bancárias e aplicações mantidas pelo demandado no País e no 
exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 
 
Até o término da ação, o Poder Público permanecerá como depositário e 
gestor dos bens e valores seqüestrados ou indisponíveis e velará pela 
continuidade das atividades sociais da entidade. 
 
 
-- FFoommeennttoo ààss AAttiivviiddaaddeess SSoocciiaaiiss 
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