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MpMagEst 
Administrativo 
Celso Spitzcovisky 
Data: 06/03/2013 
Aula 04 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Princípios. 
2. Poderes da administração pública 
 
 
1. PRINCÍPIOS 
 
1.1. Princípio da Eficiência: manter ou ampliar a qualidade dos seus serviços com controle de gastos. 
Impõe ao Poder Público a busca pelo aperfeiçoamento na prestação dos seus serviços. 
 
O princípio da eficiência tem reflexos em várias frentes atuando sempre para a otimização da 
atividade administrativa. 
 
 Eficiência para contratar pessoas: porque a regra geral de contratação determina que se faça 
através de concursos públicos. 
 
 Eficiência para passar no estágio probatório: é o período de experiência que o servidor será 
submetido e engloba assiduidade, produtividade, disciplina e respeito à hierarquia estão 
dispostos na art. 20 da Lei 8.112/90 Art. 20 Estatuto dos servidores públicos. 
 
“Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo 
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por 
período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão 
e capacidade serão objetos de avaliação para o desempenho do 
cargo, observado os seguintes fatores: 
I – assiduidade; 
II – disciplina; 
III – capacidade de iniciativa; 
IV – produtividade; 
V – responsabilidade.” 
 
 Eficiência pra adquirir estabilidade: Art. 41 §4º CF exige aprovação em avaliação de 
desempenho (existe só na teoria). É uma norma de eficácia limitada, depende de lei para 
regulamentar a avaliação. 
 
“§4º. Como condição para a aquisição de estabilidade, é 
obrigatória a avaliação de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade.” 
 
 Eficiência para se manter no cargo: Art. 41,§1º,III CF estabelece a possibilidade de perda no 
cargo por insuficiência de desempenho (a norma surgiu para evitar a acomodação do 
servidor). A perda do cargo ocorrerá nos termos fixados nos termos da lei complementar – 
norma de eficácia limitada e não há lei que regulamente a questão. 
 
2 de 5 
“§1º. O servidor público estável só perderá o cargo: 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma da lei complementar, assegurada a ampla 
defesa.” 
 
 Eficiência para controle de gastos: Art. 37, XI CF estabelece um teto de remuneração dentro da 
administração pública. Ou seja, ninguém poderá receber mais do que os ministros do STF. Lei 
12.527 de informações públicas. 
 
 Art. 169 CF estabelece que as quatro esferas de governo (União, Estados Municípios e DF) não 
poderão pagar aos servidores além dos limites fixados em lei complementar. Lei 
complementar 101/2000 Lei de responsabilidade fiscal. A união não poderá gastar com a folha 
de pessoal mais e 50% daquilo que arrecada a título de impostos. Para as outras esferas de 
governo esse índice aumenta para 60%. Muitos municípios tinham 100% dos gastos 
destinados à folha de pagamento. 
 
 O teto de remuneração é os que recebem os ministros do supremo, mas há exceção, são os 
servidores das empresas públicas e sociedade de economia mistas que sejam autossuficientes. 
Art. 37, §9º da CF. Ex. Petrobrás (no ano de 2012 a empresa amargou sérios prejuízos) logo 
antes de 2012 era autossuficientes, mas atualmente tal situação é duvidosa. 
 
2. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
São instrumentos que o ordenamento jurídico confere à administração para a preservação dos 
interesses da coletividade. Outros objetivos que não estes, caracterizam abuso de poder – uma forma 
de ilegalidade e submetido a controle de legalidade dos atos da administração. 
 
Toda vez que o poder público lançar mão desses poderes não compatível com a situação concreta, 
implicará em ilegalidade. 
 
O uso desses poderes só se legitima se for realizado nos paramentos da lei e para preservação do 
interesse público. 
 
2.1. Poder vinculado 
 
É aquele que o administrador se encontra diante de situações que comportam solução única 
anteriormente prevista em lei. Não existe espaço para juízo de valores – de conveniência e 
oportunidade (ex. aposentaria compulsória; licença para exercício de mandato sindical; licença 
para o serviço militar; nomeação do candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no 
edital). Característica principal: inexistência de possibilidade de juízo de valores 
 
2.2. Poder discricionário 
 
A administração não se encontra diante de situações que comportam solução única, logo, a 
administração tem espaço para juízo de valores (conveniência e oportunidade). Ex. colocação de 
mesas e cadeiras em frente a bares e restaurantes (termo de permissão de uso de um bem 
público). Tal autorização dependerá do caso concreto, largura da calçada, quantidade de mesas e 
cadeiras, horários de disposição das mesas etc. 
Termo de permissão de uso de ambulante – o ambulante poderá trabalhar em local certo, 
produtos certos e de acordo com os parâmetros ditados da adm. 
Licença de servidores públicos. Ex.: licença do servidor para atender interesses particulares. 
 
3 de 5 
Obrigação da administração de nomeação dos aprovados em concurso público, terá nomeação a 
critério da administração, mas dentro do período de validade do concurso público (até 2 anos, 
prorrogável por igual período). Art. 37, IIICF. 
 
2.3. Poder hierárquico. 
 
Poder conferido à administração para se auto organizar fixando os campos de competência das 
figuras que integram a sua estrutura e fiscalizar a atuação daqueles que ali esteja. Estabelecendo 
onde começa e onde termina a competência de cada uma delas. 
Estrutura direta (órgãos); Estrutura indireta (pessoas) – por esse poder a administração demonstra 
quais os campos próprios de atuação. 
A importância caracteriza uma vez que dentro da administração cada pessoa exerce sua função 
determinada. Ex. se um ato é editado por quem não tem competência o ato será inválido. 
 
2.3.1. Delegação de competências – é a transferência de competências. 
 
2.3.2. Avocação de competências – é a centralização de competências. 
 
A lei 9.784/99 (processos administrativos) Art. 13, 14 e 15. Estabelece limites para delegação e 
avocação de competências. Não podem delegar quem quer e não podem avocar que quer. 
 
“Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou 
autoridade.” 
 
“Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser 
publicados no meio oficial. 
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes 
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os 
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter 
ressalva de exercício da atribuição delegada. 
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela 
autoridade delegante. 
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo 
delegado.” 
 
“Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos 
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.” 
 
2.4. Poder disciplinar 
 
É o poder conferido à administração para aplicação de sanções aos seus servidores, pela prática de 
infração de caráter funcional. 
Apenas sanções de natureza administrativa. Ex.: advertência, suspensão, cassação de 
aposentadoria. Veja-se que, por uma mesma irregularidade o servidor pode ser responsabilizado 
em três frentes distintas: Civil, Penal e Administrativa. 
 
 
4 de 5 
Obs.: as sanções administrativas só são atribuídas ao servidor só quando ele praticar uma 
irregularidade ligada ao cargo. 
 
Para que a sanção incida sobre o servidor, ele tem direito a aberturade uma sindicância ou de um 
processo disciplinar em que se assegure o contraditório e ampla defesa. O servidor terá direito 
mesmo na hipótese de ter sido flagrado praticando a irregularidade (uma vez que poderá 
comunicar a comissão processante outros fatos irregulares envolvendo a questão ou atenuação do 
fato) 
Ao proferir uma decisão no processo disciplinar, o administrador é obrigado a considerar os 
seguintes itens: (i) natureza da infração; (ii) gravidade dela; (iii) prejuízos que causou; (iv) 
antecedentes do servidor; e (v) as atenuantes e agravantes do caso concreto. 
 
Súmula vinculante nº 05. “A falta de defesa técnica por advogado em processo disciplinar, não 
ofende a constituição.” 
Contudo, deve ser oferecida ao servidor a defesa técnica e sua eventual escusa não poderá ser 
instrumento de anulação do processo administrativo. 
 
ATENÇÃO: 
Servidor é demitido de forma ilegal e é absolvido pelo poder judiciário Se absolvido terá direito a 
reintegração ao cargo? Depende da maneira que o judiciário o absolveu: 
(i) Se a absolvição for por falta de provas, não terá direito a reintegração. 
(ii) Se absolvido com análise de mérito em que o judiciário tenha concluído pela 
inexistência do ilícito, ou inexistência de autoria pelo servidor terá direito a reintegração e, 
portanto a administração é obrigada a reintegrá-lo (ato vinculado). 
Lei 8.112/90 Art. 126 
 
“Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do 
fato ou sua autoria.” 
 
2.5. Poder normativo ou poder regulamentar 
 
É o poder conferido à administração para a publicação de decretos e regulamentos. 
 
2.5.1. Modalidades de decretos ou regulamentos (ambos têm como parâmetro a lei) 
 
a) Decretos ou regulamentos autônomos – são aqueles que podem ser editados sem a 
existência de lei anterior disciplinando a matéria. Não dependem da existência de lei 
anterior. Qual o posicionamento hierárquico desses decretos em face da lei? Estão 
localizados ao lado da lei. Logo tem como fundamento de validade a constituição. Ex.: 
se uma lei é editada em desconformidade com a constituição será inconstitucional e 
no mesmo sentido acontece com os decretos. Portanto, os decretos podem ser 
objetos de controle de constitucionalidade. 
Conclusão lógica que os decretos autônomos podem inovar em determinadas 
matérias. 
 
b) Decretos ou regulamentos de execução – são aqueles que dependem da existência de 
lei para serem editados. Qual o posicionamento hierárquico desses decretos em face 
da lei? São infra legais, estão localizados abaixo da lei. Se forem editados de forma 
irregular, são ilegais. Será sujeito a controle de legalidade. 
 
 
5 de 5 
ATENÇÃO: os decretos de execução estão dispostos no art. 84,IV da CF. 
 
“Art. 84. Compete privativamente ao presidente da república: 
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como 
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.” 
 
(i) Dentro da administração pública a legitimidade para expedição de decretos e regulamentos de 
execução foi atribuída ao chefe do poder executivo. 
(ii) A edição do decreto deve ser fiel execução à lei, para melhor esclarecer o que a lei antes já 
fixou. 
(iii) Ao ser editado o decreto não pode inovar em relação à lei – criando direitos e obrigações. 
 
ATENÇÃO: muitos doutrinadores defendem que não há decretos autônomos no Brasil. Contudo apesar 
da polêmica doutrinária, o STF já admitiu em seus julgados os chamados decretos autônomos. 
Art. 84,VI a CF atribui ao presidente da república em apenas duas hipóteses: 
 
“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
a) Organização e funcionamento da administração federal, 
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção 
de órgãos; 
b) Extinção de funções ou cargos públicos quanto vagos.” 
 
Obs.: redação dada pela emenda constitucional nº 32 de 2001, logo esta redação do inciso VI, foi 
criada posteriormente a promulgação da constituição. E como não haveria necessidade de uma 
emenda para criar a mesma espécie de decreto de execução, conclui-se tratar de decreto autônomo.

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